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Douglas North Teoria da base de exportação Críticas às teorias da localização industrial e do crescimento regional Limitações para a explicação do fenômeno do crescimento econômico regional. -> Ausência de uma análise sistemática; -> Apenas observações esporádicas. Críticas às teorias da localização industrial e do crescimento regional Críticas à sequência “normal” dos estágios de desenvolvimento de uma região: -> 1) economia de subsistência e agrícola, com a população distribuída de acordo com os recursos naturais -> 2) presença de modestas indústrias locais e melhorias no setor de transportes -> 3) sucessão de culturas agrícolas e desenvolvimento do comércio inter-regional -> Críticas às teorias da localização industrial e do crescimento regional Críticas à sequência “normal” dos estágios de desenvolvimento de uma região: -> 4) presença da indústria manufatureira e da mineração em escalas consideráveis -> 5) especialização em atividades terciárias e produção para exportação (capital, mão-de-obra qualificada e serviços). Críticas às teorias da localização industrial e do crescimento regional Segundo North, essa sequência: -> Explica parte da realidade europeia, mas possui pouca semelhança com a realidade regional americana; -> EUA desde o início foram colonizados como um empreendimento capitalista (ausência de economias de subsistência); -> Não se concentra nos fatores críticos que promovem ou impedem o desenvolvimento; -> Coloca ênfase excessiva no processo de industrialização. Proposta de North Proposições para o desenvolvimento de uma teoria mais útil: -> aplicação para a análise do desenvolvimento histórico da economia americana; -> compreensão dos problemas atuais (crescimento econômico regional). -> proposições com referência explícita à experiência americana. Como as regiões crescem? Importância da base de exportação (atividades ligadas às atividades de exportação) para moldar as características da economia de uma região. Indústrias de exportação x indústrias residenciais/locais (voltadas para o mercado local e que se desenvolvem próximas à população consumidora). Como as regiões crescem? Base de exportação desempenha um papel vital na determinação do nível de renda absoluta e "per capita" de uma região. O emprego em uma indústria local tende a manter uma relação direta com o emprego nas indústrias de exportação. Como as regiões crescem? Base de exportação e a formação dos centros nodais (lugares que apresentam vantagens de transferências estratégicas em relação aos custos de aquisição e distribuição, tornando-se centros de processamento; tendem a se desenvolver em grandes áreas metropolitanas). Como as regiões crescem? -> Os nódulos crescem por causa de vantagens locacionais especiais (custos); -> Centros nodais se tornam centros comerciais (por onde as exportações saem e as importações entram); -> Concentração, nos nódulos, das indústrias subsidiárias, dos bancos especializados, dos serviços de corretagem, dos atacadistas etc. Como as regiões crescem? Influência sobre a força de trabalho: condições de trabalho, especializações exigidas, periodicidade e estabilidade do emprego. Atitudes políticas da região serão dirigidas no sentido de melhorar a posição de sua base de exportação. Como as regiões crescem? Crescimento de uma região está, portanto, vinculado ao sucesso de suas exportações. -> Resultado da melhoria das exportações existentes ou do desenvolvimento de novos produtos de exportação. Como as regiões crescem? Grande questão: para continuar a crescer, a região precisa ou não se industrializar? De acordo com as teorias desenvolvidas até então, a industrialização seria a chave para o crescimento: -> com o aumento da população e a diminuição dos rendimentos da indústria extrativa, a mudança para a manufatura seria o único modo de manter o crescimento sustentado. Como as regiões crescem? As questões ligadas à industrialização seriam, portanto, fonte dos problemas das regiões estagnadas: -> intensificação do investimento de capital em grande escala, desenvolvimento da tecnologia industrial etc. Como as regiões crescem? Crítica de North: -> Uma região pode apresentar uma base de exportação de produtos agrícolas, ter uma porcentagem baixa de sua força de trabalho na atividade primária e uma porcentagem alta nas ocupações terciárias, e ainda ser dependente da agricultura em razão da geração de uma alta renda per capita. Como as regiões crescem? Crítica de North: -> Atividades secundárias e terciárias seriam “locais”, sobrevivendo em razão do sucesso da base de exportação. -> Fazendeiros recebem altas rendas por suas culturas agrícolas e, assim, compram mais bens e serviços das indústrias locais. Como as regiões crescem? Crítica de North: -> Desenvolvimento