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CASOS CONCRETOS CIVIL III

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CASOS CONCRETOS CIVIL III
Caso Concreto 1 
O professor Antônio José começou a aula de Direito Civil III com a seguinte
Afirmação: - A vontade é um dos principais elementos para a formação dos contratos. Deve ser valorizada. Porém dentro de toda a lógica normativa que envolve os deveres e obrigações contratuais. Assim o contrato se tornou um instituto funcionalizado, isto é, uma vez não cumprida a sua função, não possui efeitos jurídicos. Nesse contexto a autonomia de vontade das partes dentro da relação negocial existente está condicionada ao cumprimento da função social. A seguir, o professor colocou as seguintes perguntas no quadro:
Quais as condições de validade do contrato?
A validade do contrato exige, principalmente, acordo de vontades e também todo o previsto no artigo: 
Agente capaz: aptidão de alguém para exercer por si os atos da vida civil. Os artigos 3º e 4º do Código Civil excluem certas pessoas desta capacidade, considerando-os absolutamente incapazes e relativamente incapazes.
Objeto lícito, determinado e possível: o objeto do contrato deve ser aquele não proibido por lei, possível de ser individualizado para distinção entre outros e apto a ser o motivo do contrato.
 Forma prescrita ou não defesa em lei: há casos em que a lei determina forma especial aos contratos, que se desobedecida, os tornam nulos de pleno direito. Para aqueles casos em que há liberdade de forma, às partes devem agir sempre de boa-fé, em conformidade com a lei.
O que significa e qual a relevância da autonomia da vontade das partes numa relação contratual?
Este princípio consiste basicamente na liberdade conferida às partes contratantes, de criarem relações jurídicas, de acordo com suas intenções e necessidades, desde que obedeçam às regras impostas pela lei.
c) O que vem a ser a função social do contrato?
A Função Social do contrato é um dos instrumentos utilizados para se alcançar a solidariedade social estampada no texto constitucional. A ânsia da sociedade por cooperação, justiça, dignidade, igualdade e demais direitos baseados na moral e na ética, fazem com que o Estado Social de Direito determine a primazia do interesse social sobre o individual, obrigando os indivíduos a circularem riquezas de forma harmônica com os interesses da sociedade e a busca da solidariedade.
Caso Concreto 2 
Manoel, prestador de serviços em Curitiba, após troca de e-mails com informações sobre o serviço (via Internet) com Maria (residente em Colombo, região metropolitana de Curitiba) apresenta -lhe on-line (também via Internet/Messenger) proposta para realizar pintura de sua residência, indicando o preço que cobraria pela empreitada e o material necessário. Responda as questões abaixo:
Pode-se afirmar que houve negociação preliminar? Se afirmativa a resposta, de que forma?
Sim, por meio do prévio contado pela Internet.
A proposta feita on-line por Manoel vincula? Justifique sua resposta e destaque, em caso afirmativo, o que significaria a obrigatoriedade da oferta.
A oferta vincula o proponente Manoel se contiver todos os elementos essenciais do negócio proposto e se do contrário não resultar dos termos dela (art. 428, CC,).
Qual o prazo de validade da oferta feita por Manoel?
Não há prazo.
Em que momento poderia ser considerada aceita a proposta e formado finalmente o contrato?
A aceitação deve ser imediata porque considerada proposta feita a pessoa presente.
e) Identifique o lugar da celebração do contrato.
Colombo, art. 435, CC.
Questão objetiva 1
A respeito da interpretação de contratos, é certo dizer que:
a) as cláusulas não podem ser revistas em hipótese alguma depois da assinatura do contrato por todos os contratantes, a não ser por determinação judicial em processo de conhecimento.
b) as expressões com mais de um sentido não devem, em caso de dúvida, serem entendidas de maneira mais conforme à natureza e ao objeto do contrato só podendo ser modificadas em juízo.
c) as cláusulas ambíguas não são interpretadas de acordo com o costume do lugar em que foram estipuladas.
d) quando um contrato ou uma cláusula apresenta duplo sentido, deve-se interpretálo de maneira que possa gerar algum efeito, e não de modo que não produza nenhum. 
e) as cláusulas inscritas nas condições gerais do contrato, impressas ou
formuladas por um dos contratantes, não são interpretadas, na dúvida, em favor do outro.
Gabarito: Letra “D” é a correta.
Questão objetiva 2
Sobre os efeitos da boa-fé objetiva, é INCORRETO afirmar que:
a) servem de limite ao exercício de direitos subjetivos.
b) resultam na proibição do comportamento contraditório.
c) qualificam a posse, protegendo o possuidor em relação aos frutos já percebidos.
d) servem como critério para interpretação dos negócios jurídicos.
e) reforçam o dever de informar das partes na relação obrigacional.
Gabarito: Letra “C” é a correta.
Caso Concreto 3 
Lúcia promete à sua Comissão de Formatura que trará para cantar em uma festa destinada a arrecadar fundos para a Comissão sua tia Ivete Sangalo. Os membros da Comissão, conhecedores do relacionamento próximo que Lúcia possui com sua tia, com razões concretas e objetivas para acreditar na promessa, não contratam nenhuma banda e iniciam os preparativos de divulgação do evento que, então, terá como uma das principais atrações a mencionada cantora. Ocorre que um dia antes do início da festa, Lúcia telefona para o presidente da Comissão e o comunica que embora tenha realizado inúmeros esforços não conseguirá trazer a tia para cantar na festa. Diante dessa situação, responda:
a) Qual é o tipo de obrigação (utilize pelo menos duas classificações) assumida por Lúcia em face da Comissão de formatura e que espécie contratual pode ser
identificada?
