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INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA 
CAMPUS FLORIANÓPOLIS 
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE LINGUAGEM, TECNOLOGIA, 
EDUCAÇÃO E CIÊNCIA 
 CURSO INTEGRADO DE SANEAMENTO 
 
 
 
 
 
DÓRIS GRIEGER BERTON 
JÚLIA DA SILVA 
MARIANA CLARA CAMPOS RIBEIRO 
SOPHIA GARCIA LEITE WAYNE 
YASMIM VASQUES SANTANA 
 
 
 
 
 
 
A ENCHENTE DE JANEIRO DE 2018 NA REGIÃO DE FLORIANÓPOLIS 
 
 
 
 
 
 
FLORIANÓPOLIS 
 ​2018 
 
 
 
 
INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA 
 CAMPUS FLORIANÓPOLIS 
 DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE LINGUAGEM, 
 TECNOLOGIA, EDUCAÇÃO E CIÊNCIA 
 CURSO INTEGRADO DE SANEAMENTO 
 
 
 
 
 
 
DÓRIS GRIEGER BERTON 
JÚLIA DA SILVA 
MARIANA CLARA CAMPOS RIBEIRO 
SOPHIA GARCIA LEITE WAYNE 
YASMIM VASQUES SANTANA 
 
 
 
 
 
 
A ENCHENTE DE JANEIRO DE 2018 NA REGIÃO DE FLORIANÓPOLIS 
 
 
 
 
 
Trabalho final da disciplina do Projeto Integrador II 
Professores e orientadores: Abigail Ávila de Souza da Silva 
Cristiane Felisbino 
 Mara Cristina Zenevicz 
 
 
 FLORIANÓPOLIS 
 ​2018 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho é uma pesquisa para compreender melhor quais foram os 
fatores responsáveis pela enchente que ocorreu em janeiro de 2018, causando 
muitos prejuízos à população e ao município de Florianópolis. Para a realização 
desta pesquisa, foi recolhido relatos, notícias sobre as chuvas, declarações da 
prefeitura sobre o ocorrido, mapas das áreas mais atingidas, entre outros dados. Foi 
procurado possíveis soluções para problemas de saneamento, infraestrutura, 
escoamento das águas das chuvas, saúde e prestações de suporte à população 
afetada. Concluí-se através da análise das pesquisas a importância do investimento 
em sistemas de escoamento e drenagem das águas pluviais, por fim entende-se que 
o problema principal não foi as chuvas, e sim, o direcionamento das águas que 
caíram em grande volume. A conscientização da população também tem grande 
relevância, para que a população fique mais atenta e ciente das consequências que 
o lixo jogado nas ruas pode causar. 
 
Palavras-chave:​ Enchentes. Florianópolis. Conscientização. Pesquisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO……………………………………………………………. 
 1.1 JUSTIFICATIVA……………………………………………………………. 
 1.2 OBJETIVO GERAL………………………………………………… 
 1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS…………………………………………. 
2 ENCHENTES…………………………………………………… 
 2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA……………………………………………….. 
2.2 METODOLOGIA…………………………………………………………….. 
2.3 OS SISTEMAS DE ESGOTO DE FLORIANÓPOLIS………………………… 
2.4 A DRENAGEM URBANA EM FLORIANÓPOLIS………………………………. 
2.5 AS CHUVAS EM FLORIANÓPOLIS…………………………………………. 
2.6 CONSEQUÊNCIAS DAS CHUVAS EM FLORIANÓPOLIS…………………….. 
2.7 DOENÇAS CAUSADAS PELAS ENCHENTES………………………………. 
2.8 MODOS DE COMBATER AS ENCHENTES………………………………….. 
2.9 COMO A FALTA DE SANEAMENTO BÁSICO AGRAVA A SITUAÇÃO DAS 
ENCHENTES…………………………………………………………………………. 
3 CONCLUSÃO…………………………………………………………….. 
 
