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Contabilidade Comercial e seus Conceitos

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS COMUNICAÇÃO ICSC
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
APS- ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
DEPENDÊNCIA
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2019
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS COMUNICAÇÃO ICSC
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Lóren Ferreira de Castro – RA: C089EJ-5
DP CONTABILIDADE 
Atividades Práticas Supervisionadas – APS – CONTABILIDADE COMERCIAL – trabalho apresentado como exigência para a avaliação de Dependência, do curso de Ciências Contábeis da Universidade Paulista sob orientação do Prof.º Luiz Vieira.
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2019
SUMÁRIO
1 Introdução	4
2 Campo de atuação da contabilidade e seus principais conceitos 	5
2.1 Campo de atuação contábil 	5
 2.1.1 Contabilidade Financeira 	5
2.1.2 Contabilidade Gerencial 	5
2.2 Principais conceitos 	5
 2.2.1 O patrimônio 	5
 2.2.2 Bens 	6
2.2.3 Bens materiais 	6
 2.2.4 Bens imateriais 	10
2.2.5 Direitos 	21
 2.2.6 Obrigações 	21
 3 Balanço patrimonial e seus tipos de equações 	22
 3.1 Ativo 	23
 3.2 Passivo 	24
 3.3 Patrimônio líquido ............................................................................................23
 3.4 Fontes do patrimônio líquido ............................................................................
 3.5 
4 Conclusão	25
5 Referências	26
1 INTRODUÇÃO
A Contabilidade é a ciência que mede a realidade econômica[3] de uma organização a fim de permitir o planejamento e controle adequados de entidades econômicas. Trata-se de um ramo do conhecimento cujos fundamentos e objetivos giram em torno da obtenção de medidas quantitativas e qualitativas para a tomada de decisões, através da aplicação de ferramentas e técnicas matemáticas para a produção de relatórios/demonstrativos contábeis/financeiros que evidenciem uma interpretação adequada da realidade econômica, financeira, física e patrimonial das entidades. Consequentemente, o processo de análise financeira baseia-se na aplicação de ferramentas e num conjunto de técnicas que se aplicam às demonstrações financeiras e outros dados complementares com o objetivo de obter medidas e relações quantitativas que indiquem o comportamento, não apenas da entidade econômica, mas também de algumas de suas variáveis ​​mais importantes. 
2. CAMPO DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE E SEUS PRINCIPAIS CONCEITOS
2.1 Campo de Atuação Contábil:
A Contabilidade pode ser definida como um sistema de informação e avaliação que tem por objetivo prover a seus usuários demonstrações e análises de caráter econômico, financeiro, físico e de produtividade com relação à entidade objeto.
Desta forma, a contabilidade trata da classificação de eventos econômicos que venham a alterar a situação patrimonial da entidade segundo o regime de competência, ou seja, de acordo com a ocorrência do fato gerador dessa variação do patrimônio de forma a auxiliar na gestão (estes conceitos serão aprofundados mais a frente).
A forma mais clássica de registro desses eventos foi formalizada pelo frei Luca Pacioli em 1494. Em sua suma sobre matemática e proporcionalidades, Luca Pacioli apresenta como os comerciantes da época poderiam registrar as transações comerciais, destacando a dualidade de cada transação na relação “custo vs. benefício” dada pelo sistema de partidas dobradas.
Assim, sendo a Contabilidade uma ciência que tem por objetivo fundamental prover informação à tomada de decisão em diversos níveis, tanto interna quanto externamente às instituições, sejam elas empresas de pequeno, médio ou grande porte, ou mesmo outros tipos de entidade que objetivem ou não o lucro, estas instituições têm em comum a contabilidade como ferramenta de gestão e principal linguagem de comunicação dos fatos econômicos e da influência direta em suas atividades.
Posteriormente, a Contabilidade apresentou ramificações, de acordo com a finalidade da informação requisitada, tornando-se mais específica, sendo dividida em 2 grandes áreas:
2.1.1 Contabilidade Financeira: também conhecida como Contabilidade Societária, esta área da contabilidade visa o registro da situação patrimonial e suas alterações; e
2.1.2 Contabilidade Gerencial: área que objetiva a mensuração dos resultados e custos relativos à atividade fim da entidade, atualmente existem diversas metodologias de custeio.
Neste momento, iremos nos restringir ao estudo da Contabilidade Financeira apenas.
Uma das grandes dicotomias da contabilidade se refere ao grau de conhecimento específico necessário ao usuário da informação, quanto maior for esse mais fácil será a compreensão da informação contábil, mas sendo um dos objetivos fundamentais da contabilidade a compreensibilidade e sendo grande parte dos usuários da contabilidade leigos das terminologias e técnicas utilizadas por essa ciência, na mensuração monetária das atividades, fica difícil estabelecer um limite que separe a terminologia técnica do conhecimento geral.
2.2 Principais conceitos:
2.2.1 O Patrimônio: Objeto da contabilidade, representa o um conjunto de bens, direitos e obrigações avaliado em moeda e pertencente a uma entidade.
2.2.2 Bens: Coisas capazes de satisfazer às necessidades humanas e das empresas, sendo suscetíveis de avaliação econômica. Podem ser materiais ou imateriais.
2.2.3 Bens materiais: Corpóreos ou tangíveis, são objetos que a empresa tem para uso (Ex: armários, prateleiras, computadores, máquinas, automóveis, vitrinas etc.), troca (Ex: mercadorias e dinheiro) ou consumo (Ex: material de limpeza, material de expediente e material de embalagem).
2.2.4 Bens imateriais: incorpóreos ou intangíveis, correspondem a determinados gastos que, por sua natureza, a legislação brasileira determina que façam parte do patrimônio, como por exemplo: gastos com organização, reorganização ou modernização da empresa, benfeitorias feitas pela empresa em bens de propriedade de terceiros (Ex: Reformas), direito de uso de marcas, patentes de invenção etc.
2.2.5 Direitos: Todos os valores que a empresa tem para receber de terceiros, como duplicatas a receber, promissórias a receber, alugueis a receber etc.
2.2.6 Obrigações: Abrangem os valores que a empresa tem a pagar a terceiros, como: Duplicatas a pagar, salários a pagar, impostos a pagar etc.
Notas:
a) Os direitos e as obrigações são fáceis de se conhecer, uma vez que na contabilidade normalmente os elementos são seguidos das expressões “a receber ou a pagar”. Entretanto, há exceções a essa regra: clientes e fornecedores representam direito e obrigação, respectivamente, e não aparecem tais expressões.
b) É bom frisar também, que os compromissos que a empresa tem para com entidades governamentais poderão ser contabilizadas com intitulações que contenham a expressão “a recolher ou a pagar”. Os impostos e as contribuições quando descontados de terceiros (IRRF e contribuição da previdência retidos dos salários dos empregados), devem ser contabilizados com intitulação de impostos e contribuições a recolher. Quando representarem encargos da empresa, devem ser contabilizados com intitulação de “impostos e contribuições a pagar”.
	
