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PROCESSO DE DESINFECÇÃO DE ÁGUA E ESGOTO POR RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA Diego Araújo e Maurício Pereira Universidade Federal de Minas Gerais Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar o processo de desinfecção de água e esgoto utilizando radiação ultravioleta emitida por lâmpadas tipo vapor de mercúrio. 1. SISTEMA ÓPTICO ESCOLHIDO Um sistema óptico é definido como sendo “todo o conjunto de superfícies e elementos translúcidos, incluindo a fonte de radiação e o detector, dispostos de modo a serem sucessivamente atingidos pela luz”. Diante do conceito exposto, pode-se em sistema óptico estabelecer partes essenciais, a saber, a fonte emissora, o meio de propagação e um receptor final. O processo de desinfecção de água e esgoto com utilização de radiação ultravioleta se configura como um sistema óptico, de modo que sua fonte será uma lâmpada que emite radiação na faixa do ultravioleta; o meio há de ser a água/esgoto, onde haverá propagação da radiação emitida pela fonte; o receptor nesse caso serão os microrganismos que se deseja desinfetar, sendo, portanto alvos da radiação emitida. Figura 1.1. Configuração do sistema ótico. RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA A radiação ultravioleta é toda aquela contida entre os comprimentos de onda de 100 à 400nm do espectro, sendo subdivididas em radiação UV-vácuo (100- 200nm), UV-C (200-280nm), UV-B (280-315nm) e UV-A (315-400nm). Cada uma destas faixas apresentam efeitos e aplicações distintas desenvolvidas e otimizadas ao longo dos anos. A radiação UV-A, por exemplo, é utilizada em camas de bronzeamento artificial, em luz negra para festas noturnas, representando a radiação mais inofensiva para os seres vivos. A radiação UV-B, por sua vez, é considerada a principal responsável pela causa de câncer de pele. A radiação UV-C, será a faixa de maior interesse para o processo de desinfecção tratado. A radiação UV-C é a mais letal para os tecidos biológicos, afetando os ácidos nucléicos celulares e então sendo a mais eficaz para o perfil germicida. O fato de a radiação UV-B ser a maior causadora de câncer de pele decorre da ação da camada de ozônio que blinda a passagem de toda radiação UV-C e filtra parcela da UV-B, permitindo ainda uma quantidade que nos impõe risco. EVOLUÇÃO DO SISTEMA Pode-se usar a desinfecção de água e esgoto para aplicações em diversas áreas, tais como comercial, hospitalar, residencial, industrial, etc. Como mencionado, a fonte do sistema óptico tratado apresenta uma lâmpada que emite radiação UV-C. O processo evolutivo da técnica e a descoberta da eficácia dessa radiação germicida se deram com o empirismo ao longo dos anos. No século XVIII, Isaac Newton notou a existência de radiações invisíveis na decomposição da luz branca em suas raias espectrais, quando realizou o famoso experimento do prisma. Em 1877, Downes e Blunt tiveram as primeiras evidências do efeito de luz em bactérias. Uma década depois, Roux estudava colônias de bactérias causadoras da peste bubônica e da difteria, observando que a exposição ao sol inibia o crescimento bacteriano. Apenas 5 anos depois, Ward observa um pouco além, conseguindo mostrar que a luz vermelha causa um efeito distinto da luz azul em bactérias, constatando que comprimentos de onda diferentes causam efeitos letais também diferentes na ação germicida. Em 1903, Barnard e Morgan conseguiram produzir radiação na faixa de 226- 328nm. O desenvolvimento da aplicação da radiação como efeito germicida sofreu resistência por parte do desenvolvimento concomitante da cloração, mas, a primeira técnica tem mostrado vantagens, como por exemplo, a dispensação de etapas que objetivem eliminar subprodutos do processo, já que a inserção de radiação não gera subproduto. FONTE: LÂMPADAS UV-C Com um pouco mais de avanço, chegamos à instância atual, com a possibilidade de optar entre alguns tipos de lâmpadas, a depender da dimensão do projeto. As lâmpadas de baixa pressão são aquelas que apresentam em seu interior o vapor de mercúrio sob-baixa pressão, cerca de 10 torr, cerca de 0,014 atm. Se multiplicarmos por um fator de 10 essa pressão, obtemos as lâmpadas de média