 
 
 
1.1 Justificativa 
Em Florianópolis o volume de chuva previsto para Janeiro de 2018 era de 190 
mm, porém em menos de 48 horas a cidade bateu um recorde, alcançando um 
volume de 400 mm, segundo o meteorologista Leandro Puchalski, deixando a cidade 
embaixo d’água e causando diversos impactos. 
A importância da escolha desse tema foi a necessidade de saber porque a 
cidade de Florianópolis foi tão afetada e se a chuva foi a única responsável por esse 
desastre que provocou tantos danos. Esse tema é fundamental ser estudado para 
evitar futuras enchentes como essa. 
1.2 Objetivo geral 
Pesquisar e desenvolver um trabalho que explique as maiores causas, danos 
e doenças causadas pelas chuvas em Janeiro de 2018 na cidade de Florianópolis. 
1.3 Objetivos específicos 
● Conhecer os tipos de enchentes; 
● Identificar as causas das enchentes;Entender como é o sistema de drenagem 
em Florianópolis; 
● Citar as doenças que podemos contrair através das enchentes; 
● Descobrir medidas preventivas que poderiam amenizar os danos causados 
pelas chuvas; 
 
 
 
 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
2.1 Fundamentação teórica 
As enchentes são os desastres naturais que ocorrem com maior frequência. É 
um fenômeno comum da natureza causadas por chuvas muito fortes ou contínuas. 
Várias vezes é intensificada pela ação do ser humano. Elas podem ter causas 
naturais, que ocorrem porque os rios perenes mudam de leito menor para o maior. O 
leito menor é onde a água corre normalmente enquanto seu leito maior, mais acima, 
é onde a água sobe em períodos de cheia. Várias vezes uma cidade ou partes de 
uma cidade estão neste segundo leito, causando inundações em casas e outras 
construções. 
Esquema 1 - Os leitos dos rios 
 
Fonte: Mundo Educação, 2014. 
As enchentes também podem ter diversas causas antrópicas. Ocorrem 
quando, por exemplo, os bueiros são entupidos por lixo que não foi descartado 
corretamente, bloqueando a passagem das águas, ou quando esse mesmo lixo 
prejudica o sistema de drenagem da cidade. Outro exemplo, sendo o mais comum, é 
a pavimentação das ruas e cimentação de quintais e calçadas, que impermeabiliza o 
 
solo, e mais um exemplo, sendo o mais incomum, são os rompimentos de 
barragens. As causas basicamente se resumem em mau uso do espaço urbano. 
Em nossa pesquisa, focamos na enchente antrópica que ocorreu no início do 
ano de 2018 em Florianópolis. As inundações causaram desabrigamento de 
pessoas, falta de luz e água, praias infectadas, e estragos em ruas e estruturas. 
 
2.2 Metodologia 
Este trabalho foi desenvolvido através de revisão da literatura, metodologia e 
apresentação das pesquisas. Foi iniciada uma busca geral sobre o assunto em 
trabalhos anteriores. Em seguida, o foco foi para essa busca na enchente que 
ocorreu na cidade de Florianópolis em janeiro de 2018, procurando informações 
principalmente em notícias e relatos. Observados os dados, elaboramos os textos e 
concluímos o projeto. 
 
2.3 A drenagem urbana em Florianópolis 
Segundo Zancanaro et al (2015): 
O sistema de drenagem do município é caracterizado por uma infraestrutura 
antiga, implantados sem maiores critérios técnicos e que foi sendo ampliada em 
função de demandas resultantes do crescimento urbano desordenado. Este quadro 
é agravado em função da falta de investimentos ou mesmo de mecanismos de 
cobrança pelos serviços prestados, que permitiriam uma sustentabilidade financeira 
do setor. Falta de estrutura e integração dos órgãos vinculados ao setor da 
drenagem em âmbito municipal. Ausência de recursos para elaboração do Plano 
Diretor de Drenagem Urbana (que viabiliza o cadastro georreferenciado da rede, os 
estudos hidrológicos e da dinâmica hidrográfica do município, entre outros 
instrumentos, os quais são essenciais para a elaboração e execução de estudos e 
projetos adequados às características físicas/ambientais da cidade.) 
 
