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TRABALHO DE CURSO COMPLETO - UNIP INTERATIVA

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1 
 
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA 
Educação a Distância 
Curso: Pedagogia 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
 
 Aluno(s): Charlielson Pantoja Cardoso - RA 1234125 
 Marivalda Coutinho de Farias - RA 1235149 
 
 
 
 
 
 
 
POLO 
BELÉM- NAZARÉ 
2014 
 
 
 
 
2 
 
CHARLIELSON PANTOJA CARDOSO 
MARIVALDA COUTINHO DE FARIAS 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
 
 
 
Trabalho Monográfico – Curso de 
Graduação – Licenciatura em 
Pedagogia apresentado à 
comissão julgadora da UNIP 
INTERATIVA, sob a Orientadora 
da Professora Priscila Facciolli 
Serafim de Lima Tavares. 
 
 
 
 
 
São Sebastião da Boa Vista/PA 
2014 
 
3 
 
 
 
 
 
Banca Examinadora 
 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________ 
 
_____________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belém – Nazaré 
2014 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
Agradecemos a Deus, pois sem ele 
não teríamos forças para essa longa 
jornada, agradecemos também aos 
professores e aos nossos colegas 
que nos incentivaram durante todo o 
trabalho. 
5 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
Agradecemos primeiramente a nossa orientadora professora Priscila Facciolli 
Serafim de Lima Tavares. Desprovida de palavras que possam fielmente 
retratar minha gratidão, desejo retribuir a competência, a sensibilidade e a 
disponibilidade com que me orientou. 
 
Em especial a professora Conceição, por sua atenção, compreensão e carinho 
com que sempre me tratou, se constituindo para mim, em um exemplo de 
pessoa e profissional a seguir, contribuindo para o meu aprimoramento 
intelectual, profissional e pessoal que acredito ter adquirido através do vínculo 
estabelecido. 
 
Agradecemos também, a todos os outros professores que por meio de sua 
singularidade pessoal de transmitir o conhecimento, marcaram as nossas vidas 
acadêmica, uma vez que não foram apenas professores, mais sim, grandes 
mestres e grandes amigos, o nosso muito obrigado a todos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
SUMÁRIO 
 
RESUMO...........................................................................................................08 
INTRODUÇÃO...................................................................................................10 
CAPÍTULO I – HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO INFANTIL...................................13 
1.1- Etapas de Desenvolvimento Infantil de 0 a 06 Anos..................................15 
1.2- Primeira Etapa 0 - 2 Anos...........................................................................16 
1.3-Áreas Abordadas no Desenvolvimento Infantil............................................17 
1.4- Segunda Etapa– 2 – 06 Anos.....................................................................19 
1.5- Aspecto Afetivo-Emocional.........................................................................20 
CAPÍTULO II – METODOLOGIA.......................................................................21 
2.1- Método........................................................................................................22 
2.2- Participantes...............................................................................................23 
2.3- Instrumentos de Pesquisa..........................................................................23 
2.4- Procedimentos............................................................................................23 
2.5- Análises de resultados................................................................................24 
2.6- A Importância do Lúdico na Educação Infantil...........................................24 
2.7- A qual escola escolher? Piaget? Montessoriana? Vygotsky? Tradicional?25 
2.8- Metodologia da Educação Infantil...............................................................26 
2.9- Estruturação dos três tipos de conhecimento.............................................30 
 
 
7 
 
 
CAPÍTULO III – OBJETIVOS DO LABORATÓRIO BÁSICO LÚDICO NA 
EDUCAÇÃO INFANTIL..................................................................................... 31 
3.1- Utilização de uma sala comum de aula para a realização de atividades 
lúdicas................................................................................................................32 
3.2- Como usar o laboratório no ensino lúdico..................................................33 
CONCLUSÃO....................................................................................................36 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................37 
ANEXO..............................................................................................................40 
QUESTIONÁRIO...............................................................................................41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
RESUMO 
 O atendimento a crianças pré-escolares foi e é uma preocupação 
constante de todas as épocas. Esta preocupação procede do fato de que o pré-
escolar é a base para uma aprendizagem efetiva. Pela sua real importância, 
devem-se procurar metodologias dinâmicas e criativas, necessárias para 
acompanhar a evolução da criança e atendê-la nas suas necessidades e 
desenvolvimento de suas potencialidades. // O histórico de desenvolvimento da 
educação infantil brasileira vem sendo aprimorada gradativamente ao longo de 
sua historia. No entanto, faz-se necessário que o professor perceba e 
reconheça seu aluno em sua forma mais completa com sua afetividade, com 
sua afetividade, sua percepção, sua expressão, sua criatividade e crítica. Que 
tenha compromisso com a construção do saber. // Assim sendo, a finalidade 
deste trabalho é proporcionar aos envolvidos no processo de desenvolvimento 
da criança pré-escolar, uma base sólida para teoria e prática. // É importante o 
conhecimento da História da Educação Pré-Escolar e o seu desenvolvimento 
através dos tempos. // É apresentado o pensamento de estudiosos de várias 
épocas que se preocuparam com a educação da criança. Todas as teorias e 
práticas são unânimes em uma questão: “A criança recebendo estímulos 
durante esse período, tanto a nível formal como no convívio familiar, estará 
tornando-se uma pessoa integrada e participante em seu meio”. // A 
fundamentação teórica do trabalho é com base nas teorias de Piaget e 
Vygotsky. // Os passos metodológicos iniciaram-se com o levantamento de 
uma simples pesquisa exploratória sobre a opinião de 6 professores que atuam 
na Educação Infantil na Escola Municipal de Ensino Infantil “Cantinho do Amor” 
no município de São Sebastião da Boa Vista, Pará. // Os resultados das 
análises são apresentados neste trabalho, nos seguintes pontos: Introdução 
onde a problemática e os objetivos são apresentados; Histórico da Educação 
Infantil onde são apresentadas as etapas de desenvolvimento infantil assim 
como em cada época, teorias e respectivos teóricos daquele contexto; // 
9 
 
Metodologia do trabalho, tópico que trata dos procedimentos de toda pesquisa 
e análises; Objetivos do Laboratório Lúdico na Educação Infantil, discutidos e 
planejados à luz da análise crítica da realidade atual na citada escola e 
possíveis encaminhamentos buscando o desembaraçar de conceitos e práticas 
obsoletas com o fim de alertarpara novas práticas no ensino infantil por meio 
do lúdico; conclusão, seção que encerra o trabalho, apresentando conclusões e 
possíveis encaminhamentos. 
PALAVRAS-CHAVE: lúdico, desenvolvimento, infantil, educação, pedagógica, 
 Teoria. 
ABSTRACT 
 the care of preschool children was and is a constant concern of all ages. 
This concern comes from the fact that pre-school is the foundation for effective 
learning. By its real importance, should be sought dynamic and creative 
methodologies needed to monitor the child's progress and serve it to their 
needs and develop their potential. // The historical development of Brazilian 
children's education is being improved gradually throughout its history. 
However, it is necessary that teachers perceive and recognize your student in 
its most complete form with his affection, his affection, his perception, his 
expression, his creativity and criticism. Who has committed to the construction 
of knowledge. // Therefore, the purpose of this work is to provide those involved 
in the development process of the preschool child, a solid base for theory and 
practice. // It is important to know the history of Pre-School Education and its 
development through the ages. // Appears the thought of scholars from various 
eras who worried about their child's education. All theories and practices are 
unanimous on one point: "A child receiving stimuli during this period, both the 
formal level as in family life, is becoming an integrated person and participating 
in their midst." // The theoretical basis of the work is based on the theories of 
Piaget and Vygotsky. // The methodological steps began with the lifting of a 
simple exploratory research on the opinion of six teachers who work in Early 
Childhood Education at City College of Early Childhood Education "Corner of 
Love" in São Sebastião da Boa Vista, Para. / / The results of the analyzes are 
presented in this work, the following points: Introduction where the problems 
10 
 
and goals are presented; History of Early Childhood Education where are the 
steps of child development as well as in every season, theories and theorists of 
context; // Methodology of work, a topic that deals with the procedures of all 
research and analysis; Objectives of the Laboratory Playfulness in Early 
Childhood Education, discussed and planned in the light of critical analysis of 
the current situation in the said school and possible referrals seeking to 
extricate obsolete concepts and practices in order to alert you to new practices 
in kindergarten through playful; conclusion section that closes the work, 
presenting findings and possible referrals. 
KEYWORDS: playful, development, child, education, Pedagogical theory. 
 
