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CASOS CONCRETOS CIVIL III DIREITO CIVIL III - CCJ0223TítuloCaso Concreto 1 QUESTÃO SUBJETIVA? Diante da teoria geral dos contratos e o diálogo existente entre as fontes jurídicas, aborde, fundamentadamente, a realidade dos contratos de plano de saúde, apresentando sua natureza jurídica e elementos característicos. DIREITO CIVIL III - CCJ0223TítuloCaso Concreto 2 QUESTÃO SUBJETIVA– (FGV/OAB 2010.2/Adaptada) Durante dez anos, empregados de uma fabricante de extrato de tomate distribuíram, gratuitamente, sementes de tomate entre agricultores de uma certa região. A cada ano, os empregados da fabricante procuravam os agricultores, na época da colheita, para adquirir a safra produzida. No ano de 2009, a fabricante distribuiu as sementes, como sempre fazia, mas não retornou para adquirir a safra. Procurada pelos agricultores, a fabricante recusou-se a efetuar a compra. O tribunal competente entendeu que havia responsabilidade pré-contratual da fabricante. Explique o que significa a responsabilidade pré-contratual, fundamentando se a decisão do tribunal foi acertada. Embora não haja previsão expressa no Código Civil acerca da fase de negociações preliminares, compreende- se que a responsabilidade pré - contratual é aquela de corrente de momento anterior à formação do contrato, no momento das negociações para a efetivação deste, capaz de gerar direitos e obrigações provenientes do princípio da boa-fé objetiva, que de termina uma postura leal e sincera no momento das tratativas, isto é, quando feri a confiabilidade e gera danos à parte contrária. Neste caso, quando a empresa distribuiu as sementes e não adquiriu o que foi produzido, os agricultores, frustrados em suas expectativas, ingressaram com de mandas indenizatórias, alegando a quebra da boa-fé, mesmo não havendo qualquer contrato escrito. Os agricultores tiveram êxito na ação. Isso porque, a boa-fé objetiva é princípio que incide também na fase pré - contratual, exigindo uma atuação das partes com lealdade, honestidade, probidade, respeito e agir conforme a confiança depositada pelos agricultores. DIREITO CIVIL III - CCJ0223TítuloCaso Concreto 3 QUESTÃO SUBJETIVA? (FGV ? OAB ? 2012.3 ? Adaptada) Em 12.09.12, Sílvio adquiriu de Maurício, por contrato particular de compra e venda, um automóvel, ano 2011, por R$ 34.000,00 (trinta e quatro mil reais). Vinte dias após a celebração do negócio, Sílvio tomou conhecimento que o veículo apresentava avarias na suspensão dianteira, tornando seu uso impróprio pela ausência de segurança. Considerando que o vício apontado existia ao tempo da contratação, de acordo com a hipótese acima e as regras de direito civil, o que poderá Silvio requerer de Maurício? Silvio pode requerer que Mauricio restitua o valor recebido e as despesas decorrentes do contrato se, no momento da venda, desconhecesse o defeito na suspensão dianteira do veículo. DIREITO CIVIL III - CCJ0223TítuloCaso Concreto 4 QUESTÃO SUBJETIVA– (27º Concurso Promotor de Justiça/MPDFT/Adaptada) Considere a hipótese em que foi firmado um contrato de empréstimo- financiamento entre instituição bancária e pessoa física, no qual foi inserida cláusula pela qual o devedor autorizava o desconto do débito das prestações do financiamento por consignação em folha de pagamento ou em sua conta bancária. Após o pagamento de algumas parcelas mensais, o devedor constata que não tem condições financeiras para continuar a cumprir as obrigações contratuais, porque o valor da prestação tornou-se insuportável, correspondendo a quase 80% do valor líquido de seus rendimentos. Nessa situação, como o devedor deverá proceder? Na inexecução da obrigação, o contratante credor tem de demonstrar o inadimplemento, cabendo ao contratante devedor provar que não agiu com culpa para eximir-se da responsabilidade. No entanto, essa regra é modificada quando se trata de obrigação de não fazer ou de cumprimento defeituoso. DIREITO CIVIL III - CCJ0223TítuloCaso Concreto 5 QUESTÃO SUBJETIVA– (Defensoria Pública/MS/VUNESP/2012/Adaptada) João comprou um automóvel, com reserva de domínio, com uma entrada e pagamento de 24 prestações. Desempregado, deixou de efetuar o pagamento da última parcela, quando foi interpelado judicialmente pelo vendedor, para constituí-lo em mora e ser possível a execução da cláusula