3. BALANÇO PATRIMONIAL E SEUS TIPOS DE EQUAÇÕES 
Entre os princípios da contabilidade, um dos mais importantes é o princípio da entidade, pelo qual a pessoa jurídica e seu patrimônio devem ser tratados de forma distinta das pessoas físicas ou jurídicas de seus proprietários e seus respectivos patrimônios particulares.
Com base neste princípio a contabilidade deve tratar a Pessoa Jurídica da empresa como distinta das pessoas físicas e, ou jurídicas dos proprietários.
O Balanço:
O Balanço Patrimonial é uma das mais importantes demonstrações contábeis, através da qual podemos ver a situação patrimonial-financeira de uma entidade em determinado momento, normalmente ao final de cada exercício social. 
Graficamente, o Balanço é constituído de duas colunas: a do lado direito, denominado Passivo, identificamos os valores representativos do Passivo (obrigações da empresa) e Patrimônio Líquido (investimentoinicial e as variações ocorridas, decorrentes das atividades); na coluna do lado esquerdo denominado Ativo identificamos os bens e direitos da entidade.
Representação Gráfica do Patrimônio:
Podemos representar o patrimônio por um gráfico em forma de “T”:
	Balanço Patrimonial
	Ativo
	Passivo
	Bens:
	Obrigações:
	- Caixa
	18.000
	- Fornecedores
	8.000
	- Móveis
	27.000
	- Impostos a pagar
	1.000
	Direitos:
	- Alugueis a pagar
	2.000
	- Clientes
	20.000
	- Salários a pagar
	4.000
	TOTAL
	65.000
	TOTAL
	15.000
                                                                                                                                                                                                                                                            PL = 65.000 – 15.000 = 50.000
Forma Básica:
   - Equação Patrimonial:
Sendo,
Ativo = Bens + Direito
Passivo = obrigações com terceiros
Patrimônio Líquido= obrigações com sócios
Logo,
Σ (B + D) = Σ (Obrigações)
Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido
Passivo = Ativo – Patrimônio Líquido
Patrimônio líquido = Ativo - Passivo
Nota: O balanço também pode ser apresentado de forma vertical, onde primeiramente é mostrado o ativo devidamente classificado e passivo seguido do patrimônio líquido, também devidamente classificado.
3.1- Ativo:
O ativo representa o conjunto de bens e direitos de propriedade da empresa, são os elementos positivos do patrimônio com objetivo de proporcionar ganhos para a empresa.
Exemplo: Caixa, bancos (constituem disponibilidades financeiras imediatas), imóveis, veículos, equipamentos, títulos a receber, clientes, estoques etc., são alguns dos bens e direitos que uma empresa normalmente possui.
3.2- Passivo:
Representa os elementos negativos do patrimônio, compreende basicamente as obrigações a pagar como: títulos a pagar, fornecedores, impostos a pagar, salários a pagar, que são obrigações normalmente assumidas pela empresa. Podemos entender ainda, como sendo as dívidas da empresa que serão cobradas (exigidas) no momento de seus vencimentos. No mercado financeiro o passivo também é conhecido como dívidas com terceiros, recursos de terceiros, ou ainda como capital de terceiros. Seu crescimento de forma descontrolada pode levar a empresa à concordata e até mesmo à falência.
3.3- Patrimônio Líquido:
O mesmo que situação líquida. Embora Patrimônio Líquido e Situação Líquida sejam duas expressões utilizadas como sinônimos, nos meios contábeis há circunstâncias em que o uso de uma é mais adequado que a outra.
Patrimônio Líquido (PL) Ou Situação Líquida Patrimonial (SLP), é a diferença entre o valor do Ativo e do Passivo em determinado momento.
	Exemplo:
	PL = A - P
	Ativo
	10.000
	Passivo
	7.000
	PL ou SLP
	3.000
3.4- Fontes do patrimônio líquido:
O PL de uma entidade pode ser proveniente das seguintes fontes:
- Investimentos: efetuados pelos proprietários em troca de ações, quotas e outras participações.
- Lucros: acumulados na entidade como fonte adicional de financiamentos.
Obs.: Existem outras fontes, porém apenas serão discutidas aquelas oriundas de investimentos para efeito deste capítulo.
3.5-  Patrimônios ou situações líquidas possíveis:
Os elementos patrimoniais devidamente equacionados poderão apresentar três tipos de situações Líquidas Patrimoniais diferentes:
Ativo maior que o Passivo:
	Balanço Patrimonial
	Ativo:
	Passivo:
	- Bens
	90
	- Obrigações
	100
	- Direitos
	60
	- Patrimônio Líquido
	50
	TOTAL
	150
	TOTAL
	150
Maneiras de se referir a esta situação:
·     Situação líquida (patrimônio líquido) positiva;
·     Situação líquida ativa;
·     Situação líquida superavitária;
 Ativo menor que o Passivo:
	Balanço Patrimonial
	Ativo:
	Passivo:
	- Bens
	90
	- Obrigações
	180
	- Direitos
	60
	- Patrimônio Líquido
	-30
	TOTAL
	150
	TOTAL
	150
Maneiras de se referir a esta Situação:
·     Situação líquida (patrimônio líquido) negativa
·     Passivo a descoberto
·     Situação líquida deficitária
 Ativo igual ao Passivo:
	Balanço Patrimonial
	Ativo
	Passivo
	- Bens
	90
	- Obrigações
	     150
	- Direitos
	60
	- Patrimônio líquido
	      0
	TOTAL
	150
	TOTAL
	     150
 Maneira de se referir a esta situação:
·    Patrimônio líquido nulo
·    Patrimônio líquido inexistente
Ativo: De maneira simplificada, correspondem aos bens e direitos que a empresa possui; 
Passivo: Basicamente são os deveres e obrigações a serem pagas pela organização; 
Patrimônio Líquido: O patrimônio da própria organização, ou seja, quanto sobra de recursos depois que as dívidas são pagas. O Patrimônio Líquido pode ter sua origem em duas fontes de recursos, o investimento realizado pelos sócios/acionistas (chamado de Capital Social) e os lucros obtidos com a atividade da empresa.
O Balanço Patrimonial é formado por duas colunas, sendo a coluna da esquerda formada pelo Ativo e a coluna da direita pelo Passivo e Patrimônio Líquido.
Capital a Disposição da empresa:  É o capital bruto da empresa, ou seja: Bens + direitos = Ativo. Já o patrimônio líquido é: Patrimônio Bruto - obrigações com terceiros.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
4 BALANÇO SUCESSIVO
Balanços Sucessivos de Lançamentos Patrimoniais - Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido:
Esse método caracteriza-se pelo fato de que à cada operação faz-se um novo balanço para demonstrar a nova situação patrimonial sempre partindo do balanço anterior.
1ª. Operação – Subscrição do Capital Social:
§ Formação de uma empresa “LKFS S.A.”
§ Capital subscrito em dinheiro de $ 4.500
§ Fração de ações: 40 de $ 100 cada.
§ Início de atividades 15.01.X0
§ Ramos de atividade (Serviços de manutenção Eletro Dom.)
Após a integralização do capital em dinheiro o Balanço Patrimonial tomou a seguinte forma:
	LKFS S.A. - Balanço Patrimonial em 15.01.X0 (em $ mil)
	Ativo
	Passivo e Patrimônio Líquido
	Disponibilidades
	 Patrimônio líquido
	 - Caixa
	4.500
	   - Capital subscrito
	4.500
	 TOTAL
	4.500
	 TOTAL
	4.500
Caso não se efetue nenhuma outra operação no período, em 31.01.X0, o Balanço Patrimonial apresentaria a mesma situação anterior. Observa-se que a empresa recebeu um Ativo (caixa) no valor de $ 4.000 e em contrapartida forma o Patrimônio Líquido inicial.
 2ª. Operação – Aquisição de edifício:
§ Aquisição de um edifício de 2 pavimentos a vista no valor de $ 1.200.
§ Com essa transação a empresa adquiriu um novo ativo (imóveis), porém, viu seu dinheiro (caixa) diminuído no mesmo valor.
O Balanço patrimonial após essa operação:
	LKFS S.A.- Balanço Patrimonial em 15.01.X0 (em $ mil)
	Ativo
	Passivo e Patrimônio Líquido
	- Caixa
	3.300
	 Patrimônio Líquido:
	 