natural de vários tipos de manufaturas, que fazem parte ou influenciam a base de exportação: indústrias orientadas para o processamento de matérias-primas; atividades de serviço para a indústria de exportação (fundições, implementos agrícolas etc); indústrias locais produzindo para o mercado local; Como as regiões crescem? Crítica de North: -> O desenvolvimento destas manufaturas não constitui um processo de industrialização e nem apresenta grandes dificuldades. -> As dificuldades só surgem quando se procura desenvolver em uma região indústrias inadequadas para a sua realidade, mantidas apenas sob muito esforço. Como as regiões crescem? Crítica de North: -> Portanto: “... (1) Não existe razão porque todas as regiões devam se industrializar para continuar a crescer; (2) Uma grande quantidade de indústria secundária (e terciária) se desenvolverá automaticamente, seja por causa das vantagens locacionais da indústria orientada para as matérias-primas, seja como um reflexo passivo do crescimento da renda da região, resultante do sucesso de seus produtos de exportação.” Como as regiões crescem? Crítica de North: “Não existem vantagens inerentes da indústria sobre a agricultura ou da agricultura sobre a indústria. (...) A escolha entre expansão da agricultura e das manufaturas pode, na maioria das vezes, ser deixada para a livre decisão dos capitalistas, empresários e trabalhadores. Na medida em que haja a necessidade de decisões governamentais, estas devem ser tomadas em bases racionais, à luz de considerações de custos e rendimentos comparativos de alocações alternativas dos recursos nacionais escassos, ou seja, recursos humanos e materiais.’’ Crescimento, declínio e mudança da base de exportação Declínio de um produto de exportação deve ser acompanhado pelo crescimento de outros (para evitar que a região fique encalhada). Razões para declínio de um produto de exportação: -> Mudanças na demanda exterior à região; -> Exaustão de um recurso natural; -> Custos crescentes de terra e/ou trabalho. Crescimento, declínio e mudança da base de exportação Razões para o crescimento de novas exportações: -> Desenvolvimento dos transportes; -> Crescimento da renda e da demanda em outras regiões; -> Progressos tecnológicos; -> Participação do Estado (benefícios sociais). Desenvolvimento das regiões Em regiões jovens, a criação de novos produtos de exportação ou a expansão de produtos existentes resulta no influxo de investimento de capital na indústria de exportação e nas atividades de apoio. -> Crescimento desigual: períodos/surtos de maiores investimentos. Desenvolvimento das regiões Ainda nas regiões jovens: crescimento da população, da renda e da poupança local. -> Capital reinvestido flui para outras atividades (indústria local, indústrias subsidiárias da exportação etc). • Região deixa de ser jovem: desenvolvimento urbano, da força de trabalho treinada e do capital local, reforçando o desenvolvimento de novas exportações. Desenvolvimento das regiões Portanto: ampliação da base de exportação, com produção e pauta variada. A base primária se torna cada vez menos distinguível. Diferenças entre as regiões se tornam cada vez menos marcantes. Principais conclusões A mudança de uma base agrícola para uma base industrial pode não ser necessária e nem desejável. População e renda per capita podem crescer em uma região com base de exportação agrícola, com o desenvolvimento de indústrias locais e de base para a exportação. Principais conclusões A coesão unificadora de uma região é o seu desenvolvimento em torno de uma base de exportação comum. A base de exportação é o fator determinante da taxa de crescimento das regiões. Críticas à proposta de North O próprio autor, alguns anos após a publicação de seu trabalho, revê seus argumentos e questiona o papel das exportações de produtos agrícolas como uma forma inequívoca de alavancar o desenvolvimento regional. -> Atividade primária baseada em grandes propriedades com efeitos econômicos sobre a região limitados; Críticas à proposta de North -> Perfis de demanda concentrados: de um lado, a produção de bens de subsistência para os mais pobres e, de outro, a importação de bens de consumo de luxo para a elite; -> Produção de manufaturados restrita; -> Região teria seu crescimento abortado mais cedo ou mais tarde (retornos decrescentes na atividade principal). Críticas à proposta de North Além disso, atualmente: -> Estimativas generosas do efeito das exportações tendem a subestimar os efeitos dos insumos importados (economias abertas). -> Crença demasiada na teoria da base faz com que as importações regionais sejam vistas com maus olhos (importância das importações para o bem-estar da população e para a competitividade das firmas).
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