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Relatório de Bioquimica Glicose

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UNIVERSIDADE PAULSTA
Curso de Biomedicina
PRIMEIRO RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA DE BIOQUÍMICA CLÍNICA: DETERMINAÇÃO DE GLICEMIA 
GRUPO 1
ANA CAROLINA A. SARAFIM N° RA D28BGA1
BIANCA AURÉLIA DO PRADO N° RA D3668F5
BRUNA PEREIRA DA S. SANTOS N° RA T2686D3
GABRIELA GOMES B. CANDIDO N° RA D259806
VALÉRIA DA S. CERQUEIRA N° RA N1840E0
São Paulo
2019
OBJETIVO 
 Analisar o resultado do nível da glicose pelo método de determinação da glicemia através da espectrofotometria.
INTRODUÇÃO/DESENVOLVIMENTO
A glicose é um açúcar simples que age como principal fonte de energia do corpo. Os carboidratos que ingerimos são divididos até a obtenção de glicose (e outros poucos açúcares simples) e absorvidos no intestino delgado para a corrente sanguínea. A maioria das células do corpo precisa de glicose para a produção de energia; células nervosas não só dependem de glicose para produção de energia, mas também exigem níveis sanguíneos adequados de glicose para seu funcionamento normal.
O uso da glicose pelo corpo depende da disponibilidade de insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas. A insulina age como um controlador de trânsito, transportando glicose para dentro das células e encaminhando o excesso para ser armazenado como glicogênio, para uso a curto prazo, e como triglicerídeos nas células gordurosas. Não podemos viver sem glicose ou sem insulina, e elas devem estar em equilíbrio.
Normalmente, os níveis sanguíneos de glicose se elevam um pouco após uma refeição, e é liberada insulina para corrigi-los, em quantidade correspondente ao volume e ao conteúdo da refeição. Se os níveis caírem muito, como pode ocorrer entre as refeições ou após grandes esforços, é secretado glucagon, outro hormônio pancreático, para estimular a transformação do glicogênio hepático em glicose, corrigindo os níveis sanguíneos. Se esses mecanismos de controle estiverem agindo de modo normal, a quantidade de glicose no sangue permanece bastante estável. Se houver ruptura do equilíbrio os níveis de glicose se elevam e o corpo procura restaurar o equilíbrio aumentando a liberação de insulina ou excretando glicose na urina.
Glicemia é o termo técnico para se referir aos níveis de açúcar que existem no sangue. Isso por que pode haver muita glicose na corrente sanguínea, muito mais do que o corpo precisa, ou pouca glicose. Em ambos os casos, é necessário intervenção para que o organismo volte aos padrões normais para não causar diversos tipos de doença, como algumas que serão citadas:
Hiperglicemia ou hipoglicemia aguda pode ameaçar a vida, causando insuficiência de órgãos, lesão cerebral, coma e, em casos extremos, morte. Hiperglicemia crônica pode causar lesão progressiva de órgãos como rins, olhos, nervos, coração e vasos sanguíneos. Hipoglicemia crônica pode causar lesão cerebral e de nervos.
Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas células beta . A função principal da insulina é promover a entrada de glicose para as células do organismo de forma que ela possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação resulta portanto em acúmulo de glicose no sangue, o que chamamos de hiperglicemia.
Sabemos hoje que diversas condições podem levar ao diabetes, porém a grande maioria dos casos está dividida em dois grupos: Diabetes Tipo 1 e Diabetes Tipo 2.
Diabetes Tipo 1 (DM 1) - Essa forma de diabetes é resultado da destruição das células beta pancreáticas por um processo imunológico, ou seja, pela formação de anticorpos pelo próprio organismo contra as células beta levando a deficiência de insulina. Nesse caso podemos detectar em exames de sangue a presença desses anticorpos que são: ICA, IAAs, GAD e IA-2. Eles estão presentes em cerca de 85 a 90% dos casos de DM 1 no momento do diagnóstico. Em geral costuma acometer crianças e adultos jovens, mas pode ser desencadeado em qualquer faixa etária.
