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Conceito gênero: construção de feminilidades e masculinidades

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Em meio à nossas pesquisas relacionadas ao tema, nos deparamos com um artigo intitulado “Doping e controle da feminilidade no esporte”, de Viviane Teixeira Silveira e Alexandre Fernandez Vaz, de 2013. Por mais que o artigo tenha um foco voltado para a discussão do doping, ou uso de substâncias consideradas ilícitas, ele apresenta alguns pontos interessantes para a discussão da temática que serão dispostos a seguir.
	Relata-se que, no cenário esportivo profissional, apresentar um corpo que não promova valores estéticos de uma “feminilidade heterossexual” ou que apresenta falta de feminilidade levanta questionamentos a respeito da identidade de gênero, da identidade sexual da atleta e a possibilidade do uso de substâncias proibidas, popularmente conhecidas como doping. Além disso, são levantadas questões relativas à sexualidade da atleta, onde a falta de uma performance de feminilidade ainda é associado a noções estereotipadas de lesbianidade (SILVEIRA e VAZ, 2013).
As constantes acusações de virilidade e lesbianidade sofridas pelas atletas demonstram como a identidade sexual ainda está estritamente ligada à identidade de gênero e como ambas “atravessam a cultura esportiva por meio do corpo” (SILVEIRA e VAZ, p.456).	
As atletas que tenham performance excepcional tem seu status biológico questionado e precisam provar que são verdadeiramente mulheres.
A questão, e a preocupação, com a masculinização das mulheres atletas, por mais que seja considerada contemporânea, começou e se intensificou durante a Guerra Fria. As nações soviéticas transformaram a atividade física e os esportes em um dos vetores mais efetivos na disputa entre capitalismo e socialismo. Dentro desse contexto, as mulheres exerceram um importante papel como instrumento de propaganda ideológica através de sua potência no mundo esportivo. Por muito tempo a propaganda comunista por meio do esporte vigorou celebrando as “atletas fortes e musculosas, heroínas e ícones dos países do Leste Europeu” (Lenskyj apud Silveira e Vaz; 2008, 2013). Por outro lado, os países ocidentais e capitalistas, utilizavam dos comportamentos masculinos e femininos heterossexuais corretos como componente da ideia de superioridade
Segundo Bordo (1993), citada pelos autores, os músculos simbolizam a força e a masculinidade, sendo diretamente associados aos homens e não atribuídos à feminilidade. Assim, o desenvolvimento de músculos e força tem como consequência o risco de virilização e masculinização. Os autores do artigo sugerem que a preocupação com uma masculinização da mulher atleta tem como objetivo controlar a heteronormatividade no esporte para que não rompa com a matriz heterossexual sexo-gênero-sexualidade, definida por Butler. 
Assim, surgem na década de 1960, ao lado da preocupação com o doping, os “testes de verificação de gênero”, introduzidos no Campeonato Europeu de Atletismo, em Budapeste, na Hungria em 1966. As mulheres eram obrigadas a se apresentarem nuas diante de um grupo de especialistas médicos e eram submetidas a uma inspeção genital. No ano seguinte, em 1967, o teste de cromossomo de sexo foi introduzido e, pela primeira vez, uma atleta não conseguiu comprovar seu sexo. Apresentando cromossomos XXY, associados à Síndrome de Klinefelter, a polonesa Ewa Klobukowska não conseguiu uma definição cromossômica compatível com o sexo feminino, não sendo autorizada a competir.
A Política de Verificação de Gênero foi introduzida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) em 1968 nos Jogos Olímpicos de Verão e nos de Inverno mas foi oficialmente retirado dos Jogos Olímpicos em 1999. Um dos principais objetivos anunciados no momento da adoção da política era garantir que todas as atletas do sexo feminino competissem em igualdade de chances, porém concluiu-se que a mesma havia provocado apenas uma “grande confusão entre atletas mulheres e intersexuais”. Abaixo segue a definição de intersexual conforme dada pelos autores do artigo aqui trabalhado:
A palavra intersexual é preferível ao termo hermafrodita e é usada para se referir a uma variedade de condições (genéticas e/ou somáticas) com que uma pessoa nasce, apresentando uma anatomia reprodutiva e sexual que não se ajusta às definições de masculino e feminino, tendo parcial ou completamente desenvolvidos ambos os órgãos sexuais, ou um predominando sobre o outro. A intersexualidade, como transgeneridade, é uma condição e não uma orientação sexual. (SILVEIRA VAZ, 2013, p.461)
Enquanto no século XX, em meio ao contexto da Guerra Fria havia a preocupação com a preservação da feminilidade das atletas, Silveira e Vaz (2013) observam que há no século XXI um “aumento do sucesso e da visibilidade das mulheres no esporte de alto rendimento”, o que consequentemente as aproxima de padrões corporais associados “naturalmente”, estereotipadamente, aos atletas homens, levando a questionamentos quanto ao seu gênero e sexo. 