	- Imóveis
	1.200
	    - Capital Subscrito
	4.500
	 TOTAL
	4.500
	 TOTAL
	4.500
3ª. Operação – Compra de materiais:
§ Para iniciar suas atividades, a empresa necessitará adquirir materiais que serão estocados, para utilização posterior, quando da prestação dos serviços a seus clientes.
§ O Diretor da empresa, Sr. Brito, conheceu o Sr. Almeida, comerciante que, na ocasião, liquidava seus estoques de material eletrônico.
§ Em 13.02.X0 foram arrematados os materiais da empresa liquidante pelo valor de $ 2.000. 
§ O Sr. Almeida confessou que poderia vender facilmente seu saldo de materiais por $ 2.800, em leilão, mas aceitou o preço oferecido pela Alfenas S.A., por se tratar de venda rápida, assinando ambas as partes o respectivo contrato.
§ Existe um princípio contábil segundo o qual as aquisições de bens devem ser registradas pelo custo real da compra, não importando se, nesse período, houver considerável diferença entre o custo e o valor desse bem no mercado. Essa diferença será reconhecida mais tarde (como lucro), como veremos.
§ O material comprado figurará no Balanço Patrimonial pelo preço de custo $ 2.000.
§ Nenhum pagamento em dinheiro foi feito ao Sr. Almeida nesta data.
§ A entrega do material foi postergada até que o edifício da empresa estivesse concluído e em condições de armazená-lo.
§ Por essa transação, a empresa adquiriu um novo ativo (Materiais) e assumiu um passivo, uma obrigação de pagar (Fornecedor).
§ Entende-se, entãoque um bem não necessita estar fisicamente em poder de seu proprietário para ser considerado um elemento do Ativo. O que importa é a propriedade, e não a Posse. (Em casos mais avançados, o controle é a base de reconhecimento de um ativo).
Após essa transação, o Balanço da Alfenas S.A. passou a apresentar a seguinte forma:
	LKFS S.A. - Balanço Patrimonial em 15.01.X0 (em $ mil)
	Ativo
	Passivo e Patrimônio Líquido
	- Caixa
	3.300
	- Fornecedores
	2.000
	- Imóveis
	1.200
	 Patrimônio Líquido: 
	- Est. de Materiais
	2.000
	   - Capital subscrito
	4.500
	 TOTAL
	6.500
	 TOTAL
	6.500
4ª Operação – Compra de veículo:
§ A alfenas S. A. necessitava de um utilitário para efetuar entrega aos clientes.
§ Adquiriu, então, em 20.02.X0) da Xixo Automóveis S.A., um veículo, a vista, por $ 200.
§ Através desta nova operação, a empresa adquiriu um novo Ativo (veículos) e seu dinheiro (caixa) diminuiu na mesma proporção $ 200.
Nova Situação no Balanço Patrimonial:
	LKFS S.A. - Balanço Patrimonial em 15.01.X0 (em $ mil)
	Ativo
	Passivo e Patrimônio Líquido
	- Caixa
	3.100
	- Fornecedores
	2.000
	- Imóveis
	1.200
	 Patrimônio Líquido: 
	- Est. de Materiais
	2.000
	   - Capital subscrito
	4.500
	- Veículos
	200
	 
	 
	 TOTAL
	6.500
	 TOTAL
	6.500
5ª. Operação – Venda de parte do edifício:
Os diretores, verificando que o edifício adquirido excedia às necessidades previstas, resolveram vender o pavimento superior ao Sr. A. Souza, em 23.02.X0 por $ 800, ao preço de custo.
§ Nenhum dinheiro foi recebido do Sra. F. Frossard, nessa data, porém a empresa adquiriu um novo Ativo – um direito de receber o $800, representado por uma Nota Promissória emitida pelo comprador.
§ Tais direitos denomina-se Títulos a Receber. A venda do pavimento ocasionou redução do Ativo Imóveis.
Nova Situação no Balanço Patrimonial:
	LKFS S.A. - Balanço Patrimonial em 15.01.X0 (em $ mil)
	Ativo
	Passivo e Patrimônio Líquido
	- Caixa
	3.100
	- Fornecedores
	2.000
	- Imóveis
	400
	Patrimônio Líquido: 
	- Est. de Materiais
	2.000
	   - Capital subscrito
	4.500
	- Títulos a Receber
	800
	 
	 
	- Veículos
	200
	 
	 
	 TOTAL
	6.500
	 TOTAL
	6.500
6ª. Operação – Pagamento de Obrigações: 
§   Em 05.03.X0, a Alfenas S.A. pagou ao Sr. Almeida $ 1.300, correspondendo à parte da dívida assumida com o mesmo em 13.02.X0, quando da aquisição de materiais.
§   Esta operação diminuiu o Passivo (Fornecedor) e também a disponibilidade de dinheiro em caixa (Ativo).
Situação do Balanço Patrimonial após essa operação:
	LKFS S.A. - Balanço Patrimonial em 15.01.X0 (em $ mil)
	Ativo
	Passivo e Patrimônio Líquido
	- Caixa
	1.800
	- Fornecedores
	700
	- Imóveis
	400
	 Patrimônio Líquido:
	- Est. de Materiais
	2.000
	   - Capital subscrito
	4.500
	- Títulos a Receber
	800
	 
	
	- Veículos
	200
	 
	
	 TOTAL
	5.200
	 TOTAL
	5.200
7ª. Operação – Recebimento de Direito:
 §   Em 10.03.X0, foram recebidos $ 400 da Sra. F. Frossard como pagamento parcial de sua dívida. Esse fato contribuiu para aumentar o dinheiro em caixa (Ativo) e diminuir os Títulos a Receber (Ativo).
Vejamos o Balanço:
	LKFS S.A. - Balanço Patrimonial em 15.01.X0 (em $ mil)
	Ativo
	Passivo e Patrimônio Líquido
	- Caixa
	2.200
	- Fornecedores
	700
	- Imóveis
	400
	Patrimônio Líquido:
	- Est. de Materiais
	2.000
	   - Capital subscrito
	4.500
	- Títulos a Receber
	400
	 
