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HISTÓRIA MÉDIA ORIENTAL-Medievo Oriental A desagregação do Império Romano AULA 1 Os próprios romanos, assim como os gregos, acreditavam ser SUPERIORES a vários povos situados à leste. O historiador norte-americano nos mostra que os macedônios, comparados aos habitantes da maioria das pólis gregas, no mesmo período, estavam em certa desvantagem no que tange à organização sociocultural. No entanto, possuíam características muito peculiar a unidade territorial em torno do monarca. O INTELECTUAL PALESTINO EDWARD SAID, em uma obras “O Orientalismo” ADVOGA A TESE DE QUE A CONCEPÇÃO QUE DIVIDE O MUNDO EM OCIDENTE E ORIENTE, SOB A MÁSCARA DE UMA DISTINÇÃO DIDÁTICA, NA VERDADE SERVE PARA ENFATIZAR DIFERENÇAS. Mais do que isto, para, veladamente estabelecer hierarquia cultural, o que dificulta qualquer tentativa de aproximação. CONCEITUAR A IDADE MÉDIA ORIENTAL (Séc. V a XV) É um conceito cronológico DIDÁTICO, porém, ARBITRÁRIO. Conceito mais ideológico do que geográfico – enfatiza as diferenças, estabelece hierarquia. É uma cultura superior à outra. NÃO EXISTE QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO – existe desagregação do império. ESPAÇO ORIENTAL Os gregos após uma série de lutas fraticidas (A Guerra do Peloponeso – significou a fragmentação do mundo grego) ficaram tão fragilizados que se tornaram presa fácil. Grécia já era fragmentada quanto à estrutura, eram subdividas em póleis. Pólis Já existia a fragmentação geográfica, separadas, até rivais entre si, mas unidas pela cultura. ESPARTA E ATENAS As mais importantes entram em guerra GUERRA DO PELOPONESO (lutas fraticidas – eram irmãos) ENFRAQUECIMENTO Esparta enfrenta as pólis vizinhas GRÉCIA perde seu poder de fogo, as pólis ficam extremamente fragilizadas Tornam-se presas fáceis. EXPANSÃO MACEDÔNIA O historiador norte-americano nos mostra que os macedônios, comparados aos habitantes da maioria das poleis gregas no mesmo período, estavam em certa desvantagem no que tange à organização sociocultural. No entanto, possuíam uma característica muito peculiar: a unidade territorial em torno de um monarca. Com a ascensão de Felipe II ao trono da Macedônia, esse reino ganhou mais poder, seu exército foi reorganizado, suas táticas militares rivalidades. Em suma, o descompasso dos macedônios em relação aos gregos no Séc. V a.C. foi suplantado no século seguinte por uma liderança com tendências expansionistas, graças a este fator e a desunião das pólis gregas. Com isto, Felipe II e seu sucessor Alexandre conseguem ampliar as fronteiras da Macedônia para esta região. Graças a esse fator e à já citada desunião das poleis gregas, Felipe II e seu sucessor Alexandre conseguem ampliar as fronteiras da Macedônia para essa região. Alexandre e seus sucessores, em seu processo expansionista e dominador, fundaram cidades ou reativaram antigos centros, usando como referência o modelo políade grego. Implantaram instituições tradicionais como a Ágora, os templos, os conselhos e muitos tipos de magistraturas. Alexandre quando começou a expansão territorial, era um admirador da cultura grega. Alexandre era muito vaidoso, com seu expansionismo, em cada lugar que ele dominava, fundava uma cidade chamada de Alexandria e levava os elementos culturais gregos (disseminação dos valores culturais gregos). A mistura de elementos culturais gregos a elementos locais gerou um híbrido chamado de HELENISMO. Após a morte de Alexandre, houve um esfacelamento interno, do reino macedônio. Sem herdeiros possíveis, suas conquistas foram repartidas entre os generais que lhe assessoravam. Essa fragmentação vulnerabilizou a região e a tornou suscetível às invasões. Paralelo a isso, Roma, que no século VIII a. C era apenas uma vila perdida no meio do Lácio, conquistara, com o passar dos séculos, inúmeros domínios, dentre eles os “escombros” das conquistas de Alexandre. O que aconteceu com o mundo grego, passa a ocorrer com o Império Macedônio. Como Depois da morte de Alexandre não deixou, sem herdeiros viáveis e não deixou definido quem seria seu sucessor, vai acontecer conflito entre os generais, O GRANDE IMPÉRIO MACEDÔNIO IRÁ SE FRAGMENTAR – ESFACELAMENTO INTERNO. – CONFLITO ENTRE OS GRANDES GENERAIS. O EXPANSIONISMO ROMANO/A DESAGREGAÇÃO DO IMPÉRIO O helenismo passou a fazer parte do mundo romano e de todos os seus domínios – HIBRIDISMO. Roma conseguir ampliar seu território, aumento de escravos, muitos impostos. Ao anexar áreas tão diferenciadas, os romanos que já tinham contato com a cultura grega, desde a época em que eles fundaram colônias no sul da Península Itálica, ampliaram esta relação. – O HELENISMO PASSOU A FAZER PARTE DO MUNDO ROMANO E DE TODOS OS SEUS DOMÍNIOS Após séculos de calmaria (a Pax Romana) o Império começou a vivenciar problemas muito sérios no século III. Mais esse momento vai acabar. Foi um fenômeno de longa duração que se estendeu desde o século Va.C, até o século II dC, com a campanhas de Trajano. O processo expansionista, contudo, trouxe consequências, não necessariamente positivas para Roma. Se por um lado representou abundância em relação ao quantitativo de mão de obra escrava entrante, à arrecadação de tributos, à exploração de matéria-prima; por outro lado, revelou incongruências significativas. A escassez de escravos aumenta com o término do expansionismo, os tributos continuam vindo, mais para manter os tributos teriam que manter um exército na região conquistada com ônus grande, os recursos naturais não são renováveis, algumas locais passaram a representar mais bônus do que ônus. Dentre outros