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Prova Oral Física 3 na ordem sem 31 67, 68_questoes comparadas

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Prova Oral Física 3
Conceitos sobre eletrostática
Por que um determinado material quando atritado com outro adquire a propriedade de atrair ou repelir uns aos outros?
Quando dois corpos neutros são atritados, devido a esse atrito, os corpos se eletrizam e um corpo adquire carga positiva e o outro carga negativa. Por este motivo, quando um determinando material é atritado irá repelir quando em contato com outro material de mesma carga, ou irá atrair se em contato com material de carga oposta
Depois de acariciar o seu gato, você teria como saber se ele está carregado positivamente ou negativamente?
Sim. Se colocar o gato em contato com um material carregado negativamente e observar repulsão, seria possível saber que o gato está carregado negativamente, caso fosse observado atração, o gato estaria carregado positivamente.
Como ocorre a eletrificação por indução eletrostática? Os isolantes e condutores podem ser carregados por indução?
É quando a eletrização de um corpo inicialmente neutro (induzido) acontece por simples aproximação de um corpo carregado (indutor), sem que haja contato entre os corpos. O induzido deve estar ligado a Terra ou a um corpo maior que possa lhe fornecer elétrons ou que dele os receba num fluxo provocado pela presença do indutor. Condutores podem ser eletrizados por indução, enquanto que um isolante não há uma separação de cargas como no caso do condutor. Ocorre um fenômeno mais complexo, chamado polarização.
4. Enuncie a Lei de Coulomb. Diga qual a semelhança e diferença em relação à força gravitacional.
A lei de Coulomb da eletrostática afirma: " O módulo da força elétrica da atração ou repulsão entre duas cargas elétrica, q1 e q2 é diretamente proporcional ao produto das cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre as cargas". A expressão matemática que pode prever o valor das forças é dada por: Fel= K*Q1*Q2/d².
Semelhanças: São forças de campo; São proporcionais a uma constante e inversamente proporcionais ao quadrado da distância; Só se manifestam de forma visível se um dos corpos tiver massa (ou carga) muito alta ou se a distância for muito reduzida; Ambas possuem uma energia potencial associada.
Diferenças: Uma depende da massa dos corpos, a outra da carga; O campo de uma é dado pela razão entre P/m(gravidade), a outra é dada por F/q (campo elétrico); Uma é mais adequada para fenômenos de grande escala, enquanto a outra para fenômenos em pequena escala.
5. O que é o princípio da superposição das forças elétricas e magnéticas?
A força com a qual duas cargas interagem não é modificada pela presença de uma terceira. Em outras palavras, se uma carga está em presença de outras cargas elétricas, a força resultante sobre ela é a soma vetorial das forças exercidas por cada uma das cargas em separado.
6. Escreva o campo elétrico de uma distribuição discreta de cargas.
7. Explique a diferença entre campo e força. Qual a importância conceitual em se introduzir o conceito de campo? Força elétrica é a interação entre duas cargas elétricas, mensurando a atração ou repulsão entre elas. Sendo quantificada pela lei de coulomb. Essa equação é válida apenas para partículas carregadas (e para os poucos objetos que podem ser tratados como cargas pontuais). No caso de objetos macroscópicos, nos quais a carga está distribuída de modo assimétrico, precisamos recorrer a métodos mais sofisticados. Assim, vamos considerar, por enquanto, apenas partículas carregadas e não, por exemplo, dois gatos eletricamente carregados. Uma partícula carregada exerce uma força eletrostática sobre outra partícula carregada. A direção da força é a da reta que liga as partículas, mas o sentido depende do sinal das cargas. Se as cargas das partículas têm o mesmo sinal, as partículas se repelem, ou seja, são submetidas a forças que tendem a afastá-las. Se as cargas das partículas têm sinais opostos, as partículas se atraem ,ou seja, são submetidas a forças que tendem a aproximá-las. Campo Elétrico o campo estabelecido em todos os pontos do espaço sob a influência de uma carga geradora de intensidade Q, de forma que qualquer carga de prova de intensidade q fica sujeita a uma força de interação (atração ou repulsão) exercida por Q. 
8. O que são linhas de campo? Quais as suas vantagens e desvantagens? Dê exemplos. São linhas imaginárias traçadas de tal forma que o vetor campo elétrico é tangente a elas em qualquer ponto, indicando, assim, a direção e o sentido do campo naquele ponto. *Por convenção as linhas de campo iniciam nas cargas positivas(ou infinito) e terminam na carga negativa( ou inifinito). * Ao divergir para uma carga ou convergir para uma carga, as linhas de campo são simétricas em torno da carga. * O número de linhas de campo que divergem de uma carga positiva ou que entram em uma carga negativa, é proporcional à carga. * A densidade de linhas em torno de um ponto é proporcional ao valor do campo elétrico neste ponto. * Para grandes distâncias de um sistema de cargas, as linhas do campo são uniformemente espaçadas e radiais, como se fossem a do campo de uma única carga elétrica puntiforme igual à carga elétrica líquida do sistema de cargas.
9. Se a convenção de sinal das cargas elétricas fosse alterada de modo que a carga elétrica do elétron fosse positiva e a do próton negativa, a Lei de Coulomb continuaria a ser escrita da mesma forma? R: O sinal das cargas é uma convenção, ou seja, foi definida de modo arbitrário porque não influencia nos resultados do modelo. O importante para o modelo é que a força entre cargas opostas seja atrativa (ou seja, negativa) e que a força entre cargas iguais seja repulsiva (positiva). Pela propriedade da multiplicação: q*q = q*q > 0; (-q)*(-q) = q*q > 0; q*(-q) = -q*q < 0; (-q)*q = -q*q < 0; Logo, vemos que isso se observa não importa convenção do sinal das cargas.
 10. O número de linhas de campo que divergem de uma carga positiva, ou que entram numa carga negativa, é proporcional à carga? R: A fim de auxiliar na compreensão e na visualização de um Campo Elétrico, o físico inglês Michael Faraday introduziu o conceito de Linhas de Campo Elétrico. Essas linhas são essencialmente segmentos orientados (retas com setas indicando direções) que se relacionam com campos elétricos por meio de algumas regras. A compreensão dessas regras nos auxilia a visualizar como esses campos funcionam: • Regra 1: as linhas do campo elétrico “saem” (divergem) das cargas positivas e chegam (convergem) nas cargas negativas. • Regra 2: o número de linhas que chega ou sai de uma carga é diretamente proporcional ao módulo dessa carga. Logo, nas figuras anteriores, o módulo da carga negativa é o dobro do módulo da carga positiva, pois chegam 8 cargas naquela, enquanto saem apenas 4 desta. • Regra 3: o vetor campo elétrico é sempre tangente à linha de força no ponto em questão. • Regra 4: quanto mais concentradas estiverem as linhas (linhas bem próximas), mais intenso será o campo elétrico naquela região. Na figura acima, o campo na região B é mais intenso que em A, por exemplo. Essa concentração de linhas é denominada densidade de linhas de campo. • Regra 5: duas linhas de campo nunca se cruzam.
11. Como seriam as linhas de campo de duas cargas positivas próximas à grandes distâncias delas?
12. Duas linhas de campo podem se cruzar?
Não. As linhas de campo são resultado de uma soma vetorial de todas as forças que agem naquele ponto. Se duas linhas de campo se cruzassem, seus valores seriam somados no ponto em que se cruzam, gerando uma nova linha.
13. Uma pequenina bola isolante, sem carga elétrica líquida, está suspensa por uma fio. Quando se aproxima da pequena bola uma carga positiva, a bola é atraída pela carga? Por que? A situação seria outra se a carga aproximada fosse uma carga negativa? 
Não ocorre atração entre as Esferas. Pela lei de coulomb, temos que a força é repulsiva se as cargas tiverem o mesmo sinal e atrativa se as cargas tiverem sinais opostos. Como apenas uma das esferas possui carga, não ocorre interações entre elas, seja
de atração ou repulsão. Caso a esfera isolante continuasse isolante, e a esfera carrega positivamente fosse trocada por outra que possuísse carga negativa, ocorreria o mesmo fenômeno descrito anteriormente: como apenas uma das esferas possui uma carga, neste caso, também não ocorre interações repulsivas ou atrativas.
14. Se uma carga de prova se deslocar sobre uma pequena distância na direção de um campo elétrico, a sua energia potencial eletrostática aumenta ou diminui? A resposta depende do sinal da carga de prova? A variação do potencial depende do sinal da carga de prova? 
A sua energia potencial eletrostática diminui. Sim, pois seu sinal define o seu deslocamento, logo define o sinal do trabalho w. Não, pois o potencial elétrico é independente da carga. 
15. Em que direção você deve se deslocar, num campo elétrico, para que o potencial elétrico não se altere? 
Na direção das linhas equipotenciais. Estas, sempre fazem um ângulo de 90º com as linhas de campo.
16. Uma carga positiva, em repouso, fica solta num campo elétrico. A carga se moverá para a região de potencial elétrico mais elevado ou menos elevado? 
Se desloca para a região de potencial elétrico menos elevada, porque não se pode alterar a quantidade de prótons (carga positiva).
Se fosse para o elétron seria ao contrário. 
17. Se numa certa região do espaço, o campo elétrico for nulo, o potencial elétrico nesta região também deve ser nulo? Se o potencial elétrico for nulo numa certa região do espaço, o campo elétrico deve ser nulo nesta região? 
Não necessariamente. No CEE o campo elétrico na parte interne é nula, mas o potencial elétrico não precisa ser nulo, pois o potencial nada mais é que a energia armazenada nas cargas.
Contudo, se o potencial elétrico for nulo, o campo elétrico será nulo, já que não existem cargas ali presentes, não podendo existir um campo elétrico na região.
18. O valor do potencial elétrico pode ser escolhido como nulo em qualquer ponto conveniente? Sim. O potencial elétrico num ponto pode assumir qualquer valor. Somente a diferença de potencial e que possui sentido fısico determinado. Por razões de comodidade, podemos admitir que o potencial da Terra (ou de qualquer outro referencial equipotencial ) seja igual a zero. Qualquer outro valor escolhido também serve, pois o que será fisicamente relevante é a diferença de potencial. 
19. O que significa dizer que o potencial elétrico é definido a menos de uma constante? Assim como o campo elétrico E foi definido como a força elétrica F por unidade de carga, o potencial elétrico V é definido como a energia potencial elétrica U por unidade de carga. A unidade do potencial é Joule/Coulomb [J/C], conhecida como Volts [V]. Como a energia potencial elétrica é definida a menos de uma constante arbitrária, o potencial também é. Diferenças de energia potencial e de potencial elétrico, no entanto, são bem definidas. Da Eq. temos então 3
Calculo do campo elétrico
20. Qual a utilidade do conceito de potencial elétrico? Ele tem algum significado físico?
Através do conceito do potencial elétrico é possível medir a energia potencial e o campo elétrico de sistemas variados.
O significado físico de medir diferença de potencial é útil pois é uma grandeza escalar enquanto campo é uma grandeza vetorial.
21. A lei de Gauss pode ser obtida a partir da lei de Coulomb? Por que ela é chamada de lei?
Uma pode ser obtida pela outra e vice-versa, dessa forma:
É considerada lei por conta que se aplica em qualquer situação, seja o campo uniforme ou não.
22. Cite formas diferentes de cálculo do campo elétrico?
 - Campo Elétrico Produzido por uma Partícula Carregada Para determinar o campo elétrico produzido a uma distância r de uma partícula de carga q (também chamada, coloquialmente, de carga pontual), colocamos uma carga de prova q0 nesse ponto. De acordo com a lei de Coulomb, o módulo da força eletrostática que age sobre a carga de prova é dado por O sentido de é para longe da partícula, se a carga q for positiva (já que a carga de prova q0 é positiva), e na direção da partícula, se a carga q for negativa. De acordo com a, o módulo do vetor campo elétrico criado pela partícula na posição da carga de prova é dado por O sentido de é o mesmo que o da força que age sobre a carga de prova: para longe da carga pontual, se q for positiva, e na direção da carga pontual, se q for negativa. - Campo Elétrico Produzido por um Dipolo Elétrico Duas partículas carregadas, de módulo q e sinais opostos, formam um dipolo elétrico. A partícula mais próxima, de carga +q, produz um campo (+), de módulo E(+), no sentido positivo do eixo z (para longe da partícula). A partícula mais distante, de carga –q, produz um campo (–) , de módulo E(–), no sentido negativo do eixo z (para perto da partícula). Estamos interessados em calcular o campo total no ponto P. - Campo elétrico produzido por uma linha de carga (Descrição do problema na próxima questão. - Campo elétrico por um condutor esférico O teorema de Gauss e o de Coulomb são dois dos mais importantes da Eletricidade. Veremos agora uma aplicação interessante de ambos para o estudo do campo elétrico produzido por um condutor esférico. Seja uma esfera de raio R e carga Q . Um ponto pode ocupar, relativamente à esfera, três posições: ou é interno, ou pertence à esfera, ou é externo. Calculemos o campo elétrico em cada um desses casos. Figura 68 1 o caso) Ponto A interno – Foi provado, no tópico "Campo no Interior de um Condutor" , que o campo é nulo neste ponto. 2 o caso) Ponto B pertencente à esfera – Pelo teorema de Coulomb, em um ponto infinitamente próximo de um condutor fechado o campo vale : Esse também é o campo em um ponto da própria superfície do condutor. Tratando-se de uma esfera, a área vale: . Então: Fica: ou 3 o caso) Ponto C externo – Seja d a distância de C ao centro da esfera. Consideremos uma superfície esférica imaginária de raio d concêntrica à esfera de raio R. Como há uma simetria, o campo elétrico em todos os pontos dessa superfície tem o mesmo módulo . O fluxo através dessa superfície é então, em módulo: Mas, . Então: A carga Q, que se encontra distribuída sobre a esfera de raio R, é interna a essa esfera de raio d. Aplicando o teorema de Gauss para o fluxo que atravessa a superfície imaginária, temos: Então: de onde: As expressões e mostram que o campo produzido na superfície ou num ponto externo de uma esfera pode ser calculado admitindo-se que a carga da esfera seja puntiforme e colocada no centro da esfera, em vez de estar distribuída pela superfície. Pois essas expressões dão o módulo do campo produzido por uma carga puntiforme Q, num meio de constante dielétrica , em pontos situados, respectivamente, às distâncias R e d (veja fórmula ).