	
	- Veículos
	200
	 
	
	 TOTAL
	5.200
	 TOTAL
	5.200
 
5 BALANÇO PATRIMONIAL
O Balanço Patrimonial (BP) indica a situação financeira da empresa em um determinado momento no tempo, por isso é considerado uma demonstração estática. Assim, o Balanço Patrimonial é expresso em moeda corrente, no nosso caso o Real, e possui uma série de contas divididas em 3 principais grupos (EQUIPE DE PROFESSORES DA FEA/USP, 2010).
Ativo: de maneira simplificada, correspondem aos bens e direitos que a empresa possui;
Passivo: basicamente são os deveres e obrigações a serem pagas pela organização;
Patrimônio Líquido: o patrimônio da própria organização, ou seja, quanto sobra de recursos depois que as dívidas são pagas. O Patrimônio Líquido pode ter sua origem em duas fontes de recursos, o investimento realizado pelos sócios/ acionistas (chamado de Capital Social) e os lucros obtidos com a atividade da empresa.
No modelo geralmente visto em Contabilidade, o BP é formado de duas colunas, sendo a coluna da esquerda formada pelo Ativo e a coluna da direita pelo Passivo e Patrimônio Líquido (Figura 1). O total do Ativo corresponde ao total do Passivo + Patrimônio Líquido, isso ocorre pelo fato da coluna direita apresentar a origem dos recursos que formam a entidade, sejam eles recursos próprios da empresa por meio do Patrimônio Líquido, ou recursos tomados de terceiros (pessoas de fora da organização) por meio de dívidas, empréstimos e obrigações. Note que as Origens de Recursos compõem todo o capital disponível para a empresa, dividido em capital próprio e de terceiros.
No caso do Ativo, as contas estão organizadas pela ordem decrescente de liquidez, ou seja, da primeira conta que é a mais próxima de se tornar dinheiro, até a última que é a mais distante de se tornar dinheiro.
O Balanço Patrimonial é afetado por toda a movimentação que altere o patrimônio da empresa.
Desta forma, desde a sua origem a empresa é afetada por:
Aumento de Capital: Quando ocorre o investimento dos sócios/ acionistas na empresa aumenta o Capital Social (PL) e em  contrapartida aumenta do grupo do Ativo, podendo ser em Caixa (dinheiro) ou em outro tipo de ativo (bens);
Compra de Ativos (Bens e Direitos): Aumento da conta que representa o ativo adquirido, como por exemplo: Estoques, Veículos, Imóveis, Móveis e Utensílios, Máquinas e Equipamentos, mediante a redução de Caixa e Bancos (no caso de compras a vista), ou  aumento da conta de Fornecedores ou Duplicatas a Pagar (no caso de compra a prazo). Podendo também existir casos de compras realizadas parcialmente a vista e o restante a prazo.
Pagamento de Passivos (Dívidas): O pagamento de alguma dívida, normalmente referente ao caso anterior, corresponde a uma redução de Caixa e Bancos (pagamentos realizados em dinheiro), e da redução da conta que está sendo paga, como: Fornecedores, Salários a Pagar, Impostos a Pagar, Empréstimos e Financiamentos, entre outras.
No caso do Ativo, as contas estão organizadas pela ordem decrescente de liquidez, ou seja, da primeira conta que é a mais próxima de se tornar dinheiro, até a última que é a mais distante de se tornar dinheiro.
O Ativo é subdividido em 2 grupos:
Ativo Circulante: Onde estão as contas de liquidez imediata, ou que se convertem em dinheiro no curto prazo (ASSAF NETO, 2002). Usualmente se considera como curto prazo o período inferior a um exercício social, ou seja, um ano fiscal (comumente de primeiro de janeiro a 31 de dezembro);
-Disponibilidades: Consistem nos recursos financeiros disponíveis em dinheiro (Caixa) e depósitos bancários (Bancos), algumas vezes separados em 2 contas: Caixa e Bancos respectivamente.
-Aplicações Financeiras: Representam aplicações de curto prazo em bancos ou em títulos e valores mobiliários;
- Clientes: São formados pelos direitos de recebimento relativos a vendas a prazo. Também podem ser chamados de: Contas a Receber, Duplicatas a Receber, Créditos a Receber.
-Estoques: Consiste nos estoques de mercadorias para venda, consumo e matéria-prima (no caso de indústria).
-Despesas Antecipadas: Direitos a serem utilizados em até 1 ano, que já foram pagas, mas ainda não foram utilizadas.
Ativo Não Circulante: Tratam-se dos demais bens e direitos que se tornarão dinheiro em um período superior a um exercício social, podendo ainda se dividir em:
-Ativo Realizável a Longo Prazo: Se concentram todos direitos que serão recebidos, ou seja, se realizarão em prazo superior ao final do próximo exercício social (ASSAF NETO, 2002); e
-Depósitos Judiciais: Quando a empresa deposita algum valor em juízo e aguarda a decisão, enquanto isso, ela tem um direito sobre este dinheiro, mas como o prazo é incerto o consideramos de longo prazo;
-Empréstimosa Sócios e Coligados: Quando a empresa empresta dinheiro a seus sócios ou a outras empresas de seu grupo econômico (chamadas de coligadas) temos um direito de recebimento, mas incerto quanto a seu prazo.
-Investimentos: Investimentos em outras empresas como participações societárias, se distinguem dos investimentos financeiros (que por serem de curto prazo estariam no circulante);
-Imobilizado: São os bens de infraestrutura e maquinário que a empresa possui. Não se destinam à venda, mas sim a manutenção da atividade produtiva da empresa;
-Intangível: São os ativos que expressam benefícios relativos a direitos incorpores como propriedade intelectual e o valor da marca, mas só são contabilizados quando adquiridos; e
No Passivo as contas estão organizadas pela ordem decrescente de exigibilidade, ou seja, as contas com vencimento primeiro estão em cima e as que devem ser pagas por último embaixo. Mesmo assim, é comum ouvir a expressão de que o Balanço Patrimonial é organizado pela ordem de liquidez. É bom lembrarmos que liquidez é a capacidade de transformar um ativo em dinheiro, sendo que uma maior liquidez representa uma maior facilidade nessa transformação.
O Passivo também é subdividido em 2 grupos:
Passivo Circulante: Onde estão relacionadas todas as dívidas e obrigações de curto prazo da empresa, ou seja, aquelas cujos vencimentos ocorrerão até o final do exercício social (ano) seguinte ao do encerramento do balanço (ASSAF NETO, 2002). Normalmente são as contas que a empresa deve pagar para fornecedores, salários, empréstimos, impostos, etc.;
-Fornecedores: Corresponde aos valores de compras de bens e serviços com pagamento a prazo; 
-Salários a Pagar: Consiste nas obrigações trabalhistas a serem pagas aos empregados;
-Impostos a Pagar: Formado pelas obrigações tributárias a serem pagas;
-Empréstimos e Financiamentos: Valores a serem pagos relativos a empréstimos e financiamentos. Neste caso consideramos apenas as parcelas de curto prazo (com vencimento até 1 ano), as parcelas de longo prazo estarão abaixo.
Passivo Não Circulante: Dívidas e obrigações com prazo de vencimento superior ao final do próximo exercício social. Empréstimos e Financiamentos: são os mesmos empréstimos e financiamentos anteriores, mas neste caso são incluídas apenas as parcelas de vencimento superior a 1 ano.
O Patrimônio Líquido: Corresponde aos recursos próprios da organização e sua ordem segue a ordem da origem dos recursos, ou seja, primeiro o Capital Social, que é o capital investido pelos sócios/ acionistas, e depois as reservas de lucro, que são as destinações dadas ao lucro obtido na atividade da empresa, sendo:
-Capital Social: Capital investido pelos sócios;
-Reservas de Capital: Destinações específicas do capital social, como Ágio na Emissão de Ações e Doações;
-Ajustes a Valor Patrimonial: Conta de ajuste em função da determinação da Lei 11.638/07 de se contabilizar alguns ativos de instrumentos financeiros a preço de mercado;
-Reservas de Lucro: (destinações do lucro) limitada ao valor do Capital Social:
-Reserva Legal: Definida em lei como sendo 5% do valor do Lucro Líquido, para fazer frente a necessidades futuras, limitada a 20% do Capital Social realizado (capital efetivamente integralizado), ou, a critério da empresa quando o saldo desta reserva acrescido as Reservas de Capital, atingir 30% do Capital Social;
-Reserva Estatutária: Reserva definida em estatuto pela empresa;
-Reserva para Contingências: Definida para fazer frente a necessidades ocorridas em funções de contingências incontroláveis;
-Prejuízos Acumulados: com a alteração da Lei 11.638 apenas a conta Prejuízos Acumulados pode existir no fechamento do Balanço Patrimonial, pois os Lucros Acumulados deverão ser totalmente destinados entre os Dividendos (parcela que remunera os acionistas) e as demais Reservas no encerramento do Balanço Social.
O Balanço Patrimonial (BP) indica a situação financeira da empresa em um determinado momento no tempo, por isso é considerado uma demonstração estática. Assim, o Balanço Patrimonial é expresso em moeda corrente, no nosso caso o Real, e possui uma série de contas divididas em 3 principais grupos (EQUIPE DE PROFESSORES DA FEA/USP, 2010).
Ativo: de maneira simplificada, correspondem aos bens e direitos que a empresa possui;
Passivo: basicamente são os deveres e obrigações a serem pagas pela organização;
Patrimônio Líquido: o patrimônio da própria organização, ou seja, quanto sobra de recursos depois que as dívidas são pagas. O Patrimônio Líquido pode ter sua origem em duas fontes de recursos, o investimento realizado pelos sócios/ acionistas (chamado de Capital Social) e os lucros obtidos com a atividade da empresa.
No modelo geralmente visto em Contabilidade, o BP é formado de duas colunas, sendo a coluna da esquerda formada pelo Ativo e a coluna da direita pelo Passivo e Patrimônio Líquido (Figura 1).O total do Ativo corresponde ao total do Passivo + Patrimônio Líquido, isso ocorre pelo fato da coluna direita apresentar a origem dos recursos que formam a entidade, sejam eles recursos próprios da empresa por meio do Patrimônio Líquido, ou recursos tomados de terceiros (pessoas de fora da organização) por meio de dívidas, empréstimos e obrigações. Note que as Origens de Recursos compõem todo o capital disponível para a empresa, dividido em capital próprio e de terceiros.
No caso do Ativo, as contas estão organizadas pela ordem decrescente de liquidez, ou seja, da primeira conta que é a mais próxima de se tornar dinheiro, até a última que é a mais distante de se tornar dinheiro.
O Balanço Patrimonial é afetado por toda a movimentação que altere o patrimônio da empresa.
Desta forma, desde a sua origem a empresa é afetada por:
Aumento de Capital: Quando ocorre o investimento dos sócios/ acionistas na empresa aumenta o Capital Social (PL) e em  contrapartida aumenta do grupo do Ativo, podendo ser em Caixa (dinheiro) ou em outro tipo de ativo (bens);
Compra de Ativos (Bens e Direitos): Aumento da conta que representa o ativo adquirido, como por exemplo: Estoques, Veículos, Imóveis, Móveis e Utensílios, Máquinas e Equipamentos, mediante a redução de Caixa e Bancos (no caso de compras a vista), ou  aumento da conta de Fornecedores ou Duplicatas a Pagar (no caso de compra a prazo). Podendo também existir casos de compras realizadas parcialmente a vista e o restante a prazo.
Pagamento de Passivos (Dívidas): O pagamento de alguma dívida, normalmente referente ao caso anterior, corresponde a uma redução de Caixa e Bancos (pagamentos realizados em dinheiro), e da redução da conta que está sendo paga, como: Fornecedores, Salários a Pagar, Impostos a Pagar, Empréstimos e Financiamentos, entre outras.
No caso do Ativo, as contas estão organizadas pela ordem decrescente de liquidez, ou seja, da primeira conta que é a mais próxima de se tornar dinheiro, até a última que é a mais distante de se tornar dinheiro.
O Ativo é subdividido em 2 grupos:
Ativo Circulante: Onde estão as contas de liquidez imediata, ou que se convertem em dinheiro no curto prazo (ASSAF NETO, 2002). Usualmente se considera como curto prazo o período inferior a um exercício social, ou seja, um ano fiscal (comumente de primeiro de janeiro a 31 de dezembro);
-Disponibilidades: Consistem nos recursos financeiros disponíveis em dinheiro (Caixa) e depósitos bancários (Bancos), algumas vezes separados em 2 contas: Caixa e Bancos respectivamente.
-Aplicações Financeiras: Representam aplicações de curto prazo em bancos ou em títulos e valores mobiliários;
- Clientes: São formados pelos direitos de recebimento relativos a vendas a prazo. Também podem ser chamados de: Contas a Receber, Duplicatas a Receber, Créditos a Receber.
-Estoques: Consiste nos estoques de mercadorias para venda, consumo e matéria-prima (no caso de indústria).
-Despesas Antecipadas: Direitos a serem utilizados em até 1 ano, que já foram pagas, mas ainda não foram utilizadas.
Ativo Não Circulante: Tratam-se dos demais bens e direitos que se tornarão dinheiro em um período superior a um exercíciosocial, podendo ainda se dividir em:
-Ativo Realizável a Longo Prazo: Se concentram todos direitos que serão recebidos, ou seja, se realizarão em prazo superior ao final do próximo exercício social (ASSAF NETO, 2002); e
-Depósitos Judiciais: Quando a empresa deposita algum valor em juízo e aguarda a decisão, enquanto isso, ela tem um direito sobre este dinheiro, mas como o prazo é incerto o consideramos de longo prazo;
-Empréstimos a Sócios e Coligados: Quando a empresa empresta dinheiro a seus sócios ou a outras empresas de seu grupo econômico (chamadas de coligadas) temos um direito de recebimento, mas incerto quanto a seu prazo.
-Investimentos: Investimentos em outras empresas como participações societárias, se distinguem dos investimentos financeiros (que por serem de curto prazo estariam no circulante);
-Imobilizado: São os bens de infra-estrutura e maquinário que a empresa possui. Não se destinam à venda, mas sim a manutenção da atividade produtiva da empresa;
-Intangível: São os ativos que expressam benefícios relativos a direitos incorpores como propriedade intelectual e o valor da marca, mas só são contabilizados quando adquiridos; e
No Passivo as contas estão organizadas pela ordem decrescente de exigibilidade, ou seja, as contas com vencimento primeiro estão em cima e as que devem ser pagas por último embaixo. Mesmo assim, é comum ouvir a expressão de que o Balanço Patrimonial é organizado pela ordem de liquidez. É bom lembrarmos que liquidez é a capacidade de transformar um ativo em dinheiro, sendo que uma maior liquidez representa uma maior facilidade nessa transformação.
O Passivo também é subdividido em 2 grupos:
Passivo Circulante: Onde estão relacionadas todas as dívidas e obrigações de curto prazo da empresa, ou seja, aquelas cujos vencimentos ocorrerão até o final do exercício social (ano) seguinte ao do encerramento do balanço (ASSAF NETO, 2002). Normalmente são as contas que a empresa deve pagar para fornecedores, salários, empréstimos, impostos, etc.;
-Fornecedores: Corresponde aos valores de compras de bens e serviços com pagamento a prazo; 
-Salários a Pagar: Consiste nas obrigações trabalhistas a serem pagas aos empregados;
-Impostos a Pagar: Formado pelas obrigações tributárias a serem pagas;
-Empréstimos e Financiamentos: Valores a serem pagos relativos a empréstimos e financiamentos. Neste caso consideramos apenas as parcelas de curto prazo (com vencimento até 1 ano), as parcelas de longo prazo estarão abaixo.
Passivo Não Circulante: Dívidas e obrigações com prazo de vencimento superior ao final do próximo exercício social. Empréstimos e Financiamentos: são os mesmos empréstimos e financiamentos anteriores, mas neste caso são incluídas apenas as parcelas de vencimento superior a 1 ano.
O Patrimônio Líquido: Corresponde aos recursos próprios da organização e sua ordem segue a ordem da origem dos recursos, ou seja, primeiro o Capital Social, que é o capital investido pelos sócios/ acionistas, e depois as reservas de lucro, que são as destinações dadas ao lucro obtido na atividade da empresa, sendo:
-Capital Social: Capital investido pelos sócios;
-Reservas de Capital: Destinações específicas do capital social, como Ágio na Emissão de Ações e Doações;
-Ajustes a Valor Patrimonial: Conta de ajuste em função da determinação da Lei 11.638/07 de se contabilizar alguns ativos de instrumentos financeiros a preço de mercado;
-Reservas de Lucro: (destinações do lucro) limitada ao valor do Capital Social:
-Reserva Legal: Definida em lei como sendo 5% do valor do Lucro Líquido, para fazer frente a necessidades futuras, limitada a 20% do Capital Social realizado (capital efetivamente integralizado), ou, a critério da empresa quando o saldo desta reserva acrescido as Reservas de Capital, atingir 30% do Capital Social;
-Reserva Estatutária: Reserva definida em estatuto pela empresa;
-Reserva para Contingências: Definida para fazer frente a necessidades ocorridas em funções de contingências incontroláveis;
-Prejuízos Acumulados: com a alteração da Lei 11.638 apenas a conta Prejuízos Acumulados pode existir no fechamento do Balanço Patrimonial, pois os Lucros Acumulados deverão ser totalmente destinados entre os Dividendos (parcela que remunera os acionistas) e as demais Reservas no encerramento do Balanço Social.
6 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
Enquanto o balanço patrimonial nos apresenta a situação econômica e financeira da empresa, demonstrando os saldos do que ela possui de bens e direitos, assim como o quanto ela deve a terceiros e aos sócios em um dado momento (posição), a DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) nos demonstra o desempenho da empresa ou entidade ao longo de um período de operação. A DRE acumula as vendas, recebidos ou a receber, derivados de operações da empresa ou entidade. Acumulam também as despesas, gastos incorridos, pagos ou a pagar.
A diferença entre receitas e despesas gera o resultado do exercício, no período analisado, sendo este lucro quando as receitas superam as despesas ou prejuízo quando as despesas superam as receitas.
Receitas – Despesas = Resultado do Exercício
Receita, Despesa e Resultado:
Estudemos agora o relacionamento entre as contas de resultado, receita e despesas e as contas patrimoniais de maneira que entendamos o relacionamento entre a DRE e o balanço patrimonial.
Podemos perceber que uma venda de serviços, a vista ou a prazo, gera receita na DRE, no período em que ocorre e aparece no balanço patrimonial, no ativo, como saldo em caixa ou bancos se já recebida ou como Duplicatas a Receber se ainda não recebida.
Da mesma maneira percebemos que as despesas incorridas durante o período são lançadas na DRE quando ocorrem, independente de terem sido pagas ou não e são lançadas também no balanço patrimonial como Duplicatas a Pagar  no Passivo ou como redução de caixa ou bancos quando já pagas.
O resultado do exercício, por sua vez, ocasionará o aumento ou diminuição do Patrimônio Líquido entre um exercício e outro. O Patrimônio Líquido aumenta quando as receitas superam a despesa (lucro) e diminui quando despesas superam as receitas.
Regime de caixa, regime de competência:
Agora que já vimos o que nos demonstra a DRE, bem como vimos à relação desta com o Balanço Patrimonial, abordaremos um conceito fundamental no entendimento do resultado, de como ele é apurado e como pode ser alterado dependendo do regime de contabilização utilizado.
Os dois regimes utilizados são:
Regime de Caixa: O resultado é apurado quando as receitas são recebidas e quando as despesas são pagas.
Regime de Competência: O resultado é apurado quando as vendas são feitas pela empresa, independente de quando serão pagas e quando as despesas são incorridas, ou dito de outra maneira, quando a empresa usa bens e serviços em suas atividades, independente de quando foram ou serão pagas.
Ajustes
Algumas transações têm sua liquidação financeira, pagamento ou recebimento, em prazos diferentes de seu efeito sobre o resultado. Receitas e despesas devem dizer respeito ao mesmo período, dito de outra maneira, as receitas devem ser comparadas com as despesas incorridas no mesmo período. Alguns exemplos de situações em que um recebimento adiantado ou um pagamento adiantado impactam no caixa da empresa (conta de ativo) de maneira muito diferente do que ocorre na DRE. A posição financeira da empresa foi alterada, mas seu resultado ainda não. Vejamos então como ajustamos estas diferenças ao longo do tempo.
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) apresenta como a empresa chegou ao seu lucro (ou prejuízo) naquele determinado exercício social. Ao contrário do BP que mostra a situação da empresa em determinada data, a DRE mostra como foi formado o resultado no período correspondente ao ano, sendo considerada uma demonstração dinâmica, ou de fluxos. Assim, a cada exercício social existe a necessidade de apuração do resultado, de maneira a atender ao objetivo das empresas que é gerar valor aos seus investidores (MARION, 2008).
 7 LIVRO DIÁRIO E LIVRO RAZÃO
Contas:
Conta é o nome técnicoque identifica um componente patrimonial (Bem, Direito, Obrigação ou Patrimônio Líquido) ou um componente de Resultado (Despesa ou Receita) será vista mais adiante.Todos os acontecimentos que ocorrem diariamente na vida da empresa, como aquisições, vendas, pagamentos, recebimentos etc., são registrados pela contabilidade em contas próprias. Dessa maneira, toda movimentação de dinheiro efetuada dentro da entidade é registrada em uma conta denominada Caixa; os objetos comercializados pela entidade são registrados em uma conta denominada Estoque ou Mercadorias, e assim por diante.
Classificação das Contas:
As contas podem ser classificadas em dois grupos:
·         Contas patrimoniais
·         Contas de resultados
As contas patrimoniais são as que representam os elementos componentes do Patrimônio. Dividem-se em Ativas (Bens e Direitos) e Passivas (Obrigações e Patrimônio Líquido).
BALANÇO PATRIMONIAL:
	ATIVO
	PASSIVO
	Bens:
 
