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Cap 13 - Balanço Patrimonial

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Capitulo 13 - Balanço Patrimonial 
 
13.1 Relatórios contábeis 
 
Relatório contábil é a exposição resumida e ordenada dos principais fatos registrados pela contabilidade 
em determinado período. 
Os relatórios contábeis são conhecidos como informes contábeis. 
Entre os relatórios contábeis, os mais importantes são as Demonstrações Financeiras (terminologia 
utilizada pela Lei das S.A.), ou Demonstrações Contábeis (terminologia preferida por muitos contadores). 
13.1.1 Demonstrações financeiras e Lei das Sociedades por Ações 
 
A Lei das Sociedades por Ações estabelece que, ao fim de cada exercício social (ano), a diretoria fará 
elaborar, com base na escrituração contábil, as seguintes Demonstrações Financeiras (ou Demonstrações 
Contábeis): 
•Balanço Patrimonial. 
•Demonstração do Resultado do Exercício. 
•Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados. 
•Demonstração dos Fluxos de Caixa. 
•Demonstração do Valor Adicionado (apenas para as Cias. Abertas). 
13.1.2 Notas explicativas 
 
Para complementar dados das demonstrações relacionadas, existem as Notas Explicativas que, na verdade, 
não são Demonstrações Financeiras; servem apenas para complementá-las. 
 
13.1.3 Exercício social 
 
O exercício social tem a duração de um ano, não havendo necessidade de coincidir com o ano civil (1/1 a 
31/12), embora, na maioria das vezes, assim aconteça. Os proprietários da empresa definirão a data do término 
do exercício social, que não deverá ser alterada, a não ser em condições supervenientes. 
13.1.4 Empresas Ltdas. 
 
Pela legislação do Imposto de Renda, as Sociedades por Quotas de Responsabilidade Limitada devem 
seguir parte dos dispositivos da Lei das Sociedades por Ações. Embora não seja necessária a publicação das 
Demonstrações Financeiras por parte das empresas pequenas e médias “Ltdas.”, devem essas empresas 
estruturar suas demonstrações nos moldes da Lei das S.A., para melhor atender às exigências do Imposto de 
Renda. Porém, as empresas de grande porte (inclusive as Limitadas), ou seja, empresas com Ativo Total 
superior a R$ 240 milhões ou Receita Bruta Anual superior a R$ 300 milhões, deverão elaborar as 
Demonstrações Financeiras nos moldes da Lei das Sociedades Anônimas, alterada pela Lei nº 11.638/07. 
 
13.2 Balanço patrimonial 
 
Reflete a posição financeira em determinado momento, normalmente no fim do ano ou de um período 
prefixado. 
O Balanço Patrimonial (BP) é constituído de duas colunas: a coluna do lado direito é denominada Passivo 
e Patrimônio Líquido. A coluna do lado esquerdo é denominada Ativo. Atribui-se o lado esquerdo ao Ativo e 
o direito ao Passivo e Patrimônio Líquido por mera convenção. 
 
 
13.2.1 Ativo 
 
São todos os bens e direitos de propriedade da empresa, que são avaliáveis em dinheiro e que representam 
benefícios presentes ou futuros para a empresa. 
Bens: máquinas, terrenos, estoques, dinheiro (moeda), ferramentas, veículos, instalações etc. 
Direitos: contas a receber, duplicatas a receber, títulos a receber, ações, depósitos em contas bancárias, 
títulos de crédito etc. 
Se o bem ou direito não for de propriedade da empresa, não constará do seu Ativo. Os funcionários de uma 
empresa não são contabilizados como Ativo, pois não são propriedades da empresa. 
Uma empresa que possui uma “marca” conhecida no mercado não poderá evidenciá-la como Ativo, 
embora seja um bem (intangível) de sua propriedade, pois é difícil avaliar a marca monetariamente. Exceção 
haverá quando a marca for comprada de terceiros. 
Se a empresa tiver um Título a Receber de uma empresa falida, este não será Ativo, pois não há 
possibilidade de convertê-lo em dinheiro; não traz benefício algum para sua portadora (veja-se que o título é 
um direito, de propriedade da empresa e mensurável monetariamente, mas não traz benefícios à empresa; 
portanto, é uma perda e não Ativo). 
Para ser Ativo é necessário que qualquer item preencha quatro requisitos simultaneamente: 
a) bens ou direitos; 
b) de propriedade da empresa (com exceção do Leasing Financeiro); 
c) mensurável monetariamente; 
d) benefícios presentes ou futuros. 
13.2.2 Passivo 
 