problemas, problemas administrativos, problemas de corrupção e as fronteiras com outros povos (germânicos)., inicia-se um processo de escassez de escravos porque não conquistavam mais. Vai obrigar os romanos a instituir novas formas de governo, outro problema era o déficit do império romano, as despesas para manutenção deste império aumentavam cada vez mais, as áreas conquistadas já não davam mais tanto lucro O século III é marcante para a história romana no que tange à desagregação de sua extensão geográfica. Tentativas de solução: TETRARQUIA em 285, perceberam que o império romano era muito vasto, instituíram um governo composto de DOIS AUGUSTOS e DOIS GOVERNANTES secundários, os CÉSARES. DEU CERTO? Não funcionou. A tetrarquia vai ser eliminada. SEGUNDA TENTATIVA – 395 - Partilhar o Império Romano (O Imperador TEÓDOSIO partilhou entre seus dois filhos – HONÓRIO e ARCÁDIO (eram jovens, não tinham capacidade de governança, na verdade o império era governado pelos auxiliares) – IMPÉRIO DO OCIDENTE E IMPÉRIO DO ORIENTE. A parte Ocidental fica muito fragilizada, suas fronteiras eram maiores, dos seus limes. Como Roma já estava com problemas internos, não conseguiu defender as fronteiras. O Oriente permanece, embora se espelhasse na cultura ocidental , era muito autônoma. AULA 2 – império Bizantino Parte do Império Romano que não sucumbiu as invasões germânicas(Império Romano Oriental). Final do Século IV =- O império se divide em duas porções Século V – Os germânicos nas fronteiras do império ocidental e não atingem nas fronteiras do lado oriental Século VI – Constituição da primeira dinastia, a primeira sucessão mais regular do lado oriental. AS INCURSÕES GERMÂNICAS ÀS FRONTEIRAS ROMANAS Império Romano do Ocidente (Honório – Estilicão – tutor) e Império Romano do Oriente (Arcádio – Rufino-tutor) – quem governa de fato é o tutor. O Estilicão era bastante belicoso, muito mais preocupação em reunificar o império romano e deixar passar as ameaças que estavam vindo. Já o Rufino não tinha esta pretensão. O lado oriental era muito maisbem sucedido do o lado ocidental. As províncias que mais davam lucro estavam no lado oriental. Rufino vislumbrava tomar estas áreas do lado oriental e com isto e ter mais recursos para governar o império. Mas, as fronteiras do lado ocidental eram muito mais vastas e estavam habitadas por povos que poderiam aderir as fronteiras. RAZÕES PARA A FALTA DE AUXÍLIO DO ORIENTE À PORÇÃO OCIDENTAL Falta de identidade entre as duas porções Gastos com o auxílio externo desequilibrada as finanças internas – se dispendessem recursos para ajudar faltaria recursos para se manterem, desviar recursos de uma economia estabilizada traria fragilidade, e assim preferiram não se manter nessa questão. A atitude do Estilicão já conduz um afastamento, começam a se afastar culturalmente, questões não resolvidas RAZÕES PARA A PRESERVAÇÃO DA PORÇÃO ORIENTAL Fronteiras menos vulneráveis Estabilidade política interna - O lado oriental sempre foi muito mais estável Manutenção do equilíbrio econômico. Com isto, o lado ocidental acaba perecendo. Têm a estruturação de vários reinos germânicos, que não terão muito efeito, o de maior duração foi o reino franco e do lado oriental tem a estrutura que foi concebida na época de Teodósio. Resguardando cada vez mais suas fronteiras, o lado oriental sobreviveu por quase mil anos. Compreender por que o lado ocidental sucumbiu aos invasores germânicos enquanto o oriental resistiu não é das tarefas mais simples. Nenhum fator isolado justificaria tal realidade. Temos que trabalhar com uma série de elementos conjugados para esclarecer tal permanência. O primeiro fator que podemos assinalar é a questão geográfica – o lado ocidental tinha que resguardar extensas fronteiras que se estendiam do alto e médio rio Danúbio e do rio Reno. O lado Bizantino tinha se preocupar apenas com a fronteira do baixo Danúbio o que lhe dava liberdade para enfrentar com mais eficácia as hordas de invasores do leste. Um segundo fator digno de destaque relaciona-se com a estrutura socioeconômica. O lado oriental manteve relativamente intactas as atividades econômicas apesar das ameaças, bem como a estabilidade interna. Além disso, as províncias orientais eram mais povoadas e mais ricas, o que evitou o colapso em relação à cobrança de impostos necessários à manutenção do Estado. Por fim, podemos assinalar a relativa paz interna do lado oriental. Após a separação, a sua política interna mostrou-se muito mais homogênea sem grandes perturbações, sem sistemáticos governos golpistas como tornou-se de praxe no lado ocidental. Qual será a primeira dinastia que vai governar após o processo de desagregação do lado ocidental? O primeiro governante oriental será ZENÃO, vai dar a cara do império bizantino e a primeira atitude será fortalecer a região da capital, por ser uma capital próxima ao litoral, demonstra possíveis incursões, estabelece muralhas na região (hoje é Istambul) e seus sucessores vão adotar atitudes parecidas. Outra atitude: começam a criar uma personalidade para que ali impere o romano oriental. Vão tentar uma ingerência maior sobre a economia, tendo influência nos negócios. As terras não eram de acesso fácil à população, havia uma situação muito estabilizada. Muitas terras nas mãos do imperador, outra parte nas mãos da igreja, a nobreza também com um quantitativo grande de terras. Percebe que vai ter um imperador com rédeas curtas. Esta política dura muito tempo. O Estado vai começar a financiar a criação de corporações de ofício, grupos de indivíduos que se unem em determinadas ocupações e o governo com um controle grande sobre ela. Terão um sistema de cobrança de impostos bem significativo, em termos de economia o governo era bastante atuante. Termos políticos – um estado que dominava que personificava na pessoa do imperador. Que tinha poder sobre as coisas mudar como as coisas religiosas. Cesaropapismo – é a mistura de dois termos. Cesar que vai designar a figura central (do mundo) e o papismo, autoridade máxima da igreja, é o indivíduo que vai reunir os poderes do mundo e os poderes da igreja. Não vão tentar desviar recursos par ao lado ocidental. E cada vez mais passa a existir uma diferencial entre os dois lados. Existia também em termos de fronteira oriental, uma grande ameaça que eram os persas e aí vão fazer uma série de acordos com eles, pagamento de tributos, área de domínio. AULA 3 – BIZÂNCIO E JUSTINIANO O GOVERNO JUSTINIANO Considerado o último grande sucessor do Império Romano Ocidental. Ele é um imperador oriental que ainda tem uma ligação muito estreita com o lado ocidental, ele é aquele muito ligado à porção ocidental Política principal – expansionismo, colocou para si a responsabilidade de reconstituir o Império Romano Ocidental – marco – a partir dele o Império Bizantino começa a assumir uma característica muito particular, muito distanciado do mundo ocidental. Século VI e VII – a Igreja ainda não tinha fincado raízes, ainda questões dogmáticas a serem resolvidas. O GOVERNO DE JUSTINIANO (ASPECTOS GERAIS): POLÍTICA: O governo de Justiniano (527-565 – período longo) teve início com uma controvérsia – o PRIMEIRO CISMA (ruptura). Nos governos anteriores houve uma polêmica acerca do MONOFISISMO (acreditavam que Jesus Cristo tinha apenas 1 natureza – natureza divina). No Império Bizantino esse grupo tinha muita influência, ele tinha um número significativo de adeptos e o patriarca de Roma começa a se debater com o patriarca de Constantinopla para coibir as manifestações, ele não faz nada. O patriarca de Roma vai excomungar o patriarca de Constantinopla. O patriarca de Constantinopla se aparta. Justiniano quando assume o poder, vai tentar retomar esta questão, tenta solucionar uma questão que se arrastava a décadas “O PRIMEIRO CISMA DA IGREJA CATÓLICA” – desvinculação momentânea das igrejas ocidentais e orientais, porque quando ocorre a excomunhão do patriarca de Constantinopla, o Imperador de Bizâncio vai ficar do lado do seu patriarca, que também será excomungado. Justiniano vai tentar retomar relações com a Igreja Católica Ocidental. Para tentar resolvê-la a se reaproximar da Igreja, Justiniano promove a perseguição dos monofisistas, embora sua esposa Teodora fosse simpatizante da doutrina, porque era interessante politicamente para ele. Vai começar a definir o que será o seu governo. Vai ser muito centralizador. A administração do Império Bizantino foi aos poucos se baseando na lógica do CESAROPAPISMO. CESAROPAPAPISMO: Imperador assume um papel duo: chefe do poder político e do poder temporal. Ele atua em assuntos da igreja, mas se compromete a defender os interesses do clero. Se coloca acima da igreja católica. César – o chefe político. O Justiniano agrega as duas funções. ECONOMIA: se sustenta pela AGRICULTURA e no COMÉRCIO. Estado atua na economia organizando a produção artesanal sob a forma de corporações. As terras pertencem a um grupo muito restrito (membros da Igreja, nobres). Existiam pequenas propriedades, mas, eram numericamente. POLÍTICA EXTERNA DE JUSTINIANO - Duas posturas: conciliatória e belicista. Postura conciliatória – vai ceder tributos sistemática ao Império Persa (vai comprar a paz) Sob a tutela de Belisário, Justiniano retomou dos godos a Sicília, Ravena, Nápoles e Roma e dos visigodos, partes da península Ibérica. Mas, redunda em grande problema. Porque a expansão atrai também responsabilidade muito significativas, com este projeto expansionista, as terras tinham perdido em grande parte a sua capacidade produtiva, então haverá um aumento de gastos, gerando um grande problema interno, com o aumento de impostos para bancar as novas terras. REVOLTA DE NIKÉ ou NIKÁ – aumento da tributação interna e repressão ao MONOFISISMO. Placo de revolta: Lugar bastante frequentado pela população, centro de lazer, mas também palco da vida social e de disputas religiosas e políticas. – HIPÓDROMO. Dentro desse espaço havia vários grupos que torciam para seus cavalos, mas internamentetambém se uniam porque tinham identidade em relação as suas questões. Tem 4 grandes grupos: BRANCOS, VERMELHOS, AZUIS E VERDES. Eles vão usar uma derrota para se insurgir contra o governante. A equipe verde representava artesãos, comerciantes, altos funcionários provinciais, além de adeptos do monofisismo. Os azuis e verdes são os mais beligerantes. O Justiniano não vai se colocar a respeito do resultado, mas esses grupos que estavam muito insatisfeitos com o aumento dos impostos e com a repressão ao monofisismo, vão se insurgir e vão depredar vários monumentos. Justiniano vai conseguir apaziguar os ânimos. Os revoltosos foram retaliados pelo general de confiança de Justiniano, Belisário e a situação contornada com a utilização dos impostos para a reconstrução dos monumentos depredados durante o movimento. CULTURA DO GOVERNO DE JUSTINIANO Arte bizantina: funcional, está intimamente ligada à religião, multiplicidade de influências, ou seja, romana, grega e oriental. Ligada á funcionalidade, visto que, servia essencialmente à religião. Durante seu governo, Justiniano implementou uma série de grandes construções, das mais diferentes naturezas, desde de fortalezas até suntuosas igrejas, sendo a mais conhecida a