Promessa de fato de terceiro. Trata-se de obrigação de fazer e de resultado (art.439, CC).
Lúcia poderá ser de alguma forma responsabilizada, mesmo tendo empreendido todos os seus esforços para que a tia cumprisse promessa por ela feita?
Sim, nos termos do art. 439, CC.
c) Suponha que por intermédio de Lúcia, a representante da cantora entrou em
contato com o Presidente da Comissão e, anuindo com a indicação do promitente, combina que a cantora cantará na festa no dia e horários marcados. No entanto, no dia do evento a cantora é convidada a receber um prêmio e não comparece ao evento. Quem responderá pelos prejuízos causados por essa ausência? Fundamente sua resposta.
 Responderá a cantora por perdas e danos conforme art. 440, CC.
Questão objetiva 1
(TJMA - Juiz substituto - 2008) Assinale a proposição correta, em se considerando o atual Código Civil:
a) Qualquer que seja o valor do imóvel, a escritura pública é essencial à validade do contrato de compra e venda.
b) Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante a quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça
c) Nos contratos unilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
d) A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato ou o
seu cumprimento; mas apenas na primeira hipótese será possível cumular o pedido com o de indenização por perdas e danos.
Gabarito: Letra “A”.
Questão objetiva 2
(TRT 8a. Região - 2009) Marque a alternativa correta:
a) Se o contrato for aleatório em virtude de fatos futuros, cujo risco de inexistirem for assumido por um dos contratantes, terá o outro direito de receber integralmente o que foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido culpa ou dolo, ainda que nada do avençado venha a existir.
b) No contrato aleatório, o alienante terá direito ao preço integral em qualquer situação, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada.
c) Concluído o contrato preliminar poderá a parte exigir seu cumprimento. A
existência e a utilização da cláusulade arrependimento não inibe a exigência de perdas e danos.
d) Se a promessa de contrato for unilateral, pode o credor manifestar-se a
qualquer tempo pela sua aceitação.
e) A resilição unilateral do contrato, em qualquer caso, só se opera mediante
denúncia.
Gabarito: Letra “A” - art. 458, CC.
Caso Concreto 4 
Caio ajuizou uma demanda buscando o ressarcimento de danos materiais e morais advindos da perda da propriedade de dois lotes de terra urbanos adquiridos da empresa “Da Terra Ltda.", no ano de 2004, decorrentes da evicção. Alega Caio que, tão logo se imitiu na posse dos bens adquiridos, foi deles retirado por credor do alienante. O credor do alienante apresentou escritura particular demonstrando que os lotes que Caio acabara de adquirir lhe foram entregues em dação em pagamento.
Considerando os dados fornecidos, esse pedido será julgado procedente ou
improcedente? Por quê? Fundamente sua resposta.
Gabarito:
A ação é IMPROCEDENTE. O fato narrado não se enquadra como evicção, eis que a
perda do bem imóvel não se deu por sentença judicial nem por ato administrativo.
Tal fato não afasta a possibilidade de o evicto ajuizar ação de indenização contra o
alienante do bem, desde que, obviamente, comprove que diligenciou juntos aos
registros públicos a fim de saber sobre a vida do imóvel, demonstrando, assim, a sua
boa-fé. Ademais, cabe referir que a dação em pagamento se encaixa tanto em bem
móvel como imóvel, assim como a evicção. De outro norte, esta deriva de lei, não
sendo necessário que conste expressamente do contrato, ao contrário do que
acontece quando há sua exclusão, diminuição ou reforço. A título de curiosidade, os
dois 1ºs casos não podem ser inseridos em contratos que não sejam paritários,
havendo a nulidade de tal cláusula.
Questão objetiva
(DPE-SP-2006) Sobre os vícios redibitórios, é correto afirmar:
a) São defeitos ocultos existentes na coisa alienada, objeto de qualquer tipo de
contrato.
b) Ocorrendo vício redibitório pode o adquirente rejeitar a coisa ou conservar o bem
e reclamar abatimento no preço sem acarretar a redibição do contrato, através da
ação estimatória ou quanti minoris.
c) Se o alienante tinha ciência do vício oculto, deverá restituir o que recebeu, sem
perdas e danos.
d) Se a coisa vier a perecer em poder do alienatário, em razão do defeito já existente
ao tempo da tradição, o alienante não terá de restituir o que recebeu.
e) A ação redibitória ou estimatória deve ser proposta dentro do prazo de trinta dias,
em se tratando de bens móveis ou imóveis.
Gabarito: Letra “B” é a correta.
5
a) ERRADA, tendo em vista o Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato
comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria
ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
b) CORRETA [Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441),
pode o adquirente reclamar abatimento no preço]. PARA RECLAMAR O ABATIMENTO
NO PREÇO A AÇÃO É A ESTIMATÓRIA OU QUANTIS MINORIS. PARA REDIBIR
(RESOLVER) O CONTRATO A AÇÃO É A REDIBITÓRIA.
c) ERRADA, tendo em vista o Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da
coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente
restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.
d) ERRADA, tendo em vista o Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste
ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já
existente ao tempo da tradição.
e) ERRADA, tendo em vista o Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a
redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de
um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo
conta-se da alienação, reduzido à metade.
Caso Concreto 5
Arnaldo contratou, por telefone, serviço de TV a cabo por meio do qual recebeu, em
comodato, aparelho de recepção de sinal. Passado algum tempo, informou, também
por telefone, que desejava realizar distrato, além de ser indenizado pelo que gastou
nas despesas com o uso da coisa, consistentes em aquisição de televisor compatível
com a tecnologia do aparelho de recepção de sinal. A prestadora de serviço informou
que, para realização do distrato, Arnaldo deveria assinar um instrumento escrito.