O quadro clínico mais característico é de um início relativamente rápido (alguns dias até poucos meses) de sintomas como: sede, diurese e fome excessivas, emagrecimento importante, cansaço e fraqueza. Se o tratamento não for realizado rapidamente, os sintomas podem evoluir para desidratação severa, sonolência, vômitos, dificuldades respiratórias e coma. Esse quadro mais grave é conhecido como Cetoacidose Diabética e necessita de internação para tratamento.
Diabetes Tipo 2 (DM 2) - Nesta forma de diabetes está incluída a grande maioria dos casos (cerca de 90% dos pacientes diabéticos). Nesses pacientes, a insulina é produzida pelas células beta pancreáticas, porém, sua ação está dificultada, caracterizando um quadro de resistência insulínica. Isso vai levar a um aumento da produção de insulina para tentar manter a glicose em níveis normais. Quando isso não é mais possível, surge o diabetes. A instalação do quadro é mais lenta e os sintomas - sede, aumento da diurese, dores nas pernas, alterações visuais e outros - podem demorar vários anos até se apresentarem. Se não reconhecido e tratado a tempo, também pode evoluir para um quadro grave de desidratação e coma.
Ao contrário do Diabetes Tipo 1, há geralmente associação com aumento de peso e obesidade, acometendo principalmente adultos a partir dos 50 anos. Contudo, observa-se, cada vez mais, o desenvolvimento do quadro em adultos jovens e até crianças. Isso se deve, principalmente, pelo aumento do consumo de gorduras e carboidratos aliados à falta de atividade física. Assim, o endocrinologista tem, mais do que qualquer outro especialista, a chance de diagnosticar o diabetes em sua fase inicial, haja visto a grande quantidade de pacientes que procuram este profissional por problemas de obesidade.
Diabetes Gestacional - Atenção especial deve ser dada ao diabetes diagnosticado durante a gestação. A ele é dado o nome de Diabetes Gestacional. Pode ser transitória ou não, e ao término da gravidez, a paciente deve ser investigada e acompanhada. 
Durante a gravidez ocorrem adaptações na produção hormonal materna para permitir o desenvolvimento do bebê. A placenta é uma fonte importante de hormônios que reduzem a ação da insulina, responsável pela captação e utilização da glicose pelo corpo.  O pâncreas materno, consequentemente, aumenta a produção de insulina para compensar este quadro de resistência á sua ação. Em algumas mulheres, entretanto, este processo não ocorre e elas desenvolvem quadro de diabetes gestacional, caracterizado pelo aumento do nível de glicose no sangue. Quando o bebê é exposto a grandes quantidades de glicose ainda no ambiente intra-uterino, há maior risco de crescimento fetal excessivo(macrossomia fetal) e, conseqüentemente, partos traumáticos, hipoglicemia neonatal e até de obesidade e diabetes na vida adulta.
O diabetes gestacional pode ocorrer em qualquer mulher. Por isso, recomenda-se que todas as gestantes pesquisem, a partir da 24ª semana (início do 6º mês) de gravidez, como está a glicose em jejum e, mais importante ainda, a glicemia após estímulo da  ingestão de glicose, o chamado teste oral de tolerância a glicose .O diagnóstico é feito caso a glicose no sangue venha com valores iguais ou maiores a 92 mg/dl no jejum ou 180 mg/dl e 153 mg/dl respectivamente 1 hora e 2 horas após a ingestão do açúcar. Algumas mulheres tem maior risco de desenvolver a doença e devem estar mais atentas.
São considerados fatores de risco para o diabetes gestacional:  Idade materna mais avançada, ganho de peso excessivo durante a gestação, sobrepeso ou obesidade, Síndrome dos ovários policísticos, história prévia de bebês grandes (mais de 4 kg) ou de diabetes gestacional, história familiar de diabetes em parentes de 1º grau , história de diabetes gestacional na mãe da gestante, hipertensão arterial sistêmica na gestação e gestação múltipla (gravidez de gêmeos).