 23. Formule o problema de cálculo do campo elétrico devido a uma linha de carga infinitamente longa. 
- Considere o anel da figura. Não podemos usar a Eq*, já que não se trata de uma única partícula, nem de um pequeno número de partículas, mas de um número tão grande de partícula que a distribuição de carga pode ser considerada infinita. O que fazer? 
A solução é dividir mentalmente o anel em elementos de carga tão pequenos que possam ser tratados como partículas. A Eq.* pode ser aplicada a esses elementos. * - Como podemos aplicar a Eq.* aos elementos de carga dq, podemos escrever uma expressão para o campo d produzido individualmente pelos elementos de carga. Acontece que cada elemento contribui com um campo elétrico de módulo e orientação diferente para o campo em um ponto P do eixo central do anel. Como podemos somá-los para obter o campo total no ponto P? A solução é calcular as componentes dos vetores campo elétrico em relação a eixos adequadamente escolhidos e somar separadamente as componentes para obter as componentes do campo elétrico total. Antes de executar a soma, porém, é importante examinar a simetria do problema para verificar se algumas dessas componentes se cancelam, o que pode facilitar muito o trabalho. - Como o anel contém um número enorme de elementos
de carga dq, temos que somar um número enorme de campos elétricos d , mesmo que algumas componentes desses campos se cancelem por causa da simetria. Como podemos somar esse número enorme de elementos? A solução é usar uma integral.
24. O que são as densidades volumétrica e superficial de cargas? Descreva o campo de uma distribuição contínua de cargas com as contribuições volumétricas e superficiais. 
R: A densidade volumétrica de cargas (livres) é um campo escalar que tem unidades de carga por unidade de volume. O campo elétrico gerado por uma distribuição volumétrica de carga é obtido de forma similar à superposição do campo de cargas pontuais. Como a distribuição é contínua, a carga Q(r’) no elemento diferencial dv’ é substituída por Q(r’) = ρv(r’)dv’ e o somatório é substituído pela integral volumétrica Já a densidade superficial de cargas é um campo escalar que tem unidades de carga por unidade de área. Uma linha superfície de cargas com densidade superficial ρS é uma abstração e não possui espessura O campo elétrico é a ‘soma’ da contribuição de todas as linhas com largura infinitesimal dy’:
 25. Sabendo que a carga elétrica é quantizada, como podemos considerar uma distribuição contínua de cargas? 
R: Carga Elétrica Quantizada significa que ela só pode assumir valores discretos ou seja, não pode assumir qualquer valor, apenas valores inteiros múltiplos de uma carga fundamental, que é a carga do elétron, −1,6𝑥10−1,6𝑥10−19C. Cargas elétricas elementares, embora sejam quantizadas, podem se agrupar no sentido de formarem diferentes tipos de distribuição de cargas. Estas distribuições pertencem a dois grupos distintos; a distribuição discreta e a contínua. As distribuições contínuas de cargas se dividem em três classes; • distribuições lineares: • distribuições superfícies: • distribuições volumétricas: Quando dizemos que há uma distribuição contínua de carga, estamos fazendo uma simplificação que em geral é válida do ponto de vista macroscópico: a carga não se espalha pelo espaço como um fluido, mas apenas em partículas discretas, de modo que a carga total de qualquer corpo material é um múltiplo positivo ou negativo da carga do elétron.
26. Defina e explique a lei de Coulomb e a lei de Gauss.
A lei de Coulomb determina que a força elétrica que age entre dois corpos, ou entre partículas carregadas eletricamente, depende do valor das cargas e da distância entre os dois objetos. A força elétrica entre eles é, portanto, F= k. (q1.q2)/d^2. A força é de atração quando as partículas possuem cargas opostas e repulsão para cargas iguais.
A Lei de Gauss relaciona o fluxo elétrico resultante Φ de um campo elétrico, através de uma superfície fechada, com a carga resultante que é envolvida por essa superfície. Em outras palavras, a lei de Gauss relaciona os campos elétricos em pontos sobre uma superfície gaussiana (fechada) com a carga resultante envolta por essa superfície. É representada pela equação:
27. Se o campo elétrico for nulo em todos os pontos de uma superfície fechada, o fluxo líquido através da superfície através da superfície é necessariamente nulo? Qual é então a carga elétrica líquida no interior da superfície? 
Não necessariamente. Pela Lei de Gauss, a carga interna líquida no interior da superfície é igual ao fluxo líquido através da superfície multiplicado por Eo.
28. Se fluxo líquido através de uma superfície fechada for nulo, conclui-se que o campo elétrico é nulo em todos os pontos da superfície? Conclui-se que a carga elétrica líquida no interior da superfície é nula?
De acordo com a Lei de Gauss, a carga elétrica líquida no interior da superfície é nula, mas o campo elétrico não é necessariamente nulo em todos os pontos da superfície.
29. O campo elétrico que aparece na lei de Gauss é o campo elétrico devido às cargas no interior da superfície ou o campo elétrico total, devido a todas as cargas elétricas presentes, no interior e no exterior da superfície?
