Buscar

r para a clínica fenomenológica

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Possíveis contribuições de Husserl e Heidegger para a clínica fenomenológica
Reconhece-se que Husserl, com sua Psicologia Fenomenológica, estabelece uma psicologia da subjetividade que pode servir de apoio para a clínica fenomenológica.
A fenomenologia do grego phainesthai, aquilo que se mostra, e logos, explicação, estudo afirma a importância dos fenômenos da consciência. 
Segundo o slogan do próprio Husserl (1985), a fenomenologia tem como finalidade tornar às coisas mesmas, sendo, em primeira instância, descritiva, buscando clarificar temas despojados de conceitos preconcebidos, tal como aparecem. Husserl fala com frequência de descrição fenomenológica como clarificação, iluminação, no sentido de elucidar o significado do fenômeno em questão. 
A fenomenologia de Husserl critica todas as formas de objetivismo, focando especificamente as maneiras como os objetos são compostos na experiência do sujeito, a composição e característica do objeto como experienciado pelo sujeito. 
Entendendo a fenomenologia como a ciência fundamental para todas as ciências, Husserl (1985) insistia em que esta deveria ser um método sem pressuposições, ou seja, as definições deveriam impedir pressupostos da filosofia moderna ou das tradições científicas. De modo óbvio, é problemático não ter como ponto de partir nenhum pressuposto, tal como ordena Husserl em seu idealismo transcendental, tendo-se em vista o enraizamento histórico do conhecimento humano, que torna impossível sua proposta radical "pura" na psiquiatria e na psicologia, que tem como objeto de trabalho e de estudo o ser humano em seu mundo.
Ainda como assistente de Husserl, na assim chamada década fenomenológica (1919-1929) Heidegger sempre rejeitara sua procura das essências pelo meio do método fenomenológico, chegando, inclusive, a ridicularizar a ponto de vista de ego transcendental e outros aspectos centrais do pensamento de Husserl (Moran & Mooney, 2002). A ajuda do pensamento de Heidegger é inquestionável e inaugura via fenomenologia do Dasein  a assim chamada fenomenologia existencial, apoio de escolas e linhas de pensamento contemporâneas em psicologia, psiquiatria, psicoterapia e psicopatologia, ainda que ele mesmo não se resolva como existencialista, na definição de não pertencer ao Existencialismo enquanto movimento.
É o destecer de uma ligação, ou libertar, soltar alguém ou alguma coisa das amarras. O termo analítica, utilizado por Kant e retomado por Heidegger, não rege a uma desintegração do fenômeno, mas sim, a sua maneira orginário, ao seu sentido, sua condição de possibilidade. A analítica tece e destece, para libertar o sentido que aprova o tecido, para vislumbrar o próprio tecer e retecer. Esta é a via pela qual Heidegger irá compreender a analítica.
A contribuição de Jaspers, Binswanger,Boss e Tatossian para a psicopatologia fenomenológica.
Este capítulo tem como objetivo discutir as contribuições de quatros grandes nomes da psicologia fenomenologia: Jaspers, Binswanger,Boss e Tatossian.
Pontuando especificamente na apresentação de uma nova maneira de compreender o panorama da psipatologia fenomenologia existencial. 
Karl Jaspers, através de um método descritivo-compreensivo fundou a psicopatologia enquanto área específica do conhecimento com sua Psicopatologia Geral. ao introduzir o método fenomenológico em seu trabalho de descrever e compreender uma psicopatologia geral inaugura uma nova área do saber – a psicopatologia – que a partir de então se preocupará tanto com a realidade subjetiva quanto com a realidade objetiva de pessoas que sofrem com transtornos mentais.
Ludwig Binswanger, o criador da Psicopatologia Fenomenológica com sua daseinsanalyse, que passou a se chamar análise existencial, inaugura a tradição da psicopatologia fenomenológica, cuja preocupação primordial não é mais o psíquico ou a doença, mas o homem. 
Medard Boss desenvolve, ou pelo menos dá os primeiros passos, na direção de uma psicopatologia mais puramente inspirada no Dasein de Heidegger. se propôs a desenvolver uma psicopatologia de inspiração Daseinsanalítica 
 Finalmente, Artur Tatossian, a partir do diálogo com os filósofos e psiquiatras representantes da tradição fenomenológica em psiquiatria, descreve e desenvolve uma psicopatologia fenomenológica contemporânea do Lebenswelt.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando