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Alocação de Endereços IPv6

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08/10/2019 Blog LabCisco: Alocação de Endereços IPv6
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quarta-feira, 12 de junho de 2013
Alocação de Endereços IPv6
Olá Pessoal.
 
Em post anterior intitulado Governança da Internet no Mundo foi explicado que os recursos da Internet
(nomes de domínio, ASN, IPv4 e IPv6) estão sob gestão e coordenação central da autoridade mundial da
Internet (IANA). No contexto específico do IPv6, a IANA distribuiu um prefixo /12 para cada uma das cinco
autoridades regionais (RIRs) administrarem. 
 
Um único prefixo /12 representa um espaço enorme de endereços e a figura abaixo relaciona os prefixos
que estão sob gestão de cada RIR, onde podemos observar que o LACNIC (autoridade da América Latina
e Caribe) possui o prefixo 2800:: /12
 
 
Essa figura foi extraída do último relatório oficial publicado pela NRO acerca da utilização dos recursos da
Internet no mundo. A NRO é uma organização composta por todas as cinco autoridades regionais da
Internet. Essa figura é muito interessante porque mostra que a IANA reservou 506 prefixos /12 para
atribuição mundial, no entanto apenas 5 desses prefixos foram oficialmente distribuídos, o que quer dizer
que os estoques da IANA estão carregados. Reparem, ainda, que os prefixos distribuídos representam
apenas uma parte muito pequena do total de endereços disponíveis.
 
O planejamento para alocação dos prefixos IPv6 é responsabilidade de cada autoridade da Internet e é
importante ficar claro que cada autoridade tem suas próprias estratégias e recomendações na sua região
de atuação. No contexto do Brasil, o NIC.br (autoridade nacional da Internet) recebeu do LACNIC um
prefixo /16 (2801:: /16) para coordenar e distribuir no cenário nacional. O NIC.br, através do grupo de
trabalho IPv6.br, recomenda que as operadoras de telecomunicações recebam um prefixo /32 (e grandes
instituições), as empresas recebam um prefixo /48 e os usuários residenciais recebam um prefixo /56. Pode
ser atribuído um prefixo /64 para usuários de tecnologias móveis que normalmente não têm necessidade de
mais de uma rede, mas a recomendação é que a operadora faça a reserva de um prefixo /56 para esse
usuário. 
 
Fonte: NRO (Number Resources Organization), setembro de 2012.
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08/10/2019 Blog LabCisco: Alocação de Endereços IPv6
labcisco.blogspot.com/2013/06/alocacao-de-enderecos-ipv6.html 2/3
Postado por Unknown às 01:46:00 
Marcadores: Internet, IPv6, LACNIC, NIC.br
É importante ter em mente que, segundo recomendações da RFC 4291, prefixos IPv6 jamais devem
ultrapassar a fronteira /64 para assegurar o funcionamento correto do mecanismo de autoconfiguração
utilizado na identificação dos hosts. Os detalhes desse processo de autoconfiguração foram explicados no
artigo de 26/05/2012 intitulado Autoconfiguração de Endereços IPv6 (SLAAC). Os links ponto-a-ponto são
exceções a essa regra porque a RFC 6164 permite o uso de prefixos /127, uma prática que vocês podem
observar no Laboratório 05 do livro "Laboratórios de Tecnologias Cisco".
 
Portanto, segundo essa recomendação de jamais ultrapassar a fronteira dos primeiros 64 bits para
identificar a rede (prefixo /64), uma empresa que receber um prefixo /48 poderá criar 65.356 sub-redes,
afinal sobram 16 bits entre as posições 48 e 64, o que implica em 2^16 (65.536) combinações possíveis de
novas sub-redes. Já os usuários residenciais poderão criar 256 sub-redes, afinal com o prefixo /56 sobram
8 bits sem ultrapassar a barreira /64 (2^8=256). 
 
Outro detalhe é que um único prefixo /32 que será atribuído às operadoras é enorme e permite a criação de
um plano de endereçamento com mais de 4 bilhões de sub-redes /64. Cada sub-rede /64, por sua vez,
possui muitos, muitos, muitos mais endereços do que o total de endereços IPv4. Esses números
reforçam aquilo que estamos falando de números astronômicos, além da nossa imaginação! A figura abaixo
traz ilustra o processo de atribuição de um prefixo /48 a uma empresa por uma operadora que possui um
prefixo /32. Reparem que os prefixos maiores sempre têm os mesmos bits iniciais do prefixo principal a
partir do qual ele foi gerado.
 
 
Uma discussão “calorosa” acerca do novo protocolo que ainda não traz consenso e que divide opiniões
entre os especialistas da área diz respeito ao reflexo do IPv6 no tamanho das tabelas de roteamento dos
roteadores no núcleo operacional da Internet.
 
Quando o IPv6 foi concebido, uma das propostas era que haveria uma política efetivamente organizada de
distribuição de endereços para que não ocorresse a mesma experiência caótica de distribuição vivida
anteriormente com o IPv4. Através de uma distribuição organizada dos prefixos IPv6 existe a possibilidade
real de diminuição das tabelas de roteamento, afinal os roteadores terão menos rotas em virtude do
processo de agregação. A figura abaixo traz um exemplo desse contexto em que pode ser observado que
uma única rota pode apontar para toda uma grande região geográfica.
 
 
No entanto, a figura é demasiadamente otimista e existe uma vertente de especialistas que defende
exatamente a ideia oposta, ou seja, de que junto com grande expansão na quantidade de redes e
endereços, também haverá um crescimento proporcional nas tabelas de roteamento dos roteadores, já que
eles terão que conhecer mais rotas porque haverá mais anúncios de prefixos na Internet. Eu compartilho
dessa opinião, até mesmo porque muitas vezes as empresas não têm um plano de sumarização das suas
rotas e por isso acabam tendo que anunciar rotas "fragmentadas"... Por outro lado o IPv6 é um protocolo
novo operacionalmente e por isso junto com sua adoção surge a oportunidade das empresas repensarem
o planejamento dos seus endereços de forma organizada! 
 
O que realmente irá acontecer nos próximos ainda é nebuloso e vai depender da dinâmica de mercado e
do grau de crescimento da adoção do IPv6. Esse é um dos motivos de considerarmos o IPv6 um protocolo
recente, mesmo ele já sendo padronizado desde o final da década de 90! Diferente do IPv4 que já é uma
tecnologia madura, o IPv6 trará com sua adoção novas particularidades até então não conhecidas.
 
Abraço.
 
Samuel.
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Um comentário:
Junior A. 19 de dezembro de 2017 13:36
Excelente explicação, gostaria muito de ter uma aula com o senhor. Parabéns.
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