Basílica de Santa Sofia (Hagia Sofia). O latim foi sendo totalmente substituído pelo grego. A pintura seguia a rigidez do mosaico e era manifestada através dos afrescos com imagens de anjos, apóstolos e santos. CORPUS IURIS CIVILIS e o fim do governo Justiniano: Base do DIREITO CIVIL Definir os limites do direito de cada um, vai seguir muito a tradição legalista romana e fazer uma arrumação do direito até então. Ao longo do governo de Justiniano foram implementadas várias modificações no âmbito legal. A primeira delas, no ano de 529, foi uma revisão do até então utilizado código legal romano. Para tal tarefa, foram designados 10 homens proeminentes. Alguns anos mais tarde, essa obra foi revista e complementada. Essa foi a base legislativa do Império Bizantino até sua desagregação. A reformulação do Direito foi a maneira que Justiniano encontrou para legitimar e consolidar o poder imperial e estabelecer um sistema jurídico eficaz para o Estado. Esse documento foi subdividido em quatro livros: CODEX, DIGESTAS (também conhecido como Pandectas), INSTITUTAS e NOVELE. CODEX – ruim, coleção compilada das constituições imperiais, desde a Lei das XII Tábuas. DIGESTAS – é a seleção das obras dos jurisconsultos, como se fossem as jurisprudências. INSTITUTAS – Manual de direito para estudantes NOVELE – publicações das leis proferidas pelo próprio Justiniano. Um dos elementos dignos de menção no Código de Justiniano foi sua percepção acerca dos judeus. Foram criadas várias normas que hoje qualificaríamos como antissemitas, mas que adequaram à lógica de aproximação com a Igreja adotada pelo imperador. Dentre estas medidas, citamos Proibição de relação sexual entre judeus e cristãos Proibidos de exercer qualquer cargo público Jamais poderiam testemunhar contra cristãos Ler a bíblia em hebraico. O FIM DO GOVERNO DE JUSTINIANO Com a morte do imperador Justiniano, ascendeu ao trono Justino II. Já no início de seu governo enfrentou sérios problemas militares. Tendo recusado a manter o pagamento de impostos ao governo persa, acordo feito anteriormente, viu-se a mercê de um ataque. Simultaneamente, os lombardos ocuparam a Península Itálica, o que provocou a perda de significativos territórios na região. O projeto expansionista de Justiniano não sobreviveu. O Império passou a viver uma crise acentuada que demandou reformas empreendidas pela DINASTIA seguinte, a HERÁCLIDA. O Império Bizantino passou a administrar conflitos de maior ou menor expressão Já no século VII, enfrentou um vivaz adversário, a expansão islâmica. AULA 4 MAOMÉ E O INÍCIO DO ISLAMISMO PENÍNSULA ARÁBICA dividida em 2 porções: Ao Norte – área mais árida, desértica. Grupos nômades – beduínos. Entravam em contato com o sul pelas relações comerciais. Ao Sul – Hoje ficaria Iêmem – áreas mais férteis, proximidade de 2 mares e núcleo de povoamento mais sedentário. Neste sistema, surge o sistema CLÂNICO (os indivíduos se associavam a determinado clã) e em MECA o clã predominante era o COAXITAS. Eram POLITEÍSTAS – tinham um LUGAR DE OFERENDA – TEMPLO MUITO ESPECIAL – CAABA CAABA – em MECA, templo onde era colocado ao redor todos os deuses que eles contemplavam. Todos iam neste lugar para visitar. Isto era muito interessante para a cidade de MECA, a peregrinação à MECA enriquecia a cidade. Maomé – Pertencia à tribo dos COAXITAS – da Península Arábica - administradores de MECA Casou-se com uma rica viúva e teve 4 filhas Por ser chefe de caravana, conhecera as práticas religiosas monoteístas dos grupos cristãos e judaicos que viviam na Península Arábica. 610 – Início de sua pregação (teria recebido uma mensagem do anjo Gabriel) – QUE EXISTIA APENAS 1 DEUS - ALÁ Estimulado pelos parentes, começa a difundir sua fé. – AMEAÇA À MECA MAOMÉ E SEUS SEGUIRODRES são obrigados a saírem de MECA =PERSEGUIDO migram para a cidade de MEDINA – HÉGIRA (não foi fuga, ele faz uma retirada estratégica) – INÍCIO DO CALENDÁRIO MUÇULMANO MAOMÉ VOLTA À MECA E DESTRUI TODOS OS DEUSES EM TORNO DA CAABA – REPRESENTA A IMPOSIÇÃO DO DEUS ÚNICO – NINGUÉM PODERIA FAZER OFERENDA AOS DEUSES HABITUAIS, SOMENTE A ALÁ. DENTRO DA CAABA – PEDRA NEGRA – PEDRA ESPECIAL – MAOMÉ NÃO MEXE (não se pode extinguir todos os elementos da religiosidade anterior pq não teria como arrebanhar rebentos) - recebeu mensagem do anjo Gabriel que a pedra seria o catalisador dos males que praticamos. 570/6 – nascimento de Maomé 610 – Mensagem do anjo Gabriel e início das pregações 622 – Hégira – início do calendário islâmico 630 – retorno do Maomé à Meca 632 – morte de Maomé PILARES DO ISLAMISMO Dar continuidade o testemunho de que a única divindade que merece ser adorada é ALLAH e que Maomé é seu profeta Realizar as 5 orações obrigatórias ao dia em direção ao solo sagrado de Meca Doar esmolas aos pobres no valor de, aproximadamente, 2,5% dos seus bens Praticar o jejum no mês do RAMADÃ Realizar a peregrinação à Meca, pelo menos uma vez na vida, desde que tenha condições para fazer JIHAD = EMPENHO – não foi guerra santa AULA 5 O ISLÃ APÓS A MORTE DE MAOMÉ Maomé não havia designado ninguém para substituí-lo o que gerou dúvidas dentro da UMMA (COMUNIDADE) ABU BAKR, UMAR, UTHMAN E ALE eram seus seguidores mais fervorosos e possíveis sucessores Esses homens passaram a ser chamados de RASHIDUM (CALIFAS PERFEITOS OU CALIFAS ORTODOXOS) ABU BAKR, sogro de Maomé, tomou a palavra após a morte do genro e recebeu o apoio de grande parte da comunidade. Outro grupo pretendia que o substituto fosse alguém com maior proximidade sanguínea, ou seja, ALE, seu genro, casado com a única filha que lhe restara do primeiro patrimônio, com Kadhija. Vai