pressão. Têm-se ainda, variando a quantidade de vapor de mercúrio, as lâmpadas de média pressão de alta intensidade. E por fim, porém ainda pouco utilizadas, as lâmpadas de amálgamas, que utilizam as ligas de metais com mercúrio, ao invés de apenas vapor de mercúrio. O princípio de funcionamento da lâmpada se assemelha muito ao da lâmpada fluorescente ou de luz negra. Um gás contido em um tubo emite fótons quando submetidos à eletricidade. No caso da lâmpada fluorescente, o revestimento de material fosforoso tem seus átomos excitados pelos fótons emitidos pelo gás, ocorrendo a emissão estimulada, porém desta vez no visível. A lâmpada de UV-C assim como a de luz negra, porém, não são revestidas com objetivo de se obter emissão estimulada, pois já emitem em suas faixas desejadas. Alguns revestimentos funcionam como filtro, somente para bloquear faixas indesejadas. Figura 1.2. Lâmpadas UVC de vapor de mercúrio de baixa pressão. DOSE, TRANSMITÂNCIA E ABSORVÂNCIA Naturalmente, todo meio constituinte em um sistema óptico possui potencial para gerar perdas na energia luminosa e dispersões de feixes, fenômenos conhecidos como atenuação e dispersão. A absorvância no processo de desinfecção diz respeito ao quanto de intensidade luminosa foi absorvido pelo meio para um determinado comprimento de onda emitido, dada por: Onde I é a intensidade luminosa que consegue ultrapassar o meio e I₀ é a intensidade emitida pela fonte. A relação entre I e I₀ é fornecida pela lei de Deer- Lambert: Em que “e” é o coeficiente de extinção, L é a distância percorrida pela radiação e “c” é a concentração da substância absorvente. A transmitância, por sua vez, informa sobre o quanto de intensidade luminosa venceu o meio e chegou à um ponto determinado. É fácil inferir que este é um parâmetro inversamente proporcional à absorvância, já que quanto mais absorve o meio, menos luz é transmitida ao receptor, e vice-versa. Sua fórmula é dada por: Onde A é a absorvância. A consideração destes parâmetros, medidos pelo espectrofotômetro, é de fundamental importância para o cálculo da dosagem de radiação eficaz do projeto. A lei de Busen Roscoe diz que a Dose é uma função direta do tempo de exposição da radiação e da intensidade desta, permitindo manipular reciprocamente ambos os fatores através de uso de lâmpadas distintas (varia intensidade) ou por mecanismos que regulem o fluxo (varia o tempo de exposição), de modo a preservar a dose desejada. 2. SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL Um grave problema para a qualidade da água é a descarga, sem nenhum tratamento, de esgoto domiciliar em rios e represas que abastecem as cidades e irrigam as plantações. No Brasil, segundo o Ministério das Cidades, cerca de 60 milhões de brasileiros não são atendidos pela rede de coleta de esgoto e, destes, aproximadamente 15 milhões não têm acesso à água encanada. Ainda mais alarmante é a informação de que, quando coletado, apenas 25% do esgoto é tratado, sendo o restante despejado “in natura”, ou seja, sem nenhum tipo de tratamento, nos rios ou no mar. Como resultado dos baixos índices de tratamento, 65% das internações hospitalares no país são devidos às doenças transmitidas pela água, como por exemplo, disenteria, hepatite, meningite, ascaridíase,tracoma, esquistossomose e outras. Segundo a OMS, mais de cinco milhões de pessoas morrem por ano no mundo devido às doenças transmitidas pela água. Precisamos rever nossa crença de que a água é abundante e que estará sempre disponível porque isto depende estritamente de como utilizamos e preservamos este recurso. Quanto mais poluída estiver a água, maior quantidade de produtos químicos será necessária para torná-la potável para consumo. Figura 2.0. Cerca de 60 milhões de brasileiros não são atendidos pela rede de coleta de esgoto. MECANISMO DE DESINFECÇÃO A desinfecção por radiação UV baseia-se em alterações por fotólise do material genético (DNA, RNA) dos organismos presentes no esgoto. O DNA é um polímero de ácido nucléico, constituído por uma sequência de quatro bases nitrogenadas (adenina, citosina, guanina e timina) que constituem o código genético. Essas bases formam as chamadas bases emparelhadas (por exemplo, adenina com timina e citosina com