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CURSO DE PEDAGOGIA 
PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA – 
EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 
PROJETO DE INTERVENÇÃO DIDÁTICA 
 
 
 
 
“O PEQUENO PRÍNCIPE” E OS SENTIMENTOS NA CONSTITUIÇÃO 
DA IDENTIDADE E AUTONOMIA INFANTIL 
 
 
 
 
VICTOR ALEXANDRE SILVA – RA: 1855239 
OSMAR FERREIRA MAIA – RA: 1855754 
MAYONE FERREIRA PRATES – RA: 1854481 
 
 
 
 
 
 
INHUMAS, GO 
2019 
2 
 
1 Tema 
 
O presente projeto centra-se nas discussões a respeito da “constituição da identidade e 
autonomia infantil”. Aliás, tal tema é de fundamental importância quando se trata da educação 
escolar, principalmente, na etapa da Educação Infantil (4 e 5 anos), uma vez que, neste 
momento, a criança é entregue aos cuidados da escola, dando início ao seu processo de 
escolarização formal. 
Sendo assim, ao iniciar seu processo de emancipação do seio familiar, a criança 
confronta-se com uma nova realidade – o contexto escolar –; um ambiente de socialização 
constante e conflitante, no qual, crianças e professores estão em plena interação. 
 
2 Situação-problema 
 
Diante do exposto anteriormente, as crianças, ao serem inseridas nesse novo espaço 
social de interação, entra em conflito, sendo afetada emocional e cognitivamente. Em meio a 
esse contexto, torna-se necessário que o educador saiba atuar no sentido de possibilitar aos 
alunos meios que os auxiliem nesse processo conflitante. 
Assim, tendo em vista as dificuldades dos alunos da Educação Infantil em lidar com 
as emoções e sentimentos na constituição da sua identidade e autonomia, este projeto irá atuar 
no sentido de propor caminhos com vistas a superação dos obstáculos com os quais as crianças 
confrontam-se cotidianamente, devido a essa nova e diferente realidade em que foram inseridas. 
 
3 Justificativa e embasamento teórico 
 
A etapa educacional que corresponde a Educação Infantil é marcada por novas 
descobertas pela criança, sendo esta considerada um ser único e completo, que encontra-se em 
constante desenvolvimento físico, psíquico e cognitivo. 
Embora a criança necessite de cuidados pontuais dos adultos, ela é capaz de interagir 
com o meio desde o seu nascimento. Por isso, na Educação Infantil a criança torna-se capaz de 
socializar em maior amplitude com o meio social, devido a sua inserção no meio escolar. Aliás, 
ela confronta-se com uma realidade conflitante, que a afeta constantemente. 
Nesse contexto, se por um lado a criança dá início a sua emancipação do ambiente 
familiar nesta etapa, por outro é de fundamental importância que a família compartilhe as 
3 
 
responsabilidades com a escola, uma vez que tal parceria – escola e família – se faz necessária 
para um desenvolvimento satisfatório das crianças, conforme elucida Cordi (2018) 
 
A Educação Infantil precisa manter uma política de parceria com as famílias, 
não só em eventos escolares, mas cotidianamente no compartilhamento das 
aprendizagens das crianças e na valorização das relações com a comunidade 
escolar, bem como em momentos pontuais de orientação e trocas de 
experiências relacionadas a questões educativas (CORDI, 2018, p. 7). 
 
Diante disso, este projeto propõe-se investigar e lidar com o processo de constituição 
da identidade e autonomia pela criança, um processo longo e complexo, que perdurará até o 
início da idade adulta. 
Nessa perspectiva, ao tratar dos aspectos da constituição da identidade e da autonomia 
na criança, toma-se como base as reflexões postuladas por Piaget (1976), enfatizando que com 
o aparecimento da linguagem, as condutas são modificadas no aspecto afetivo e no intelectual. 
É nesse processo de transformação que a criança começa a construir sua identidade, 
diferenciando-se do meio e do outro, percebendo aspectos pontuais de sua forma de ser e agir, 
tudo isso possibilitado pela socialização. 
Por este motivo, o processo de socialização é de tamanha importância na Educação 
Infantil, pois, por meio dele a criança constrói sua identidade e autonomia. Ademais, nessa 
etapa de ensino a criança, através da socialização, aprende a lidar com uma série de emoções e 
sentimentos que não lhe eram familiares. 
Piaget (1976) argumenta que as transformações provenientes do início da socialização 
não têm importância apenas para a inteligência e para o pensamento, mas repercutem também 
na vida afetiva da criança. 
Desse modo, este projeto preocupa-se, justamente, em auxiliar os alunos a lidarem 
com os sentimentos, já que interferem diretamente no desenvolvimento cognitivo e afetivo da 
criança, podendo, até mesmo, comprometer o processo de ensino-aprendizagem. 
Nesse prisma, ao tratarmos dos aspectos da afetividade, Wallon revela que é na ação 
sobre o meio humano, e não sobre o meio físico, que deve ser buscado o significado das 
emoções. O trecho a seguir procura evidenciar a distinção que Wallon faz entre afetividade e 
emoções: 
 
As emoções, assim como os sentimentos e os desejos, são manifestações da 
vida afetiva. Na linguagem comum costuma-se substituir emoções por 
afetividade, tratando os termos como sinônimos. Todavia, não o são. A 
4 
 
afetividade é um conceito bem mais abrangente no qual se inserem várias 
manifestações. As emoções possuem características específicas que se 
distinguem de outras manifestações da afetividade. São sempre acompanhadas 
de alterações orgânicas, como aceleração dos batimentos cardíacos, mudanças 
no ritmo da respiração, dificuldades na digestão, secura na boca. Além dessas 
variações no funcionamento neurovegetativo, perceptíveis para quem as vive, 
as emoções provocam alterações na mímica facial, na postura, na forma como 
são executados os gestos. Acompanham-se de modificações visíveis do 
exterior, expressivas, que são responsáveis por seu caráter altamente 
contagioso e por seu poder mobilizador do meio humano (GALVÃO, 1995, 
p. 61-62). 
 
Portanto, afetividade é um conceito importante na prática pedagógica, principalmente, 
quando se trata do trabalho com crianças de quatro e cinco anos, em que se encontram afetadas 
por esse novo meio social, deixando-se transparecer sentimentos e emoções conflituosas e que, 
embora façam parte desta etapa, podem colocar em risco o desenvolvimento da sua autonomia 
quando não trabalhados com o devido cuidado. 
A esse respeito, Wallon enfatiza que só se aprende a lidar com as emoções e os 
sentimentos conflitantes, quando é possibilitado ao sujeito uma reflexão a respeito de suas 
causas. O trecho a seguir, escrito pela estudiosa da teoria walloniana, Galvão (1995), reflete em 
melhor grau tal consideração feita por Wallon: 
 
analogicamente, é possível constatar que a atividade intelectual voltada para 
a compreensão das causas de uma emoção reduz seus efeitos, uma crise 
emocional tende a se dissipar mediante atividade reflexiva. A comoção do 
medo ou da cólera diminui quando o sujeito se esforça para definir-lhe as 
causas (GALVÃO, 1995, p. 67). 
 
Enfim, faz-se necessário que, no trabalho com as crianças da Educação Infantil, o 
educador reflita, individual e coletivamente, a respeito dos aspectos afetivos que permeiam todo 
o processo de ensino-aprendizagem infantil, pois, desse modo, os alunos e o próprio professor 
encontraram meios de superar eventuais obstáculos que venham a impedir o desenvolvimento 
integral das crianças. 
 
4 Público-alvo 
 
Este projeto destina-se a alunos da Educação Infantil, cuja faixa etária está 
compreendida aos quatro anos de idade, estando as crianças cursando o Jardim I. 
 
 
5 
 
5 Objetivos 
 
O presente projeto foi proposto com o objetivo de auxiliar os professores da EducaçãoInfantil a lidar com os sentimentos e as emoções dos seus alunos, de modo que reconheçam a 
importância destes na constituição da identidade e da autonomia pela criança. 
Assim sendo, com fins de cumprir-se com o objetivo geral já elucidado, toma-se como 
objetivos específicos: 
a) propiciar aos alunos o contato com a história narrada no livro “O Pequeno Príncipe”, 
de Antoine de Saint-Exupéry, por meio de uma abordagem lúdica da leitura; 
b) enfocar a temática dos sentimentos e das emoções que estão presentes no livro, por 
meio de atividades ilustradas e adaptadas a faixa etária dos alunos; 
c) levar os professores a compreenderem que lidar com os sentimentos e as emoções 
na Educação Infantil é de fato complexo, mas estritamente necessário; 
d) e, por fim, auxiliar os alunos na constituição da sua identidade e autonomia, por 
meio de reflexões constantes acerca das suas emoções e sentimentos, com base na mediação 
propiciada pela leitura e pelo trabalho com o livro “O Pequeno Príncipe”. 
 