Isso aponta para o fato de que as características esportivas geralmente vinculadas ao comportamento masculino, como força e velocidade, estão dissociadas da prática das mulheres, o que mantém a ideia de que o campo esportivo pertence aos homens. Os pressupostos baseados na biologização das condutas acaba inferiorizando as mulheres em relação aos homens no contexto desportivo. Os autores sugerem que a Política de Verificação de Gênero “simboliza a ideia de uma superioridade masculina, preocupada em demarcar e comprovar cientificamente que há uma distinção absoluta e insuperável entre os sexos” (p.465).		 	 	 		
Silveira e Vaz também apontam para o fato de que, se por um lado o esporte de alto nível requer atletas cada vez mais fortes, musculosas e rápidas, de modo a superar performances, por outro exigem que essas mulheres se encontrem dentro dos padrões sociais heteronormativos. Os autores citam uma pesquisa realizada por Adelman com jogadores de voleibol da seleção brasileira onde as mesmas apontam para uma “valorização de um corpo atleta forte e sadio e que seja relativamente musculoso, mas sempre feminino” (p.466).
Por outro lado, relatam-se no artigo a existência de pesquisas sobre fisiculturistas que mostram que as atletas estão redefinindo para si um novo padrão de feminilidade. Assim, modalidade tem servido como um espaço para a negociação de gênero por meio da aparência e da forma física ao desafiar as normas de gênero. Porém, ao mesmo tempo, existe a preocupação com a desfeminização do sexo feminino, o que parece levar algumas atletas a buscar a performance de feminilidade através de suas roupas, acessórios e penteados usados na prática esportiva. Os autores concluem que, “se, por um lado, as mulheres atletas rompem com elementos de uma estética da limitação; por outro, reafirmam uma cultura na qual a atividade esportiva pode comprometer sua feminilidade” (p.467).
No artigo, aponta-se em determinado momento à questão das atletas transexuais. Através da formulação da Declaração de Estocolmo sobre o consenso de redesignação sexual no esporte em 2003 por uma Comissão do COI, foram estabelecidas regras para que tais atletas pudessem ser incluídas(os) em competições olímpicas desde que houvesse a comprovação de que eles possuem as “características corporais equivalentes ao gênero em que se harmonizaram para viver”, entre outros requisitos. A principal preocupação do Comitê recai sobre a possibilidade de uma transexual feminina (mulher trans) tenha alguma vantagem sobre uma adversária (mulher cis), assim, seguindo a opinião de especialistas, os níveis de testosterona e a massa muscular das atletas trans devem estar compatíveis aos considerados “verdadeiramente femininos” após a terapia hormonal e a cirurgia de redesignação sexual. Tal preocupação remete ao surgimento da Política de Verificação de Gênero, que tinha como objetivo evitar que houvesse concorrência desleal entre as atletas por conta de uma diferença de sexo.
Cabe ressaltar que por mais que a Declaração de Estocolmo já esteja em voga, ainda não há uma padronização no tratamento das federações e confederações
em relação à questão trans. A Declaração não torna obrigatória a aceitação de atletas transexuais em todos os esportes,o que faz com que cada uma dessas entidades atue conforme suas próprias regras.
_________ MASCULINIDADE _________
Até o século XVIII, não existia um modelo de sexualidade humana conforme entendemos hoje. O termo ‘sexualidade’ surgiu no século XIX, sendo, portanto, algo pertencente às sociedades modernas e pós-modernas (SILVA, 2000).
Por mais que houvesse a falta de um vocabulário que desse conta da sexualidade de homens e mulheres, havia o estabelecimento de normas de diferença sexual entre ambos. Até o século XIX era predominante a concepção do “one-sex-model”, ou “monismo sexual”, onde o modelo de perfeição estava representado na anatomia masculina e a mulher era concebida como um homem invertido. Tal pensamento de cunho anatômico considerava o útero como o escroto feminino, os ovários como os testículos, a vulva como um prepúcio e a vagina como um pênis (SILVA, 2000).
A regra fálica estabelecida pela perfeição masculina distinguia perfeitamente o domínio de superioridade masculina e inferioridade feminina, uma vez que, por ser um homem invertido, a mulher era um sujeito inferior, menos desenvolvido na “escala de perfeição metafísica” (SILVA, 2000).
Na virada do século XVIII para o XIX, ocorre a queda do one-sex-model com o conceito de perfeição do corpo e torna-se vigente o “two-sex-model” (SILVA, 2000). A relação anátomo-fisiológica do modelo de diferenciação anterior é substituída pelo sexo político-ideológico do modelo emergente, que ordenará a oposição sexual do corpo, justificando e impondo diferenças morais aos comportamentos masculinos e femininos, de acordo com as exigências da “sociedade burguesa, capitalista, individualista, nacionalista, imperialista e colonialista européia” (SILVA, 2000). 