de reserva de domínio, resolvendo o contrato. Com base nesta situação, poderá o vendedor ver o contrato resolvido? Com relação à compra e venda com reserva de domínio para executar a cláusula de reserva de domínio, não basta o inadimplemento, sendo necessário que o devedor seja constituído em mora. DIREITO CIVIL III - CCJ0223TítuloCaso Concreto 6 QUESTÃO SUBJETIVA– Marina é proprietária de uma casa no valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) e Paulo é proprietário de um apartamento avaliado em R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais). Com a intenção de realizarem a troca destes bens, Marina e Paulo acordam a permuta, contudo, Marina deverá realizar uma complementação no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), haja vista a divergência de valores entre os bens a serem permutados. O fato da contraprestação do bem a ser trocado ser ofertada parcialmente em dinheiro desnatura a permuta? O contrato de troca ou permuta é caracterizado como nominado, típico, bilateral, oneroso, comutativo, consistindo num negócio jurídico em que uma parte se compromete a entregar à outra, e esta reciprocamente aquela, coisa que não seja dinheiro, não se descaracteriza a permuta, mesmo em havendo saldo, sendo assim, somente desnaturaria a permuta se a importância paga como saldo fosse de tal modo superior ao objeto do contrato que tornaria o dinheiro o objeto principal. Não podendo, a diferença dada em dinheiro ultrapassar 50% do bem trocado. DIREITO CIVIL III - CCJ0223TítuloCaso Concreto 7 QUESTÃO SUBJETIVA– (FGV/OAB 2010.3/Adaptada) Sônia, maior e capaz, decide doar, por instrumento particular, certa quantia em dinheiro em favor se seu sobrinho, Fernando, maior e capaz, caso ele venha a se casar com Leila. Sônia faz constar, ainda, cláusula de irrevogabilidade da doação por eventual ingratidão de seu sobrinho. Fernando, por sua vez, aceita formalmente a doação e, poucos meses depois, casa-se com Leila, conforme estipulado. No dia seguinte ao casamento, ao procurar sua tia para receber a quantia estabelecida, Fernando deflagra uma discussão com Sônia e lhe dirige grave ofensa física. Considerando o regime legal da doação e a situação narrada, como Sônia deve proceder? Deve pagar a quantia em dinheiro estipulada para Fernando, em razão de ter se casado com Leila e independentemente de ter se dirigido com grave ofensa física a Sônia, uma vez que a mesma fez constar em contrato clausula de irrevogabilidade da doação por eventual ingratidão de seu sobrinho. DIREITO CIVIL III - CCJ0223TítuloCaso Concreto 8 QUESTÃO SUBJETIVA -(FCC/2016/SEGEP/MA/Auditor Fiscal da Receita Estadual/Adaptada) Marcelo emprestou gratuitamente a Henrique, para que expusesse em sua galeria de arte, obra assinada por renomado artista plástico. Enquanto a obra estava exposta, a galeria de artes foi atingida por um raio que incendiou o local. Durante o incêndio, Henrique houve por bem salvar as obras de sua propriedade, tendo em vista possuírem valor maior, abandonando a de Marcelo, que se danificou. Assim, qual o contrato celebrado entre Marcelo e Henrique, bem como as consequências da atitude de Henrique? Contrato de comodato, que tem como objeto bem infungível, perfaz-se com a sua tradição e Henrique responderá pelo dano, não podendo invocar como causa excludentede responsabilidade caso fortuito ou força maior. DIREITO CIVIL III - CCJ0223TítuloCaso Concreto 14 QUESTÃO SUBJETIVA? (FGV/2011/OAB 2011.1/Adaptada) Gustavo tornou-se fiador do seu amigo Henrique, em razão de operação de empréstimo bancário que este tomou com o Banco Pechincha. No entanto, Gustavo, apreensivo, descobriu que Henrique está desempregado há algum tempo e que deixou de pagar várias parcelas do referido empréstimo. Sem o consentimento de Gustavo, Henrique e o Banco Pechincha aditaram o contrato original, tendo sido concedida moratória a Henrique. Com base no relato acima e no regime legal do contrato de fiança, que providência poderá ser adotada por Gustavo? Responda Fundamentadamente. Se o Banco Pechincha, sem justa causa, demorar a execução iniciada contra Henrique, poderá Gustavo promover-lhe o andamento. Dessa forma se o banco Pechincha não promover a execução em face do devedor, permite a prescrição mencionada que Gustavo o faça.
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