Além disto, recusou-se a indenizar Arnaldo e exigiu de volta o aparelho de recepção
de sinal. A prestadora de serviço tem ou não tem razão? Explique sua resposta.
Gabarito:
Não tem razão quanto à forma do distrato, que poderá ser feito por telefone, mas
possui quanto a não indenizar Arnaldo pelas despesas com o uso da coisa e pela
exigência na devolução do aparelho. Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma
exigida para o contrato. Se o contrato foi celebrado via telefone então pode ser
desfeito via telefone.
Questão objetiva
Em se tratando da resolução do contrato por onerosidade excessiva, é certo afirmar:
a) Uma das partes pode pedir a resolução do contrato por onerosidade excessiva se
a prestação tomou-se impossível, gerando o enriquecimento da outra parte, sempre
com a aquiescência da outra parte.
b) À parte assiste o direito de pleitear a resolução do contrato, mas não a sua
revisão.
c) A resolução poderá ser evitada, se o réu concordar em modificar equitativamente
as cláusulas do contrato.
d) A resolução poderá ser pleiteada se a prestação ficou onerosa em razão de
acontecimento imprevisto anterior à assinatura do contrato.
e) Os efeitos da sentença que decretar a resolução retroagirão à data da assinatura
do contrato.
Gabarito: Letra “C” é a correta.
 
Caso Concreto 6 
(CESPE-DPE-Adaptado) Em 19/12/2012, Elias, divorciado, e sua irmã, por parte de
pai, Joana, solteira, procuraram a DP para saber o que poderia ser feito a respeito da
venda de um imóvel urbano, realizada pelo pai de ambos, Aldair, a seu neto, Miguel,
filho de Cláudio, irmão dos assistidos, o qual havia passado a residir no imóvel com o
pai alienante após a morte da companheira deste, Vilma. Afirmaram que não haviam
consentido com a venda, muito embora dela tivessem sido notificados previamente,
sem que, contudo, apresentassem qualquer impugnação. A alienação consumou-se
em escritura pública datada de 18/10/2002 e registrada no dia 11/11/2002.
Considerando aspectos relativos a defeitos, validade, invalidade e nulidade do
negócio jurídico, com referência à situação hipotética acima descrita, que é
necessário para sua anulação?
Gabarito:
Para que a compra e venda de Aldair a Miguel possa ser anulada, é necessária a
configuração de simulação, consistente em doação disfarçada ou, alternativamente,
a demonstração de prejuízo.
Questão objetiva 1
(TRE-MT) Considerando o contrato de compra e venda, assinale a opção correta.
a) A propriedade da coisa vendida, salvo disposição em contrário, transfere-se no
momento do contrato, por isso, considera-se tal operação como contrato real.
b) Será suspensa por tempo determinado a venda de ascendente a descendente,
salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem
consentido.
c) Desde a celebração do contrato, independentemente da tradição, os riscos da
coisa correm por conta do comprador e os riscos do preço, por conta do vendedor.
d) Salvo cláusula em contrário, ficarão a cargo do comprador as despesas de
escritura, registro e tradição.
Caso Concreto 7
(CESPE-DPE-Adaptado) Em 19/12/2012, Elias, divorciado, e sua irmã, por parte de pai, Joana, solteira, procuraram a DP para saber o que poderia ser feito a respeito da venda de um imóvel urbano, realizada pelo pai de ambos, Aldair, a seu neto, Miguel, filho de Cláudio, irmão dos assistidos, o qual havia passado a residir no imóvel com o pai alienante após a morte da companheira deste, Vilma. Afirmaramque não haviam consentido com a venda, muito embora dela tivessem sido notificados previamente, sem que, contudo, apresentassem qualquer impugnação. A alienação consumou-se em escritura pública datada de 18/10/2002 e registrada no dia 11/11/2002. Considerando aspectos relativos a defeitos, validade, invalidade e nulidade do negócio jurídico, com referência à situação hipotética acima descrita, que é necessário para sua anulação?
Para que a compra e venda de Aldair a Miguel possa ser anulada, é necessária a configuração de simulação, consistente em doação disfarçada ou, alternativamente, a demonstração de prejuízo. 
Questão objetiva 
(TRE-MT) Considerando o contrato de compra e venda, assinale a opção correta. 
a) A propriedade da coisa vendida, salvo disposição em contrário, transfere-se no momento do contrato, por isso, considera-se tal operação como contrato real. 
b) Será suspensa por tempo determinado a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. 
c) Desde a celebração do contrato, independentemente da tradição, os riscos da coisa correm por conta do comprador e os riscos do preço, por conta do vendedor. 
d) Salvo cláusula em contrário, ficarão a cargo do comprador as despesas de escritura, registro e tradição. 
e) O preço corrente nas vendas habituais do vendedor é critério válido de atribuição do preço, quando a venda for feita sem fixação do preço ou de critérios válidos para a sua determinação e não houver tabelamento oficial para o objeto do contrato. 
Gabarito: Letra “E”
a) Errada. Nos termos do art. 481 do CC, o contrato de compra e venda é consensual. 
b) Errada. A venda pode ser anulada (art. 496 do CC), mas não há suspensão temporária. 
c) Errada. As características estão invertidas na questão, ou seja, os riscos da coisa correm por conta do vendedor e os riscos do preço, por conta do comprador (art. 492 do CC). 
d) Errada. Segundo o art. 490 do CC, as despesas com a tradição ficam a cargo do vendedor. e) Certa. Conforme o art. 488 do CC, segundo o qual, convencionada a venda sem fixação de preço ou de critérios para a sua determinação, se não houver tabelamento oficial, entende-se que as partes se sujeitaram ao preço corrente nas vendas habituais do vendedor.
e) Certa. Conforme o art. 488 do CC, segundo o qual, convencionada a venda sem fixação de preço ou de critérios para a sua determinação, se não houver tabelamento oficial, entende-se que as partes se sujeitaram ao preço corrente nas vendas habituais do vendedor.
