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Av2_2018.2-alfabetização e construção

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REVISÃO AV2
DISCIPLINA ALFABETIZAÇÃO E CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
LITERATURA, ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO:
A FORMAÇÃO DO LEITOR
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
O significado de letramento surge para ampliar o conceito de alfabetização, chamando a atenção não apenas para o domínio da tecnologia do ler e do escrever (codificar e decodificar), mas também para os usos dessas habilidades em práticas sociais em que escrever e ler são necessários.
O domínio e o uso da língua escrita trazem consequências sociais, culturais, políticas, econômicas, cognitivas, linguísticas, quer para o grupo social em que seja introduzida, quer para o indivíduo que aprenda a usá-la.
Letramento é o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever, de usar essas habilidades em práticas sociais, é o estado ou condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da língua escrita e de ter-se inserido num mundo organizado diferentemente: a cultura escrita. 
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Como são muito variados os usos sociais da escrita e as competências a eles associadas (de ler um bilhete simples a escrever um romance), é frequente levar em consideração níveis de letramento (dos mais elementares aos mais complexos). 
Tendo em vista as diferentes funções (para se distrair, para se informar e se posicionar, por exemplo) e as formas pelas quais as pessoas têm acesso à língua escrita – com ampla autonomia, com ajuda do professor ou da professora, ou mesmo por meio de alguém que escreve, por exemplo, cartas ditadas por analfabetos.
O letramento é o desenvolvimento de competências e habilidades para o uso efetivo da língua portuguesa em práticas sociais, enquanto a alfabetização é a aprendizagem do sistema de escrita alfabética. 
Ambos os processos devem se desenvolver de forma concomitante, já que alfabetização e letramento são processos complementares, na medida em que a mera decodificação de signos linguísticos não habilita nenhum sujeito a desfrutar do uso social da língua, utilizando-a como prática social.
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DIVERSIDADE TEXTUAL
Para alfabetizar, letrando, deve haver um trabalho intencional de sensibilização, por meio de atividades específicas de comunicação, por exemplo: 
escrever para alguém que não está presente (bilhetes, correspondência escolar),
contar uma história por escrito, 
produzir um jornal escolar, 
 cartaz etc. 
Assim a escrita passa a ter função social.
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DIVERSIDADE TEXTUAL
Na etapa de sensibilização, a criança deve ser ajudada para compreender as exigências das variações da escrita, de acordo com o gênero de texto, o leitor potencial, os objetivos do autor etc.
Alguns tipos de textos, de uso corrente na vida social, devem ser trabalhados ao longo do ensino fundamental, em diferentes projetos e em diferentes momentos:
Narrativas (histórias de autoria conhecida, ou não; contos de fadas; histórias do folclore, lendas; histórias de vida; "casos" da vida cotidiana).
Listas (de compras, de coisas a fazer, de heróis favoritos, de personagens, de meninos e meninas, de brincadeiras etc.).
Poemas (para serem aprendidos de cor, para serem recitados ou lidos silenciosamente).
Receitas de cozinha (receitas simples e econômicas podem eventualmente ser preparadas na escola).
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DIVERSIDADE TEXTUAL
Quadrinhos (crianças não só leem, mas produzem suas próprias histórias).
Bilhetes, cartas e e-mails.
Convites (para festas escolares, exposições, reuniões de pais).
Cartazes, textos de propaganda (para promover campanhas), elaboração de slides [ppt].
Agendas, diários, blogs [textos de natureza íntima].
Textos didáticos (de Português, Matemática, Estudos Sociais, Ciências etc.).
Reportagens (sobre o que está ocorrendo na escola, no bairro, na cidade).
Relatórios de visitas ou de pesquisa.
Documentos da vida cotidiana.
Bulas (de remédios de uso comum).
Normas e instruções (como montar um brinquedo, organizar um jogo etc.). 
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DIVERSIDADE TEXTUAL
O que se pode observar em cada tipo de texto:
A situação social em que o texto foi ou será usado: uma carta ou bilhete; um convite; um artigo ou uma reportagem, um requerimento, uma certidão, uma lista etc. aparecem em contextos sociais diferentes.
O local ou locais em que o texto foi ou será encontrado: na rua, na escola, no jornal, no mercado, no tribunal, na televisão etc.
A "silhueta" do texto. As formas gráficas de uma receita de cozinha, de um poema, de uma lista são diferentes.
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LITERATURA E 
A FORMAÇÃO DO SUJEITO LEITOR
Contar histórias não é apenas uma atividade lúdica, mas sim um instrumento importante na transmissão de conhecimentos.
A leitura de contos contribui para o desenvolvimento da
imaginação
memória
linguagem
capacidade de reflexão
construção da identidade
É ouvindo histórias que a criança pode sentir emoções importantes e compreender também o seu significado.
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LITERATURA E 
A FORMAÇÃO DO SUJEITO LEITOR
Ao interessar-se pelas histórias, a criança vai querer ouvi-las várias vezes, por se identificar com as personagens ou com determinadas circunstâncias.
Optar por contos que abordem situações do dia-a-dia, que a criança já enfrentou ou irá possivelmente enfrentar, como 
o medo
a solidão 
a morte 
Conflitos
entrada para a escola...
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TÓPICO 3.3.
LITERATURA E 
A FORMAÇÃO DO SUJEITO LEITOR
O amor pelos livros não é coisa que apareça de repente. 
O contato da criança com o livro pode acontecer muito antes do que os adultos imaginam. 