 
2.4 As Chuvas em Florianópolis 
Santa Catarina está em uma região de latitudes médias, posição geográficafavorável à passagem de sistemas de chuva durante todo o ano. Com frentes frias 
constantes, a região Sul também está no caminho do fluxo de umidade que vem da 
Amazônia. Esse sistema é o responsável pelas chuvas mais persistentes que se 
intensificam entre primavera e verão no Estado. Basicamente, nesta época do ano é 
o período de mais umidade e calor naquela região. 
A distribuição de chuva em Florianópolis é praticamente a mesma ao longo do 
ano, o que significa que pode chover em qualquer período. Os meses que recebem 
mais chuva são dezembro, janeiro, fevereiro e março (150-200 mm / 5-8 polegadas 
por mês). Nos outros meses, a média fica em torno de 100 mm ou 4 polegadas. 
Recordes de chuva em Florianópolis: 
Janeiro/2018*: 432,8 mm 
Agosto/2011: 384 mm 
Fevereiro/2008: 337,8 mm 
Novembro/2006: 295,8 mm 
*Até o dia 18 de janeiro de 2018 
Fonte: Epagri/Ciram 
 
 
 
 
2.5 Consequências da enchente em Florianópolis 
No dia 9 ao dia 11 de janeiro de 2018, ​o volume de chuva em Florianópolis 
chegou a 400 mm​, ultrapassando duas vezes o previsto de 190 mm para o mês 
inteiro. 
Comunicaram no relatório elaborado pela prefeitura da Capital que as chuvas 
ocasionaram um grande prejuízo que custou em média R$ 54 milhões. 
Segundo a Prefeitura, ​35 mil pessoas foram atingidas pelas chuvas que 
afetaram o Estado no começo de 2018. Dados mostram que mais de 200 ruas foram 
afetadas, sendo que 84 registraram os casos mais críticos, pelo menos 4 pontes 
desabaram no bairro Ratones, localizado no Norte da Ilha. 
A Comcap recolheu 809 toneladas de lixo nos primeiros 18 dias do ano de 
2018. Continuaram com a remoção de lixo e entulho até o dia 24, por toda 
Florianópolis. Recolheram um grande número de móveis de famílias como colchões, 
camas, geladeiras e fogões que estragaram com a enchente e levados para valos, 
rios e córregos. 
O Mapa de Balneabilidade da Fatma (Fundação do Meio Ambiente), 
divulgado no dia 26 de janeiro de 2018, mostrou que muitas praias catarinenses 
estavam impróprias para banho. 
Em Florianópolis, 64% dos pontos analisados estavam poluídos. No trapiche 
de Canasvieiras, uma das praias mais movimentadas da ilha, a Fatma encontrou 11 
mil coliformes fecais nesta quantidade de água do mar. De acordo com a resolução 
do Conselho Nacional de Meio Ambiente, se houver mais de 800 coliformes fecais 
(bactéria Escherichia coli, encontrada em fezes) em 100 milímetros de água, o local 
está infectado. 
 
O gerente de Análise da Qualidade Ambiental da Fatma, Oscar Vasques Filho 
disse que este é o relatório mais grave desde que o órgão começou a publicar os 
percentuais de estudo em 2013. 
Em Florianópolis, apenas 54,72% do esgoto é tratado. O instituto Trata Brasil 
afirmou que Florianópolis tem pouco mais da metade da população atendida por 
rede de esgoto. o que indica que há muito a ser feito para ampliar o acesso ao 
serviço. 
O superintendente Municipal de Saneamento Lucas Arruda disse que a 
Prefeitura fará em um investimento grande na rede de esgoto com uma estimativa 
de R$ 400 milhões de gastos. 
Segundo o IBGE 2017, Florianópolis tem 485 mil moradores e recebe em 
torno de 1,5 milhão de turistas na temporada. De acordo com o Ministério do 
Turismo, é o segundo destino mais procurado pelos turistas brasileiros no verão. As 
praias mais habitadas são também as mais poluídas, como no Norte da Ilha, onde 
ficam Canasvieiras, Ingleses e Jurerê. 
No mapa os pontos assinalados com bandeiras vermelhas são locais 
contaminados e os com bandeiras azuis pontos próprios para banho. O gerente de 
Análise da Qualidade Ambiental da Fatma, Oscar Vasques Filho afirma que os 
pontos azuis estão provavelmente longe de acessos onde são extravasados esgotos 
ilegais. E que as bactérias dos pontos vermelhos não tem capacidade para se 
locomover até esses pontos. 
Alguns pontos de poluição em Florianópolis foram Canasvieiras, Ingleses, 
Cachoeira do Bom Jesus, Jurerê Tradicional e Internacional, Ponta das Canas e 
Lagoa da Conceição. 
 