Caso Concreto 8 AV2
Minotauro, empresário milionário, celebrou contrato de doação com seu amigo de infância Aquiles. Através do referido contrato Minotauro doou para Aquiles uma pequena propriedade imóvel, onde ele pudesse organizar seu comitê eleitoral, já que pretende se candidatar nas próximas eleições municipais, dando a ele 15 dias úteis para declarar se aceita ou não.
Aponte as características do contrato de doação entabulado entre os dois amigos: 
R: O contrato de doação em tela é: gratuito, unilateral e de caráter pessoal.
b) Trata-se de doação não sujeita a encargo, sendo que o doador fixou prazo ao donatário para declarar se aceita ou não a liberalidade. Se Aquiles, ciente do prazo, não a fizer, o que acontecerá?
R: Se não a fizer, a doação será aceita, com base no art. 539. CC Art. 539. O doador
pode fixar prazo ao donatário, para declarar se aceita ou não a liberalidade. Desde
que o donatário, ciente do prazo, não faça, dentro dele, a declaração, entender-se-á
que aceitou, se a doação não for sujeita a encargo.
Questão objetiva
É correto afirmar que a doação feita a nascituro:
a) deve ser considerada nula tanto nos casos de natimorto como nos casos de nascimento com deficiência mental.
b) deve ser considerada inexistente no caso de natimorto e nula nos casos de nascimento com vida, ainda que haja aceitação por seu representante legal.
c) é nula de pleno direito, já que a personalidade civil começa apenas com o nascimento com vida, independentemente de aceitação por seu representante legal.
d) desde que seja aceita por seu representante legal, é válida, ficando, porém, sujeita à condição, qual seja, o nascimento com vida.
Gabarito: Letra “D”. O nascituro, aquele concebido que ainda não nasceu, poderá receber doação, mas a sua aceitação deverá ser manifestada pelos pais ou por aquele incumbido de cuidar de seus interesses, nesse último caso, com autorização judicial. Ressalta-se o fato de que a eficácia do contrato de doação depende do nascimento com vida do donatário (nascituro), por tratar-se de uma doação condicional, já que este não possui personalidade jurídica material, aquela relacionada à direitos patrimoniais e que só é admitida com o nascimento com vida.
Caso Concreto 9
Em determinado contrato, o fiador renunciou expressamente ao benefício de ordem. O credor está executando o contrato em razão da dívida não paga requerendo a penhora de imóvel de propriedade do fiador, apesar do devedor ser proprietário de diversos imóveis. O advogado do fiador fez a seguinte afirmação: - “Nesse caso, meu cliente possui o direito de exigir que sejam executados, primeiramente, os bens do devedor se houver bens sitos no mesmo município na qual foi celebrado o contrato de locação, livres e desembargados”. Este advogado está certo ou errado? Fundamente sua resposta.
Está errado, pois a renúncia ao benefício de ordem é lícita e permitida pelo Código Civil brasileiro e na medida em que o fiador renunciou ao benefício de ordem, poderá ter seus bens penhorados em primeiro lugar, sim. (Art. 828 Não aproveita este benefício ao fiador: I - se ele o renunciou expressamente;)
Questão objetiva 1
(TJ-DFT 2014) No que se refere ao contrato de locação de imóveis não residenciais, assinale a opção correta.
a) Uma distribuidora de petróleo que, legalmente impedida de comercializar diretamente seus produtos, subloque totalmente o imóvel de que seja locatária a um revendedor varejista, tem legitimidade, segundo a jurisprudência do STJ, para propor ação renovatória da locação.
b) Em se tratando de ação renovatória de aluguel, é necessária a citação do fiador caso este tenha apresentado declaração pública com a petição inicial da ação renovatória, garantindo assumir os encargos do contrato que se pretende renovar.
c) Em se tratando de contestação a ação renovatória de aluguel, ao proprietário é permitido alegar ter proposta de terceiro para a locação, em condições melhores, devendo juntar prova documental da referida proposta por este subscrita e por duas testemunhas, não havendo vedação legal ao fato de o terceiro ser do mesmo ramo de exploração do locatário.
Contrato de locação empresarial celebrado com autarquia, na condição de locadora, é regido pela Lei n.º 8.245/1991, que trata das locações de imóveis urbanos, com a possibilidade de previsão de cláusulas exorbitantes, conforme a Lei n.º 8.666/1993.
A ação renovatória busca assegurar não apenas os valores praticados segundo o contrato de locação celebrado entre as partes, mas também a juris locato e o direito de inerência.
Gabarito: Letra “B”. O contrato de locação de coisas é aquele em que, uma das partes se obriga a ceder à outra, por tempo determinado ou não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa retribuição (CC, art.565). Art. 565. Na locação de coisas, uma das partes se obriga a ceder à outra, por tempo determinado ou não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa retribuição.
Questão objetiva 2
(TJ-PB 2015) Acerca dos contratos de locação de imóveis urbanos, assinale a opção correta à luz da jurisprudência dominante do STJ.
a) O prazo máximo de prorrogação do contrato de locação estabelecido em ação renovatória é de cinco anos.
b) Para a instrução de ação renovatória de locação, é dispensável que o contrato seja escrito, podendo as cláusulas contratuais ser comprovadaspor outros meios de produção de prova.
c) Na ação renovatória, para o exercício da retomada para uso próprio, o locador não precisa indicar o ramo de atividade a ser explorado no imóvel.
d) Durante a prorrogação do contrato, o fiador não é responsável por garantir a satisfação do crédito decorrente, ainda que exista cláusula contratual estabelecendo a garantia por fiança até o momento da devolução do imóvel urbano.
e) Devido ao fato de que a lei assegura ao locatário o direito de indenização e retenção pelas benfeitorias, será nula cláusula inserida em contrato de locação urbana de renúncia ao referido direito.