Apenas no interior da superfície. Pois, o fluxo do campo elétrico provocado por uma carga ou distribuição fora da superfície seria zero, pois as linhas que entram são as mesmas que saem pela superfície, caso a fonte do campo elétrico esteja localizado ao lado de fora dessa superfície.
30. Que informação, além da carga no interior de uma superfície, é necessária para se usar a lei de Gauss no cálculo do campo elétrico?
A lei de Gauss estabelece uma relação entre as cargas que estão no interior de uma superfície e o fluxo de campo elétrico através dessa superfície fechada.
É fundamental para a lei de Gauss, o fato de que a força elétrica é proporcional ao inverso do quadrado da distância. 
31. Por que o campo elétrico aumenta com o raio, e não diminui com o inverso do raio ao quadrado, quando se vai do centro de uma distribuição esférica de carga com densidade volumétrica constante
32. A lei de Gauss pode ser usada para calcular o campo elétrico sobre a mediatriz de um segmento de reta finito? Por que?
A simetria planar aplica-se no caso de uma distribuição de cargas num plano infinito, ou no caso em que se possa fazer a aproximação de plano infinito. Por exemplo, um plano finito pode ser considerado infinito, se o campo elétrico for calculado num ponto muito próximo do plano. Isto é, se a distância do plano ao ponto for muito menor do que as dimensões do plano.
O uso da lei de Gauss para calcular o campo elétrico consiste em descobrir uma superfície fechada imaginária — superfície gaussiana — que passa pelo ponto onde se quer calcular o campo, de forma a que a componente normal à superfície seja sempre constante ou nula. 
33. A lei de Gauss só vale para distribuições simétricas de carga elétrica? Explique ou dê um contra exemplo.
 A lei de Gauss é válida para qualquer situação, com campo uniforme, ou não, e para qualquer tipo de superfície fechada, também denominada superfície Gaussiana. Todavia, para ser operacionalmente útil ela deve ser usada apenas em determinadas circunstâncias. Uma circunstância favorável ocorre quando a superfície Gaussiana é tal que o produto escalar entre o campo e o vetor superfície é facilmente obtido Isso é sempre possível quando a distribuição de cargas apresenta alta simetria. Existem três tipos de simetrias que facilitam o uso da lei de Gauss ● Simetria planar; ● Simetria cilíndrica ou axial; ● Simetria esférica A simetria planar aplica-se no caso de uma distribuição de cargas num plano infinito, ou no caso em que se possa fazer a aproximação de plano infinito. Por exemplo, um plano finito pode ser considerado infinito, se o campo elétrico for calculado num ponto muito próximo do plano. Isto é, se a distância do plano ao ponto for muito menor do que as dimensões do plano A simetria cilíndrica, ou axial, aplica-se no caso de uma distribuição linear infinita. Existem dois casos clássicos: ● Linha infinita de cargas; ● Cargas distribuídas num cilindro infinito. De modo análogo ao caso anterior, um cilindro finito pode ser considerado infinito em determinadas circunstâncias. Existem dois casos típicos de simetria esférica: ● Carga puntiforme; ● Distribuição esférica de cargas.
Materiais Elétricos
 34. Fale do modelo para explicar o campo elétrico de materiais dielétricos. 
Os dielétricos, também chamados de isolantes, são os materiais que fazem oposição à passagem da corrente elétrica. Nesses materiais os elétrons estão fortemente ligados ao núcleo dos átomos, ou seja, as substâncias dielétricas não possuem elétrons livres (fator necessário para que haja passagem de corrente elétrica). Dessa forma, não há possibilidade de passagem de corrente elétrica através dos dielétricos, os quais podem ser: borracha, porcelana, vidro, plástico, madeira e muitos outros. As substâncias dielétricas são muito utilizadas no cotidiano, como também nos circuitos elétricos O armazenamento de carga pode ser ilustrado conforme as Figuras 18.2 e 18.3. Na Figura 18.2a, na situação de vácuo, uma carga +Q0 está armazenada na placa superior, e uma carga -Q0 na placa inferior. Quando um dielétrico
é introduzido e um campo elétrico é aplicado, o sólido introduzido dentro das placas torna-se polarizado (Figura 18.2b). Como resultado desta polarização, há um acúmulo adicional de carga negativa de magnitude -Q’ na superfície do dielétrico próxima da placa positivamente carregada, e de forma similar, uma carga adicional +Q’ na superfície adjacente à placa negativa. Para a região do dielétrico mais distante destas superfícies, os efeitos de polarização não são importantes. Assim se cada placa e suas superfícies adjacentes do dielétrico forem consideradas como uma simples entidade, a carga induzida pelo dielétrico (+Q’ ou -Q’) pode ser considerada como anulando alguma das cargas que originalmente existiam na placa para a condição de vácuo (+Q0 ou -Q0). Da fonte, elétrons são obrigados a fluir para a placa negativa de forma a restabelecer a voltagem. E assim a carga em cada placa é agora Q0+ Q’, tendo sido incrementada de um montante Q’. A densidade de carga superficial, D, ou quantidade de carga por unidade de área da placa do capacitor (C/m 2 ). A densidade de carga superficial, ou quantidade de carga por unidade de área da placa do capacitor (C/m 2 ) também pode ser obtida, é proporcional ao campo elétrico e é representada na Figura 18.2. Quando o vácuo está presente
35. Explique o que é a energia armazenada num capacitor.
A energia armazenada num capacitor é igual ao trabalho necessário para carregá-lo com carga Q, estabelecendo uma diferença de potencial V entre as placas desse capacitor (dada por Q/C). Ou seja, a energia armazenada num capacitor é a energia potencial elétrica associada ao trabalho para carregá-lo.
36. Defina condutor e isolante.
Condutores e isolantes são materiais elétricos que se comportam de maneiras opostas no que respeita à passagem de corrente elétrica. Enquanto os condutores permitem a movimentação dos elétrons, os isolantes dificultam essa movimentação, ou seja, a passagem da eletricidade.
37. Explique o que acontece com o campo elétrico no interior de um condutor em equilíbrio eletrostático. 
Dizemos que um condutor está em equilíbrio eletrostático quando no seu interior não há movimento ordenado de seus elétrons livres, isto é, não há correntes elétricas. Para que um condutor esteja em equilíbrio eletrostático é necessário que o campo elétrico no seu interior seja nulo pois, se não fosse nulo, provocaria correntes no interior do condutor e ele não estaria em equilíbrio eletrostático. No interior de um condutor em equilíbrio eletrostático, o campo elétrico é nulo. No entanto, na superfície do condutor pode haver campo elétrico não nulo, desde que ele seja perpendicular à superfície.