Evidencia toda obrigação (dívida) que a empresa tem com terceiros: contas a pagar, fornecedores de 
matéria-prima (a prazo), impostos a pagar, financiamentos, empréstimos etc. 
O Passivo é uma obrigação exigível, isto é, no momento em que a dívida vencer, será exigida (reclamada) 
a liquidação desta. Por isso, é mais adequado denominá-lo Passivo Exigível. 
13.2.3 Patrimônio Líquido 
 
Evidencia recursos dos proprietários aplicados no empreendimento. O investimento inicial dos 
proprietários (a primeira aplicação) é denominado, contabilmente, Capital. Se houver outras aplicações por 
parte dos proprietários (acionistas-S.A. ou sócios-Ltda.), haverá acréscimo ao Capital. 
A – OUTROS ACRÉSCIMOS AO PL 
O Patrimônio Líquido não só é acrescido com novos investimentos dos proprietários, mas também, e isto 
é mais comum, com os rendimentos resultantes do capital aplicado. Esse rendimento é denominado 
Lucro. O lucro resultante da atividade operacional da entidade, obviamente, pertence aos proprietários que 
investiram na empresa (remuneração ao capital investido). 
Do lucro obtido em determinado período, pela atividade empresarial, normalmente uma parte é distribuída 
para os donos do capital (dividendos) e outra parte é reinvestida no negócio, isto é, fica retida (acumulada) na 
empresa. A Lei nº 11.638/07 determina que seja dado um destino ao lucro acumulado. 
A parte do lucro acumulado (retido) é adicionada ao Patrimônio Líquido. Dessa forma, as aplicações dos 
proprietários vão crescendo. 
B – OBRIGAÇÕES DA EMPRESA 
Na verdade, tanto o Passivo quanto o Patrimônio Líquido são obrigações da empresa. No Passivo há as 
obrigações exigíveis (reclamáveis) com terceiros e, por isso, também é conhecido como Capitais de 
Terceiros. No Patrimônio Líquido há as obrigações com os proprietários da empresa. Entretanto, os 
proprietários, por lei, não podem reclamar a restituição do seu dinheiro investido; por isso, este grupo também 
é conhecido como Não Exigível. Ora, se o proprietário só terá seu dinheiro de volta no encerramento da 
empresa, pode-se dizer que, num processo de continuidade, os recursos do Patrimônio Líquido pertencem à 
empresa que, por essa razão, também é conhecido como Capital Próprio. 
C – EQUAÇÃO CONTÁBIL 
Algebricamente é bastante simples encontrar o Patrimônio Líquido: basta subtrair do Ativo (Bens + 
Direito) as dívidas da empresa, ou seja, o Passivo. 
Então: 
ATIVO – PASSIVO = PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
13.2.4 O termo “Passivo” segundo a Lei das S.A. 
 
Pela Lei das S.A. o termo Passivo possui um conceito amplo, pois abrange todo o lado direito do Balanço 
Patrimonial. Assim, nas Demonstrações Financeiras publicadas em jornais, observa-se que o Balanço 
Patrimonial evidencia no seu cabeçalho os termos Ativo e Passivo. 
Todavia, a rigor, o Passivo tem conotação de Obrigações Exigíveis: dessa forma, o Patrimônio Líquido 
não fica adequadamente classificado como um subgrupo do Passivo. 
13.2.5 Origens e aplicações 
 