É importante destacar que a maioria
das gestações complicadas pelo diabetes, quando tratada de maneira adequada, irá ter um excelente desfecho e os bebês nascerão saudáveis.
Aproximadamente 6 semanas após o parto a mulher que teve diabetes gestacional deve realizar um novo teste oral de tolerância a glicose, sem estar em uso de medicamentos antidiabéticos. O histórico de diabetes gestacional é um importante fator de risco para desenvolvimento de diabetes tipo 2 ao longo da vida adulta e na senilidade.  O aleitamento materno pode reduzir o risco de desenvolvimento de diabetes permanente após o parto. 
Diabete Insípido - é uma síndrome caracterizada pela incapacidade de concentração do filtrado urinário, com consequente desenvolvimento de urina hipotônica e aumento de volume urinário. Pode ocorrer por deficiência do hormônio antidiurético (ADH) ou por resistência à sua ação nos túbulos renais. Quando há deficiência na síntese do ADH, o diabete insípido é chamado central, neuro-hipofisário ou neurogênico; quando há resistência à sua ação nos túbulos renais, é dito renal ou nefrogênico. É importante a diferenciação entre os tipos de diabete insípido. Os tratamentos para o diabete insípido central e para o renal são distintos.
Outros Tipos de Diabetes - São bem mais raros e incluem defeitos genéticos da função da célula beta (MODY 1, 2 e 3), defeitos genéticos na ação da insulina, doenças do pâncreas (pancreatite, tumores pancreáticos, hemocromatose), outras doenças endócrinas (Síndrome de Cushing, hipertireoidismo, acromegalia) e uso de certos medicamentos.
Glicosúria: Normalmente, o organismo elimina a glicose através da urina apenas quando os níveis de glicose no sangue estão muito altos (como no diabetes mellitus não controlado). Na maior parte das pessoas saudáveis, a glicose do sangue filtrada pelos rins é completamente reabsorvida para o sangue. Nas pessoas afetadas pela glicosúria renal, a glicose pode ser eliminada pela urina mesmo que as concentrações de glicose no sangue estejam normais ou baixas. Isso ocorre devido a um defeito nas células tubulares dos rins, que diminui a reabsorção da glicose. Algumas formas de glicosúria renal são hereditárias, causando apenas glicosúria ou como parte da síndrome de Fanconi. A forma adquirida pode ser causada por certos tipos de medicamentos ou doenças que danificam os túbulos renais. O médico faz o diagnóstico quando um exame de sangue de rotina detecta glicose na urina, apesar dos níveis de glicose no sangue estarem normais.
Os Exames mais utilizados pra diagnosticar o Diabetes são:
Glicemia de Jejum:
A glicemia de jejum ou glicose em jejum, é um exame de sangue que mede a taxa de glicose na circulação sanguínea e precisa ser feito após um jejum de 8 a 12 horas de duração, sem o consumo de qualquer alimento ou bebida, exceto água. Este exame é muito utilizado para investigar o diagnóstico de diabetes, e para monitorar as taxas de açúcar no sangue de pessoas diabéticas ou com risco para esta doença.
Hipoglicemia: menor que 70mg/dL
Normal: 70 a 99 mg/dL
Tolerância Diminuída a Glicose ou Pré Diabético: 100 a 125 mg/dL
Diabético: igual o acima de 126 mg/dL
Curva Glicêmica:
O exame da curva glicêmica, também chamado de teste de tolerância à glicose oral (TTG ou TTGO), é um exame que pode ser solicitado pelo médico com o objetivo de auxiliar no diagnóstico de diabetes, pré-diabetes, resistência à insulina ou outras alterações relacionadas às células pancreáticas. Esse exame é feito a partir da análise da concentração de glicose no sangue em jejum e depois da ingestão de um líquido açucarado (75mg) fornecido pelo laboratório. Assim, o médico pode avaliar como o organismo funciona frente a elevadas concentrações de glicose. São coletados amostras de sangue em jejum, 30, 60, 90 e 120 minutos, e às vezes até de 7 períodos incluindo 150 e 170min. O TTGO é um exame importante durante a gestação (entre a 24 e à 28 semanas), sendo incluído na lista de exames pré-natais, pois a diabetes gestacional pode representar risco tanto para a mãe quanto para o bebê.