INTRODUÇÃO 
 A educação infantil tem como finalidade o desenvolvimento integral da 
criança. 
 Lei de Diretrizes e Bases (LDB) - Educação Infantil, Art. 29. “A educação 
infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o 
desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos 
físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da 
comunidade”. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013). 
 A grande maioria das sociedades contemporâneas tem sua infância 
marcada pelo brincar, ações culturais típicas de cada uma. 
 A brincadeira permite à criança vivenciar o lúdico e descobrir-se a si 
mesma. Para a maioria dos grupos sociais, a brincadeira é consagrada como 
atividade essencial no desenvolvimento infantil. Historicamente, ela, como 
lúdico sempre esteve presente na educação infantil, único nível de ensino que 
a escola deu passaporte livre, aberto à iniciativa, criatividade, inovação por 
parte dos seus protagonistas (Lucariello, 1995). Com o advento de pesquisas 
sobre o desenvolvimento humano, observou-se que o ato de brincar conquistou 
mais espaço, tanto no âmbito familiar quanto educacional. 
11 
 
 A Resolução nº 4, de 13 de julho de 2010, define Diretrizes Curriculares 
Nacionais Gerais para a Educação Básica, afirma em seu artigo 22. § 2º, a 
brincadeira está colocada como em dos princípios fundamentais, defendida 
como um direito, uma forma particular de expressão, pensamento, interação e 
comunicação: “Para as crianças, independentemente das diferentes condições 
físicas, sensórias, intelectuais, linguísticas, étnico-raciais, socioeconômicas, de 
origem, de religião, entre outras, as relações sociais intersubjetivas no espaço 
escolar requerem a atenção intensiva dos profissionais da educação, durante o 
tempo de desenvolvimento das atividades que lhes são peculiares, pois este é 
o momento em que a curiosidade deve ser estimulada, a partir da brincadeira 
orientada pelos profissionais da educação”. 
 Daí, a brincadeira é cada vez mais entendida como atividade que, além 
de promover o desenvolvimento global da criança, incentiva à interação entre 
os pares, à resolução construtiva de conflitos e formação de um cidadão critico 
e reflexivo. 
 Trabalhar o lúdico no cotidiano da sala de aula pode não ser tarefa fácil, 
mas poderá vir a ser uma prática agradável e proveitosa tanto para docentes 
quanto para discente, tendo em vista a compreensão e o prazer no ensinar-
aprender. 
 É do conhecimento dos educadores que a vivência prática do lúdico, em 
sala de aula pode ser executada mesmo sem uma sala de aula especial, 
equipada com materiais sofisticados que dependam da assessoria de técnicos 
especializados para montá-la. 
 Estas são desculpas muito comuns nas escolas para justificar a não 
utilização de atividades lúdicas. As aulas são planejadas, pelo professor, são 
executadas por ele, cabendo ao aluno somente a observação e assimilação 
daquilo que lhe for colocado. 
 As ciências pedagógicas consideradas como disciplina formal do 
conhecimento racional humano, disponibilizam um acervo de informações e 
descobertas, as quais estão sendo sempre renovadas e disponibilizadas ao 
educador como ferramenta de trabalho. Despertam nas crianças interesse 
12 
 
natural, levando-o intuitivamente a tentar desvendar e compreender os 
fenômenos que ocorre no mundo que as cerca. Este interesse é expresso 
através da observação, da busca de respostas, da repetição do ensaio e erro 
até atingir seu ponto de maturidade pelo ler, escrever, somar, subtrair, 
multiplicar e dividir; pelo falar, cantar, dançar, brincar, participar e construir seu 
próprio conhecimento, alicerçado em passos firmes através do lúdico. 
 A proposta para “A Importância do Lúdico na Educação Infantil” inclui ao 
desenvolvimento do tema escolhido, uma avaliação do universo opcional de 
recursos alternativos para confecção de kits de baixo custo, a inclusão de 
materiais regionais sempre que possível: a busca de materiais em oficinas, nas 
residências de amigos, pais de alunos, na comunidade e outros locais. 
 No mundo atual de tão rápidas transformações e difíceis contradições, a 
formação para enfrentar a vida vai além do memorizar, reproduzir dados, 
identificar símbolos e fazer classificações. É necessário informa-se, comunicar-
se, argumentar, compreender e agir com uma atitude de permanente 
aprendizado. 
 Assim, apresentamos aqui uma forma clara de abordagem do Ensino 
Infantil, no qual a interdisciplinaridade e a construção do conhecimento estarão 
presentes em cada atividade proposta, seja através da aquisição de materiais 
alternativos da comunidade ou de outras fontes, as atividades visam 
desenvolver as capacidades construtivas, criativas, reflexiva e de ação do 
educando. 
 No Capitulo I, será feita uma abordagem critica sobre o lúdico no Ensino 
Infantil, apresentando as concepções de Piaget e Vygotsky diante das etapas 
de desenvolvimento da criança frente ao aprender; 
 No Capitulo II, descreve a metodologia do desenvolvimento da proposta 
de ensino; 
 No Capitulo III, apresenta os objetivos de seconstruir um laboratório 
lúdico básico na Educação Infantil. 
 
13 
 
 
 
CAPÍTULO I 
 HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 O atendimento a criança pré-escolares (de 0 a 06 anos) foi e é uma 
preocupação constante de todas as épocas. 
 Quatrocentos anos A.C. em Roma, Platão escreveu a República, onde 
afirmava e proponha que a educação iniciada no lar teria como objetivo 
preparar o indivíduo para o exercício da cidadania e que deveria ser feita num 
clima de liberdade. 
 No século XV (1592-1670) Comenius reconhecia o período pré-escolar 
como o período do desenvolvimento da criança. O brinquedo, as experiências 
com material concreto, a afetividade, o sono, a alimentação e a vida em contato 
com a natureza seriam indispensáveis ao crescimento e desenvolvimento 
cognitivo da criança pré-escolar. Defendia o ensino da leitura com o uso da 
palavra inteira, mais tarde Dewey defendia a mesma ideia. As ideias de 
Comenius não foram aceitas na época. 
 O período da reforma foi caracterizado por uma educação corretiva, 
punitiva, disciplinadora e responsável pela formação da criança segundo 
padrões considerados corretos para o adulto. 
 A educação iniciava-se na família e seguia os padrões determinados 
pela Igreja que considerava a alegria como insanidade e indispensável à 
punição dos erros e da disciplina. 
 Na França, surge Rousseau (1712-1778) contrariando a teoria de uma 
educação voltada nos interesses e na vida social somente do adulto. Declarou-
a falsa e prejudicial, propondo sua substituição por uma educação centrada nas 
atividades e necessidades da criança e no curso natural de desenvolvimento. 
Rousseau mostrou que a criança é uma criatura da natureza e que age e 
cresce em harmonia com suas leis. Sua contribuição foi significativa para a 
14 
 
humanidade perceber e derrubar o falso sistema e considerar a criança como 
ponto chave da educação. 
 Em 1746-1827 Pestalozzi, Suíço, com base nas ideias de Froebel, 
esforçou-se para melhorar a educação das crianças deficientes e carentes. 
Para ele a criança começa sua aprendizagem desde o nascimento e a infância 
não é um período de espera para alcançar a idade adulta. Ele defendia o uso 
de material concreto para que a criança sentisse em vez de ouvir falar deles. 
Afirmava que o organismo tem três aspectos básicos: O intelectual (homem x 
ambiente), o físico (atividades motoras), a parte moral e religiosa (ética), 
denominados popularmente a cabeça, a mão e o coração. Acreditava que os 
três aspectos devem desenvolver-se em harmonia, porque a natureza humana 
é uma unidade e cada aspecto é uma parte essencial da unidade. 
 Dewey coloca as relações e as experiências sociais na família como 
“responsável pelo despertar dos poderes para a atividade”. 
 A escola é uma necessidade, sua função é a de fornecer ambiente 
propicio para a realização de atividades reais e vitais, atendendo às 
necessidades e interesses da criança. 
 Outros nomes como Oberlin (França), Margareth Shurz (Estados 
Unidos), Maria Montessori (Itália), Jean Piaget aparecem na historia da 
educação pré-escolar, cada um com sua teoria, mas todos preocupados com a 
conquista da independência da criança, com a necessidade de se falar a 
criança meios adequados para seu desenvolvimento integral. 
 Piaget afirma e explica em sua teoria, que a criança apresenta 
capacidade de conhecer, como sendo a capacidades que o individuo tem de 
estabelecer relações. Esta capacidade existe graças ao conjunto e estruturas 
mentais especificas para o ato de conhecer. O homem conhece o mundo 
exterior através de estruturas mentais. Estas estruturas mentais não são inatas. 
Piaget procurou analisar que 
“Toda informação cognitiva emana dos objetos e vem de fora informar 
o sujeito, como supunha o empirismo tradicional, ou se, pelo 
contrário, o sujeito, está desde o início munido de estruturas 
15 
 