O lado do Passivo, tanto Capital de Terceiros (Passivo Exigível) como Capital Próprio (Patrimônio 
Líquido), representa toda a fonte de recursos, toda a origem de Capital. Nenhum recurso entra na empresa se 
não for via Passivo e Patrimônio Líquido. 
O lado do Ativo é caracterizado pela aplicação dos recursos originados no Passivo e Patrimônio Líquido. 
Assim, se a empresa emprestar recursos de uma instituição financeira (bancos, por exemplo), haverá uma 
origem de recursos: Passivo. Todavia, esses recursos originados serão aplicados em algum lugar do Ativo: 
Estoques, Máquinas, Caixa... 
Dessaforma, fica bastante simples entender por que o Ativo será sempre igual ao Passivo, pois a empresa 
só pode aplicar aquilo que tem origem. Se há uma origem de $ 2.925.428 (Passivo + PL), haverá uma aplicação 
de $ 2.925.428 (Ativo). 
13.2.6 Explicação da expressão “balanço patrimonial” 
 
A expressão balanço decorre do equilíbrio: Ativo = Passivo + PL, ou da igualdade: Aplicações = Origens. 
Parte-se da ideia de uma balança de dois pratos em que sempre se encontra a igualdade. Só que, em vez de 
denominar-se balança (assim como Balança Comercial), denomina-se, no masculino, balanço. 
A expressão patrimonial origina-se do Patrimônio da empresa, ou seja, conjunto de bens, direitos e 
obrigações. Daí se origina a expressão Patrimônio Líquido, que significa a parte líquida do patrimônio, a 
riqueza líquida da empresa num processo de continuidade, a situação líquida. 
Juntando as duas expressões, forma-se Balanço Patrimonial, o equilíbrio do patrimônio, a igualdade 
patrimonial. 
13.2.7 Requisitos do balanço patrimonial 
 
A – CABEÇALHO 
O Balanço Patrimonial é composto de um cabeçalho, do qual constará: 
a)Denominação da empresa. 
b)Título da demonstração (Balanço Patrimonial). 
c)Data do encerramento do balanço. 
B – CORPO 
O corpo do balanço é constituído por duas colunas: a da esquerda é chamada Ativo e a da direita, Passivo 
e Patrimônio Líquido. 
 
C – COLUNAS COMPARATIVAS 
A Lei das Sociedades por Ações dispõe que as demonstrações de cada exercício serão publicadas com a 
indicação dos valores correspondentes do exercício anterior. Assim, o balanço patrimonial, bem como todas 
as demonstrações financeiras, serão apresentados em duas colunas: exercício atual e exercício anterior. 
Essa apresentação facilita, ao usuário das demonstrações, a observação da evolução de um ano para outro, 
ou seja, propicia a comparação de, pelo menos, dois exercícios. 
 
 
D – REDUÇÃO DE DÍGITOS 
A legislação dispõe que as demonstrações financeiras podem ser publicadas com a eliminação de dígitos, 
principalmente, de números grandes. 
Assim, por exemplo, quando se têm números como $ 936.428.621, podem-se eliminar os três dígitos (621) 
e ficar com $ 936.428, desde que se coloque, no cabeçalho das demonstrações, a expressão em milhares (ou 
em $ mil). 
Se são eliminados seis dígitos, coloca-se no cabeçalho: em $ milhões. 
Tal fato facilita bastante as publicações, fundamentalmente porque serão necessárias demonstrações com 
duas colunas. 
 