guanina), ligadas por pontes de hidrogênio. São essas ligações que fazem com que as duas fitas do DNA permaneçam ligadas, dando origem à estrutura conhecida como dupla hélice. As moléculas de DNA dos organismos a serem inativados absorvem radiações com comprimento de onda entre 200 e 300 nm, em especial aquelas em torno de 260 nm, que alteram sua composição e comprometem sua funcionalidade (Daniel, 1993). A radiação UV atravessa a parede celular e é absorvida pelos ácidos nucléicos e, em menor extensão, pelas proteínas e por outras moléculas biologicamente importantes (Daniel e Campos, 1992). A energia absorvida rompe as ligações não saturadas, principalmente as bases nitrogenadas pirimídicas, citosina e timina, provocando a dimerização de pirimidinas adjacentes de uma mesma fita de cromossomo do DNA (Figura 2.1). Os dímeros formados em consequência das alterações provocadas pela radiação UV podem resultar em timina–timina, timina–citosina e citosina– citosina. As moléculas pirimídicas resultantes, uma vez unidas, deformam a estrutura helicoidal do DNA e dificultam a replicação do ácido nucléico. Caso a replicação ocorra, as novas células serão mutantes descendentes incapazes de se duplicar. A resistência à inativação dos diferentes organismos patogênicos por radiações UV varia de acordo com a espécie, sendo este um dos principais parâmetros de dimensionamento dos reatores UV para desinfecção. A tabela 2.1 apresenta uma compilação das doses de UV para inativação de diversos organismos (patogênicos ou não aos seres humanos), De modo geral, bactérias e vírus são muito sensíveis à radiação UV, bastando doses efetivas da ordem de 20 mWs/cm² para inativar a maioria das espécies. Entretanto, o mesmo não pode ser dito de protozoários e helmintos, dotados de proteções naturais que permitem sua sobrevivência em ambientes adversos. As formas encistadas dos protozoários e os ovos de helmintos são muito resistentes à radiações UV, exigindo doses extremamente elevadas e, na maioria dos casos, antieconômicas, para resultar em eficiente inativação. Portanto, esses organismos devem ser retidos ou eliminados nas etapas do tratamento que precedem a desinfecção UV, o que, em função das consideráveis proporções, geralmente ocorre por sedimentação ou filtração. Figura 2.1. Dimerização de bases nitrogenadas adjacentes de uma mesma fita de cromossomo do DNA. Tabela 2.1. Doses de radiação UV para inativação de bactérias, vírus, algas, protozoários, helmintos e leveduras. PROCESSO DE DESINFECÇÃO POR RADIAÇÃO UV Os principais componentes de um processo de desinfecção UV são as lâmpadas tipo arco de mercúrio, a fonte de energia, os reatores elétricos e o corpo do processo. A eficiência de um processo de desinfecção de esgotos ou água por radiação UV depende dos seguintes fatores: Características do afluente Sabe-se que elevadas concentrações de colóides e partículas no esgoto influenciam negativamente a desinfecção. Quanto mais clarificado for o afluente ao processo, melhor será seu desempenho de desinfecção. A vazão afluente e a quantidade de organismos a serem inativados também são importantes fatores de influência. Figura 2.2. Comparação entre agua clarificada e com elevada turbidez. Intensidade da radiação UV aplicada A intensidade de radiação UV deve ser suficiente para suplantar todos os obstáculos e atingir o organismo- alvo com energia suficiente para inativá-lo. Tal fato deve ocorrer em todos os pontos do reator UV, sob pena da perda de eficiência em função da existência de regiões insuficientemente irradiadas. Outros fatores que afetam a intensidade são a idade das lâmpadas, sujeira nas lâmpadas e localização das lâmpadas no reator. Figura 2.3. Analise e simulação da intensidade das lâmpadas de um reator UV. Comportamento hidrodinâmico do reator O reator deve ser projetado de forma a evitar curtos-circuitos e zonas mortas, os quais podem gerar o uso ineficiente de energia e redução do tempo de exposição dos microrganismos à radiação UV. O tempo de exposição dos microrganismos à radiação UV depende dos caminhos por eles percorridos ao longo do reator e determina a quantidade de radiação a qual serão expostos. Como a dose de UV depende da variável tempo (Dose = intensidade