 
Mapa 1: 
Fonte: Fatma, 2018 
 
2.6 Doenças causadas pelas enchentes 
As enchentes provocaram muitos transtornos para a população como perda 
de bens materiais, choques elétricos, acidentes no trânsito, afogamentos e, além 
disso, uma série de doenças que podem surgir devido ao contato direto com a água 
contaminada, como por exemplo: 
A Leptospirose causada pela bactéria ​Leptospira interrogans​, é uma doença 
transmitida em sua maioria das vezes pela urina de ratos. Seus sintomas são bem 
semelhantes com os da dengue, e consistem em febre, diarréia, náuseas, dores de 
cabeças e musculares. A infecção se agrava quando contamina os rins, fígado e 
baço podendo levar a morte. 
Febre Tifóide causada pela bactéria ​Salmonella typhi ​, a sua transmissão da 
febre tifóide se dá por meio de água, alimentos contaminados ou contato com 
pessoas doentes, a contaminação só se dá pelo sistema digestivo. Seus sintomas 
são febre, dor de cabeça, sangramentos nasais, diarréia, cansaço, sono agitado, 
 
náusea e vômito. Se não tratada, a febre tifóide pode ser fatal por hemorragia 
intestinal. 
As Hepatites A e E são causadas pelo vírus da hepatite e é transmitida 
através de águas e alimentos contaminados ou mesmo de uma pessoa para outra. 
Os sintomas são febre, pele e olhos amarelados, dores abdominais, falta de apetite, 
náusea e vômitos, mal-estar, urina escura e fezes esbranquiçadas. Com o 
saneamento básico adequado e a ingestão de alimentos bem lavados e cozidos, 
doenças como essas podem ser prevenidas. 
A dengue é causada pelo próprio vírus da dengue por meio da picada da 
fêmea do mosquito infectado ​Aedes Aegypti​. A pessoa contaminada apresenta 
diversos sintomas como febre, fortes dores musculares, nas articulações e na 
cabeça, manchas vermelhas também surgem no corpo, assim como inchaço e em 
alguns casos havendo até sangramentos graves, podendo ser fatal. A prevenção se 
dá no combate ao mosquito, evitando manter locais com água parada (onde a fêmea 
deposita os ovos). 
A Cólera é ocasionada pela bactéria ​Vibrio cholerae​. Seu principal sintoma é 
uma intensa diarréia causada por uma toxina liberada pela bactéria. Para prevenir a 
cólera é necessário tomar medidas como saneamento básico adequado, assim 
como dito anteriormente nos parágrafos acima. 
 
2.7 Modos de Combater as Enchentes 
A melhor forma de combater uma enchente é se prevenindo antes mesmo 
que ela ocorra, desocupando áreas de risco e criando reservas florestais nas 
margens do rio, impedindo a geração de lixo naquele local. 
Em 2013, Belo Horizonte contratou funcionários que detectam o início de 
inundações em áreas com mais risco. Os funcionários, que são chamados de 
 