Caixa
Veículos
Imóveis
	Obrigações:
Duplicatas a Pagar (Fornecedores)
Salários a pagar
Impostos a pagar
	Direitos:
 
Duplicatas a Receber (clientes)
Títulos a Receber
Impostos a Recuperar
	Patrimônio Líquido:
Capital
Reservas constituídas
Prejuízos Acumulados
Função das Contas:
As contas exercem papel de grande importância no processo contábil. É através delas que a contabilidade consegue atingir seus objetivos, que consiste no registro e no controle dos fatos gerados pela gestão patrimonial da entidade.
Razão:
Razão é um livro atualmente obrigatório, durante muito tempo foi facultativo. Em virtude de sua eficiência, é indispensável em qualquer tipo de empresa, é o documento mais valioso para o desempenho da contabilidade, daí, a sua obrigatoriedade pela legislação contábil.
O razão consiste no agrupamento de valores em contas de mesma natureza e de forma racional. Em outras palavras, o razão é o retrato das contas de forma individualizadas, tem-se dessa forma um controle por conta.
Em sala de aula, normalmente utilizamos “T”, cuja denominação é Razonete, para representar as contas e suas movimentações. Funciona como um resumo do razão e instrumento didático para desenvolver o raciocínio contábil.
As Contas são separadas de acordo com sua destinação e natureza:
Representação por grupos – na prática ocorre que uma única conta pode representar vários elementos de características semelhantes:
Ex.: mesas cadeira, calculadoras, máquinas de escrever podem ser agrupados em móveis e utensílios.
Pequenas despesas sem necessidade de discriminação pela sua irrelevância podem ser classificadas como despesas diversas.
E assim acontece em relação a valores a receber ou a pagar com representações isoladas.
Débito e Crédito:
Conceitualmente, dentro da contabilidade, todo valor lançado do lado direito do Razonete, representa Crédito e do lado esquerdo Débito:
Exemplo:
	RAZONETE
	Débito
	Créditos
Lançamentos a Débito e a Crédito das Contas:
Como já foi visto, as operações ocasionam aumentos e diminuições do Ativo, do Passivo e do Patrimônio Líquido.
As contas representadas em Razonetes possuem dois lados (esquerdo e direito), onde irá figurar as movimentações a débito ou a crédito.
Natureza das Contas:
Contas de Ativo:
Os elementos do ativo figuram do lado esquerdo do balanço, e representam os bens e os direitos e sempre deverão apresentar saldos devedores ou nulos.
Qualquer conta de ativo:
	Débito
	Crédito
	Aumenta
	Diminui
Obs.: existem contas retificadoras de ativos, bem como do passivo.
Contas de Passivo e de Patrimônio Líquido:
De Passivo:
As contas do Passivo aparecem sempre do lado direito do balanço e representam as obrigações que a empresa tem com terceiros e sempre deverão apresentar saldos credores ou nulos.
Qualquer conta do passivo: 
	Débito
	Crédito
	Diminui
	Aumenta
De Patrimônio Líquido:
Como a conta do PL também ocupa o lado direito do balanço, seu funcionamento é semelhante as do Passivo:
Qualquer conta do patrimônio líquido:
	Débito
	Crédito
	Diminui
	Aumenta
Resumo do Mecanismo de Débito e Crédito:
	Contas
	Efetua-se um lançamento a:
	
	Débito
	Crédito
	De
	Para
	Para
	Ativo
	Aumenta
	Diminui
	Passivo
	Diminui
	Aumenta
	Patrimônio Líquido
	Diminui
	Aumenta
Diário:
Processo evolutivo do livro diário:
Registram-se neste livro, todas as operações contabilizáveis de uma unidade, em ordem cronológica, observando determinadas regras.
Antigamente – o livro era preenchido em manuscrito (a mão).
Depois – passou a ser escriturado em folhas soltas igualmente ao razão, as quais, em seguida eram copiadas através de decalques em livro de folhas presas.
Atualmente – é escriturado por meio eletrônico, onde as folhas impressas são encadernadas e o livro formado é registrado na Junta Comercial do Estado.
Partidas de Diário:
O registro de uma operação no livro denomina-se “partida de diário”, onde o método mundialmente em todos os sistemas contábeis é o método das partidas dobradas.
Partidas dobradas quer dizer duplicidade ou repetição de um mesmo registro?
ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Requisitos necessários de uma partida de Diário:
- Data de operação;
- Conta a ser debitada;
- Conta a ser creditada;
- Histórico da operação, mencionando os documentos comprobatórios da operação;
- Valor da operação, em moeda.
Métodos de escrituração:
É a forma de registro dos Atos e Fatos Administrativos
Partidas dobradas:
Desenvolvido Pedro Frei Lucas Pacioli, na Itália, século XV e hoje universalmente aceito. Este método consiste no fato de que para qualquer operação há um débito e um crédito de igual valor ou um débito (ou mais débitos) de valor idêntico a um crédito (ou mais créditos). Portanto, não há débitos sem créditos correspondentes.
Exemplo:
A Cia Exemplo S/A. Solicitou um empréstimo ao Banco do Brasil S/A. no valor de $500, cujo valor foi depositado diretamente na conta corrente da empresa.
Lançamento: É bom aproveitar para esclarecer que lançamento é a forma pela qual se processa a escrituração (ou registro) contábil do fato ocorrido no livro diário.
Banco conta movimento:
	Débito
	Crédito
	500
	 
Empréstimos bancários:
	Débito
	Crédito
	 
	500
Ou seja, lançamentos duplos:
Na contabilidade podemos identificar lançamentos de partidas simples e também de partidas múltiplas:
Partidas Simples – Registro de fatos que podem ser representados por apenas um débito e um crédito correspondente como no exemplo anterior.
Partidas Múltiplas – Registro de fatos que podem gerar em um único lançamento mais de um débito para um único crédito ou o contrário.
Exemplo:
A Empresa Exemplo S/A. foi constituída através de integralização de Capital da seguinte forma: $ 10.000 em Dinheiro, $5.000 em Equipamento e mais $5.000 em Imóveis.
Lançamento:
Caixa:
	Débito
	Crédito
	10.000
	 