x tempo), o tempo de permanência de todos os organismos alvo deve ser o suficiente para compor a dose efetiva mínima para sua inativação. Figura 2.4. Analise e simulação do comportamento hidrodinâmico do reator UV. Configuração do reator A existência de zonas mortas e de curto-circuito, assim como de regiões expostas a maiores ou menores intensidades de radiação, depende da configuração do reator de desinfecção. Outros componentes, como o tipo de lâmpada e a existência de dispositivos para eliminação do biofilme sobre lâmpadas ou envoltórios, também são importantes. Figura 2.5. Dispositivos para eliminação do biofilme sobre lâmpadas. TIPOS DE PROCESSOS Uma das classificações mais usuais para os processos UV tem por base o posicionamento das lâmpadas em relação ao líquido submetido à desinfecção. Os processos em que as lâmpadas são posicionadas fora da lâmina líquida são conhecidos como processos de lâmpadas emersas ou de não contato. Ainda nessa categoria, há processos com lâmpadas externas a tubos transparentes, no interior dos quais escoa o líquido. Os processos com lâmpadas imersas compreendem a utilização de lâmpadas que podem estar em contato direto ou não com a corrente líquida. Nesse último caso, as lâmpadas encontram-se protegidas por um envoltório, geralmente de quartzo, que pouco absorve a radiação UV. Outro tipo de classificação refere-se à forma de escoamento do líquido, que pode ocorrer em canais ou em condutos forçados. Resumindo as diferentes opções técnicas, tem-se: Processos com lâmpadas emersas: Escoamento hidráulico em canal; Escoamento hidráulico em conduto forçado. Processos com lâmpadas imersas: Escoamento hidráulico em canal; Escoamento hidráulico em conduto forçado. Processos com lâmpadas emersas O tipo mais comum de processo com lâmpadas emersas é caracterizado pelo escoamento livre do líquido a ser desinfetado em um ou mais canais funcionando em paralelo, assumindo geralmente o formato de uma mesa (Figura 2.6). Uma câmara de alimentação dos canais recebe o efluente dos processos de tratamento secundário ou terciário e reparte a vazão de forma equânime entre oscanais por meio de vertedores triangulares. A câmara de recepção do efluente final do reator UV encaminha o efluente desinfetado para o emissário de esgoto tratado. As lâmpadas UV de baixa pressão podem ser posicionadas paralela ou transversalmente ao sentido de fluxo do líquido e com espaçamento constante entre uma e outra lâmpada (de 5 a 10 cm, geralmente). A geratriz inferior de cada lâmpada é posicionada o mais próximo possível da lâmina d’água, a fim de otimizar a distribuição da radiação UV no líquido. Os canais são cobertos por tampas constituídas ou revestidas por material refletor da radiação, sendo o alumínio um dos materiais mais utilizados para esse fim. As tampas melhoram o aproveitamento da radiação UV emitida pelas lâmpadas, bem como protegem os trabalhadores do contato direto com a radiação. O escoamento em conduto forçado não é muito comum no caso de processos com lâmpadas emersas. As lâmpadas são posicionadas externamente a tubos transparentes à radiação UV, em quartzo ou Teflon, por onde escoa o líquido a ser desinfetado. Nesse caso, há necessidade de prever a instalação de um dispositivo de limpeza da superfície dos tubos que entra em contato com o líquido. A formação de depósitos (biofilme) diminui a eficiência de transmissão da radiação UV, prejudicando o desempenho do processo. Figura 2.6. Reator UV com lâmpadas emersas, sem tampa de proteção dos canais de escoamento (pesquisa UFES). Processos com lâmpadas imersas Nesse tipo de processo, as lâmpadas UV trabalham dentro da corrente líquida, normalmente protegidas por um envoltório constituído por material com baixa absorção da radiação UV (quartzo ou Teflon). O quartzo absorve em torno de 5% de radiação ultravioleta, enquanto o Teflon, até 35%. Figura 2.7. Comparação da transmitância de alguns materiais e o Quartzo. Em geral, o envoltório possui a forma de um bulbo, com diâmetro da seção transversal minimamente superior ao da própria lâmpada. A lâmpada é inserida em seu interior, sendo hermeticamente protegida do contato com o líquido uma vez fechado o bulbo, o que permite seu funcionamento em condições