38. Por que em condições estáticas cada condutor forma uma região equipotencial no espaço? 
R: Sabemos que numa situação estática o campo elétrico macroscópico é zero dentro de um condutor. Consequentemente o potencial elétrico macroscópico é constante dentro de um condutor em equilíbrio. Então a superfície de um condutor em equilíbrio é sempre uma equipotencial. Se houver campo elétrico macroscópico diferente de zero fora do condutor, as linhas de força necessariamente terminam na superfície do condutor formando um ângulo reto com a superfície. Em outras palavras... Suponhamos um condutor eletrizado estaticamente, isto é, a carga elétrica em equilíbrio. Nesse caso, todos os pontos da superfície estão com o mesmo potencial. Porque, se houvesse dois pontos com diferença de potencial, haveria deslocamento de carga entre eles, e a carga não estaria em equilíbrio. A superfície de um condutor é então equipotencial. Por definição chamamos potencial do condutor a esse potencial comum dos pontos da superfície do condutor. Fisicamente o que se passa é o seguinte: quando carregamos um condutor de forma qualquer, como por exemplo, o da figura ao lado, a carga elétrica se distribui com densidade elétrica diferente de região para região, de -acordo com a curvatura, de maneira tal que todos os pontos da superfície fiquem com o mesmo potencial.
39. Por que um dielétrico polarizado, mesmo eletricamente neutro, produz em média um campo elétrico, tanto em pontos ext, como no interior dele?
A polarização não faz com que o dielétrico tenha alguma mudança em sua carga, só provoca uma reorganização da distribuição das cargas já presentes, dessa forma um dielétrico neutro continua produzindo campo elétrico tanto externa quanto internamente.
40. Por que incluímos um dielétrico entre as placas do capacitor?
Um dielétrico enfraquece o campo elétrico entre as placas de um capacitor, pois, na presença de um campo elétrico externo, as moléculas no dielétrico provocam um campo elétrico adicional na direção oposta a do campo externo. Logo, a capacitância de um capacitor aumenta em fator k, que é denominada constante dielétrica.
41. A capacitância de um capacitor, de placas planas e paralelas, depende da diferença de voltagem entre as placas? É proporcional à carga nas placas?
Sim. Diminuindo a intensidade do campo elétrico diminui a diferença de potencial elétrico entre as placas. Como a capacitância é por definição a carga no capacitor (que neste caso é constante) dividida pela diferença de potencial elétrico entre as placas (que neste caso se reduz quando o dielétrico é introduzido), a capacitância cresce. 
Se o capacitor permanece conectado à fonte enquanto se introduz o dielétrico, a diferença de potencial elétrico entre as placas não se altera durante a introdução do dielétrico. Então a intensidade do campo elétrico entre as placas também permanece inalterada apesar de as cargas induzidas gerarem um campo em oposição ao campo das cargas nas placas graças a um aumento dessas cargas.  Como a capacitância é por definição a carga no capacitor (que neste caso aumenta quando o dielétrico é introduzido) dividida pela diferença de potencial elétrico entre as placas (que neste caso é constante), a capacitância cresce.
Capacitância refere-se à capacidade do capacitor em armazenar carga quão maior a capacitância maior será o acumulo de carga possível no capacitor
42. Na investigação da eletrostática, concluímos que não há campo elétrico no interior de um condutor. Como é então possível que a corrente elétrica seja produzida por um campo elétrico no interior do condutor? 
O campo elétrico no interior de um condutor isolado e EM EQUILÍBRIO ELETROSTÁTICO é nulo. De fato pode existir campo elétrico NÃO nulo no interior de condutores (é o que está acontecendo agora, por exemplo, nos condutores do circuito elétrico do computador que utilizas ou da rede elétrica que o alimenta) mas então haverá correntes elétricas no condutor. Acontece que se um condutor estiver isolado tais correntes acabam cessando depois de algum tempo (este intervalo de tempo é na nossa escala de percepção de tempo muitíssimo pequeno, quase nulo) pois para sustentar uma corrente elétrica em um condutor há que se transferir energia para ele e como o condutor está isolado, tal não pode acontecer. Desta forma é importante destacar que a afirmação “o campo elétrico interno a um condutor é nulo” é verdadeira quando o condutor estiver em equilíbrio eletrostático. Cabe destacar também que EQUILÍBRIO ELETROSTÁTICO não significa condutor neutro. Um condutor pode estar eletrizado, carregado (possuir excedentes de carga elétrica) e ainda assim estar em equilíbrio eletrostático. O equilíbrio eletrostático foi atingido quando não há mais correntes elétricas no condutor.
Conceitos de Magnetostática
43. Qual é a origem da força magnética? Existem monopolos magnéticos? Explique
A força magnética é originada a partir de uma corrente elétrica. Pólos magnéticos existem somente em pares, pois as linhas de campo magnéticos são fechadas, impossibilitando a existência de monopolos , porque se existissem monopolos, as linhas de campo magnético iniciariam e terminariam no mesmo.
44. O campo magnético de um elemento de corrente é paralelo ao elemento de corrente?
Depende da regra da mão direita.
45. Como pode uma carga se deslocar num campo
magnético sem sofrer a ação de qualquer força?
Dado que a Força Magnética é expressa por |q|. v. B. sen Θ, quando Θ for igual a 0° ou 180°, o seno é zero e, portanto, a Força Magnética é nula, o que nos dar a entender que a partícula está no interior do campo magnético em movimento uniforme.
46. Uma carga elétrica em movimento pode sofrer a ação de forças elétricas e magnéticas?
Pode sim, com vetores de velocidade diferente, o da força magnética é perpendicular a direção da força e o da força elétrica é de mesmo sentido da força.
Cálculo do campo magnético
Regra da mão direita (mesmo essa sendo a esquerda).
47. Como você procederia para verificar se uma força que provoca o desvio da carga, de uma trajetória retilínea, é uma força elétrica ou uma força magnética?
 Primeiro a verificar seria a existência de campo magnético e se a partícula está em movimento, se não, não há força magnética. Se sim: Quando a partícula lançada possui velocidade paralela às linhas de indução do campo magnético, a força magnética é nula. Já que F = Q.v.B.senα. 