encontrar vários problemas e a resistência de ALE – só governa por 2 anos – EXPANDE TERRITORIAL DO ISLÃ E AMENIZAR AS DIFERENÇAS QUE ESTAVAM ACONTECENDO ASSUME ULMAR – 12 anos de governo – vai continuar o processo expansionista – vai empreender algumas modificações e vai pensar que precisava materializar a religião. Primeiro a pensar no ALCORÃO Sucessor – UTHMAN – 12 anos – Ligado ao CLÃ DO OMÍADAS -não era o mais importante, mas era grandioso – vai ser acusado de corrupção e desvio de dinheiro – política questionada (política de conversão dos povos conquistados ao Islã pq não pagava impostos) - ALE CONTESTA e confronta o Uthman – acaba sendo assassinado. ALE – os membros do Uthman vão se opor ao ALE – 5 anos assassinado. Mohaia não vai reconhecer a autoridade de Ale e vão ter um embate sério. Diz que Mohaia coloca na ponta das lanças páginas do Alcorão – lado pecaminoso – os liderados pelo Ale ficam comovidos e param de lutar e Allá decidisse que iria ficar ali.Ale também vai ser assassinado – termina os califas ortodoxos. INÍCIA A DISNATIA OMÍADE Bemduradoura Após a morte de Ale, tem início a dinastia Omíada. O primeiro chefe era primo de Uhman, que rivalizara com o Ale – MOSWIJA Capital sai da Medina par DAMASCO (distanciamento do centro administrativo do centro religioso) Sucessão hereditária e criação de um conselho – SHRURA A expansão territorial: Constantinopla, ameaçando áreas do Império Bizantino, África do norte e Península Ibérica e Ásia Central A morte de Ale faz surgir uma grande dissidência: os SHIAL-ALI, ou seja, o partido de ALe. De acordo com os xiitas, os seguidores do islamismo deveriam ser guiados pelos descendentes sanguínea DE MAOMÉ – vai impor HASSAN e HUSSEI, filhos do ALE Grande levante XIITA: HASSAN era considerado o legitimo sucessor do pai pelos xiitas do Iraque. Acabou envenenado. Anos mais tarde, o segundo filho, Hussei avança em direção ao Iraque. Na BATALHA DE KARBALA (KERBELA). Husseim é derrotado e morto, sendo a seguir degolado. Nos anos seguintes a dinastia foi enfraquecendo. E, 750, um grupo liderado por descendentes do tio de Maomé, ABBAS, destituíram o califa e inauguram uma nova DINASTIA – ABÁSSIDA que lidera o mundo muçulmano ate 1258 ABU-AL – PRIMEIRO CALIFA: seu domínio se concentrou no ORIENTE Capital sai de DAMASCO e vai para BAGDÁ Perseguição e assassinato dos remanescentes do clã OMÍADA ABD EL Rahman foge para Andaluzia, sul da Espanha. Lá, se intitula Emir e estabelece o EMIRADO DE CÓRDOBA. EMIRADO DE CORDOBA – Fundado por UM OMÍADE segue autônomo e recebe apoio dos convertidos ao ISÃO e dos CRISTÃOS QUE HABITAVAM A REGIÃO. AULA 6 – HÚNGAROS – MONGÓIS – BÚLGAROS HÚNGAROS Quem são os húngaros? Quando começamos a estudar Idade Média, falamos de Átila, o Huno, e sua incursão pelo norte da Europa. Povo oriundo de um ramo étnico dos hunos Tinham por hábito o nomadismo, belicistas, quando começam a entrar em contato com os grupos sedentários eles criam uma DUALIDADE Também conhecidos como MAGIARES ou HUNOS 833 – Partem das regiões da Rússia, contornando o Mar Negro e chegando ao limite de um importante protetora bizantina os búlgaros. A organização húngara vai ficar entre os mundos de ocupação, de saques sobre a Germânia e norte da Itália e centralização política administrativa bizantina tão próxima. Batalha de Lech – fim do avanço húngaro para o Ocidente – vai provocar a fixação dos húngaros. Quando os húngaros sofrem derrota, acabam tendo que posicionar (voltar para o Oriente pq o Ocidente não teria mais como expandir, então se fixam ali) Papel significativo da Igreja Católica através da conversão - No século VIII, a Igreja era a grande força do mundo ocidental, conseguem muitos adeptos e coibir os que lhe são estranhos. Vai se aproximar dos reis húngaros – quando há a conversão do soberano, ocorre a conversão de toda a população. Segundo Marc Bloch, o avanço húngaro teve seu fim quando “(...) em 10 de agosto de 955, o rei da França Oriental, Otão, o Grande, advertido de uma incursão sobre a Alemanha do Sul, combateu, nas margens do Lech, um bando húngaro que ia de regresso. Venceu-os, depois de um sangrento combate e tirou partido da perseguição. A expedição de pilhagem, castigada desse modo, seria a última. BÚLGAROS A região dos BALCÃS foi ocupada por vários grupos étnicos-clânicos. Mesma tradição clânica – chefe militar e chefe político – paganismo, não tinham território remarcado, viviam de saques Quando se aproximam da região do Balcãs, eles vão ter um embate com os bizantinos, neste embate que ocorre no século VII, eles aparecem em um processo fraco dos bizantinos, eles se fixam numa parte, depois de uma derrota passam a ser um estado cliente – proterado de Bizâncio. Foram reconhecidos pelos bizantinos no século VII depois de os derrotarem (ano 651) 850 – A organização búlgara emergente temia tanto o imperialismo dos carolíngios quanto dos bizantinos Conversão do rei Dóris I ao catolicismo romano em 864 Resistiram a várias invasões, mas no século XI os búlgaros foram dominados pelos bizantinos No século XII, retornaram sua autonomia até serem ocupados pelos turcos otomanos no século XIV MONGÓIS Grupos nômades e semi-nômades das estepes da Ásia Central, região inóspitas. Vão se organizar em clãs, vivem do pastoreio, hábeis no domínio do cavalo. E no segundo momento, vão se tornar excelentes cavaleiros e arte militar – infantaria. Século XIII – 1206 - os chefes dos vários clãs se reuniam numa Assembléia que chamavam de KURITAI e escolhia o CHEFE MÁXIMO que chamavam de TEMUJIM Mas a força adquirida pelos mongóis pode ser precisada a partir da organização