olheiros, minimizam os efeitos das inundações que ocorrem em um curto período de 
tempo. Eles também constroem barragens e removem os lixos acumulados no fundodo rio, permitindo que ele aumente sua profundidade. 
Outro modo de prevenir enchentes é utilizando o concreto permeável ou 
poroso. Ele se diferencia do concreto compacto por ser, como o próprio nome diz, 
poroso. Ele é feito a partir de material granular, sendo todos os granulados quase do 
mesmo tamanho para que obtenha vazios entre eles, sem que sejam preenchidos 
com granulados menores, para que possa ter uma passagem de água. Porém, 
quanto maior a resistência desse concreto, menos impermeável ele será. Pois um 
concreto bastante permeável teria mais vazios, fazendo com que o concreto seja 
mais frágil. Sendo assim, ele acaba sendo mais adequado para ciclovias, calçadas e 
lugares onde ele não sofra com pesos muito grande. A função permeável apenas 
funciona se houver uma sub-base granular embaixo do concreto, como pedras ou 
britas com grandes vazios para o livre escoamento da água. Algumas vantagens do 
concreto permeável são: atuação de filtro impedindo a passagem de impurezas e 
metais pesados para o lençol freático; possibilidade de reutilizar a água da chuva; 
proteção do sistema de drenagem; e evidentemente a diminuição de enchentes. 
 
 
2.8 Como a Falta de Saneamento Básico Agrava a Situação das Enchentes 
Segundo Hiram Sartori, engenheiro sanitarista, as causas das enchentes estão 
relacionadas a urbanização acelerada e sem planejamento, que agrava 
significativamente os problemas sociais e ambientais do local. A ocupação urbana 
deixa o solo impermeável e causa o escoamento superficial que faz com que a água 
chegue mais rápido nos rios do que se fosse de modo subterrâneo, que facilita a 
ocorrência de inundações. 
Os esgotos não são as únicas prioridades do saneamento básico, o problema 
do abastecimento de água potável para a população, o controle das águas pluviais, 
 
o gerenciamento de resíduos sólidos, serviços de coleta e transporte para o rumo 
final do lixo, além de serviços de limpeza e varredura das áreas e vias públicas. 
A gestão sustentável das bacias hidrográficas podem ter obras de engenharia 
que protejam a população, mas também há medidas que recuperam pouco a pouco 
os rios do escoamento natural das águas e regenera o conjunto da fauna e flora do 
local. Essas medidas incluem a recuperação de áreas de retenção natural, 
recuperação da mata ciliar que protege os rios, reflorestamento da área da bacia, 
fiscalização da ocupação e do descarte de lixo nas margens e políticas públicas que 
foquem na despoluição das águas, além de educação e monitoramento ambiental, 
entre outras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 CONCLUSÃO 
Com base em relatos e análise bibliográfica, conclui-se que. 
É impossível impedir que enchentes aconteçam. Os seres humanos é que 
precisam se adaptar a natureza, não o contrário. As prevenções das enchentes são 
possíveis, e a mais básica de todas é: “jogue seu lixo no lixo”. É uma frase que 
sempre ouvimos, parece simples, básico do básico, mas é extremamente eficiente. 
É difícil de acreditar que ainda há gente que não segue essa simples regra, mas isso 
vem da vontade de cada um de nós de fazermos da nossa cidade um lugar melhor. 
Recolhendo nosso lixo, conseguimos prevenir as enchentes antes mesmo que elas 
ocorram e cuidando dos nossos sistemas de esgoto e drenagem. 
Além de nós, cidadãos, existem outras medidas para evitar enchentes, a 
construção de sistemas eficientes de drenagem também seria um jeito de tomar 
medidas, pois, ao construir um sistema ruim, a tendência dele é só piorar com as 
enchentes que ocorrem. Há uma falta de investimento que deveria ser mudada já faz 
muito tempo. 
Contudo, conclui-se que, é essencial e indispensável que um 
bairro/região/cidade tenha um sistema de saneamento básico, complementando 
então que, sem esse sistema uma cidade pode sofrer muito socialmente e 
estruturalmente. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
ALVES, Schirlei; THOMÉ, Rafael. ​Após chuva da madrugada, Florianópolis 
registra transtornos no norte e leste da ilha. ​Disponível em: 
<​http://horadesantacatarina.clicrbs.com.br/sc/geral/noticia/2018/01/apos-chuva-da-m
adrugada-florianopolis-registra-transtornos-no-norte-e-leste-da-ilha-10121692.html​> 
Acesso em: 13 mar. 2018 
FREITAS, Carlos Machado; XIMENES, Elisa Francioli. ​Enchentes e saúde pública: 
uma questão na literatura científica recente das causas, consequências e respostas 
para prevenção e mitigação. Disponível em: 
<​http://www.scielo.br/pdf/csc/v17n6/v17n6a23.pdf​> Acesso em: 27 fev. 2018 
GORGES, Leonardo. ​Prefeitura de Florianópolis estima prejuízo de R$ 54 
milhões em função das chuvas. ​Disponível em: 
<​http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2018/01/prefeitura-de-florianopolis-estima
-prejuizo-de-r-54-milhoes-em-funcao-das-chuvas-10121822.html​> Acesso em: 27 
fev. 2018 
GONÇALVES, Michael. ​Chuva, poder público e moradores: os responsáveis pelos 
estragos em Florianópolis. Disponível em: 
<​https://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/chuva-poder-publico-e-moradores-os-r
esponsaveis-pelos-estragos-em-florianopolis​> Acesso em: 13 mar. 2018 
G1 SC. ​Chuva causa alagamentos e estragos em 211 cidades de SC; ​dois 
morrem e dois estão desaparecidos​. ​Disponível em: 
<​https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/chuva-causa-estragos-em-florianopoli
s.ghtml​> Acesso em: 27 fev. 2018 
MARTINS, Anita. ​Chuvas ameaçam a saúde. ​Disponível em: 
<​https://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/chuvas-ameaacam-a-saaode Acesso 
em: 5 mar. 2018 
MAZZONETTO, Caroline. ​Concreto permeável. ​Disponível em: 
<​http://infraestruturaurbana17.pini.com.br/solucoes-tecnicas/13/concreto-permeavel-
 