endógenas que ele imporia aos abjetos, conforme diversas 
variedades de apriorismo ou de iatismo”. (PIAGET, 1973, p. 13). 
 Ao nascer o individuo tem somente a possibilidade de construí-las, e 
esta construção esta em dependência direta das solicitações e estimulações do 
meio ambiente que o cerca. 
 Segundo Piaget, para conhecer um objeto é preciso agir sobre ele. 
Conhecer seria modificar, transformar o objeto, compreender o processo de 
sua transformação, e não apenas possuir uma copia mental, uma imagem do 
objeto. 
 Esta ação do individuo consiste num movimento continuo de 
reajustamento ou equilibração, uma vez que, a cada momento, a ação 
desiquilibrada por transformações exteriores e interiores a ele. 
1.1 - ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL DE 0 A 06 ANOS. 
 Piaget caracteriza o desenvolvimento cognitivo em quatro etapas que 
obedecem a uma sequência, sendo as aquisições de cada uma delas 
subestruturas para aquisição da etapa seguinte. 
 A aquisição de uma etapa serve de ponto de partida. Assim, o 
desenvolvimento é progressivo e evolutivo. 
 A ordem das etapas é constante (a aquisição da primeira etapa é 
invariavelmente antes da segunda etapa). Exemplo: para uma criança de 5 
meses aproximadamente ter intenção de pegar um objeto, ela tem que antes 
ter desenvolvido a preensão de se colocar o objeto em sua mão (coordenação 
óculo-manual). 
 Na transição de uma etapa anterior a outra posterior as estruturas se 
integram tornando-se uma parte da outra. 
 Assim ficam determinadas as seguintes etapas: 
 
 
16 
 
 
 
1.2. Primeira Etapa – 0 - 2 Anos 
 Operações sensórios-motoras dividem-se em 6 subetapas: 
 0 A 1 Mês – Reflexiva: caracteriza-se pelos exercícios reflexos inatos, 
responde aos estímulos ambientais que recebem: Reflexo a luz, ao som, 
sucção, agarrar. 
 1 A 4 Meses – Reações circulares: A conduta é reflexa torna-se 
organizada. Ex.: Os olhos seguem os movimentos das mãos. O interesse esta 
só no movimento e não na produção dos efeitos. Se por casualidade se realizar 
uma ação interessante ela será repetida. 
 4 A 9 Meses – Reações circulares secundárias: repete condutas 
acidentais para produzir um efeito. Isto é, as condutas são repetidas 
intencionalmente (sacudir o chocalho, arranhar a mesa). O meio conduz ao fim. 
Ex.: Sacode o chocalho, faz som, sacode o chocalho. 
 9 A 12 Meses – Coordenação dos esquemas secundários: As ações são 
claramente intencionais, como por exemplo, brincar de esconde-esconde 
(busca de um objeto escondido). A criança já tem consciência plena que o meio 
está diferenciado do fim. É a fase da imitação dos movimentos. 
 1 Ano A 1 Ano Meio - Reações circulares terciarias: Descoberta de 
novos meios para alcançar o desejado. Essa descoberta coincide com o andar. 
Ex.: A criança pega a almofada com a intenção de pegar o que esta em cima. 
 1 Ano e Meio A 2 Anos – Invenção de novos meios: Através de 
combinações mentais, a criança inventa novos meios para obter o que deseja. 
Ex.: Usa a vareta para pegar um objeto, tenta tirar fósforo da caixa fechada. 
 Sintetizando nesta etapa (sensório motor 0 a 2 anos), através da 
percepção e dos movimentos, a criança conquista o universo que a cerca. Ela 
é o centro deste universo que vai se constituindo objetivamente, como algo 
17 
 
exterior a si, na medida em que emerge o pensamento propriamente dito e a 
linguagem, por volta dos 2 anos. 
 Apesar das diferenças existentes entre crianças de mesma idade 
cronológica, existem algumas diretrizes gerais que orientam o 
desenvolvimento. É importante saber que: 
 - O desenvolvimento infantil depende da maturação e estimulação 
recebida nos primeiros anos de vida. 
 - Toda criança está apta a assimilar estímulos ambientais desde que a 
estimulação seja gradual e regular respeitando as etapas do desenvolvimento 
infantil. 
 - Toda a atividade deve partir do conhecido para o desconhecido, do 
próximo para o distante e do concreto para o abstrato. 
 Deve-se rodear a criança de um ambiente facilitador da aprendizagem. 
Os pais eeducadores devem estar alerta aos sinais que a criança dá e a partir 
deles levá-la a um novo nível de exploração por meio de experiências de 
dificuldades gradual. 
1.3- ÁREAS ABORDADAS NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL: 
 - Área Sensório-Perceptiva: É a capacidade neurovegetativa e vivencial 
no processo de desenvolvimento do ser humano permitindo-lhe manter-se em 
interação constante com o meio. 
 Engloba: 
 - Área Visual: Tem como objetivo promover o desenvolvimento da 
percepção visual fazendo com que a visão seja instrumento de enriquecimento 
de experiências sensórias em todos os campos. 
 - Área Auditiva: Visa favorecer o desenvolvimento da identificação, 
localização, discriminação e seleção dos sons necessários para a 
compreensão do ambiente em que se desenvolva. A estimulação auditiva 
amplia o campo dos sons, da música, da comunicação humana e da 
criatividade. 
18 
 
 - Área Tátil: Visa proporcionar oportunidades que enriqueçam as 
sensações da criança em termos de: calor, frio, dor, consistência, textura, 
espessura e resistência de materiais. 
 - Área gustativa e olfativa: Visa favorecer ao máximo o desenvolvimento 
de suas faculdades gustativas e olfativas como meio de conhecimento e 
relação com o ambiente. As substâncias alimentícias atuam sobre as papilas 
gustativas provocam também sensações olfativas associadas por estarem 
intimamente ligadas. 
 - ÁREA MOTORA: Visa habilitar a criança na aquisição de posturas 
adequadas às diferentes posições e movimentos desenvolvendo o equilíbrio, a 
locomoção, além da percepção integral da imagem corporal. Inclui também a 
coordenação motora fina e controle das partes e funções essenciais. 
– Motora Ampla: Favorece a criança no desenvolvimento motor e bom 
equilíbrio do corpo: rolar, engatinhar, andar, etc. 
 – Motora Fina: Favorece a criança na coordenação viso-motora: 
conhecer as mãos, pegar objetos, brincar com eles, amassar e rasgar papel, 
rabiscar, pintar, etc. 
 - ÁREA COGNITIVA: Envolve a coordenação sensório-motora no 
acompanhamento das variações e permanências dos estímulos. É responsável 
pelo desenvolvimento da intencionalidade, atenção, observação, imitação de 
movimentos, gestos, linguagem, etc., facilitando a exploração e resolução dos 
problemas cotidianos simples que se lhe apresentam. 
 - ÁREA ADAPTATIVA SOCIAL: Favorece os meios que auxiliam a 
adaptação e socialização no ambiente em que se desenvolve, oferecendo 
oportunidades de participar em atividades com seus familiares e outros. Ainda 
proporciona à criança condição de promover a independência na prática de 
hábitos e higiene pessoal, favorecendo a integração da criança em seu meio 
social. 
 