Gabarito: Letra “A” - existe decisão no STJ que deflagra essa situação, no sentido de que o prazo limite para renovação do contrato é de 5 anos. 
Caso concreto 10
Considere a seguinte afirmação: Se o indivíduo A adquirir do indivíduo B imóvel no qual, por força de contrato de locação, resida o indivíduo C, presumir-se-á a concordância de A com a locação, caso este não a denuncie no prazo de noventa dias. Está certa ou errada? Fundamente a resposta.
Gabarito: CERTO Estabelece o art. 8º, da Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/91): Se o imóvel for alienado durante a locação, o adquirente poderá denunciar o contrato, com o prazo de noventa dias para a desocupação, salvo se a locação for por tempo determinado e o contrato contiver cláusula de vigência em caso de alienação e estiver averbado junto à matrícula do imóvel. §2º A denúncia deverá ser exercitada no prazo de noventa dias contados do registro da venda ou do compromisso, presumindo-se, após esse prazo, a concordância na manutenção da locação.
Questão objetiva
(TJ-CE 2014) Analise as assertivas a seguir:
I. Prestada a fiança por quem seja casado sob o regime da comunhão universal de bens, sem anuência do outro cônjuge, esse contrato é nulo.
II. São partes no contrato de fiança o fiador e o devedor da obrigação principal.
III. A fiança que exceder o valor da dívida, ou for mais onerosa que ela, não valerá senão até o limite da obrigação afiançada.
IV. Não se pode estipular fiança sem o consentimento do devedor.
V. As obrigações nulas não são suscetíveis de fiança, exceto se a nulidade resultar apenas de incapacidade pessoal do devedor e que não se trate de mútuo feito a menor. Sobre o contrato de fiança, é correto o que se afirma APENAS em:
a) III e V.
b) I e V.
c) III e IV.
d) I e II. 
e) II eIII.
Gabarito: Letra “A” - Somente III e V estão corretas.
I. Prestada a fiança por quem seja casado sob o regime da comunhão universal de bens, sem anuência do outro cônjuge, esse contrato é nulo. FALSA: STJ, Súm. n.332: A fiança prestada sem autorização de um dos cônjuges implica a ineficácia total da garantia.
II. São partes no contrato de fiança o fiador e o devedor da obrigação principal.
FALSA: São partes o CREDOR e o FIADOR. O Credor assume a dívida do devedor. Vide CC, art. 818: "Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra".
III. A fiança que exceder o valor da dívida, ou for mais onerosa que ela, não valerá senão até o limite da obrigação afiançada. VERDADEIRA: De acordo com a parte final do art. 823 do CC: "A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em condições menos onerosas, e, quando exceder o valor da dívida, ou for mais onerosa que ela, não valerá senão até ao limite da obrigação afiançada"
IV. Não se pode estipular fiança sem o consentimento do devedor. FALSA: O art. 820 do CC diz o contrário: "Pode-se estipular a fiança, ainda que sem consentimento do devedor ou contra a sua vontade."
V. As obrigações nulas não são suscetíveis de fiança, exceto se a nulidade resultar apenas de incapacidade pessoal do devedor e que não se trate de mútuo feito a menor. VERDADEIRA: O art. 824 e seu parágrafo único do CC diz exatamente isso: "As obrigações nulas não são suscetíveis de fiança, exceto se a nulidade resultar apenas de incapacidade pessoal do devedor"... "A exceção estabelecida neste artigo não abrange o caso de mútuo feito a menor".
Caso concreto 11
Arnaldo contratou, por telefone, serviço de TV a cabo por meio do qual recebeu, em comodato, aparelho de recepção de sinal. Passado algum tempo, informou, também por telefone, que desejava realizar distrato, além de ser indenizado pelo que gastou nas despesas com o uso da coisa, consistentes em aquisição de televisor compatível com a tecnologia do aparelho de recepção de sinal. A prestadora de serviço informou que, para realização do distrato, Arnaldo deveria assinar um instrumento escrito. Além disto, recusou-se a indenizar Arnaldo e exigiu de volta o aparelho de recepção de sinal. A prestadora de serviço está correta, nesse caso?
Gabarito: A prestadora de serviço não tem razão quanto à forma do distrato, que poderá ser feito por telefone, mas possui quanto a não indenizar Arnaldo pelas despesas com o uso da coisa e pela exigência na devolução do aparelho.
Questão objetiva
(INFRAERO-2011) No contrato de mútuo,
a) não se presumem devidos juros, ainda que se destinar a fins econômicos.
b) o mutuante não pode exigir garantia da restituição, mesmo se, antes do vencimento, o mutuário sofrer notória mudança em sua situação econômica.
c) o prazo, não tendo sido convencionado expressamente, será de trinta dias, pelo menos, se for de dinheiro.
d) o prazo, não tendo sido convencionado expressamente, será de um ano, pelo menos, se for de bem imóvel. e) os produtos agrícolas para semeadura não poderão ser objeto do empréstimo.
Gabarito: Letra “C”.
Caso Concreto 12
(TRF 5a . Região 2009 - adaptada) Carlos, de posse de projeto elaborado por uma arquiteta e por ele aprovado, celebrou contrato de empreitada mista com uma construtora para a realização de reforma em seu imóvel, não tendo sido estipulada cláusula de reajuste de preço. Neste caso, a construtora comprovando aumento de preço do material e salários dos empregados poderão determinar acréscimos no contrato realizado com Carlos? Justifique sua resposta. 