De homem invertido, a mulher passa a ser sua forma complementar, o inverso do homem, porém, a inferioridade feminina se mantém mesmo com a mudança na concepção. A bissexualização originária dos sexos ressalta o domínio masculino sobre o feminino quando refere-se a inferioridade do corpo da mulher por conta de sua fragilidade - “A mulher seria mais frágil, desprovida de calor vital e sofreria de menos privilégios que os homens” - e, posteriormente, quanto ao seu prazer erótico (SILVA, 2000).
A feminilidade passará a atormentar o imaginário do homem burguês por conta da inferioridade social e política e da fragilidade do sexo dos invertidos sexuais e da mulher. Como uma represália a tal estado de decadência, no século XIX, dá-se início ao culto à masculinidade. Com a Revolução Francesa, a Revolução Industrial e as consequentes guerras mundiais, houve a consolidação de uma masculinidade e uma virilidade hegemônica comum a todos os homens. Diante da ameaça de uma feminilidade inerente a alguns homens por conta do medo de se tornarem homossexuais, e diante da obrigatoriedade de pôr à prova o seu sexo forte, os homens tiveram que cultivar mais do que nunca sua masculinidade e virilidade, investindo e construindo para si papéis e traços representativos de sua condição masculina. Ser homem significava não ser mulher e jamais ser homossexual (SILVA, 2000). 
Tais ideias, datadas de séculos passadas, ainda são observáveis nos dias de hoje, por mais que mudanças estejam ocorrendo (SILVA, 2000).
O artigo intitulado “Doping e controle da feminilidade no esporte”, de Viviane Teixeira Silveira e Alexandre Fernandez Vaz, de 2013. Por mais que o artigo tenha um foco voltado para a discussão do doping, ou uso de substâncias consideradas ilícitas, ele apresenta alguns pontos interessantes para a discussão da temática que serão dispostos a seguir.
	Relata-se que, no cenário esportivo profissional, apresentar um corpo que não promova valores estéticos de uma “feminilidade heterossexual” ou que apresenta falta de feminilidade levanta questionamentos a respeito da identidade de gênero, da identidade sexual da atleta e a possibilidade do uso de substâncias proibidas, popularmente conhecidas como doping. Além disso, são levantadas questões relativas à sexualidade da atleta, onde a falta de uma performance de feminilidade ainda é associado a noções estereotipadas de lesbianidade (SILVEIRA e VAZ, 2013).
As constantes acusações de virilidade e lesbianidade sofridas pelas atletas demonstram como a identidade sexual ainda está estritamente ligada à identidade de gênero e como ambas “atravessam a cultura esportiva por meio do corpo” (SILVEIRA e VAZ, p.456).	
As atletas que tenham performance excepcional tem seu status biológico questionado e precisam provar que são verdadeiramente mulheres.
A questão, e a preocupação, com a masculinização das mulheres atletas, por mais que seja considerada contemporânea, começou e se intensificou durante a Guerra Fria. As nações soviéticas transformaram a atividade física e os esportes em um dos vetores mais efetivos na disputa entre capitalismo e socialismo. Dentro desse contexto, as mulheres exerceram um importante papel como instrumento de propaganda ideológica através de sua potência no mundo esportivo. Por muito tempo a propaganda comunista por meio do esporte vigorou celebrando as “atletas fortes e musculosas, heroínas e ícones dos países do Leste Europeu” (Lenskyj apud Silveira e Vaz; 2008, 2013). Por outro lado, os países ocidentais e capitalistas, utilizavam dos comportamentos masculinos e femininos heterossexuais corretos como componente da ideia de superioridade
Segundo Bordo (1993), citada pelos autores, os músculos simbolizam a força e a masculinidade, sendo diretamente associados aos homens e não atribuídos à feminilidade. Assim, o desenvolvimento de músculos e força tem como consequência o risco de virilização e masculinização. Os autores do artigo sugerem que a preocupação com uma masculinização da mulher atleta tem como objetivo controlar a heteronormatividade no esporte para que não rompa com a matriz heterossexual sexo-gênero-sexualidade, definida por Butler. 
Assim, surgem na década de 1960, ao lado da preocupação com o doping, os “testes de verificação de gênero”, introduzidos no Campeonato Europeu de Atletismo, em Budapeste, na Hungria em 1966. As mulheres eram obrigadas a se apresentarem nuas diante de um grupo de especialistas médicos e eram submetidas a uma inspeção genital. No ano seguinte, em 1967, o teste de cromossomo de sexo foi introduzido e, pela primeira vez, uma atleta não conseguiu comprovar seu sexo. Apresentando cromossomos XXY, associados à Síndrome de Klinefelter, a polonesa Ewa Klobukowska não conseguiu uma definição cromossômica compatível com o sexo feminino, não sendo autorizada a competir.
