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Sumário PROVA é todo elemento trazido ao processo, pelo juiz, pelas partes ou por terceiros, destinado a comprovar a realidade de um fato, a existência de algo ou a veracidade de uma afirmação. A finalidade da prova é fornecer subsídios para a formação da convicção do Juiz, do magistrado ou do julgador. São objetos de prova os fatos principais e secundários capazes de influenciar a responsabilidade criminal do réu, na aplicação da pena e da medida de segurança. Prova I: do exame de corpo de delito e das perícias em geral 2.1 Conceito: é um exame realizado por quem tem conhecimento técnico específico. Sua finalidade é prestar auxílio ao juiz em questões fora de sua área de conhecimento profissional. 2.2 Natureza jurídica: é um meio de prova nominado. Seu valor probatório é idêntico ao dos demais meios de prova. A perícia pode ser realizada a qualquer momento, desde o Inquérito Policial até a execução. Quando realizada no inquérito, a perícia é determinada pela AUTORIDADE POLICIAL, que pode determinar a realização de qualquer perícia, exceto a perícia de insanidade mental, que somente pode ser determinada pelo Juiz. O juiz pode determinar a realização de qualquer perícia. Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce O juiz, ao apreciar o laudo pericial, NÃO é obrigado a acatá-lo, mas, para afastá-lo, deve fazê-lo fundamentadamente. O perito pode ser: Perito oficial: servidor público (que prestou concurso); Perito não-oficial ou louvado: particular nomeado pela autoridade na falta de perito oficial. O perito louvado é nomeado pela autoridade policial ou judiciária. Assim que assume o encargo, o perito não-oficial deve prestar o compromisso de bem e fielmente cumprir suas funções. A falta de compromisso do perito é vista como mera irregularidade. Deve portar diploma de curso superior, de preferência na área do exame. As partes não podem interferir na nomeação dos peritos, artigo 276 do CPP. O assistente técnico é o perito de confiança das partes, que ira atuar com o fito de ratificar ou infirmar o laudo oficial. Como perito, deve ter curso superior, sendo que não se exige do mesmo a imparcialidade, já que o vínculo com a parte é essência de sua atuação. O Assistente Técnico somente ingressará no processo na fase instrutória e após sua admissão pelo juiz, assim, NÃO há que se falar em assistente na fase de inquérito policial. Na perícia realizada por precatória, quem nomeia o perito é o juiz deprecado. #PERÍCIA - Ação Penal Privada em que, havendo acordo entre querelante e querelado, a nomeação será feita pelo juiz deprecante (artigo 177 do Código de Processo Penal). Junior Realce Art. 276. As partes não intervirão na nomeação do perito. Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Art. 177. No exame por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á no juízo deprecado. Havendo, porém, no caso de ação privada, acordo das partes, essa nomeação poderá ser feita pelo juiz deprecante.nullnullParágrafo único. Os quesitos do juiz e das partes serão transcritos na precatória Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Nas infrações que deixem vestígio o exame de corpo de delito é o exame pericial OBRIGATÓRIO, e é destinado a comprovar a materialidade das infrações penais que deixam vestígios, isto é, infrações não transeuntes. Sua falta acarreta a nulidade absoluta do processo. CORPO DE DELITO é o conjunto de vestígios materiais deixados pela infração penal, a materialidade do crime, aquilo que se vê, apalpa, sente, em suma, pode ser examinado através dos sentidos. Vestígios Materiais (delicta facti permanentis) Não os deixam Vestígios (delicta facti transeuntis) Há infrações que deixam tais vestígios materiais (delicta facti permanentis), como os crimes de homicídio, lesões corporais, falsificação, estupro etc. Há outros, porém, que não os deixam (delicta facti transeuntis), como os de calúnia, difamação, injúria e ameaças orais, violação de domicílio, desacato etc EXAME DE CORPO DE DELITO é um auto em que se descrevem as observações dos peritos e este é o próprio crime em sua tipicidade. O exame destina se à comprovação por perícia dos elementos objetivos do tipo, que diz respeito, principalmente, ao evento produzido pela conduta delituosa, de que houve o "resultado", do qual depende a existência do crime. O laudo ou exame complementar é qualquer perícia que vise complementar a perícia anteriormente realizada. 3. PERÍCIAS EM ESPÉCIE AUTOPSIA - Consiste no exame interno do cadáver, sendo necessário no caso de morte violenta, salvo se houver certeza da causa mortis e da ausência de indícios de que tenha ocorrido infração penal. EXUMAÇÃO - Ato de retirar o cadáver da sepultura. Necessidade de autorização judicial e demonstração de justa causa. Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce ROMPIMENTO DE OBSTÁCULO - Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a subtração da coisa, ou por meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios, indicarão com que instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido o fato praticado. INCÊNDIO - No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em que houver começado, o perigo que dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio alheio, a extensão do dano e o seu valor e as demais circunstâncias que interessarem à elucidação do fato. RECONHECIMENTO DE ESCRITOS - A autoridade intimará a pessoa sob investigação e poderá utilizar para comparação qualquer documento sob o qual pese certeza que possui a caligrafia do investigado. Se estiver ausente a pessoa, mas em lugar certo, esta última diligência poderá ser feita por precatória, em que se consignarão as palavras que a pessoa será intimada a escrever. EXAME GRAFOTÉCNICO (art. 174, CPP: merece releitura constitucional): serve para comprovar a autenticidade de um escrito ou a veracidade de uma assinatura. O réu NÃO é obrigado a fornecer material gráfico (nemo tenetur se detegere). A autoridade judicial pode mandar apreender os escritos do réu que estejam em sua residência, desde que com mandado de busca domiciliar (reserva de jurisdição). Escritos jogados no lixo, tornam-se públicos, não exigindo mandado. Em caso de divergência entre dois peritos, o juiz nomeará um terceiro. Se este divergir também de ambos, determinará a realização de nova perícia. Se houver omissão ou falha, o juiz poderá determinar a realização de exame complementar. CARTA PRECATÓRIA – Se a pericia é em local diverso do juízo processante, ocorrerá a perícia por carta precatória, quem nomeia os peritos é o Juízo deprecado. O juiz NÃO está vinculado aolaudo elaborado pelos peritos, podendo julgar contrariamente às suas conclusões, desde que o faça Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce fundamentadamente. Nosso Direito adotou, portanto, o sistema liberatório quanto à apreciação do laudo, em oposição ao sistema vinculatório, existente em outras legislações. Junior Realce Junior Realce Junior Realce
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