alternativa-para-aumentar-a-permeabilidade-de-pavimentos-254488-1.aspx ​> Acesso 
em: 3 abr. 2018 
MODESTO, Maurício. ​Enchentes. ​Disponível em: 
<​https://pt.slideshare.net/MaurcioModesto/enchentes-11219305​> Acesso em: 10 abr. 
2018 
PENA, Rodolfo F. Alves ​Enchentes. Disponível em: 
<​http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/enchentes.htm​> Acesso em: 10 
abr. 2018 
Sampex Desentupidora e Dedetizadora. ​Doenças causadas por enchentes. 
Disponível em: 
<​http://www.sampexdesentupidora.com.br/blog/saneamento-basico/doencas-causad
as-por-enchentes/​> Acesso em: 27 fev. 2018 
SARTORI, Hiram. ​Como a falta de saneamento básico agrava a situação de 
enchentes no país. ​Disponível em 
<​https://www.saneamentobasico.com.br/como-a-falta-de-saneamento-basico-agrava
-a-situacao-de-enchentes-no-pais/ ​> Acesso em: 6 mar. 2018 
SOUSA, Ferdinando. ​As violentas enchentes de Florianópolis. ​Disponível em: 
<​https://ferdinandodesousa.wordpress.com/2018/01/12/as-violentas-enchentes-em-fl
orianopolis/ ​> Acesso em: 27 fev. 2018 
TORRES, Aline. ​Esgoto levado pela chuva afeta condições de banho nas praias 
catarinenses. ​Disponível em: 
<​https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2018/01/29/esgo
to-levado-pela-chuva-ameaca-condicoes-de-banho-nas-praias-catarinenses.htm​> 
Acesso em: 27 fev. 2018 
 
ZANCANARO,Domingos Savil et al. ​Drenagem urbana. ​Disponível em: 
<​http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/08_07_2015_18.48.31.f17be640cc6
dbf1a7beb42d66a3ee9ef.pdf ​> Acesso em: 20 mar. 2018

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