política do Grande Khan. No ano de 1206, o grande Kuriltai, que é a assembleia dos líderes clânicos, escolhe Temujim para assumir a condição de líder do conselho. É em torno de seu governo que Temujim reorganiza as tribos, criando uma hierarquia social entre os clãs. Outra característica que ganha força é a incorporação dos grupos dominados, estabelecendo sistemas de impostos, incorporando guerreiros, estabelecendo lideranças locais. Este processo é tão denso que permite que grandes senhores militares em muito pouco tempo assumissem a condição de liderança política. Vai criar vínculos matrimoniais dos chefes locais das áreas saqueadas com seus generais e apresentava menos ameaça e incorporavam os indivíduos ao exército. O saque era feito em conjunto e era punido com a morte aquele que abandonasse um companheiro ferido. Cada chefe de clã atacava com seus soldados. A partir de Gêngis Khan, tudo que fosse obtido no motim de guerra teria que ser partilhado com todos os participantes – tudo acabava sendo revertido pelo coletivo. O exército mongol era organizado a partir de um sistema decimal, com divisões de 10, 100, 1000 e 10000 homens. Vão continuar oscilando por diversas áreas A expansão: China - a partir de 1215, a China foi intensamente conquistada pelos mongóis, absorvendo as fragilidades, incorporam a dinastia Chin e Si´Há. Em 1279, com Ogodai e Kublai Khan, os mongóis já tinham recebido forte influência chinesa, criando inclusive uma dinastia própria. Lembremos que é sempre uma influência parcial, pois há uma contínua movimentação militar, negando as práticas sedentárias. Os netos de Gengis Khan causam um grande abalo no mundo islâmico. Em um sistema de saques sistemáticos e cercos, dominam em 1258 a cidade de Bagdá. Nos anos que se seguiram, causaram verdadeiro horror em europeus e no mundo Islâmico pela força dos seus arqueiros, pela sua cavalaria rápida e arrasadora. AULA 7 IMPÉRIO BIZANTINO ENTRE O SÉCULO VIII E IX Progresso ao longo do governo de Justiniano e retrocesso a partir do século VIII – Justiniano tinha mantido uma relação com as fronteiras- PERSAS cedendo o pagamento dos tributos – seu sucessor não aceitou Gerou conflitos O Império Bizantino não consegue manter suas fronteiras e via continuamente sendo assediado pelas novas forças emergentes no período. Ascensão das DINASTIA HERÁCLIDA e ISâURICA (VII – VIII Investem no BELICISMO – para custear tudo isto – aumento de impostos - Insatisfações internas Ameaça do Império Islâmico, dos Búlgaros e dos Persas O império bizantino vai regredindo nas regiões geográficas – século VIII – restrito à Ásia Menor, uma parte dos Balcãs Século X - não tem grandes perdas, mantivera, as áreas anteriores – Tem um pequeno acréscimo com a área do búlgaros, mas com os persas continuam muito vulnerável. Século XI – ameaça do Império Islâmico QUESTÃO ICONOCLASTICA ÍCONE SERIA A IMAGEM DO PEIXE JESUS CRISTOS FILHO DO DEUS SALVADOR CISMA DO ORIENTE – separação religiosa diferente do Mundo Ocidental Desde os primórdios não havia consenso se deveriam existir imagem (estátuas) de Deus e santos ou ainda, se era correto pintá-los Os monofisistas (grupo do Império Bizantino, indivíduos que advogava a tese que Jesus Cristo só tinha uma natureza divina) eram contrários a qualquer representação de Cristo, de Maria e dos Santos. Começam a ganhar força, os Justiniano o perseguiram, mas não desaparecem. A Iconoclastia, ouseja, movimento contra a criação e adoração de imagens sagradas foi muito mais intensa em regiões fronteiriças com comunidades islâmicas. Iconoclastia (não devem ter imagens) e Iconofilia (adeptos da imagem) – prevaleceu na Igreja católica Do lado Ocidental não havia este questionamento, sempre representaram por imagens ou pinturas devido a cultura Leão III (730) proíbe o uso de adoração de qualquer tipo de imagem ICÔNICAS, seguiu a posição do MONOFISISTAS – CRISE NO IMPÉRIO QUE FICOU CONHECIDA COMO ICONOCLASTIA A questão iconoclasta estabeleceu um ambiente bastante incômodo nas relações Igreja-Estado Bizantino, este evento pode ser definido como a proibição da adoração e destruição de grande quantidade de ícones, pinturas, enfeites sendo lamentável perda cultural O império Bizantino se baseia no cesaropapismo – o imperador tinha o poder político e religioso, começou a perseguição ao iconófilos. Cesaropapismo e Iconocalstia QUESTÃO ICONOCLASTA Em outro momento, Constantino V (754) – Concílio de Hieria (apenas os patriarcas do Oriente) do ano de 754, oficializou a iconoclastia. Todos os que se mantinham idolatrando as imagens foram perseguidos e punidos, particularmente religiosos. Iconoclastia não foi acatada pelos bispos ocidentais. Gerou um pequeno CISMA, só aminado 23 anos depois (777) quando a Imperatriz IRENE (vai substituir Constantino V) aprovou o dogma da ICONOFILIA. OUTRAS POSSÍVEIS CAUSAS PARA A QUESTÃO INCONOCLASTA - Preocupação com a grande ingerência da Igreja dentro do Império - Existiam comunidades seguidoras do Islamismo e do Judaísmo, em áreas vizinhas ao Império. Abolir o dogma, seria um caminho plausível para a convivência e até mesmo, dominação desses povos. - PETER BROWN refere-se a uma polêmica presente na sociedade bizantina. O nome desta polêmica é CONTROVÉRSIA ICONOCLASTA HAVIA A DISCUSSÃO DA NATUREZA DIVINA DE JESUS CRISTO, os dogmas não estavam sedimentados, começa a emergir a dúvida da natureza do ESPÍRITO SANTO. ORIENTE E OCIDENTE NÃO FALAM A MESMA LÍNGUA. O CISMA QUE A IMPERADORA IRENE CONSEGUIU APAZIGUAR VAI RETROCEDER. VAI SURGIR UMA NOVA IGREJA – IGREJA CATÓLICA ORTODOXA CISMA DO ORIENTE 1054: FOI MARCANTE PARA A IGREJA CATÓLICA. Esse