Gabarito: O art. 619, CC o empreiteiro não tem direito a exigir nenhum acréscimo quando tal estipulação não está expressamente prevista em contrato (princípio da imutabilidade do preço).
Questão objetiva 1
No que se refere a contrato de empreitada, assinale a opção correta.
a) Na empreitada mista, a responsabilidade do empreiteiro refere-se à solidez e
segurança do trabalho realizado em razão dos materiais utilizados, excluídos os problemas de solidez decorrentes do solo.
b) Desde que o contrato de empreitada e o projeto sejam escritos, o dono da obra não é obrigado a pagar ao empreiteiro por aumentos e acréscimos que, mesmo que não ignorados por ele, não foram autorizados por escrito.
c) Salvo se ajustado em consideração às qualidades pessoais do empreiteiro, o contrato de empreitada não se extingue com a morte de qualquer um dos contratantes.
d) No silêncio do contrato, a presunção é de que o empreiteiro contratado utilizará seu próprio material na obra.
e) A empreitada de mão de obra caracteriza-se pela relação de subordinação do empreiteiro com o dono da obra.
Gabarito: Letra “C”. É importante não confundir: No contrato de empreitada, a morte de qualquer das partes não extingue o contrato, salvo de ajustado em consideração às qualidades pessoais do empreiteiro, conforme dispõe o art. 626 do CC/02. Entretanto, no contrato de PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, a morte de qualquer das partes finaliza o contrato, nos termos do art. 607 do CC/02.
Questão objetiva 2
(TRE-AC 2015) O Código Civil estabelece diretrizes referentes à Empreitada. Em relação a esse assunto, assinale a alternativa correta.
a) O empreiteiro de uma obra pode contribuir para ela com seu trabalho e com os materiais. Não é permitido que ele contribua somente com seu trabalho.
b) O contrato para elaboração de um projeto não implica a obrigação de executá-lo ou de fiscalizar-lhea execução.
c) O empreiteiro não é obrigado a pagar os materiais que recebeu, se, por imperícia ou negligência, inutilizá-los.
d) Nos contratos de empreitada de edifícios ou outras construções consideráveis, o empreiteiro de materiais e execução responderá, durante o prazo irredutível de quinze anos, pela solidez e segurança do trabalho, tanto em razão dos materiais como do solo.
e) O empreiteiro não poderá suspender a obra por culpa do dono ou por motivo de força maior.
Gabarito: Letra “B”: Art. 610. § 2o O contrato para elaboração de um projeto não implica a obrigação de executá - lo, ou de fiscalizar-lhe a execução.
Questão objetiva 3
De acordo com o Código Civil, assinale a opção correta a respeito da prestação de serviço, da empreitada, do mandato, do transporte e do depósito.
a) No contrato de depósito, em caso de superveniente incapacidade do depositário, o depósito será estendido, até o prazo avençado, à pessoa que assumir a administração dos bens.
b) No contrato de prestação de serviço, a ausência de habilitação para o serviço contratado acarreta o não recebimento do objeto e o impedimento do pagamento.
c) No contrato de empreitada, a ausência de verificação da obra por parte do comitente não obsta a rejeição da obra.
d) No mandato, os atos praticados pelo substabelecido serão considerados inexistentes se a proibição de substabelecer constar da procuração.
e) No contrato de transporte, o conhecimento de transporte é documento essencial para a comprovação do recebimento da carga e para a conclusão do negócio. 
Gabarito: Letra “C” - Art. 641.
a) Se o depositário se tornar incapaz, a pessoa que lhe assumir a administração dos bens diligenciará imediatamente restituir a coisa depositada e, não querendo ou não podendo o depositante recebê-la, recolhê-la-á ao Depósito Público ou promoverá nomeação de outro depositário.
b) Art. 606. Se o serviço for prestado por quem não possua título de habilitação, ou não satisfaça requisitos outros estabelecidos em lei, não poderá quem os prestou cobrar a retribuição normalmente correspondente ao trabalho executado. Mas se deste resultar benefício para a outra parte, o juiz atribuirá a quem o prestou uma compensação razoável, desde que tenha agido com boa-fé. Parágrafo único. Não se aplica a segunda parte deste artigo, quando a proibição da prestação de serviço resultar de lei de ordem pública.
c) CORRETA
d) Art. 662. Os atos praticados por quem não tenha mandato, ou o tenha sem poderes suficientes, são ineficazes em relação àquele em cujo nome foram praticados, salvo se este os ratificar. Parágrafo único. A ratificação há de ser expressa, ou resultar de ato inequívoco, e retroagirá à data do ato.
e) No contrato de transporte, o conhecimento de transporte é documento essencial para a comprovação do recebimento da carga e para a conclusão do negócio. Eis o erro: "O conhecimento de transporte" é prescindível (desnecessário) para que o contrato de transporte se aperfeiçoe!
Caso Concreto 13
Já muito idosa, porém lúcida, Vera outorgou mandato para que seu filho José
passasse a realizar, em seu nome, negócios em geral. Na posse do instrumento de
mandato, José alienou bem imóvel de propriedade de Vera, partilhando o produto da
venda com seus irmãos. Em relação a Vera, como esse ato pode ser caracterizado?
Fundamente sua resposta.
Gabarito: Em relação a Vera o ato é ineficaz, salvo ratificação expressa, que
retroagirá à data do ato. No presente caso, aplicam-se tanto o artigo 661 e parágrafo
1º, quanto o artigo 662, caput e parágrafo único, todos do Código Civil Brasileiro.