48. Em que as linhas do campo magnético são semelhantes às linhas do campo elétrico? Em que são diferentes? 
Com o objetivo de representar o campo elétrico através de diagramas, Faraday introduziu o conceito de linhas de força que também chamamos de linhas de campo. Estas linhas vão ajudar a definir a direção da força elétrica ou magnética, e a densidade do campo elétrico ou magnético em qualquer região do espaço. A reta tangente a linha de força nos fornece a direção do campo elétrico no ponto escolhido. E a densidade das linhas de força é uma medida do campo elétrico, ou seja, quanto maior a quantidade de linhas de força maior será a intensidade do campo elétrico ou magnético nesta região. No texto sobre campo elétrico vimos que ao redor de uma partícula carregada eletricamente existe um campo elétrico. O campo elétrico gerado por uma carga elétrica (Q) positiva é de afastamento e o campo elétrico gerado por uma carga elétrica (Q) negativa é de aproximação. Abaixo tempos uma figura com as linhas de força ou linhas de campo que representam o campo elétrico ao redor de cargas elétricas. Como a densidade das linhas nos fornece a intensidade do campo elétrico, olhando a figura acima, percebemos que o campo elétrico tem maior intensidade próximo a carga elétrica, pois as linhas estão mais próximas uma das outras do que em algum ponto mais distante da carga elétrica. Uma boa maneira pratica para visualizar as linhas de campo magnético é colocar um imã sob uma cartolina e espalhar limalha de ferro sobre a cartolina. A limalha de ferro será atraída e a força de atração terá a mesma direção do campo magnético. Logo, a limalha de ferro espalha pela cartolina formará linhas ao redor do imã. As linhas de campo magnético diferentemente das do campo elétrico, não tem início e nem fim, são lnhas fechadas passando pelos dois pólos.
 49. Quais são as semelhanças entre a agulha da bússola (magnetismo) e uma carga de teste (eletricidade)? 
Ambas estão submetidas a um determinado campo e atraídas por uma carga/pólo oposto. No caso da carga elétrica (positivo/negativo), e bússola ( norte/sul).
50. A força magnética obedece à terceira lei de Newton? Dê um exemplo.
 R: A terceira lei afirma que: Se um corpo exerce uma força sobre outro corpo, este último exerce sobre o primeiro, ao mesmo tempo, uma outra força de igual intensidade, de mesma direção e de sentido contrário. Porém, existem na natureza forças não Newtonianas, isto é, forças que não obedecem a Terceira Lei de Newton, no qual podemos citar a força magnética. Um caso em que a terceira lei de Newton não vale é o das forças entre cargas elétricas em movimento (forças magnéticas). A força magnética F12 exercida sobre uma carga q1, com velocidade v1 e situada na posição r1, por uma carga q2, com velocidade v2e situada na posição r2, é dada por: Para a configuração de cargas (supostas positivas) indicada na figura abaixo, F12 é uma força apontando para cima (verifique) enquanto que F21 é nula (note que ). Portanto, a terceira lei de Newton não é válida neste caso. 
51. Por que a força magnética não realiza trabalho? 
R: Ao contrário da força elétrica, a força magnética só atua nas cargas em movimento, ou seja, que possuam uma velocidade V≠0. Esta força surge devido às cargas estarem imersas num campo magnético. A força magnética possui três características fundamentais (HALLIDAY, 1997). (i) A direção é a perpendicular aos planos determinados pela velocidade vetorial V e pelo vetor campo magnético B. (ii) O sentido é dado pela regra da mão direita, partindo de V para B. (iii) O módulo desta força é dado por F = qVBsenθ. Em que, θ é o ângulo que V forma com B. Como consequência dessas características, observa-se que a força magnética possui uma propriedade muito importante: ela é sempre perpendicular à velocidade da partícula e assim, perpendicular ao deslocamento da mesma. Logo, pode-se concluir que a força magnética não realiza trabalho sobre cargas elétricas
52. Um fio condutor de corrente está num campo magnético, mas não sofre ação de qualquer força magnética. Como isso é possível?
A situação é possível quando não há nenhuma corrente circulando no fio. A força magnética age somente sobre elétrons em movimento ordenado pois do contrário ela afeta cada elétron separadamente e os módulos e direções resultantes se anulam.
53. Como seria possível determinar, pela observação da trajetória de uma partícula desviada por um campo, se a partícula estaria sendo desviada por um campo magnético ou por um campo elétrico?
Pela observação da Força F sofrida. Se a força for perpendicular à velocidade V, é uma força resultante de um campo magnético B. Caso contrário, podemos concluir que é uma força resultante de um campo elétrico E.
54. As linhas de campo magnético estão na direção da força magnética sobre uma carga em movimento? Dê um exemplo. 
As linhas de campo magnético não estão na direção da força magnética sobre uma carga em movimento.
Cálculo do Campo Magnético
55. Cite formas diferentes de cálculo do campo magnético?
Condutor retilíneo Um condutor percorrido por uma corrente elétrica gera um campo magnético ao seu redor. A configuração desse campo pode ser determinada colocando-se pequenas agulhas magnéticas em pontos dessa região. A equação que nos fornece o campo magnético gerado por um condutor retilíneo percorrido por uma corrente elétrica é a seguinte: Espira circular O campo magnético gerado por uma espira circular percorrida por corrente elétrica pode ser determinado pela seguinte equação: As linhas de indução do campo magnético são circunferências perpendiculares ao plano da espira, concêntricas com o condutor. Bobina chata Se considerarmos n espiras iguais justapostas, de modo que a espessura do enrolamento seja menor que o diâmetro de cada espira, teremos a chamada bobina chata. Podemos determinar a intensidade do vetor campo magnético no centro da bobina através da equação: Solenoide Chamamos de solenoide um condutor longo e enrolado que forma um tubo constituído de espiras igualmente espaçadas. A intensidade do vetor campo magnético no interior de um solenoide é determinada pela seguinte equação: Onde N/L representa o número de espiras por unidade de comprimento. E, em relação à equação acima, μ representa a permeabilidade magnética do condutor. 
56. Formule o problema de cálculo do campo magnético devido a um longo fio reto que conduz corrente. 
Quando um fio retilíneo é percorrido com uma corrente elétrica i, ele gera ao seu redor um campo magnético, cujas as linhas do campo são circunferências concêntricas pertencentes ao plano perpendicular ao fio e com centro comum em um ponto dele. Para sabermos qual o sentido do campo magnético deste fio utilizamos a regra da mão direita. Coloca-se polegar direito no mesmo sentido que a corrente, assim a direção que os demais dedos curvados nos mostrará será o sentido do campo, como mostra a figura abaixo: A lei de Ampére nos permitiu determinar o módulo
do campo magnético. Ela nos diz que “o vetor campo magnético é tangente as linhas do campo magnética”. Assim a tangente as linhas do campo magnética será a direção dele, e a intensidade do campo será dado pela equação: Onde R é a distância do fio até um ponto da linha do campo, e m0 é a constante de permeabilidade magnética do vácuo que vale m0 = 4π . 10 -7 T.m/A. Suponha que temos um fio percorrido por uma corrente de intensidade igual a 5 A. Determine o campo magnético de um ponto situado a 2 cm do fio. Calculamos o campo através da equação abaixo, portanto, temos que as grandezas envolvidas no exemplo são: i = 5 A, R = 2 cm = 2 x 10 -2 m. Calculemos.