 
19 
 
1.4- Segunda etapa – 2 - 06 Anos 
 Operações de Pensamento Concreto. 
 2 A 4 Anos – Preconceitual: Conduta observada realiza expressões 
verbais, a fala é repetitiva, utiliza monólogos, da um significante (palavra) e 
serve de símbolo para o significado (objeto). 
 4 A 7 Anos – Pensamento intuitivo: a criança classifica e seria 
empiricamente, isto é, realiza o encaixe de um elemento em sua própria classe, 
ainda não comparando quantitativamente as coleções. A criança nesta etapa é 
pré-lógica e suplementa a logica pelo mecanismo da intuição. Diante de um 
problema prático ela se apoia em configurações perceptivas ou na ação 
empírica. Graças à linguagem torna-se capaz de reconstituir suas ações 
passadas sob a forma de narrativa, e antecipar suas ações futuras pela 
representação verbal. Dai resultam três consequências essenciais para o 
desenvolvimento mental: uma possível troca entre os indivíduos, ou seja, o 
inicio da socialização da ação: uma interiorização da palavra, isto é, o 
aparecimento do pensamento propriamente dito que tem por base a linguagem 
interior e sistema de signo e, finalmente, uma interiorização da ação como tal. 
 A origem do pensamento segundo Piaget, esta na formação simbólica, 
que é a formação de representações. As representações ultrapassam o que 
sucede aqui, agora, ampliam a adaptação do individuo no tempo e no espaço 
distanciando-o da percepção imediata. 
 Quanto mais refinado o pensamento mais se evidência o valor e a 
necessidade da linguagem para explica-lo para integra etapas sucessivas. A 
linguagem é indispensável à elaboração do pensamento em condensação 
simbólica e regularização social. 
 Ainda, neste período intuitivo, a criança avalia a quantidade somente 
pelo espaço ocupado, não se importando a analise de relações. Para ela, neste 
período, há equivalência enquanto houver correspondência visual. A igualdade 
não se conserva por correspondência logica, não havendo, portanto, uma 
operação racional, mas sim uma simples intuição. 
20 
 
1.5- Aspecto Afetivo-Emocional 
 Neste aspecto, Piaget e Vygotsky entram em concordância. 
 A nosso ver o aspecto afetivo-emocional merece destaque, já que a raiz 
das condições da vida afetivo-emocional do adulto, e decisivo para a realização 
do homem. 
 Dessa forma, se a educação pretende ser algo mais do que a simples 
comunicação de conhecimentos e habilidades, se ela quiser de fato formar o 
ser humano, torna-se necessário que leve em conta a vida de relação. Seja 
como for, o desenvolvimento da criança está em estreita dependência do clima 
afetivo-emocional, da segurança que encontra ao redor de si. 
 Para Vygotsky (1984) brincar permite a aprendizagem: 
“(...) a criança ao brincar de faz-de-conta, cria uma situação 
imaginária podendo assumir diferentes papéis, como o papel de um 
adulto. A criança passa a se comportar como se realmente fosse 
mais velha, seguindo as regras, que esta situação propõe.” 
 Neste sentido, a brincadeira, está favorecendo a criança, em processos 
que estão em formação ou que serão completados. 
 De acordo com Vygotsky (1998), a criação de situações imaginárias na 
brincadeira surge da tensão entre o indivíduo e a sociedade e libera a criança 
da realidade imediata, dando-lhe oportunidade para controlar uma situação 
existente. Na brincadeira, os significados e as ações relacionadas aos objetos 
convencionalmente podem ser libertados. 
 O brincar e o jogar são atos indispensáveis à saúde física, emocional e 
intelectual e sempre estiveram presentes em qualquer povo desde os mais 
remotos tempos. Através deles, a criança desenvolve a linguagem, o 
pensamento, a socialização, a iniciativa e a autoestima, preparando-se para ser 
um cidadão capaz de enfrentar desafios e participar na construção de um 
mundo melhor. 
 Nesse sentido, Vygotsky (1998) ressalta que no brinquedo, a criança cria 
uma situação imaginária, isto é, é por meio do brinquedo que essa criança 
21 
 
aprende a agir uma esfera cognitiva, é promove o seu próprio desenvolvimento 
no decorrer de todo o processo educativo. 
 Dessa forma, o brinquedo, nas suas diversas formas, auxilia no 
processo ensino-aprendizagem, tanto no desenvolvimento psicomotor, isto é, 
no desenvolvimento da motricidade fina e ampla, bem como no 
desenvolvimento de habilidades do pensamento, como a imaginação, a 
interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, etc. 
 Segundo Piaget (1998, p.62), “o brinquedo não pode ser visto apenas 
como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o 
desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral”. Através dele se processa a 
construção de conhecimento, principalmente nos períodos sensório-motor e 
pré-operatório. Agindo sobre os objetos, as crianças, desde pequenas, 
estruturam seu espaço e seu tempo, desenvolvendo a noção de casualidade, 
chegando à representação e, finalmente, à lógica. As crianças ficam mais 
motivadas para usar a inteligência, pois querem jogar bem, esforçam-se para 
superar obstáculos tanto cognitivos como emocionais. 
 As crianças de 3 a 6 anos comparadas às de menor idade, apresentam, 
do ponto de vista físico, um crescimento mais lento em peso e altura 
acompanhado deum desenvolvimento mais rápido em coordenação motora. 
Os exercícios físicos deverão visar o aperfeiçoamento da coordenação motora 
e a independência muscular. 
 
CAPÍTULO II 
METODOLOGIA 
 Os países mais desenvolvidos têm apresentado métodos de ensino 
comprovadamente eficientes, o que vem acontecendo também no Brasil, que 
como eles não poderia deixar de se atualizar no principal setor que e, o 
educacional. 
 Para serem trabalhadas com eficiência todas as áreas (cognitiva, 
motora, afetiva), é importante que a pessoa que trabalha com a criança possua 
um prévio conhecimento sobre as etapas evolutivas do desenvolvimento 
infantil. 
22 
 
 Todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem infantil devem 
trabalhar integrados, serem treinados para o exercício de suas funções, a fim 
de transmitirem segurança à criança que aprende com o adulto. 
 Considerando que a criança é produto do meio, ou seja, que a criança 
será aquilo que o meio solicitar, o ponto chave da metodologia de uma 
educação pré-escolar esta no preparo e desempenho do professor em 
selecionar “atividades espontâneas que utilizem os sentidos e a motricidade, 
assim como o convívio grupal, a interação com todos os envolvidos e um 
espaço (meio) em que a criança tenha liberdade e segurança para expressar-
se e agir no sentido de facilitar o desenvolvimento de todas as suas 
potencialidades”. (a nova pré-escola, 1997.p. 27). 
 É necessário, por parte do adulto, atitude permissiva que favoreça o 
esforço de ajustamento da criança. Essa atitude repassa à criança confiança, 
evitando os fracassos que geram inibição e dificultam a socialização e o 
aprendizado. Autoritarismo, cobranças rígidas, etc. restringe-se a regras, que 
pode tornar a criança passiva e dependente. Segundo Le Boulch: 
“Educação suave, mas não desprovida de autoridade, é a mais 
favorável ao desenvolvimento sensório-motor e intelectual da 
criança.” (a nova pré-escola,1997.p. 24). 
2.1 Método 
 Segundo Gil (2008, p.26), o método pode ser entendido como o curso 
percorrido para se chegar a um fim, sendo o método cientifico como “conjunto 
de procedimentos intelectuais e técnicos adotados para se atingir o 
conhecimento”. 
 Sendo assim, este capítulo descreve o caminho cursado pelos 
pesquisadores para o desenvolvimento da pesquisa aqui apresentada. 
 O desenvolvimento do trabalho foi realizado com base em estratégias 
que possibilitam a realização da pesquisa caracterizada como exploratória, 
visando o reconhecimento do problema e a possibilidade de construir 
hipóteses. 
23 
 