6 Percurso metodológico 
 
O projeto será desenvolvido em quatro etapas, que estão descritas a seguir: 
• 1ª etapa – Leitura do livro “O Pequeno Príncipe” de Antoine de Saint-Exupéry. 
Com autorização do (a) professor (a), realizaremos a leitura da obra por meio de uma 
abordagem mais lúdica e criativa, com fantoches encenando partes do livros e ressaltando os 
sentimentos descritos pela personagem principal. 
• 2ª etapa – Desenhos e pinturas de ilustrações presentes no livro. 
Nesta etapa serão distribuídas aos alunos atividades com ilustrações que estão contidas 
no livro e que enfocam trechos significativos para a abordagem das emoções e sentimentos na 
constituição da identidade e autonomia infantil. 
• 3ª etapa – Elaboração de um portfólio. 
Serão recolhidas e arquivadas todas as atividades desenvolvidas pelas crianças durante 
a realização deste projeto, com fins de elaborar o portfólio para exposição na “Mostra Cultural” 
da escola. 
• 4ª etapa – Exposição dos trabalhos em varal e finalização do projeto. 
6 
 
Será exposto todas as criações das crianças do Jardim I (4 anos) em um varal na 
“Mostra Cultural” da escola, e que anteriormente haviam sido arquivadas no portfólio. 
 
7 Recursos 
 
No desenvolvimento deste projeto serão utilizados alguns materiais de fácil aquisição 
e, muitas vezes, disponibilizados pelas escolas. São eles: 
• 4 exemplares do livro “O Pequeno Príncipe”; 
• 4 cartolinas na cor branca para confecção das personagens do livro; 
• Lápis de cor 24 cores; 
• Impressões das ilustrações para as crianças colorirem; 
• 10 palitos de picolé para confecção dos fantoches das personagens do livro; 
• Barbante para a confecção do varal; 
• Pasta para portfólio. 
 
8 Cronograma 
 
O cronograma que norteará a execução deste projeto está contido na tabela a seguir: 
 
Etapas do projeto Período de realização 
1ª etapa 29/04/2019 à 17/05/2019 
2ª etapa 29/04/2019 à 17/05/2019 
3ª etapa 20/05/2019 à 24/05/2019 
4ª etapa 31/05/2019 
 
 
9 Avaliação e produto final 
 
O método de avaliação utilizado neste projeto terá como base o envolvimento de todos 
os alunos na realização das atividades propostas. Também será avaliada a qualidade das 
produções e a participação das crianças durante a leitura do livro, bem como a sua socialização 
individual e coletiva. 
7 
 
Por sua vez, este projeto terá como produto final, a confecção de um portfólio que 
reúna todas as atividades desenvolvidas pelas crianças ao longo do projeto e a montagem de 
um varal para exposição das atividades na “Mostra Cultural” da escola. 
 
10 Referências 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares 
nacionais para a educação infantil. Brasília: MEC/SEB, 2010b. 
 
CORDI, Angela. Pé de brincadeira: pré-escola – 4 a 5 anos e 11 meses – livro do professor 
da educação infantil. Curitiba: Positivo, 2018. 
 
GALVÃO, Isabel. Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. 
Petrópolis, RJ: Vozes, 1995. 
 
KLISYS, Adriana. Brincar e ler para viver. Um guia para estruturação de um espaço 
educativo e incentivo ao lúdico e à leitura. São Paulo: Instituto Hediging Griffo, 2008. 
 
MUKHINA, Valéria. Psicologia da idade pré-escolar. São Paulo: Martins Fontes, 1995. 
 
PIAGET, Jean. Seis estudos de psicologia. Trad. Maria A. M. D’Amorim; Paulo S. L. Silva. 
Rio de Janeiro: Forense, 1967, v. 8, 1976. 
 
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984. 
 
WALLON, Henri. A evolução psicológica da criança. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

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