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ALUNO RICARDO MENEGUSSI PEREIRA MATRÍCULA Resolução DIREITO NOTARIAL APLICADO A PROPRIEDADE tema os notários brasileiros são agentes delegados ano 2019

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Pós Graduação Estácio – Curitiba 
Curso de Pós Graduação em Direito Imobiliário 
 
ALUNO RICARDO MENEGUSSI PEREIRA 
Resolução Plano de aula: DIREITO NOTARIAL APLICADO A PROPRIEDADE 
Questão: O que se entende sobre a expressão corrente “os notários brasileiros são agentes 
delegados”? Quais as consequências de tal afirmação, notadamente a respeito da polêmica 
questão da aposentadoria compulsória, tão discutida no Poder Judiciário pátrio? 
 
Resposta: O Direito Notarial tem expandido de forma significativa com o surgimento de normas 
legais e infralegais. A ata notarial é exemplo de uma grande diretriz para construção de provas 
com fé pública, admitidas pelos ajustes do CPC em 2015. 
 
IMPORTANTE: Os notários e os registradores exercem atividade estatal, entretanto não são 
titulares de cargo público efetivo, tampouco ocupam cargo público. 
OBSERVAÇÃO: Os serviços de registros públicos, cartorários e notariais são exercidos em caráter 
privado por delegação do poder público (serviço público não privativo). 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Art. 236. Os serviços notariais e de 
registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público. 
 
A evolução no DIREITO IMOBILIÁRIO desempenhada pela dinâmica do DIREITO NOTARIAL 
APLICADO A PROPRIEDADE pode ser observada nas novidades relacionados à atividade notarial, 
a reboque, também a registral que acompanhando a onda de transformações normativas vem 
também admitindo e implantando métodos alternativos de solução de conflitos. 
Um exemplo prático está no CRECI que tem instalado sistemas de mediações extrajudiciais para 
resolução de conflitos envolvendo litígios relacionados a imóveis. 
As manifestações evolutivas das esferas jurídicas têm dado passos importantes nas esferas 
extrajudiciais, maneiras essas que além de criar soluções para burocracia judicial, também 
conduzem em seu cerne a economia processual. 
Alguns pontos interessantes observáveis a respeito das demandas históricas para despertar a 
necessidade de soluções alternativas de litígios está por exemplo na legislação processual de 
1973 que enfatizava a lide e a sentença judicial como mecanismo último para a solução de 
conflitos, sendo, neste último caso, a coisa julgada a maior demonstração de pacificação dessa 
compreensão. 
A evolução das dinâmicas das esferas jurídicas frente ao contexto atual, criando esse movimento 
de buscar “solução alternativa” para o litígio são visíveis consequências da afirmação “os 
notários brasileiros são agentes delegados” nos sistemas de mediações extrajudiciais para 
resolução de conflitos envolvendo litígios. 
 
A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, em seu artigo 98, consta previsão de 
criação sistemática de juizados especiais em território nacional, bem como da justiça itinerante, 
pelos tribunais federais e estaduais, ainda no ano de 1995, aconteceu marco legislativo em que 
o solução de litígios começa a ser vista fora dos rigores da sentença judicial, abrindo para solução 
de litígios, “reduzindo” o formalismo e fomentando à conciliação e mediação em os juizados 
especiais federais. No CPC de 2015 fortalece a desjudicialização da solução de conflitos, inclusão 
relevante e significativa no corpo positivado do CPC. E após, o CNJ fortalecesse essa perspectiva 
de desjudicialização inserindo "cartórios" nessa corrente de normas, por força do Provimento 
67, de 2018, onde os cartórios foram inseridos nos espaços alternativos para solução de 
conflitos, momento de destaque do Direito Notarial e Registral. A inclusão dos Cartórios na 
resolução de conflitos, garante amplitude da função notarial e registral e seu uso facultativo. 
 