2.2 Participantes 
 Foram consultadas três (6) professoras que atuam na Educação Infantil 
da Escola Municipal de Ensino Infantil “Cantinho do Amor”. 
 Todos os participantes confirmaram experiência, prática pedagógica. 
 Em relação à idade dos participantes, todos tinham entre 25 a 35 anos. 
2.3 Instrumentos de Pesquisa 
 Para a coleta de informações utilizou-se um questionário que, Segundo 
Gil (2008, 121), 
É uma técnica de investigação composta por um conjunto de 
questões que são submetidas a pessoas com o propósito de obter 
informações sobre conhecimento, crenças, sentimentos, valores, 
interesses, expectativas, aspirações, temores, comportamento 
presente ou passado. 
 Tendo como finalidade conhecer a opinião de um grupo de professores a 
respeito do lúdico na educação infantil, faz-se necessária a utilização desta 
técnica. 
 Conforme Mucchielli (1979), os questionários podem ser de dois tipos, a 
saber: questionário de auto aplicação, onde o sujeito fica só diante do 
questionário para respondê-lo; e, questionário por pesquisadores, onde o 
pesquisador faz perguntas e anota as respostas adquiridas. 
 Neste caso, aplicou-se um questionário de auto aplicação, em que os 
pesquisadores entregaram os questionários e, após um período determinado 
(dois dias), os recolheu. 
2.4 Procedimentos 
 Os questionários foram entregues pelos pesquisadores no mês de 
setembro de 2014, diretamente para os alunos. Em nenhum momento os 
pesquisadores participaram do preenchimento de algum questionário e, não 
houve, por parte dos participantes, dúvidas em relação às perguntas e ao 
preenchimento destes. 
24 
 
2.5 Análises de resultados 
 De acordo com Bardin (1979, p31) a técnica de análise de conteúdo 
pode ser considerada como: 
Um conjunto de técnicas de análises de comunicações, visando obter 
através de procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do 
conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que 
permitam interferir conhecimentos relativos às condições de produção 
e de recepção das mensagens. 
2.6. A Importância do Lúdico na Educação Infantil deve ser trabalhada de forma 
interdisciplinar ao longo do ano letivo. A brincadeira faz parte da vida da 
criança e ao incluir o jogo e a brincadeira no campo educacional tem como 
pressuposto o duplo aspecto de servir ao desenvolvimento da criança, 
enquanto indivíduo, e à construção do conhecimento, processos estes 
fortemente interligados. Brincar e jogar são coisas simples na vida das 
crianças. O jogo, o brincar e o brinquedo desempenham um papel 
fundamentalmente na aprendizagem, e negar o seu papel na escola é talvez 
renegar a nossa própria história de aprendizagem. 
 O lúdico favorece a autoestima da criança e a interação de seus pares, 
propiciando situações de aprendizagem e desenvolvimento de suas 
capacidades cognitivas. Por meio dos jogos educacionais, a criança aprende a 
agir, tem sua curiosidade estimulada e exercita sua autonomia. A importância 
do projeto é revelar que a brincadeira, os brinquedos e os jogos são 
ferramentas e parceiros que desafiam a criança possibilitando as descobertas. 
Seu diferencial é permitir a compreensão de que o mundo está cheio de 
possibilidades e oportunidades para a expansão da vida com alegria, emoção, 
prazer e vivência grupal. 
 Todas as experiências relacionadas ao projeto promoveram a alegria e o 
desenvolvimento das habilidades infantis, afinal são estas a finalidade do jogo, 
brincadeira e brinquedo, e quando esta finalidade é atingida, a estrutura de 
como se pode jogar assume uma qualidade muito específica: torna-se uma 
ferramenta de aprendizagem que mantém uma constância de forma a dar 
prazer e de continuar sendo eterno. Portanto, é real afirmar que o jogo, as 
brincadeiras e o brinquedo são importantes, não só porque a criança fica 
25 
 
alegre, mas quando estamos vivendo-o, direta e reflexivamente, estamos indo 
além da sua representação simbólica de vida. 
Por meio dos jogos educacionais, a criança aprende a agir, tem sua 
curiosidade estimulada e exercita sua autonomia. 
2.7. A qual escola escolher: Piaget? Montessoriana? Vygotsky? Tradicional? 
São várias vertentes e formas opostas e/ou complementares de entender o ser 
humano, especialmente a criança, e o seu processo de aprendizagem. 
 Montessori, médica italiana (1870-1952), foi um marco para a 
compreensão da educação de crianças com necessidades especiais, pois elas 
eram tratadas como ineducáveis e viviam trancadas em espaços isolados do 
convívio social. A linha teórica utilizada por Montessori compreendia o ser 
humano como um ser ativo para a construção de seu próprio conhecimento, 
respeitando as suas características individuais e o seu ritmo de 
desenvolvimento e aprendizagem. 
 Atualmente, as escolas que utilizam esta concepção respeitam as 
características individuais e por meio de objetos e materiais lúdicos e 
pedagógicos manipulados pela criança - como cubos, objetos com diferentes 
formas e texturas - tentam motivar a curiosidade, o interesse e a atenção da 
criança. As turmas não são separadas por séries e sim por idade, pois desta 
forma são respeitadas as características peculiares de cada idade. 
 As escolas construtivistas, como as que seguem a teoria de Piaget 
(1984) ou de Vygotsky (1998), acreditam que o ser humano constrói o seu 
conhecimento medianteuma interação ativa com o meio e o contexto cultural 
que o rodeia. Para Piaget, a construção da inteligência segue uma sequência 
lógica e ordenada. Ou seja, para adquirir um comportamento mais maduro é 
preciso antes um comportamento mais simples. É como se o aprendizado 
fosse como uma espiral. Para se alcançar o ápice, é necessário percorrer 
caminhos que estão mais em baixo (1997-1998). 
 Apesar de Piaget e Vygotsky serem construtivistas, Vygotsky foi quem 
deu maior ênfase à influência do contexto cultural/ambiental/social para a 
construção do conhecimento. Ele também foi um teórico que priorizou a 
26 
 
individualidade, as características peculiares e as habilidades específicas de 
cada criança para a construção do conhecimento, mediante a interação social e 
cultural com alguém que fosse mais “experiente” do que a criança. 
 
 Todas as abordagens citadas anteriormente contrapõem a metodologia 
tradicional, especialmente porque compreendem a construção do 
conhecimento como algo ativo e que depende da própria criança e do seu 
ritmo. O professor nas metodologias não tradicionais não é a figura central e 
nem o grande responsável pela transmissão das informações/conhecimento. 
Ele funciona como ponte, como guia para acompanhar e ajudar a trajetória da 
criança. Portanto, quem comanda o processo de aprendizagem é a própria 
criança e ela nunca será avaliada pelo desempenho e notas apresentados 
(1998, p. 97). 
 
 Portanto, atualmente, compreendo que o melhor método é aquele que a 
criança/ o nosso filho consiga desenvolver ao máximo as suas potencialidades. 
Focar apenas na teoria das abordagens e/ou nas expectativas dos pais diante 
do futuro dos filhos não é o caminho aconselhável. Além disso, sempre digo 
sobre a importância de não priorizar apenas a praticidade da escola. O que 
quero dizer é que pode ser um equivoco escolher a escola/metodologia apenas 
mediante a distância de casa. 
2.8. Metodologia da Educação Infantil 
 A INFÂNCIA COMO CONSTRUÇÃO SOCIAL: A emergência do termo 
infância, tal qual o compreendemos nos dias de hoje, se dá no século XVI e 
consolida-se no século XVII. Antes, as crianças compartilhavam o mesmo 
mundo dos adultos em todas suas esferas (esp. Marilia Bogeá, 2000. p. 33). 
 CONDIÇÕES DE POSSIBILIDADE DA INFÂNCIA MODERNA: A 
emergência da infância só foi possível graças a fatores como: 1) imposição do 
controle da família e da criança, da promoção da vida; 2) instituição da escola 
como mecanismo educacional disciplinador; 3) normatização das regras para a 
infância. 
27 
 