57. Defina e explique a lei de Biot-Savart e a lei de Ampere.
A lei de Biot Savart é utilizada para obterr o campo magnético devido a um elemento de corrente e é o somatório de todos os elementos de corrente do circuito, fórmula: 
Já a lei de Ampere é válida para qualquer curva C, contanto que as correntes formem circuitos fechados. Ela é útil para calcular o campo magnético em situações nas quais, por haver um alto grau de simetria, a integral de linha do campo pode ser escrita como o produto de B por uma certa distância, dado por: 
58. O campo magnético que aparece na lei de Ampere é o campo magnético devido a corrente que passa através da superfície limitada pela curva ou o campo magnético total, devido a todas as correntes elétricas presentes, dentro ou fora da curva?
A lei de Ampere diz que : A integral de linha do campo magnético sobre uma curva fechada é proporcional à corrente total que passa através da superfície limitada pela curva. Então, pode-se concluir que o campo magnético que aparece na lei de Ampere é devido á corrente que passa através da superfície limitada pela curva.
59. Que informação, além da corrente que atravessa a superfície limitada pela curva, é necessária para se usar a lei de Ampere no cálculo do campo magnético?
É necessário que o superfície tenha alto grau de simetria, para que seja possível utilizar lei de Ampere para calcular o campo magnético.
60. A lei de Ampere só é válida quando há elevado grau de simetria no circuito?
No ponto de vista teórico vale para qualquer situação, mas na prática só é conveniente usá-la em problemas em que a simetria é elevada.
61. Compare as linhas de campo magnético de um solenoide com as de um ímã em formato de barra. 
O solenoide tem suas extremidades associadas aos pólos norte e sul - e um comportamento muito parecido com um ímã natural em forma de barra.
62. Defina e explique fluxo magnético. Qual o fluxo magnético através de uma superfície fechada? Explique. 
Fluxo magnético é uma medida do campo magnético total que atravessa uma área específica. É uma ferramenta útil para ajudar a descrever os efeitos da força magnética sobre um corpo que ocupa uma determinada área. A medida de fluxo magnético está particularmente ligada à área escolhida. Podemos escolher qualquer tamanho para a área e orientá-la de qualquer forma relativamente ao campo magnético. Se usarmos a imagem da linha de campo de um campo magnético, então todas as linhas de campo atravessando uma determinada área contribuem com algum fluxo magnético. O ângulo no qual a linha de campo intercepta a área também é importante. Uma linha de campo passando através de ângulo oblíquo contribuirá apenas com uma pequena componente do campo para o fluxo magnético. Ao calcular o fluxo magnético, incluímos apenas a componente do vetor campo magnético que é normal à área de teste. Embora nós tenhamos até agora apenas nos preocupado com fluxo magnético medido para uma simples área plana de teste, nós podemos fazer a nossa área de teste ser uma superfície de qualquer formato que nós quisermos. Na verdade, podemos usar uma superfície fechada como uma esfera que engloba uma região de interesse. Superfícies fechadas são particularmente interessantes para os físicos por causa da Lei de Gauss para o Magnetismo. Como os ímãs sempre têm dois pólos não há nenhuma possibilidade (até onde sabemos) que exista um monopolo magnético dentro de uma superfície fechada. Isto significa que o fluxo magnético resultante através de uma superfície fechada é sempre zero e, portanto, todas as linhas de campo magnético entrando na superfície fechada são exatamente equilibradas por linhas de campo indo para fora. Este fato é útil para simplificar problemas de campo magnético. O fluxo magnético total através de uma superfície fechada S é igual a zero, como prevê a Lei de Gauss para o magnetismo. Isso ocorre pois todas as linhas de campo que entram por um dos lados da superfície saem pelo outro. Na forma integral temos: Exemplos de superfícies fechadas. Dessa equação se pode concluir que o fluxo através de uma superfície fechada independe da superfície em questão (pode ser uma esfera, um cubo, um toroide, etc)
63. O campo magnético de um elemento de corrente varia com o inverso do quadrado da distância ao elemento de corrente? O campo magnético de uma corrente retilínea muito comprida varia com o inverso do quadrado da distância à corrente? Explique.
 O campo produzido por um elemento de corrente(Lei de Biot Savart) é dado por 
o que condiz com a afirmação de ser inversamente proporcional ao quadrado da distância, já para um fio muito longo o campo magnético é dado por , logo ele não varia com o inverso do quadrado da diatância ao elemento de corrente, por que em qualquer ponto do espaço o campo magnético de um fio, longo, reto, percorrido por uma corrente é tangente a um círculo de centro no fio e raio R, onde R é a distância entre o fio e o ponto onde é calculado o campo.
Materiais Magnéticos
64. Fale do modelo para explicar o campo magnético de materiais magnéticos?
 R: Todo material magnético está associado a um campo magnético, a região localizada ao redor desse material. Nesse campo, qualquer outro material que seja suscetível a efeitos magnéticos sofrerá a influência de uma força: a força magnética. Desde que o físico francês André-Marie Ampère (1775-1836) divulgou suas ideias, a explicação mais aceita para a existência de materiais magnéticos – ímãs permanentes ou temporários – é que nesses materiais existem correntes internas associadas ao campo magnético. Hoje, com o modelo atômico, sabemos que esses materiais são constituídos de átomos e, consequentemente, possuem elétrons que, além de apresentarem movimento ao redor do núcleo atômico. Com este modelo em mente as propriedades magnéticas dos átomos podem ser deduzidas a partir de conceitos da física clássica. Uma partícula com carga negativa como um elétron movendo-se numa órbita fechada, gera um dipolo magnético perpendicular ao plano da órbita da carga negativa. Esse é o princípio do eletroímã, dispositivo empregado para gerar campos magnéticos artificiais, através da passagem de uma corrente elétrica por um solenoide. 
65. Explique o que é a energia armazenada num indutor.
A energia armazenada no indutor é o trabalho necessário para estabelecer um fluxo de corrente no indutor e o campo magnético derivado.