13.3 Grupo de contas do balanço patrimonial 
 
13.3.1 Grupo de contas do Ativo 
 
O Ativo está disposto em grupos de contas homogêneas ou de mesmas características. Os itens do Ativo 
são agrupados de acordo com a sua liquidez, isto é, de acordo com a rapidez que podem ser convertidos em 
dinheiro. 
A – ATIVO CIRCULANTE 
O dinheiro (caixa ou bancos), que é o item mais líquido, é agrupado com outros itens que são transformados 
em dinheiro, consumidos ou vendidos a curto prazo, ou seja, menos de um ano: Contas a Receber, Estoques, 
Investimentos Temporários. Este grupo denomina-se Ativo Circulante. 
• Contas a receber: são valores não recebidos decorrentes de vendas de mercadorias ou prestação de 
serviços a prazo. São valores a receber de clientes, também denominados Duplicatas a Receber; 
• Estoques: são mercadorias a serem revendidas. No caso de indústria, são os produtos acabados, 
bem como matéria-prima e outros materiais secundários que compõem o produto em fabricação; 
• Investimentos temporários: são aplicações realizadas normalmente no mercado financeiro com 
excedente do Caixa. São investimentos por um curto período, pois tão logo a empresa necessite do 
dinheiro, ela se desfaz da aplicação; 
• Despesas do exercício seguinte: são as despesas contraídas antecipadamente e ainda não 
consumidas. Certamente essas despesas serão utilizadas dentro de um ano; são elas: seguros 
antecipados, material de escritório (lápis, papel, clipes, grampeadores) etc. 
Deduções do Circulante 
• Contas a receber: a parcela estimada pela empresa que não será recebida em decorrência dos maus 
pagadores deve ser subtraída de Contas a Receber, com o título Provisão para Devedores 
Duvidosos. 
Parte das Duplicatas a Receber, negociadas com as instituições financeiras com o objetivo da 
realização financeira antecipada daqueles títulos, deve ser subtraída de Contas a Receber com o 
título Duplicatas Descontadas; 
• Estoques: se o valor do mercado deste item for menor que o valor do custo de aquisição ou 
produção, deverá ser deduzida a provisão para ajustá-lo ao valor de mercado (conservadorismo). 
B – NÃO CIRCULANTE 
B.1) Realizável a Longo Prazo 
São ativos de menor liquidez (transformam-se em dinheiro mais lentamente) que o Circulante. 
Neste item são classificados os empréstimos ou adiantamentos concedidos às sociedades coligadas ou 
controladas, a diretores, acionistas etc. 
B.2) Grupos de Característica Permanente (Investimentos, Imobilizado e Intangível) 
São aqueles ativos que dificilmente serão vendidos, pois sua característica básica é não se destinar à venda. 
Portanto, pode-se dizer que são itens de baixíssima liquidez para a empresa. 
Outra característica do Ativo de Natureza Permanente é que são itens usados por vários anos (vida útil 
longa) e sua reposição, ao contrário do Circulante, é lenta. Seus valores não variam constantemente, daí a 
denominação Ativo Fixo ou de Natureza Permanente. 
No Ativo de Natureza Permanente encontram-se prédio, instalações, equipamentos, móveis, utensílios... 
pelo seu valor bruto. Como dedução do valor bruto encontra-se a Depreciação Acumulada, que é a perda da 
capacidade (pelo desgaste ou pela deterioração tecnológica) daqueles ativos de produzir eficientemente. 
Assim, tem-se o valor líquido (valor bruto – Depreciação Acumulada) que deve aproximar-se do valor daqueles 
ativos em termos de potencial capaz de trazer benefícios futuros para a empresa. 
Os subgrupos de Natureza Permanente são: 
• Investimentos: as participações (que não se destinam à venda) em outras sociedades e outras 
aplicações de característica permanente que não se destinam à manutenção da atividade 
operacional da empresa, tais como: terrenos, imóveis alugados a terceiros (não de uso, mas para 
renda), obras de arte etc.; 
• Imobilizado: as aplicações corpóreas que tenham por objetivo bens destinados à manutenção da 
atividade operacional da empresa, tais como: imóvel (onde está sediada a empresa), instalações, 
móveis e utensílios, veículos, máquinas e equipamentos (no caso de indústria), marcas e patentes 
etc.; 
• Intangível: são os direitos que tenham por objeto os bens incorpóreos destinados à manutenção da 
empresa ou exercidos com esta finalidade, tais como fundo de comércio, marcas e outros bens 
incorpóreos adquiridos. 
Até 2008 existia o subgrupo chamado Diferido:* eram as aplicações de recursos em despesas, ou gastos, 
que contribuíam para a obtenção de receita ou para a formação do resultado de mais de um (vários) exercício 
social, tais como: gastos pré-operacionais, gastos de reorganização etc. Este subgrupo permanecerá até zerar 
seus saldos. 
Deduções dos subgrupos de característica Permanente 
• Investimentos: neste item encontram-se como subtrações as Provisões para Perdas, com o objetivo 
de cobrir as perdas prováveis na realização financeira, quando comprovadas (estas perdas) como 
permanentes; 
• Imobilizado e Intangível: os bens tangíveis, com o passar do tempo, sofrem deterioração física ou 
tecnológica. Dessa forma, perdem a sua eficiência funcional. Tal perda é acumulada, de forma 
aproximada, na conta Depreciação Acumulada. 
Quando se tratar de bens intangíveis (marcas, patentes, direitos autorais, benfeitorias emimóveis de 
terceiros...), a diminuição do valor denomina-se Amortização Acumulada. 
Quando se tratar de recursos naturais (jazidas, reflorestamento, poço de petróleo...), a diminuição é 
denominada Exaustão Acumulada; 
• Diferido: a diminuição deste item, em virtude de sua distribuição proporcional aos exercícios 
sociais (no mínimo cinco e no máximo dez anos), é denominada Amortização Acumulada, até 
extinguir seu saldo. 
13.3.2 Grupo de contas do Passivo 
 