Explico: In Casu, José tinha apenas mandato em termos gerais e, segundo a
inteligência do artigo 661, CC, tal mandato confere apenas poderes de
administração. Para Alienar, deverá o Mandatário ter poderes especiais e expressos
no mandato, consoante o teor do parágrafo primeiro do artigo 661. Outrossim, o
Artigo 662 e parágrafo único do mesmo diploma legal rezam: Art. 662. Os atos
praticados por quem não tenha mandato, ou o tenha sem poderes suficientes, são
ineficazes em relação àquele em cujo nome foram praticados, salvo se este os
ratificar. Parágrafo único. A ratificação há de ser expressa, ou resultar de ato
inequívoco, e retroagirá à data do ato.
Questão objetiva 1
(TRT-1ª. Região -2014) No contrato de prestação de serviço,
a) o contrato não se extingue pela morte de qualquer das partes, porque ele obriga
os sucessores a cumpri-lo.
b) o prestador de serviço sempre poderá transferir a outrem suas obrigações, se
estas não forem personalíssimas, independentemente de autorização do tomador dos
serviços.
c) se o serviço for prestado por quem não possuía título de habilitação, ainda que
deste resulte benefício para outra parte, não haverá direito à remuneração
contratada, nem se permite o arbitramento judicial a título de remuneração.
d) a retribuição pagar-se-á parceladamente, à medida que o serviço tiver sido
prestado, salvo convenção em sentido contrário.
e) se o prestador de serviço for despedido sem justa causa, a outra parte será
obrigada a pagar-lhe por inteiro a retribuição vencida, e por metade a que lhe tocaria
de então ao termo legal do contrato.
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Gabarito: Letra “E” - Art. 603. Se o prestador de serviço for despedido sem justa
causa, a outra parte será obrigada a pagarlhe por inteiro a retribuição vencida, e por
metade a que lhe tocaria de então ao termo legal do contrato.
Questão objetiva 2
Considere as assertivas a seguir:
I. decorridos 4 (quatro) anos, o Contrato de Prestação de Serviços é considerado
findo, independentemente da conclusão dos serviços;
II. o mandato outorgado por meio de instrumento público somente admite
substabelecimento por instrumento público;
III. na doação sujeita a encargo, o silêncio do donatário, no prazo fixado pelo
doador, não implica aceitação da doação.
É verdadeiro o que se afirma em
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas. e) I, II e III.
Gabarito: Letra “C.
I - VERDADEIRO Art. 598, CC: A prestação de serviço não se poderá convencionar
por mais de 4 anos [...]. Neste caso, decorridos 4 anos, dar-se-á por findo o
contrato, ainda que não concluída a obra.
II - FALSO Art. 655, CC: Ainda quando se outorgue mandato por instrumento
público, pode substabelecer-se mediante instrumento particular.
III - VERDADEIRO Art. 539, CC: O doador pode fixar prazo ao donatário, para
declarar se aceita ou não a liberalidade. Desde que o donatário, ciente do prazo, não
faça, dentro dele, a declaração, entender-se-á que aceitou, se a doação não for
sujeita a encargo.
Caso Concreto 14
Paulo celebrou contrato de seguro de dano com uma determinada seguradora que
opera no mercado nacional, envolvendo um veículo de passeio. Alguns meses depois,
a esposa de Paulo, Larissa, dirigindo outro veículo da família, segurado com outra
seguradora, ao manobrá-lo na garagem da residência onde residem, colide
violentamente e culposamente contra o veículo segurado de propriedade de Paulo.
Paulo, então, aciona a seguradora de seu veículo após o acidente e recebe o valor da
indenização, nos termos previstos em contrato. Neste caso, no que diz respeito à
possibilidade de sub-rogação, a seguradora do veículo de Paulo pode se utilizar
desse direito?.
Gabarito: A seguradora não terá direito à sub-rogação, pois a causadora do sinistro
é esposa do segurado. Trata-se de um dispositivo muito específico do Código Civil.
Segundo o art. 786, CC se a empresa seguradora pagar a indenização ao segurado,
ela se sub-roga, nos limites do valor da indenização, nos direitos e ações contra o
autor do dano. Porém o §1° deste dispositivo estabelece uma exceção: “Salvo dolo, a
sub-rogação não tem lugar se o dano foi causado pelo cônjuge do segurado, seus
descendentes ou ascendentes, consanguíneos ou afins”.Portanto, no caso concreto,
como o examinador deixou claro que não houve dolo(mas sim apenas culpa),
simplesmente não será hipótese de sub - rogação por parte da seguradora, não
havendo direito de regresso contra Larissa, pois ela é esposa de Paulo. Também
pouco importa o regime de bens em que eles são casados.
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Questão objetiva 1
(FCC-2007) Por meio de determinado contrato, João transferiu a Antônio a
propriedade de um bem imóvel. Em contrapartida, Antônio se compromete a pagar a
Pedro a quantia de R$ 1.000,00 (mil reais) mensais, em caráter vitalício, a partir da
transmissão da propriedade. Este negócio jurídico é tipificado como:
a) compromisso de compra e venda.
b) locação.
c) constituição de renda.
d) mandato.
e) permuta.
Gabarito: Letra “C”
Cabe observar que: João transferiu a propriedade a Antônio e Antônio pagará a
Pedro uma prestação mensal e vitalícia. O compromisso de Antônio pagar a Pedro as
prestações mensais e vitalícias é o que caracteriza o contrato de constituição de
renda, neste caso, oneroso, como indica o Art. 804 do Código Civil: Art. 804. O
contrato pode ser também a título oneroso, entregando-se bens móveis ou imóveis à
pessoa que se obriga a satisfazer as prestações a favor do credor ou de terceiros.
Art. 806. O contrato de constituição de renda será feito a prazo certo, ou por vida,
podendo ultrapassar a vida do devedor mas não a do credor, seja ele o contratante,
seja terceiro. Caso o compromisso se estabelecesse apenas entre Antônio e João,
mesmo que por tem po indeterminado, teríamos um mero contrato de locação.
Questão objetiva 2
No que se refere ao contrato estimatório do Direito Civil, assinale a opção correta.
a) Pode ter por objeto bem fungível, e a restituição, se for o caso, será por coisa de
igual gênero, qualidade e quantidade.
b) Os riscos são do consignante, que suporta a perda ou deterioração da coisa.
c) Após a entrega da coisa, a posse é exercida em nome do consignante, que a
mantém de forma mediata ou indireta.
d) O preço de estima é ato unilateral do consignatário e, se não alcançado em
determinado lapso temporal, emerge o dever de restituir a coisa.
e) Em decorrência da natureza própria do contrato, especialmente a obtenção da
posse e o poder de disposição, o Código Civil exige a forma escrita.
Gabarito: Letra “A”
b) ERRADA - Os riscos são do consignatário, nos termos do art. 535 do C.C., que
dispõe que o consignatário não se exonera da obrigação de pagar o preço, se a
restituição da coisa, em sua integridade, se tornar impossível, ainda que o fato a ele
não seja imputável.
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c) ERRADA - O consignatário não exerce a posse em nome do consignante. Pelo
contrário, fica autorizado a vender os bens consignados e o consignante não pode
dispor da coisa antes de lhe ser restituída ou de lhe ser comunicada a restituição
(art. 534 e 537 do CC).
d) ERRADA - O preço da estima não é ato unilateral mas ajustado entre as partes
(art. 534 do C.C.)
ERRADA - Nada dispõe o CC quanto a exigência de forma escrita.
Caso Concreto
(TJPA - Juiz Substituto - 2009 - adaptada) José da Silva, brasileiro, solteiro,
empresário, residente à Rua dos Oitis nº 1.525, Belém/PA, pactuou com a empresa
Seguro S/A contrato de seguro de vida, tendo pago 240 prestações. Em fevereiro de
2008, verificou a perda do carnê de pagamento e comunicou o fato ao seu corretor
de seguros que, prontamente, afirmou poder receber as prestações vencidas, em
espécie, mediante recibo. Após o pagamento de cinco prestações, foi notificado pela
companhia de seguros de que sua apólice havia sido cancelada por falta de
pagamento. Surpreso e temeroso pelo fato, uma vez que fora comunicado que seria
portador de doença grave e incurável, propôs ação de consignação em pagamento
das quantias impagas. O autor aduziu a circunstância de que sua relação contratual
sempre foi pautada pelo cumprimento das obrigações contratuais e alegou que, com
base no princípio da boa -fé, o seu ato de confiança no corretor que prestaria
serviços para outras empresas e também para a ré, com a venda dos seus produtos
e serviços, estaria plenamente justificado. Por outro lado, agora, quando iminente a
possibilidade do sinistro, com o consequente pagamento de valor previsto no
contrato, não poderia ser prejudicado. A ré, regularmente citada, apresentou
contestação e requereu a inclusão do corretor de seguros no polo passivo, como
litisconsorte, o que restou indeferido. Não houve a conciliação. Diante desse
contexto, quem tem razão? Fundamente sua resposta.
Gabarito: O corretor é considerado representante (art. 775, CC) e, como tal, a
quitação por ele dada deve ser considerada válida em observação ao princípio da
boa-fé (arts. 133, 422 e 765, CC) e função social do contrato.
Questão objetiva 2
Em relação aos contratos, assinale a opção correta.
a) Caso um indivíduo firme contrato de seguro com determinada instituição
financeira, e não haja dia previamente ajustado pelas partes para o pagamento de
prestação do prêmio, o contrato não será desfeito automaticamente com o
descumprimento da prestação pelo segurado no termo pactuado. Para o
desfazimento do contrato, será necessária a prévia constituição em mora do
contratante pela seguradora, mediante interpelação.
b) O Código Civil adotou o critério subjetivo da premeditação para determinar a
cobertura relativa ao suicídio do segurado. Desse modo, a seguradora não será
obrigada a indenizar se houver prova cabal da premeditação do suicídio, mesmo
após o decurso do período de carência de dois anos.
c) No contrato do seguro de acidentes pessoais, como garantia por morte acidental,
a seguradora se obriga, em virtude de expressa disposição legal, a indenizar também
o beneficiário no caso de morte do segurado por causa natural.
d) No contrato de seguro de automóvel, o reconhecimento da responsabilidade, a
confissão da ação ou a transação retiram do segurado de boa-fé o direito à
indenização e ao reembolso, pois são prejudiciais à seguradora, a menos que haja
prévio e expresso consentimento desta. e) Se, em caso de risco, o comodatário
privilegiar a segurança de seus próprios bens, abandonando os bens do comodante,
responderá pelo dano que venha a ser sofrido pelo comodante, exceto nas hipóteses
de caso fortuito ou força maior.
Gabarito: Letra “A” - Fundamento: A mora (inadimplemento da obrigação) pode
ser: ex persona ou ex re. a) mora ex persona - na falta de termo certo para a obrigação; não haverá mora automaticamente constituída. Ela começará da
interpelação que o interessado promover, e seus efeitos produzir-se-ão ex nunc (do
dia da intimação). (art. 397,§ único, do CC) b) mora ex re - imposta legalmente,
independentemente de provocação da parte a quem interessa, nos casos
especialmente previstos. (art. 397, caput, do CC).

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