foi o Rompimento DEFINITIVO entre o lado ORIENTAL e o lado OCIDENTAL da cristandade. Surgiram a Igreja CATÓLICA APOLSTÓLICA ROMANA e a IGREJA CATÓLICA ORTODOXA. LÍDER RELIGIOSO – PAPA LÍDER RELIGIOSO DA ORTODOXA – PATRIARCA Questão de 1043: sobre a natureza teológica do divino Espirito Santo. O patriarca da capital do Império Bizantino, Miguel Cerulário, bem como todos os membros da igreja Bizantina foi excomungado e, em retaliação, o patriarca excomungou o papa Leão IX e os membros do Ocidente. AULA 8 BIZÂNCIO DO FINAL DO SÉCULO XI AO XII – A DINASTIA COMMENA SÉCULO XI: 1054 – ruptura definitiva entre as visões clericais ocidentais e orientais (Igreja Apostólica Romana e Igreja Ortodoxa) AINDA REZA O CESAROPAPISMO Primeiro monarca DA DINASTIA COMMENA– ALEXO I – vai recorrer a igreja católica Questões econômicas - Aumento dos custos com defesas (emprego de exército mercenários) – ameaçadores : Muçulmanos, Mongóis – inimigos do Oriente. Ameaça dos turcos seljucidas (reino fundado tão próximo - 100 km de Constantinopla) – povo islâmico Imperadores Commeno, após Aleixo I, garantem maior estabilidade ao Império tentando contato com a Igreja Católica Este apoio solicitado por ALEIXO vai se materializar em um movimento chamado de CRUZADA. Durante o Concílio de Piacenta (1095), Aleixo solicita ajuda ao Papa Urbano I em razão das ameaças ao seu território por um grupo que professava um credo diferente da Igreja Católica. No mesmo ano, o Papa convoca no Concílio de Clermont, a Primeira Cruzada) Discurso “estão ocupando territórios cristãos...”, o papa começa a utilizar um discurso pesado em estabelecer quem é o outro – raça vil. Se coloca como intermediário de Deus, com o objetivo de chamar à luta. Todos que lutarem terão o reino dos céus. População temerosa do inferno Os homens vão se organizar – CRUZADA – guerra religiosa e política – retomar a terra santa para o mundo cristão. Os homens lutaram porque além da questão religiosa, se tomassem as terras dos muçulmanos pegariam as terras para eles. Papa vislumbra a possibilidade de rever a união novamente da Igreja OS COMMENOS E AS CRUZADAS - ALEIXO faz um acordo com o primeiro líder Cruzado, Boemondo, que a Igreja Católica vai enviar – ACORDO QUE TODOS OS TERRITÓRIOS CONEUISTADOS DENTRO DA TURQUIA seriam Bizantinos, e os que não eram do Império Bizantino seriam divididos) - - Não havia clemência para os muçulmanos e judeus – quem matasse o infiel teria garantia dos céus – diferente dos muçulmanos tinham tolerância com os povos conquistados - Conquistam a Terra Santa – JERUSALÉM - Surgem no interior reinos cristãos seguindo o modelo dos reinos cristãos ocidentais - Organização da Ordem dos Cavaleiros Templários - João III, filho de Aleixo I não renova os acordos comerciais com os marcadores venezianos. (De Veneza partiram os combatentes para as Cruzadas) - Mercadores venezianos vão atacar territórios de Bizâncio. – FOGO AMIGO - Os Bizantinos retiram seu apoio aos Cruzados após o ataque à Chipre (já estavam insatisfeitos com a ocupação de Edessa), que eram regiões ligadas á Bizâncio. REAÇÃO ISLÂMICA - NÃO COMPREENDERAM COMO GUERRA SANTA, os homens queriam reaver territórios - SALADINO, ovacionado – chefe militar que reúne várias dissidências do mundo islâmico contra o avanço cristão - ele vai conseguir retomar JERUSALÉM par aos muçulmanos - É lançada a Terceira Cruzada dos Reis. Liderada por 3 monarcas da Europa: RICARDO CORAÇÃO DE LEÃO (REI INGLÊS), FREDERICO BARBA RUIVA(Imperador do Sacro Império ) E FELIPE AUGUSTO DA FRANÇA vão partir para Jerusalém e conseguem algumas vitórias. AULA 9 OS FRANJS ESTÃO CHEGANDO AS CRUZADAS VISTAS SOB A ÓTICA DO ISLÃO - X e XI auge cultural do mundo islâmico. Centros de difusão dos saberes em várias áreas como: medicina, astronomia e cartografia. O mundo Ocidental por está sob a rege da Igreja Católica, estava muito impactada, muito ligada ao poder divino. No mundo muçulmano isto não ocorrer, não eram tão crentes como o mundo ocidental. - Política: O mundo islâmico não era centralizado, fragmentação política iniciada com a Dinastia Abássida. Nem todos os islâmicos concordavam com a ascensão da Dinastia Abássida. Um dos mais famosos centros de resistência estava na organização do Egito (Fatímidas), grupos que acabam ajudando as Cruzadas por não entender que era uma guerra religiosa. - Os muçulmanos não obrigavam a conversão, se o indivíduo poderia continuar desde que pagassem tributos. Alguns se converteram ao Islã – TURCOS - Conversões – Os turcos eram originários das estepes russas, estabeleceram os primeiros contatos com os muçulmanos no fim do século X. Depois de uma série de batalhas, se converteram e se tornaram guardiões do Sultão de Bagdá. - Os turcos vencem os bizantinos criando o Sultanato Rum (romano). - O poder dos turcos provocou o temor de Bizantinos e dos Fatímidas. O Sultanato Rum estava muito perto de Constatinopla - Nesse momento aparece ALEXIS I, o monarca bizantino, vai pedir socorrer ao papa - estes que estão a 100km deles, eram infiéis, totalmente diferente, o discurso ideológico começa aí, Primeira Cruzada tem início. Quanto o Papa Urbano recebe a solicitação de Aleixo I, o papa começa o discurso de vamos combater esta raça vil com promessa da salvação, do paraíso, a terra conquistada seria nossas terras. Libertar a terra santa que está sob o domínio da raça vil (região de Jerusalém). A maior parte das cruzadas partia da Itália, eles migravam, iam para o Cairo e iam para Jerusalém. A posição do Cairo era muita mais estratégica. A dinastia que dominava o Egito, era os Fatimidas, eles concordaram em apoiar