adequadas de temperatura. Entretanto, o contato permanente entre o envoltório de proteção e o líquido resulta na formação paulatina de um biofilme em sua superfície, constituído por material orgânico e inorgânico, que prejudica sobremaneira a transmissão da radiação UV. Um dispositivo para remoção do biofilme é obrigatório nesse tipo de processo, a fim de que o rendimento da desinfecção se mantenha ao longo do tempo. Tais dispositivos podem basear-se em processos químicos (cloro, ácidos fortes, etc.) ou físicos (ultra-som, raspagem simples, etc.). Reatores UV com escoamento em canal: o arranjo do conjunto de lâmpadas depende do tipo de escoamento hidráulico utilizado no processo. Os reatores UV em canal aberto podem utilizar lâmpadas de baixa pressão, bem como lâmpadas de baixa pressão e alta intensidade. O posicionamento das lâmpadas pode ser realizado horizontal ou perpendicularmente ao sentido de fluxo do líquido no canal. Estas também podem ser dispostas paralela ou transversalmente ao sentido do escoamento. A Figura 2.7 apresenta um reator em canal, com lâmpadas imersas inseridas perpendicular e transversalmente ao sentido de escoamento do líquido. Figura 2.7. Reator UV com escoamento em canal. Figura 2.8. Banco de lâmpadas de um reator UV com escoamento em canal. Figura 2.9. Manutenção de um banco de lâmpadas de um reator UV com escoamento em canal. Reatores UV com escoamento em conduto forçado: o escoamento forçado em um conduto opaco, dentro do qual se inserem lâmpadas UV com ou sem envoltório de proteção, é outra possibilidade. Da mesma forma que nos reatores em canais abertos, nesse caso as lâmpadas também podem ser dispostas paralela ou transversalmente ao fluxo. Também nesse caso, é necessária a existência de um dispositivo para limpeza das superfícies das lâmpadas ou dos envoltórios de proteção que entram em contato direto com o líquido. Figura 2.10. Sistema reator UV tipo escoamento em conduto fechado com etapa de filtração anterior. CONCLUSÃO A utilização da tecnologia de radicação ultravioleta possui diversas aplicações e se mostra muito interessante em tratamentos de afluentes e efluentes de água e esgoto. Durante a pesquisa observamos varias vantagens dessa tecnologia. A não adição de produtos químicos e a não formação de subprodutos durante o tratamento de água e esgoto constituem as principais vantagens do sistema. A instalação pode se de pequena, média e grande porte. Assim o sistema de desinfecção por radiação ultravioleta pode tanto atender um único consumidor ou milhares deles, no caso de grandes estações de tratamento. Por fim, por ser um sistema simples e eficiente ele pode ser utilizado em regiões remotas. Podendo ser alimentado por painéis fotovoltaicos em regiões sem acesso a energia elétrica. Situação muito comum em regiões de extrema pobreza, e que por sua vez, também não possuem acesso a agua potável. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BERNARDO, L.; DANTAS, A. B.. Métodos e Técnicas de Tratamento de Água. 2. ed. São Carlos: RIMA Editora, 2005. V. 2. CASTRO SILVA, J. C. Avaliação de um fotorreator simplificado de radiação UV utilizado na inativação de coliformes e ovos de helmintos em esgotos tratados. 2001. 97 f. Dissertação (Mestrado em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos) – Escola de Engenharia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. DANIEL, L. A.; CAMPOS, J. R. Fundamentos a aspectos de projetos de sistemas de desinfecção de esgoto sanitário com radiação ultravioleta. Revista DAE-Sabesp, v. 163 n. 7, p. 5-11, jan/ fev. 1992. DANIEL, L. A. Desinfecção de esgotos com radiação ultravioleta: fotorreativação e obtenção de parâmetros cinéticos. 1993. 164 f. Tese (Doutorado em Hidráulica e Saneamento) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos. GONCALVES, R. F.; CORAUCCI FILHO, B. ; CHERNICHARO, Carlos Augusto Lemos ; ANDRADE, C. O. ; JÜRGENSEN, D. ; JORDÃO, E. P. ; LAPOLLI, F. R. ; MELO, H. N. S. ; SANTOS, L. F. ; MONTEGGIA, L. O. ; SPERLING, Marcos Von ; HASSEMER, M. E. N. ; KATO, M. T. ; SOUZA, M. F. ; AISSE, M. M. ; BEVILACQUA, P. D. ; ALÉM SOBRINHO, P. ; BASTOS, R. K. X. ; KELLER, Regina ; FIGUEIREDO, R. 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