As crianças bem pequenas interessam-se pelas cores, formas e figuras que os livros possuem e que mais tarde, darão significados a elas, identificando-as e nomeando-as.
É importante que o livro seja tocado pela criança, folheado...
A partir daí, ela começa a gostar dos livros, percebe que eles fazem parte de um mundo fascinante, onde a fantasia apresenta-se por meio de palavras e desenhos.
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LITERATURA E 
A FORMAÇÃO DO SUJEITO LEITOR
É preciso ajudar a criança a descobrir o que os livros podem oferecer.
Pais e professores têm um papel fundamental nesta descoberta como estimuladores e incentivadores da leitura:
Crie hábitos de leitura, como a “hora da história”.
Escolha uma história adequada à idade da criança.
Opte por temas do interesse da criança (princesas, super-heróis... e/ou que representem situações vividas pela criança como medo do escuro, entrada na escola...).
Imite vozes e utilize movimentos com o corpo, de modo a manter a atenção da criança.
Peça à criança que reconte a história que ouviu.
Explique o significado de novas palavras, sempre que necessário.
Crie um espaço próprio para a leitura (um cantinho, com tapetes/almofadas no chão, que permita sentar-se ao nível da criança).
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SABERES, AFETOS, PRÁTICAS, SENTIDOS, DESEJOS E VONTADES:
O DESAFIO DE SER ALFABETIZADOR
O desafio de ser alfabetizador
Quais são as dificuldades do professor alfabetizador em sala de aula? 
Nos dias atuais a sociedade tem atribuído ao professor a grande responsabilidade de sanar as carências intelectuais dos alunos e evitar que estes sejam futuros analfabetos funcionais. 
Nesta busca constante por novos métodos e práticas pedagógicas o professor tem visto a alfabetização como uma fase distinta, que requer mais conhecimentos específicos na área.
Falar de alfabetização é um tanto complexo até mesmo pela diversidade de métodos utilizados, e ainda devido às dificuldades de aprendizagem dos alunos, reprovações e evasão escolar. 
O processo de alfabetização e letramento na escola ocorre de forma contínua, remetendo ao educador um papel importante como mediador do processo da aquisição da leitura e escrita, com intervenções pedagógicas coerentes, já que os conhecimentos resultam da pluralidade de sentidos e significações compartilhadas no coletivo, que aos poucos vão sendo produzidos. 
TÓPICO 4.1. 
Ensino globalizado
O professor alfabetizador se encontra apreensivo diante de tamanha responsabilidade
no cenário educacional.
Diante de tantos desafios, é visível a fuga dos professores dos anos iniciais das salas de alfabetização, assim poucos encaram e adquirem experiências metodológico-pedagógicas para enriquecer o universo da alfabetização.
O alfabetizador será o agente que estimulará as descobertas da língua escrita até chegar à escrita convencional.
Outro desafio bem pertinente é a falta de apoio e acompanhamento dos pais na vida escolar dos filhos, o professor se depara sozinho nesta missão de alfabetizar a qualquer custo. 
Um fator bem interessante é que os pais atribuem ao professor a culpa do fracasso escolar do filho, assim se estabelece no seio escolar a "briga" histórica entre Escola X família.
As principais características necessárias ao professor alfabetizador
Dentre as competências profissionais do Programa do Professor Alfabetizador, destaca-se:
encarar os alunos como pessoas que precisam ter sucesso em suas aprendizagens para se desenvolverem pessoalmente e para terem uma imagem positiva de si mesmos, orientando-se por esse pressuposto;
desenvolver um trabalho de alfabetização adequado às necessidades de aprendizagem dos alunos, acreditando que todos são capazes de aprender;
reconhecer-se como modelo de referência para alunos: como leitor, como usuário da escrita e como parceiro durante as atividades;
utilizar o conhecimento disponível sobre os processos de aprendizagem dos quais depende a alfabetização, para planejar as atividades de leitura e escrita;
As principais características necessárias ao professor alfabetizador
observar o desempenho dos alunos durante as atividades, bem como as suas interações nas situações de parceria, para fazer intervenções pedagógicas adequadas;
planejar atividades de alfabetização desafiadoras, considerando o nível do conhecimento real dos alunos;
formar agrupamentos produtivos de alunos, considerando seus conhecimentos e suas características pessoais;
selecionar diferentes tipos de textos, que sejam apropriados para o trabalho;
utilizar instrumentos funcionais de registro do desempenho e da evolução dos alunos, de planejamento e de documentação do trabalho pedagógico;
responsabilizar-se pelos resultados obtidos em relação às aprendizagens dos alunos. 
A formação de um alfabetizador
O alfabetizador deve buscar, com o seu trabalho, conhecimento sobre a linguagem, pois os alunos fazem parte desse processo comunicativo. 
Nesse sentido, é fundamental reconhecer que o processo alfabetizador é um processo de interação com a língua, em que os aprendentes tornam-se produtores e realizam ações de reflexão sobre a linguagem.
Saber o que se vai ensinar é indispensável para a condução do processo educativo, que considera que “a mais alta função da educação consiste em produzir um indivíduo integrado, capaz de entrar em relação com o todo”. 
Assim, “só consegue ensinar algo aquele que também está disposto a aprender”, e a formação do professor é um passo significativo para se encontrar o caminho que o leve a uma educação capaz de formar o cidadão crítico e reflexivo.
É importantíssimo saber sobre os níveis de evolução da língua escrita e também trabalhar com os níveis para conhecer como a criança se desenvolve no processo de aquisição da escrita.

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