 SENTIMENTO DE INFÂNCIA: É algo que caracteriza a criança, a sua 
essência enquanto ser, o seu modo de agir e pensar, que se diferencia do 
adulto. IDADE MÉDIA Determinava a infância como o período que vai do 
nascimento dos dentes até os sete anos de idade. 
O sentimento de infância não significa o mesmo que afeição pelas crianças, 
mas corresponde à consciência da particularidade infantil, que distingue 
essencialmente a criança do adulto. 
 ATÉ O SÉCULO XVII A sociedade não dava muita importância às 
crianças. Devido às más condições sanitárias, a mortalidade infantil alcançava 
níveis alarmantes, por isso a criança era vista como um ser ao qual não se 
podia apegar, pois a qualquer momento ela poderia deixar de existir. 
Tiradas do convívio familiar logo aos sete anos, essas crianças eram criadas 
por famílias estranhas, onde aprendiam todo o tipo de serviço doméstico. 
Esses ensinamentos eram considerados muito importantes naquela época. 
 A PARTIR DO SÉCULO XVII Marco importante no despertar do 
sentimento de infância. AS REFORMAS RELIGIOSAS CATÓLICAS E 
PROTESTANTES Contribuíram decisivamente para a construção de um 
sentimento de infância. 
 A afetividade ganhou mais importância no seio da família. Essa 
afetividade era demonstrada, principalmente, por meio da valorização que a 
educação passou a ter. O trabalho com fins educativos foi substituído pela 
escola, que passou a ser responsável pelo processo de formação. A IGREJA 
SE ENCARREGA EM DIRECIONAR A APRENDIZAGEM Preocupada com a 
formação moral da criança, visando corrigir os desvios da criança, acreditando 
que ela era fruto do pecado, e deveria ser guiada para o caminho do bem. 
 Pós-segunda Guerra Mundial Surge a preocupação com a situação 
social da infância. A ONU promulga em 1959, a Declaração dos Direitos da 
Criança, em decorrência da Declaração dos Direitos Humanos. Obs.: Esse é 
um fator importante para a concepção de infância que permeia a 
contemporaneidade, a criança como sujeito de direitos. 
28 
 
 HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL EDUCAÇÃO 
INDÍGENA •As crianças indígenas eram instruídas desde cedo pelos idosos 
nas aldeias; •Desenvolviam atividades como cerâmica, confecção de colares e 
outros objetos artesanais. 
 EDUCAÇÃO DOS ESCRAVOS •A criança escrava entre 6 e 12 anos já 
começa a fazer pequenas atividades como auxiliares. •A partir dos 12 anos 
eram vistos como adultos tanto para o trabalho quanto para a vida sexual. •A 
criança branca, aos 6 anos, era iniciada nos primeiros estudos de língua, 
gramática, matemática e boas maneiras. 
 A CRIANÇA DO SÉCULO XVIII Em meados do século XVIII e ao longo 
do século XIX, a criança passou a ser o centro de interesse educativo dos 
adultos. Segundo OLIVEIRA, 
[...] a [criança] começou a ser vista como sujeito de necessidades e 
objeto de expectativas e cuidados situados em um período de 
preparação para o ingresso no mundo dos adultos, o que tornava a 
escola [pelo menos para os que podiam frequenta-la] um instrumento 
fundamental (2005, p.62). 
 A CRIANÇA DO SÉCULO XIX A escola primária ficava organizada de 
duas formas: de 07 a 13 anos abrangia o ensino primário e de 13 a 15 o 
secundário. Até então a mãe, cuidava do filho e protagonizava a educação 
considerada inicial na época, mas com a lei do ventre livre e a pobreza das 
famílias, muitas acabavam abandonando seus bebês ou entregando-os à 
“Roda dos Expostos”, que perdurou até 1950. 
 O JARDIM DE INFÂNCIA NO BRASIL Em 1875 surge o primeiro jardim 
de infância particular no Brasil, fundado por Menezes Vieira no Rio de Janeiro, 
apesar de sua escola atender a alta aristocracia da época, Menezes defendia 
que os jardins de infância deveriam dar assistência às crianças negras libertas 
pelo ventre livre e às com pouca condição econômica. 
29 
 
 MARCOS-LEGAIS Constituição de 1988 – a primeira menção da 
criança como sujeito de direitos. •ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente 
– 1990 – Lei. 8.069/90 •Lei de Diretrizes e Bases da Educação n°9.394/96 
 A Educação Infantil como primeira etapa da Educação Básica. •Sendo 
organizada da seguinte forma: # Creches – 0 a 3 anos # Pré-escolas – 4 a 6 
anos •11.274/06 – Ensino Fundamental de 9 anos 
 RECNEI - 1998 - Referencial Curricular Nacional para a Educação 
Infantil – RCNEI, documento legal que tem como função subsidiar a elaboração 
de projetos educativos, o planejamento e o funcionamento das creches e 
escolas infantis de todo o país. REGULAMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO 
INFANTIL A Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº. 9.394 de 1996 dispõe 
que a Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica, podendo ser 
ofertada em creches e pré-escolas, abrangendo atualmente a faixa etária de 0 
a 5 anos de idade. 
 ORGANIZAÇÃO DAS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS 
PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL 1. Concepções de EI, criança e currículo → 
Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, é oferecida em creches 
e pré-escolas, as quais se caracterizam como espaços institucionais não 
domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou 
privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período 
diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão 
competente do sistema de ensino e submetidos a controle social (art.5º). 
 Criança, centro do planejamento curricular,é sujeito histórico e de 
direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, 
constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, 
aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a 
natureza e a sociedade, produzindo cultura (art.4º). 
 ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO De acordo com Piaget, a criança 
entre 0 e 2 anos de idade encontra-se no período sensório-motor ou seja suas 
aprendizagens ocorrerão principalmente pelas experiências sensoriais 
30 
 
imediatas e por suas atividades motoras, é normal ainda nessa fase a criança 
tentar impor seus desejos sobre a realidade. Ainda baseando-nos em sua 
teoria, entendemos que a criança aos 3 anos de idade está entrando em uma 
nova fase de seu desenvolvimento, o período ou fase pré-operacional, em que 
aparece a função simbólica com a incorporação da linguagem, há um 
amadurecimento da capacidade de pensar e inicia-se o processo de 
socialização. 
 ASPECTO DA CRIANÇA MENOR DE 3 ANOS Quanto a isso Vygotsky 
acentua que a aprendizagem e a socialização estão intrinsecamente ligadas, 
uma vez que as relações sociais favorecem significativamente a construção 
das aprendizagens. Ele afirma que a maturação e aprendizagem são dois 
processos distintos e relacionados que propiciam o desenvolvimento humano. 
A primeira prepara e condiciona para a segunda, mas a aprendizagem estimula 
e potencia a maturação. 
 De acordo com essa proposição tem-se a inteligência como produto 
social. O mesmo autor distingue ainda dois níveis no desenvolvimento da 
criança: o desenvolvimento real e o desenvolvimento potencial. O primeiro 
representando o alcançado pelo indivíduo e o segundo mostra o que o 
indivíduo poderá fazer com a ajuda de outro. A distância entre esses dois 
processos é denominada de Zona do desenvolvimento proximal e trata 
exatamente sobre o desenvolvimento como consequência da aprendizagem. 
2.8 ESTRUTURAÇÃO DOS TRÊS TIPOS DE CONHECIMENTO 
 CONHECIMENTO FÍSICO Caracterizado pelo conhecimento dos 
objetos de sua realidade, como o que se refere ao peso, forma, cor e textura de 
objetos concretos. A fonte desse conhecimento é o próprio objeto e a maneira 
como a criança irá apreender esses conhecimentos mais rapidamente é o 
manuseio, os jogos simbólicos, as brincadeiras, atividades de jogar, empilhar, 
empurrar, amassar, quebrar, enfim manusear de diversas formas esses 
objetos. 
31 
 