 
Outra observação está na atuação do CNJ, onde no parágrafo 4º, do artigo 103-B além de outras 
competências, compete ao CNJ "III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou 
órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos 
prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou 
oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correcional dos tribunais, podendo 
avocar processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a 
aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras 
sanções administrativas, assegurada ampla defesa". Abrindo a possibilidade para os serviços 
notariais e de registro, no âmbito nacional, com amparo constitucional para soluções 
alternativas para a solução de litígios no texto normativo. 
“Art. 2º Os procedimentos de conciliação e de mediação nos serviços notariais e de registro 
serão facultativos e deverão observar os requisitos previstos neste provimento, sem prejuízo do 
disposto na Lei n. 13.140/2015.” Provimento 67/2018 
 
O Provimento 67/2018 coloca os espaços notariais e de registro na práxis de soluções 
alternativas de conflitos, claro que não é automática, sendo necessário que requisitos sejam 
atendidos pelos notários e registradores. 
No artigo 4° do Provimento: "Art. 4º O processo de autorização dos serviços notariais e de 
registro para a realização de conciliação e de mediação deverá ser regulamentado pelos Núcleos 
Permanentes de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC) e pelas 
corregedorias-gerais de justiça (CGJ) dos Estados e do Distrito Federal e dos Territórios." 
O artigo 12 do Provimento apresenta uma regra muito interessante; "Art. 12. Os direitos 
disponíveis e os indisponíveis que admitam transação poderão ser objeto de conciliação e de 
mediação, o qual poderá versar sobre todo o conflito ou parte dele." 
 
A mediação, conciliação e a arbitragem marcam um momento importante na economia 
processual, desburocratização das soluções de conflito, e conjunto de esforços para desafogar 
o sistema judiciário. 
A consequências notadamente a respeito da polêmica questão da aposentadoria compulsória, 
tão discutida no Poder Judiciário pátrio podem ser observadas em: 
- Segundo disposição expressa da Constituição Federal, os serviços notariais e de registro são 
exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público. 
- Os servidores dos cartórios extrajudiciais, entretanto, admitidos no regime anterior, continuam 
na condição de servidor em sentido lato, sob o regime especial de trabalho, sujeitando-se à 
aposentadoria compulsória aos setenta anos de idade. 
- Até que nova legislação disponha de forma diferente, regulamentando a matéria, continuam 
pelo princípio da recepção, vigentes as leis anteriores à nova ordem constitucional que não 
conflitam com o direito atual. 
 
 
 
Em acórdãos sobre a aposentadoria compulsória, o eminente relator, Conselheiro Altino 
Pedrozo, votou pela procedência do pedido para desconstituir o ato da Corregedoria-Geral de 
Justiça do Estado do Paraná que determinou a declaração de vacância do cargo ocupado por 
Gladys Stolz Vendrami na data em que completaria 70 (setenta) anos. Em seu voto, manifestou 
o entendimento de que a remuneração da requerente se dá tão somente por meio de custas e 
emolumentos, comparando a sua situação “à dos titulares de serventias extrajudiciais, os quais 
não estão obrigados à aposentadoria compulsória”. 
 
A regra constitucional de aposentadoria compulsória aos setenta anos de idade que, como já 
exposto, é o limite etário máximo de permanência no cargo de escrivão judicial. 
 
Em Decisão recente da 1ª câmara de Direito Público do TJ/SC Servidor de cartório consegue 
direito de se aposentar pela Previdência estadual. 
O relator no TJ/SC, desembargador Luiz Fernando Boller, pontuou que, na Corte, "é assente o 
entendimento de que cartorários extrajudiciais têm direito à aposentadoriapelo regime especial 
de previdência, desde que investidos no cargo até a entrada em vigor da Lei Federal n. 8.935/94 
- ressalvado àqueles que tenham optado pelo RGPS-Regime Geral de Previdência Social". 
"Como o ingresso no serviço público ocorreu antes da Emenda Constitucional n. 20/98 e os 
requisitos adquiridos após as inovações constitucionais trazidas, devem ser respeitadas as 
regras de transição estabelecidas na Emenda Constitucional n. 41/03 e na Emenda 
Constitucional n. 47/05", completou. 
O voto foi seguido à unanimidade pelo colegiado no Processo: 0896129-68.2013.8.24.0023.

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