A interpretação da curva glicêmica após 2 horas é da seguinte forma:
Normal: inferior a 140 mg/dl;
Tolerância diminuída à glicose: entre 140 e 199 mg/dl;
Diabetes: igual ou superior a 200 mg/dl.
Glicêmia Pós – Pradial:
Serve para triar pacientes portadores de diabetes mellitus. A análise consiste em fazer uma coleta do sangue da pessoa a ser testada, 2 horas depois de ter feito uma refeição, que deve conter pelo menos 50 g de carboidratos. Preferencialmente o exame deve ser iniciado no almoço, quando começar ingerir a refeição deverá anotar o horário, se alimente normalmente com massas, arroz, feijão, e se for ingerir sobremesa, deve fazer imediatamente após terminar o almoço. A pessoa não deve ingerir bebidas alcoólicas em nenhum momento do teste. Depois que terminar a refeição poderá ingerir apenas água até o momento da coleta do sangue, nada de café, refrigerantes ou sorvetes, e quando tiver passado 1 hora e 30 minutos deverá estar no laboratório, o ideal é realizar um repouso prévio de 30 minutos no local, completando o tempo de 2 horas após o almoço. Quando atingir o tempo de 2 horas avise a equipe do laboratório para que seja realizada a coleta do sangue.
Normal: até 140 mg/dL
Tolerância Diminuída a Glicose ou Pré Diabético: 141 a 199 mg/dL
Diabético: igual o acima de 200 mg/dL
Hemoglobina Glicada:
O exame de hemoglobina glicada analisa o nível de hemoglobinas que sofreram glicação na corrente sanguínea, auxiliando no controle e diagnóstico da diabetes. É um exame simples que pode estabelecer uma média da glicemia do paciente nos últimos 3 meses.
Frutosamina:
O exame é pedido monitora a glicemia média nas últimas duas ou três semanas. Ele é usado principalmente no início do tratamento ou quando este é modificado, para monitorar os efeitos de alterações da dieta ou da medicação. Ele pode ser pedido também durante a gravidez, em doenças agudas que podem alterar a glicemia ou as necessidades de insulina, e quando a hemoglobina glicada não é confiável.
MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Materiais Utilizados:
Estante para tubos de ensaio 
3 tubos de ensaio 
Pipetas automáticas 
Ponteiras 
Reagente de cor (R1) 
 Amostra
STD
 Espectrofotômetro
 Método:
Identificamos 3 tubos de ensaio como B (branco), P (padrão) e A (amostra). 
Pipetamos 2000 μL de R1 (reagente colorimétrico) em todos os tubos.
No tubo B, não pipetamos mais nada
No tubo P pipetamos 20 μL de STD
No tubo A pipetamos 20 μL de Amostra
Homogeneizamos bem e deixamos em banho maria por 10 min a 37 °C
Passando os 10 minutos tiramos do banho maria e levamos ao espectrofotômetro para medir a Absorbância do Padrão e da Amostra frente ao Branco
RESULTADO
Comprimento de onda: 505 nm
Solução Branca: 0 mg/dL
Solução Padrão: 0,240 mg/dL
Solução Amostra: 0,152 mg/dL
Glicose = 0,152 / 0,240 X 100
Glicose = 0,6333...X 100 = 63,33mg/dL
	
CONCLUSÃO CLÍNICA
Com o resultado de 63,33mg/dL de glicose no sangue indica Hipoglicemia, que é a baixa concentração de glicose no sangue.
REFERÊNCIAS
https://labtestsonline.org.br/tests/glicose
https://www.endocrino.org.br/o-que-e-diabetes/
https://www.diabetes.org.br
Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas DIABETE INSÍPIDO - http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-diabete-insipido-livro-2013.pdf

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