 CONHECIMENTO LÓGICO - MATEMÁTICO Refere-se à relação 
estabelecida entre criança e objeto, a fonte desse conhecimento é o próprio 
pensamento da criança. Ela estrutura esses conhecimentos através da 
manipulação de objetos e começa a compreendê-los à medida que age sobre 
eles através de atos de juntar, separar, ordenar, classificar. 
 CONHECIMENTO SOCIAL Refere-se às normas sociais com as quais 
as crianças têm contato com seu meio. Saber que as pessoas devem 
cumprimentar as outras ao se encontrarem é um exemplo de conhecimento 
social. Esse conhecimento é construído a partir das informações processadas 
na interação com o outro. 
 ATIVIDADE 2 As teorias de Vygotsky e Piaget descrevem a criança 
como um ser ativo e atento, habilitada para constantemente gerar novas 
hipóteses sobre o que está ao seu redor. Essas duas teorias exercem uma 
grande influência na área da educação em todo o mundo. Faça um quadro 
comparativo entre esses teóricos e cite semelhanças entre suas teorias. 
 ATIVIDADE 3 O reconhecimento do educador infantil precisa passar por 
um processo de conscientização no âmbito social e político. Mas como têm 
sido formados os professores, em nosso país, no que se refere à construção de 
suas concepções de criança e Educação Infantil? O binômio cuidar e educar 
deve caminhar de mãos dadas, todavia o que se observa é que essas duas 
ações se “repelem”, fragilizando essa primeira etapa de formação de nossas 
crianças. (O Vídeo Perfil do educador infantil, da educadora Maria Malta 
http://www.youtube.com/watch?v=o4WcvH-2IbI irá norteá-los na produção da atividade 
proposta). 
CAPÍTULO III 
OBJETIVOS DO LABORATÓRIO BÁSICO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 A melhoria do ensino em qualquer nível depende essencialmente de 
dois fatores: um deles é a existência de bons materiais auxiliares de ensino, 
isto é, material de laboratório, textos para o professor e a atualização constante 
32 
 
do professor, bem como o treinamento para o uso de técnicas e recursos 
modernos de ensino. 
 A organização do laboratório lúdico é parte integrante do planejamento 
da escola. Nem sempre esta dispõe de recursos que lhes permitam criar um 
laboratório lúdico, com todos os requisitos que garantam a máxima 
comodidade dos alunos e do professor. 
 O ensino infantil através do lúdico pode ser sempre realizado. Não é 
difícil transformar uma sala comum em laboratório. Nos casos extremos, em 
que nem isso é possível, poderá na própria sala de aula realizar atividades 
lúdicas de ensino-aprendizagem, sem falar nas atividades que, por sua própria 
natureza, pedem ser realizadas ao ar livre. 
3.1- UTILIZAÇÃO DE UMA SALA COMUM DE AULA PARA A REALIZAÇÃO 
DE ATIVIDADES LÚDICAS. 
 O Planejamento de uma atividade 
 Quando não se dispõe de sala especial para a realização do ensino 
lúdico, pode-se usar a própria sala de aula, mesmo com suas tradicionais 
carteiras, contudo, é necessário fazer o levantamento das condições da sala de 
aula para planejar convenientemente as atividades, evitando atropelos e 
confusão no decorrer da atividade. 
As carteiras 
 Seja qual for o tipo de carteiras, os alunos poderão ser divididos em 
grupos (meninos, meninas ou por afinidade à brincadeira, etc.) para a 
realização dar atividades. 
 . Se as carteiras forem fixas e individuais, os alunos poderão ficar em pé 
em volta delas ou como melhor convier; 
 . Se as carteiras forem do tipo deles mudarão apenas de posição, se for 
necessário, para que a atividade seja realizada satisfatoriamente; 
33 
 
 . Se as carteiras forem do tipo mesas e cadeiras soltas, o trabalho, a 
atividade grupal sempre é mais fácil. De acordo com a necessidade da aula, as 
mesas poderão ser colocadas para perto das paredes, ficando o centro livre, ou 
serem distribuídas por toda a sala. 
 Cabe ao professor incentivar os alunos a manterem a sala em ordem, 
isto favorecerá o desenvolvimento de hábitos de higiene e do senso de 
responsabilidade. As maiores dificuldades enfrentadas pelo professor são bem 
conhecidas: inexistência de materiais (equipamentos) número excessivo de 
alunos em cada classe e falta de tempo para a preparação das atividades. Na 
medida do possível, este trabalho de conclusão de curso procura auxiliar o 
professor a superar algumas dificuldades. 
 Material 
 É conveniente lembrar que o material utilizado durante a aula deverá ser 
recolhido antes do término da mesma, ficando a sala em ordem para o próximo 
professor (ou dia). O material deve ser guardado o mais próximo possível da 
sala de aula. Se a escola não dispuser de uma sala para guardá-lo pode-se 
usar a sala dos professores, o corredor, o vão sob a escada, etc. Podem-se 
construir prateleiras usando caixões ou tijolos e tábuas. 
 Poderá improvisar armários fechados feitos de caixotes, prateleiras 
suspensas, etc. A colaboração com a área de artes dará ótimos resultados. 
3.2 COMO USAR O LABORATÓRIO NO ENSINO LÚDICO 
 O objetivo maior no laboratório lúdico de aprendizagem é resgatar no 
estudante o desejo de aprender, viabilizando no canal de comunicação 
(professor e aluno) para levantar suas dificuldades e ou defasagens e ajudar a 
superá-las. Trabalhar com a autoestima, buscando no primeiro momento 
abordar as habilidades e capacidades das crianças para depois intervir nas 
dificuldades. 
 Oferecer atividades diferenciadas e variadas para promover a 
aprendizagem, despertando o desejo e a curiosidade. 
34 
 
[...] a experiência de jogar certamente “contaminará”de alguma 
maneira a forma como ensinamos nossos alunos, daí a expressão 
“espirito de jogo”. Esta pode ser traduzida por muitos aspectos de 
jogar: dar mais sentido as tarefas e aos conteúdos, aprender com 
mais prazer, encontrar modos lúdicos de construir conhecimentos, 
saber observar melhor uma situação, aprender a olhar o que é 
produzido, corrigir erros, antecipar ações e coordenar informações 
(MACEDO, PETTY E PASSOS, 2005, P. 105). 
 No espaço do laboratório lúdico são utilizadas brincadeiras diversas, 
jogos confeccionados, jogos disponíveis no mercado e material dos jogos e de 
leitura e escrita. Além de diferentes obras literárias para desenvolver o gosto 
pela leitura. 
 Consideramos a dimensão lúdica um recurso importante no laboratório 
de aprendizagem. De acordo com Zago: 
 
A dimensão lúdica engloba o brincar e o jogar, refere-se à brincadeira 
ou ao jogo livre ou estruturado e ambos podem estar presentes na 
sala de aula, dependendo da proposta apresentada pela professora. 
Através do brincar é possível observar o aluno, conhecer suas 
habilidades e suas dificuldades e a partir do diagnóstico planejar as 
atividades mais apropriadas para favorecer a aprendizagem. (ZAGO, 
2010, p.108). 
 No jogo os alunos sempre arriscam, apostam, expõem-se, querem fazer, 
o que abre um campo significativo para a aprendizagem. Durante o jogo 
podemos compreender o significado de erro construtivo, pois o erro é 
entendido como uma oportunidade para refletir sobre o que fez e aprender com 
ele para tentar realizar de uma forma diferente. 
 Compreender o erro como hipóteses que fazem parte do processo de 
aprendizagem, requer a intervenção docente para auxiliar o estudante na 
elaboração de outras hipóteses sobre o objeto de conhecimento estudado. “A 
questão é como transformar o erro em um problema, um diálogo e por fim em 
uma situação de aprendizagem” (ABRAHÃO, 2001, p.37). 
35 
 
 Outro ponto a destacar é a importância da mediação docente, realizando 
intervenções pertinentes e sistematizadoras para o jogo e o objetivo e ou 
conteúdo que desejamos atingir. Ressalto a necessidade de planejamento e 
intencionalidade do professor. 
[...] interação professor/aluno: proporcionar um contexto significativo 
para a execução das tarefas escolares no qual o aluno possa “inserir” 
as suas atuações e construir interpretações coerentes; adequar o 
nível de ajuda ou diretividade ao nível de aptidão dos alunos; avaliar 
continuamente as atividades dos alunos e interpretá-las para 
conseguir um ajuste ótimo da intervenção pedagógica; etc. (COLL, 
1994, p. 110). 
 No aspecto pedagógico, a dimensão lúdica é um recurso importante 
para o cotidiano, oportunizando aprendizagem diferenciada e significativa. O 
professor, enquanto mediador pode utilizá-lo para motivar o grupo, além de 
promover a apropriação pelo aluno do que está sendo trabalhado em aula 
(COLL, 1994; MACEDO, PETTY e PASSOS, 2005). 
 Através do uso da dimensão lúdica acredito que o aluno é um ator, age 
sobre o saber, elabora hipóteses e estratégias na troca com o professor e com 
os pares com quais está interagindo. 
 Diferentes autores (PIAGET 1990, FRIEDMANN 1996, KISHIMOTO 
1998, VYGOTSKY 2002, MACEDO, PETTY e PASSOS 2000, 2003 e 2005, 
entre outros) apontam inúmeras qualidades da atividade lúdica para a 
aprendizagem infantil, auxiliando na argumentação da utilização da dimensão 
lúdica no ambiente escolar. Tais autores oferecem o suporte teórico para 
desencadear as ações no Laboratório de Aprendizagem, bem como para a 
reflexão e avaliação das atividades desenvolvidas. 
 Como melhor atender os alunos a partir da meta da inclusão social? A 
inclusão da dimensão lúdica no planejamento e no cotidiano do Laboratório de 
Aprendizagem pode contribuir para a qualificação do trabalho, na intervenção e 
superação das dificuldades apresentadas pelas crianças. 
36 
 