66. Compare o comportamento de uma espira com corrente como o de um ímã, num campo magnético uniforme.
 Uma espira percorrida por uma corrente comporta-se, num campo magnético, como se fosse um pequeno ímã. 
67. O que é um dipolo magnético? Por que recebe esse nome? 
68. O que é a magnetização e corrente de magnetização?
69. Qual a classificação dos materiais magnéticos? Qual o comportamento desses materiais quanto ao campo externo magnetizante?
Materiais diamagnéticos: Quando um material diamagnético é colocado na presença de um campo magnético externo, estabelece-se em seu interior outro campo magnético em sentido oposto ao qual ele foi submetido e que desaparece quando o campo externo é removido. É o mesmo que dizer que esse tipo de material é repelido pelo campo magnético. Todos os materiais podem ser considerados diamagnéticos, porém essa característica é insignificante quando o material é ferromagnético ou paramagnético. Macroscopicamente, esses
materiais são caracterizados por não serem atraídos pelos ímãs. 
Ex: água, madeira, plástico e alguns metais como mercúrio o ouro e a prata.
Materiais paramagnéticos: Os materiais paramagnéticos são aqueles que têm seus momentos angulares alinhados ao serem colocados nas proximidades de um campo magnético. Esse alinhamento ocorre paralelamente ao campo magnético externo e faz com que o material se comporte da mesma forma que o ímã normal. Sendo assim, eles são atraídos pelos ímãs e passam a ter as mesmas características que eles. Entretanto, quando o campo externo é retirado, o material perde suas propriedades magnéticas e volta “a comportar-se normalmente”. 
Ex: alumínio, sódio, magnésio e cálcio.
Materiais ferromagnéticos: São classificados como ferromagnéticos os materiais que possuem memória magnética, isto é, quando são submetidos a um campo magnético externo, eles têm seus momentos angulares alinhados e passam a comportar-se da mesma forma que o ímã. Além disso, essas características permanecem mesmo após o ímã ser removido. 
Ex: ferro, níquel, cobalto ligas metálicas.
70. Explique a curva de histerese em materiais ferromagnéticos.
A área da curva de histerese nos dá a energia que é dissipada como calor em cada ciclo de variação de campo aplicado. Ela é a tendência de um sistema conservar o fluxo magnético em si após a influência de um campo
71. Explique o que é a indutância mútua e a autoindutância em circuitos elétricos. 
O fluxo magnético através de um circuito pode estar relacionado com a corrente no circuito e com as correntes em outros circuitos. Considerando somente a corrente do circuito, desconsiderando as correntes da vizinhança. A corrente provoca um campo magnético, que é definido pela lei de Biot-Savart, e a partir disto temos um fluxo magnético definido por: Fluxo = L*I, Onde L é a auto indutância, ou seja indutância somente do próprio circuito, e I a corrente. Logo para autoindutância consideramos apenas um circuito isolado. A partir disso define-se como indutância mutua a indutância dos circuitos vizinhos
72. Quando as indutâncias mútuas poderão não ser constantes e dependentes apenas da geometria?
Quando tem um material magnético a lei de Biot savat não serve, por conta do efeito de não linearidade, se tiver material magnético presente, pois pode ter dependência da sua corrente. 
73. Por que incluímos um material magnético no interior de um indutor?
Coloca-se um material magnético no interior de um indutor para aumentar a indutância concentrando as linhas de força do campo magnético que fluem pelo interior das espiras condutoras do indutor. O material magnético disponibiliza um meio para armazenamento de energia em forma de campo magnético. Ao introduzir um material magnético, o campo no interior do indutor pode ser centenas de vezes maior.
Indução Eletromagnética
74. A força eletromotriz induzida é proporcional ao fluxo magnético através do circuito? Pode haver uma fem induzida quando, num certo instante, o fluxo através do circuito for zero?
Sim, a Fem é dado pela taxa de variação do fluxo, segundo a fórmula: . Pode haver já que a Fem mede a variação do fluxo e não apenas em um determinado instante. 
75. Defina força eletromotriz induzida em torno de uma circuito. Por que ela é nula na eletrostática? 
76. O que é a força eletromotriz de movimento? 
77. Na experiência do fio metálico reto escorregando sobre dois trilhos condutores, calculamos o trabalho (fem) através de um circuito devido a uma força magnética, contudo sabemos que a força magnética não realiza trabalho. Como isso é possível? 
78. Na experiência do circuito em repouso e uma fonte de campo magnético não uniforme movendo-se, não há força magnética. De onde vem a realização de trabalho (fem) através do circuito
79. Defina e explique a lei de Faraday. O que significa o sinal negativo?
De acordo com a lei de Faraday, a força eletromotriz (fem) induzida sobre o circuito é igual a taxa de variação do fluxo magnético. 
O sinal negativo indica que o sentido da Fem induzida é tal que se opõe a variação que produziu. 
80. Explique a lei de Lenz. Ela tem relação com a conservação da energia? Dê um exemplo. 
Lei de Lenz “A fem, e a corrente induzida, tem direção que se opõe a variação que as provocou” Ou seja, quando uma fem é gerada, sua corrente induzida produz um campo magnético no sentido inverso de quem o gerou. Isso faz sentido, imagine um imã e uma bobina com varias espiras, quando o ima fosse jogado levemente para a bobina a forca de corrente induzida seria no sentido da espira o que aumentaria a velocidade do ima, consequentemente a taxa da variação do fluxo também aumentaria o que levaria a o aumento da corrente induzida. Isso aumentaria a forca atrativa sobre o ima logo a energia cinética e a dissipação de calor por efeito Jaule aumentariam sem que houvesse fonte de energia. Sendo assim observa-se que a lei de Lenz esta voltada para conservação de energia.
 81. Um gerador de ca poderia ser usado para gerar um fem que não fosse senoidal? Dê exemplo. 
Como A fem surgi a partir do fluxo magnético e o fluxo magnético em um gerador de CA é variável devido a angulação entre o campo e a normal da área. Logo um gerador de AC pode gerar uma fem alternada que é usado para produção de energia elétrica. Ex: Transformador.
 82. Quando um gerador injeta energia elétrica num circuito, de onde provém a energia injetada? 
Provem de uma grande bobina girante se converte em energia elétrica. A energia mecânica provem de uma queda d’agua ou de uma turbina a vapor, gira uma bobina em um campo magnético, gerando assim um fluxo magnético variável que consequentemente da origem a energia elétrica injetada num circuito. Quando é uma rede trifásica usa-se 3 espiras defasadas( com diferença na inclinação).

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