A Política de Verificação de Gênero foi introduzida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) em 1968 nos Jogos Olímpicos de Verão e nos de Inverno mas foi oficialmente retirado dos Jogos Olímpicos em 1999. Um dos principais objetivos anunciados no momento da adoção da política era garantir que todas as atletas do sexo feminino competissem em igualdade de chances, porém concluiu-se que a mesma havia provocado apenas uma “grande confusão entre atletas mulheres e intersexuais”. Abaixo segue a definição de intersexual conforme dada pelos autores do artigo aqui trabalhado:
A palavra intersexual é preferível ao termo hermafrodita e é usada para se referir a uma variedade de condições (genéticas e/ou somáticas) com que uma pessoa nasce, apresentando uma anatomia reprodutiva e sexual que não se ajusta às definições de masculino e feminino, tendo parcial ou completamente desenvolvidos ambos os órgãos sexuais, ou um predominando sobre o outro. A intersexualidade, como transgeneridade, é uma condição e não uma orientação sexual. (SILVEIRA VAZ, 2013, p.461)
Enquanto no século XX, em meio ao contexto da Guerra Fria havia a preocupação com a preservação da feminilidade das atletas, Silveira e Vaz (2013) observam que há no século XXI um “aumento do sucesso e da visibilidade das mulheres no esporte de alto
rendimento”, o que consequentemente as aproxima de padrões corporais associados “naturalmente”, estereotipadamente, aos atletas homens, levando a questionamentos quanto ao seu gênero e sexo. 
Isso aponta para o fato de que as características esportivas geralmente vinculadas ao comportamento masculino, como força e velocidade, estão dissociadas da prática das mulheres, o que mantém a ideia de que o campo esportivo pertence aos homens. Os pressupostos baseados na biologização das condutas acaba inferiorizando as mulheres em relação aos homens no contexto desportivo. Os autores sugerem que a Política de Verificação de Gênero “simboliza a ideia de uma superioridade masculina, preocupada em demarcar e comprovar cientificamente que há uma distinção absoluta e insuperável entre os sexos” (p.465).		 	 	 		
Silveira e Vaz também apontam para o fato de que, se por um lado o esporte de alto nível requer atletas cada vez mais fortes, musculosas e rápidas, de modo a superar performances, por outro exigem que essas mulheres se encontrem dentro dos padrões sociais heteronormativos. Os autores citam uma pesquisa realizada por Adelman com jogadores de voleibol da seleção brasileira onde as mesmas apontam para uma “valorização de um corpo atleta forte e sadio e que seja relativamente musculoso, mas sempre feminino” (p.466).
Por outro lado, relatam-se no artigo a existência de pesquisas sobre fisiculturistas que mostram que as atletas estão redefinindo para si um novo padrão de feminilidade. Assim, modalidade tem servido como um espaço para a negociação de gênero por meio da aparência e da forma física ao desafiar as normas de gênero. Porém, ao mesmo tempo, existe a preocupação com a desfeminização do sexo feminino, o que parece levar algumas atletas a buscar a performance de feminilidade através de suas roupas, acessórios e penteados usados na prática esportiva. Os autores concluem que, “se, por um lado, as mulheres atletas rompem com elementos de uma estética da limitação; por outro, reafirmam uma cultura na qual a atividade esportiva pode comprometer sua feminilidade” (p.467).
No artigo, aponta-se em determinado momento à questão das atletas transexuais. Através da formulação da Declaração de Estocolmo sobre o consenso de redesignação sexual no esporte em 2003 por uma Comissão do COI, foram estabelecidas regras para que tais atletas pudessem ser incluídas(os) em competições olímpicas desde que houvesse a comprovação de que eles possuem as “características corporais equivalentes ao gênero em que se harmonizaram para viver”, entre outros requisitos. A principal preocupação do Comitê recai sobre a possibilidade de uma transexual feminina (mulher trans) tenha alguma vantagem sobre uma adversária (mulher cis), assim, seguindo a opinião de especialistas, os níveis de testosterona e a massa muscular das atletas trans devem estar compatíveis aos considerados “verdadeiramente femininos” após a terapia hormonal e a cirurgia de redesignação sexual. Tal preocupação remete ao surgimento da Política de Verificação de Gênero, que tinha como objetivo evitar que houvesse concorrência desleal entre as atletas por conta de uma diferença de sexo.
Cabe ressaltar que por mais que a Declaração de Estocolmo já esteja em voga, ainda não há uma padronização no tratamento das federações e confederações em relação à questão trans. A Declaração não torna obrigatória a aceitação de atletas transexuais em todos os esportes,o que faz com que cada uma dessas entidades atue conforme suas próprias regras.

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