as cruzadas. Eles não viam como guerra religiosa. Eles vão combater a raça vil, com apoio de outra raça vil. Embora geograficamente separados,também eram vil. - Para os muçulmanos foi apenas uma atitude de disputa territorial, sem conotação religiosa, contra a sua religião e sim conflito territorial. Alguns historiadores afirmam que, nas vitórias em Jerusalém ao longo da Primeira Cruzada, havia o apoio dos Fatímidas. - Acaba quando os bizantinos, aqueles que tinham pedido apoio, abandonam as cruzadas e os fatimidas também viram alvo. -- A “invasão Franj” só é vista sob o princípio do comprometimento islâmico, a Jihad (luta interior, sob os demônios interiores) no início do século XI, quando bizantinos abandonaram o apoio às ações militares e os Fatimidas tornaram-se salvo - Nuredin, senhor de Damasco, foi um dos principais responsáveis pelo fortalecimento do discurso de união, o discurso feito pelos católicos também era religiosa, então vamos usar os mesmo discurso, o discurso da Jihad passa a ser difundido. Seu atabeg (governador), Saladino, acaba por sucedê-lo e obtém seguidas vitórias, inclusive a retomada de Jerusalém. - Saladino consegue unir o mundo islâmico, considerado um líder muito importante. A RECONQUISTA -Reconquista: movimento de recuperação das terras cristãs “perdidas” para os muçulmanos no território da Península Ibérica. São chamadas de Cruzada Ocidental - ocorre um certo anacronismo (Elas teriam se iniciado no século VIII e as Cruzadas no século XI) - No século VII, os muçulmanos ocupam a região favorecidos pela instabilidade política gerada pela morte do rei visigodo, Vizida. Adotam uma política de tolerância com a população local. - Sobrevive o reino cristão das Astúrias. - No século VIII, Aldebarão, último remanescente da dinastia Omíada, fugindo da perseguição Abássida que se instalara no Oriente, vai para a região da Península Ibérica e se coloca como governante. Surge o Califado de Córdoba. No século XI, dissidências internas levam à criação de vários reinos o que faz com que os cristãos retomem as batalhas. - No mundo Ocidental resolve recuperar a Península Ibérica – século XI - No ano de 1146, o Papa Eugênio III conclama a Segunda Cruzada, lá no mundo Oriental, usando como ponto de pregação, duas frentes de luta contra os muçulmanos, o Oriente e a Península Ibérica. - Surgem outros reinos cristãos: Leão e Navarra – expulsar os muçulmanos do norte para baixo. A Reconquista teve seu capítulo final no século XV, mais precisamente em 1492 quando os cristãos expulsaram os muçulmanos de Granada, seu último reduto. AULA 10 O IMPÉRIO BIZANTINO E SUA DESAGREGAÇÃO A QUARTA CRUZADA - Ao todo foram realizadas nove cruzadas - Bizâncio chega ao ápice da sua vulnerabilidade, não há como voltar a ser aquele Império Romano do Oriente. - A Quarta Cruzada tornou-se emblemática. Iniciada em 1202 e tendo durado DOIS ANOS. A Quarta Cruzadas fora conclamada pelo Papa Inocêncio III. Pelos planos papais, a empreitada deveria começar com um ataque ao Egito e só então alcançar a Terra Santa. - Financiada pelos mercadores de Veneza, a região de Constantinopla era muito rica, os indivíduos vão embarcar com interesse econômico. - Supreendentemente, os Cruzados tomam Constantinopla, a capital do Império Bizantino. (Criação do Império Latino e deposição do imperador) - Razões para o ataque: 1) Relações entre os comerciantes venezianos e bizantino. (de Veneza, saiam os Cruzados, além disso, eles financiavam parte dessas expedições) 2) Boas relações dos Venezianos com os comerciantes egípcios. - Os líderes da Quarta Cruzada eram os nobres Balduino de Flandres (Holanda e Bélgica) e Bonifácio II. Problemas para manter seu deslocamento. Os venezianos, seus parceiros, exigiam uma quantia absurda para permitir a passagem dos exércitos por suas águas mediterrâneas. - O duque veneziano, Dandolo propôs aos cruzados que atacassem a cidade de Zara, na atual Croácia, governada por um rei cristão. - O Papa Inocência III excomungou os líderes venezianos, devido a exigência deles em atacar áreas cristãs. Pouco depois, o ataque voltou-se para Constantinopla e o então imperador, Aleixo III acabou fugindo deixando o império acéfalo- Vão fundar um novo Império – Império Latino, em 1261 - E a Quarta Cruzada? Nem chegou a Jerusalém - Esta cruzada vai mostrar o real interesse que vai cercar a Cruzada. O IMPÉRIO TURCO OTOMANO SEIDJUCIDA - Em 1261, o Império Bizantino, embora “livre”, estava extremamente debilitado. - No século XI, uma comunidade semi-nômade, os seljucidas, inicia suas incursões na região da Anatólia, vão se converter ao Islã. Por sua parceria com os turcos, receberam territórios nas fronteiras de Bizâncio e, como seu comandante se chamava Osman I ou Othman, passaram a ser identificados como turcos otomanos seljúcidas. - Diante desta parceria vão receber terras próximo à Bizâncio. - Bizâncio no século XIV, continuava existindo, mas como um Estado nominal, de fato regido pelos turcos seijúcidas. A política era pagar impostos e manter os turcos fora da capital. O Imperador Bizantino, em um último esforço, pede mais uma vez auxílio ao Papa no ano de 1449. - Enquanto os bizantinos aguardavam o reforço militar, os turcos otomanos seljúcidas reuniam suas tropas reforçadas pelos chamados janizaros e, em 1453, iniciaram um cerco a Constantinopla vertando as entradas de suprimento. - O Ocidente recebeu com assombro a notícia da tomada de Constantinopla graças ao mito de sua inexpugnabilidade. Aventou-se até a possibilidade de uma expedição liberadora, mas que não foi tomada a termo. -ruptura do eixo econômico pelo Mediterrâneo