 Zago (2003) relata que os professores que atuam nos laboratório lúdico 
da Educação Infantil conseguem trabalhar com crianças com dificuldade de 
aprendizagem; a partir de: 
 Observar e conhecer o aluno enquanto está junto com os colegas na 
atividade lúdica; 
 Propor atividades baseadas no interesse dos alunos; 
 Desenvolver conteúdos escolares; 
 Envolver os alunos e a professora na atividade propiciando na 
experiência em grupo a importância da cooperação, da troca, do 
respeito e da integração de todos; 
 Valorizar e estimular a ação do aluno, buscando novas soluções para os 
problemas apresentados pelos jogos, sem medo de errar; 
 Utilizar diferentes recursos; 
 Resgatar o desejo e a vontade de aprender a partir da vivência de que é 
capaz de produzir apesar das suas dificuldades, interferindo no 
autoconceito dessas crianças (p.56). 
 
CONCLUSÃO 
 O desenvolvimento crescente dos métodos de ensino infantil nos países 
mais desenvolvidos, onde está comprovada a sua eficiência, vem acontecendo 
também no Brasil que, como eles não poderiam deixar de realizar profundas 
buscas para se atualizar no principal setor que é, indiscutivelmente, o 
educacional. 
 O desenvolvimento de um país, a cultura de um povo é reflexa de sua 
educação. Razão pela qual concordamos com os posicionamentos de diversos 
teóricos e profissionais do ensino infantil que, é nesta etapa da vida que 
constrói solida base dos valores e princípios éticos, morais e sociais, o que, 
futuro, refletirá a sociedade em forma de serviços prestados por aquele que um 
dia foi infantil. 
 Na singeleza de cada ação do profissional da Educação Infantil há uma 
resposta e equilibração da criança, não somente pelo que se diz, mas pelo 
exemplo, que deve ser acompanhado de cada ação do cotidiano deste 
37 
 
profissional com a criança. Deve-se ter em mente os propósitos aonde se quer 
chegar e como se vai fazer para alcançá-los. 
 Na educação infantil, a ludicidade é de importante relevância para o 
desenvolvimento integral da criança. Para ela, brincar é viver. 
 Uma problemática como a da inclusão nos oportunizou reflexão no diz 
respeito a trabalho docente de apenas um professor com 25 alunos ditos 
normais e um ou 2 ditos especiais; em tempo integral. Dependendo do grau de 
dificuldade do(s) alunos(s) especial, este(s) necessitará de maior atenção 
(atenção especial); porém, em se tratando de educação infantil, todos precisam 
de especial atenção. A nosso ver, torna-se inviável educação de qualidade 
para todos, se todos dependem de especial atenção. Faz-se necessária mais 
atenção nesta problemática, tendo em vista que, entre os ditos normais já 
existia grande diferença de comportamento, sendo o professor apenas o 
mediador com suposta condição de dar atendimento qualitativo para todos. 
Somos de comum acordo que a prática do professor em sala de aula ou no 
laboratório lúdico seja de mediação do trabalho pedagógico que pressupõe um 
aspecto de respeito mútuo, pois, é por meio das diversidades e das 
divergências que cada criança irá projetar-se no mundo como indivíduo que, 
desde a Educação Infantil tem seu espaço reconhecido com direitos e deveres 
que serão exercidos em um contexto social nem sempre justo. 
 Esperamos que este TC seja uma significativa contribuição para aqueles 
que têm como objetivo participar de forma coerente com o desenvolvimento 
das etapas infantis, contribuindo para o seu melhor progresso. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
ABRAHÃO, Maria Helena Menna Barreto (org.). Avaliação e erro construtivo 
libertador: uma teoria-prática includente em educação. Porto Alegre: 
EDIPUCRS, 2001. 75p. 
Alves Rubem. Conversa com quem gosta de ensinar 4ª edição. São Paulo, 
Cortez, 1982. 
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições70; 1979. 
38 
 
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação 
Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. 
Brasília: MEC/SEF, 1998, vols. 1, 2 e 3. 
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente– Lei nº. 8069, de 13 de 
julho de 1990. Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 2002. 
BRASIL. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional–
Lei nº. 9394/96. Brasília: Senado Federal, 1996. 
BEE.H. A Criança em desenvolvimento, São Paulo, Halia, 1977. 
Constituição (1988). Constituição da Republica Federativa do Brasil. 
Brasília: Senado, 1988. 
COLL, César. Aprendizagem escolar e construção do conhecimento. Porto 
Alegre: Artes Médicas, 1994. 159p. 
FRANÇA-WAJSKOP, Gisela. O papel da brincadeira na educação das 
crianças. Ideias, São Paulo, PDE, N.7. 1988. 
FRIEDMANN, Adriana. Brincar: crescer e aprender: o resgate do jogo infantil. 
São Paulo: Editora Moderna, 1996. 128p. 
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São 
Paulo: Atlas,2008. 
Human Development, 38, 2-18. 
KISHIMOTO, Tizuco Morchida (org.) O Brincar e suas Teorias. São Paulo: 
Pioneira, 1998, p.139 - 153. 
LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação - Educação infantil (Redação 
dada pela Lei nº 12.796, de 2013). 
Lucariello, J. (l995). Mind, culture, person: elements in a cultural psychology. 
MACEDO, Lino de; PETTY, Ana Lúcia Sícoli & PASSOS, Norimar Christe. 
Aprender com jogos e situações problemas. Porto Alegre: Artes Médicas, 
2000. 
Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental 
(1998). Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: 
MEC. 
MUCCHIELLI, R. O questionário na pesquisa psicossocial. São Paulo: 
Martins Fontes, 1979. 
39 
 
PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo, sonho, 
imagem e representação. Rio de Janeiro: LTC, 1990, 3ª ed. 
PIAGET, J. A Epistemologia Genética. 2 ed. Petrópolis: Vozes 1973. 
PIAGET, J. A psicologia da criança. Ed. Rio de Janeiro. Bertrand Brasil, 
1998. 
RESOLUÇÃO Nº 4, DE 13 DE JULHO DE 2010(*) MINISTÉRIO DA 
EDUCAÇÃO CONSELHO DE EDUCAÇÃO CÃMARA DE EDUCAÇÃO 
BÁSICA. 
VALENTE, J. A.O Computador na Sociedade do Conhecimento. Campinas: 
UNICAMP/NIED, 1999, P. 13. 
VYGOTSKY, L. S. Aprendizagem, desenvolvimento e linguagem. 2. ed. São 
Paulo: Ícone, 1998. 
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A Formação Social da Mente. São Paulo: 
Martins Fontes, 2002. 
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 3. ed. São Paulo: Martins 
Fontes, 1998. 
ZAGO, Cristiane Ungaretti. Alternativas para trabalhar as dificuldades de 
aprendizagem baseadas no lúdico. Porto Alegre: Faculdade de Educação: 
PUCRS, 2003, 116p. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO 
 
41 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1- Como deve ser trabalhado o lúdico na educação infantil? 
____________________________________________________________ 
 ____________________________________________________________ 
2- Considerando a importância do lúdico, quais as dificuldades encontradas 
ao longo do trabalho infantil? 
 _____________________________________________________________ 
 _____________________________________________________________ 
3- Quais os aspectos levados em conta na escolha de um brinquedo? 
_____________________________________________________________ 
_____________________________________________________________ 
4- Quais os aspectos levados em conta na escolha da escola ao se 
trabalhar a importância do lúdico na educação infantil? 
 ____________________________________________________________ 
 ____________________________________________________________ 
5- Quais as atividades lúdicas mais utilizadas? 
 ____________________________________________________________ 
 ____________________________________________________________ 
6- Como trabalhar a inclusão na educação infantil? 
 ____________________________________________________________ 
 ____________________________________________________________