O Passivo agrupa contas de acordo com o seu vencimento, isto é, aquelas contas que serão liquidadas mais 
rapidamente integram um primeiro grupo. Aquelas que serão pagas num prazo mais longo formam outro grupo. 
Existe analogia entre Passivo e Ativo em termos de liquidez decrescente; por um lado, no Ativo aparecem 
as contas que se converterão mais rapidamente em dinheiro e, por outro lado, no Passivo, são destacadas, 
prioritariamente, as contas que devem ser pagas mais rapidamente. 
A – PASSIVO CIRCULANTE 
São as obrigações que normalmente são pagas dentro de um ano: contas a pagar, dívidas com fornecedores 
de mercadorias ou matérias-primas, impostos a recolher (para o governo), empréstimos bancários com 
vencimento nos próximos 360 dias, provisões (despesas incorridas, geradas, ainda não pagas, mas já 
reconhecidas pela empresa: Imposto de Renda, férias, 13º salário etc.). 
B – PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
B.1 – Exigível a Longo Prazo 
São as dívidas da empresa que serão liquidadas com prazo superior a um ano: financiamentos, títulos a 
pagar etc. 
B.2 – Resultados de Exercícios Futuros* 
São classificadas neste grupo as receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e despesas a elas 
correspondentes. Devem compor este grupo as receitas recebidas ou faturadas antecipadamente que não corram 
o risco de devolução por parte da empresa, tais como aluguel recebido antecipadamente (com cláusula de não 
reembolso). 
Os adiantamentos com risco de restituição devem ser classificados no Passivo Circulante. 
Apenas para fins didáticos mantivemos este conceito. Todavia, esse grupo de conta foi abolido a partir de 
2009. Os saldos de Resultados de Exercícios Futuros devem ser reclassificados para o grupo Passivo Não 
Circulante em contas de Receitas e Despesas Diferidas. 
13.3.3 Patrimônio Líquido 
 
Como já foi visto, o PL representa os investimentos dos proprietários (capital) mais o lucro acumulado, no 
decorrer dos anos, retido na empresa, ou seja, não distribuído. Além desses itens, podem-se observar neste 
grupo de contas as Reservas (serão estudadas detalhadamente no Capítulo 15, que trata de Lucros ou Prejuízos 
Acumulados). 
A – RESERVAS DE CAPITAL 
Consiste em registrar ágio na emissão de ações, entre outros casos. Por exemplo, uma companhia aberta 
emite ações pelo valor nominal de R$ 10.000.000 e resolve vender por R$ 16.000.000. O excedente de R$ 
6.000.000 é contabilizado como Reserva de Capital. 
B – RESERVAS DE LUCRO 
Além da Reserva Legal (5% sobre o Lucro Líquido para assegurar a integridade do capital), obrigatória 
para as sociedades anônimas, as companhias podem, entre outras reservas, constituir sobre o Lucro: 
• Reservas Estatutárias: são as reservas estabelecidas pelo estatuto da empresa, destinadas a fins 
específicos, tais como reserva para renovação de equipamentos, reserva para pesquisa de novos 
produtos etc.; 
• Reserva Orçamentária: são as reservas destinadas à expansão do Ativo Circulante ou Permanente 
prevista e aprovada em orçamentos. 
• Reserva de Lucros a Realizar: refere-se a lucros economicamente existentes, mas financeiramente 
ainda não realizados. Visa, basicamente, ao adiantamento (postergação) da distribuição de 
dividendos. 
Observação: 
1) Ver comentários sobre Reservas no Capítulo 15, que trata da Demonstração de Lucros ou Prejuízos 
Acumulados.

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