Equipamentos:
	Débito
	Crédito
	5.000
	 
Imóveis:
	Débito
	Crédito
	5.000
	 
Capital: 
	Débito
	Crédito
	 
	20.000
Portanto:
Débitos: Caixa/Equipamentos/Imóveis = 20.000
Créditos: Capital = 20.000
8 BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
Operações que afetam o Balanço Patrimonial:
 O Balanço Patrimonial é afetado por toda a movimentação que altere o patrimônio da empresa. Desta forma, desde a sua origem a empresa é afetada por:
- Aumento de Capital: quando do investimento dos sócios/ acionistas a empresa aumenta seu Capital Social (PL) e a contrapartida disso é o aumento de seu Ativo, podendo ser em Caixa (dinheiro) ou em outro tipo de ativo (bens);
- Compra de Ativos (Bens e Direitos): aumento da conta que representa o ativo que foi adquirido, como: Estoques, Veículos, Imóveis, Móveis e Utensílios, Máquinas e Equipamentos, mediante a redução de Caixa e Bancos se a compra foi a vista, ou o aumento de Fornecedores, Duplicatas a Pagar caso a compra tenha sido feita a prazo. Mesmo uma composição do pagamento entre a vista e a prazo pode ser feita;
- Pagamento de Passivos (Dívidas): o pagamento de alguma dívida, normalmente referente ao caso anterior, corresponde a uma redução de Caixa e Bancos decorrente do pagamento ser em dinheiro, e da redução da conta que está sendo pagada, como: Fornecedores, Saláriosa Pagar, Impostos a Pagar, Empréstimos e Financiamentos, e outras.
Operações que afetam a Demonstração do resultado do exercício:
A DRE é afetada por toda operação que consiste na finalidade econômica da empresa, além disso, afeta diretamente seu patrimônio também. Desta forma, as atividades que afetam a DRE:
- Venda de Mercadorias e Serviços: no momento da venda (entrega) da mercadoria ou da prestação do serviço, se reconhece um aumento na Receita (de Vendas ou de Prestação de Serviços) ao mesmo tempo em que se reconhece o aumento do Ativo, seja ele nas Disponibilidades pelo recebimento a vista, ou em Clientes pelo recebimento a prazo (tendo neste momento o direito ao recebimento). Por outro lado, como vimos anteriormente, a venda ocasiona a geração de custos, assim, temos uma redução do Estoque pela saída da mercadoria vendida e um aumento no Custo da Mercadoria Vendida (CMV) em decorrência da venda;
- Consumo de Despesas: o consumo de bens do ativo sob a forma de Depreciação, ou mesmo da utilização de outros bens e serviços que são consumidos ao longo do período para o auxílio da geração de receitas. Desta forma, temos Despesas de Salários, Despesas de Vendas, Despesas Financeiras, Despesas de Depreciação e outras. Quando do consumo de bens ativos a contrapartida é a redução do ativo (como a Depreciação Acumulada que reduz o valor dos bens depreciados), mas quando é o consumo de serviços teremos apenas o pagamento, que mais uma vez pode ser a vista ou a prazo, de acordo com o regime de competência.
 Balancete de verificação:
Há momentos em que se faz uma pausa na seqüência dos lançamentos para averiguação da exatidão dos mesmos. Periodicamente, os responsáveis pela contabilidade devem verificar se os lançamentos realizados no período estão corretos.
Uma técnica bastante utilizada para tal finalidade é o Balancete de Verificação que é um resumo ordenado de todas as contas utilizadas pela contabilidade, ou seja, é uma relação de contas extraídas do livro Razão (ou dos Razonetes) com seus saldos devedores e credores.
Se como já vimos, não há débito sem crédito de igual valor, podemos então concluir que a qualquer momento a soma do total dos débitos efetuados será igual a soma dos créditos e é costume verificar essa igualdade matemática periodicamente relacionando todas as contas em um demonstrativo chamado de Balancete de Verificação.
Os Balancetes podem diferir uns dos outros com relação ao número de colunas utilizadas: Uns poderão conter apenas duas colunas, sendo uma destinada aos saldos devedores e outra aos saldos credores; outros poderão conter duas colunas destinadas a saldos anteriores, mais duas destinadas ao movimento do mês e outros dois destinados aos saldos atuais etc. O grau de detalhamento do Balancete deve ser condizente com sua finalidade e devem ser levantados no mínimo uma vez a cada mês.
Os elementos mínimos que devem constar do Balancete são:
- Identificação da Entidade;
- Data a que se refere;
- Abrangência;
- Identificação das contas e respectivos grupos;
- Saldos das contas, indicando se devedores ou credores;
- Soma dos saldos devedores e credores.
9 VARIAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
9.1- Despesas, Receitas e Resultado:
As principais causas de variações no Patrimônio Líquido são:
- O investimento inicial de capital e seus aumentos posteriores ou desinvestimentos (devolução de Capital) feitos na entidade.
- O resultado obtido do confronto entre contas de receitas e despesas dentro  do período contábil.
    9.1.1- Receita:
Ë o resultado positivo resultante de operações de vendas, investimentos, aplicações financeiras, etc.
A obtenção de uma receita resulta em aumento do Patrimônio Líquido.
    9.1.2- Despesa:
Consumo de bens ou serviços, que direta ou indiretamente, ajuda a produzir uma receita.
Tanto diminuindo o ativo como aumentando o passivo, uma despesa é realizada com a finalidade de se obter uma receita cujo valor se espera seja superior à diminuição que provoca no P. Líquido.
    9.1.3- Resultado:
Resultado é a diferença entre o valor da receita e o valor da despesa no período.
Teremos um resultado positivo quando o valor da receita supera o da despesa (lucro).
Teremos um resultado negativo quando o valor da despesa supera o da receita (prejuízo)
Nas leis atuais, a empresa é obrigada a desenvolver o demonstrativo DMPL ( demonstração e mutação do Patrimônio líquido) para poder constituir as devidas reservas, pois as empresas não podem mais representar o lucro acumulados no balanço patrimonial, sendo assim ou as mesmas devem distribuir o lucro ou pagar dividendos aos seus acionistas.
    9.1.4- Mecanismo de Débito e Crédito:
Os registros de aumentos e diminuições das contas de Patrimônio Líquido obedecem à seguinte regra:
- Os aumentos são registrados por crédito
- As diminuições são registradas por débito
Em virtude dessa regra, as receitas obtidas, deverão ser creditadas em contas de receitas por aumentarem o Patrimônio Líquido.
As despesas incorridas deverão ser debitadas em contas de despesas por diminuírem o Patrimônio Líquido.
Portanto:
- Despesa diminui o resultado da empresa (PL).
- Receita aumenta o resultado da empresa (PL).
   91.5- Período Contábil:
A contabilidade é sedimentada em diversos princípios, conforme podemos ver no capítulo 10 FEA/(USP).  Neste capítulo podemos observar o  de “Continuidade” no qual presume-se que a empresa operará indefinidamente.
O resultado do empreendimento será medido pela diferença entre o PL final e o inicial da empresa, considerando os aumentos de capital e distribuições de lucros havidos no período.
Por isso, para efeitos gerenciais, sociais e fiscais, o espaço de tempo escolhido para que a contabilidade demonstre a situação patrimonial e financeira na evolução dos negócios quando de um ano, denominado Ano Social.
Para gerenciamento interno, as informações devem ser fornecidas em prazos menores.
    9.1.6- Encerramento das Contas de Receitas:
O lucro ou prejuízo é o resultado do confronto entre a despesa e receita e esse resultado é apurado em uma conta denominada Resultado.
As contas de receitas e despesas são periódicas, portanto devem conter registros para um ano ou períodos menores.
Isto quer dizer que as contas devem possuir saldo zero ao iniciar cada período.
Para que isto ocorra, devemos proceder ao encerramento destas no final de cada período, transferindo os respectivos saldo para a conta de resultado, por meio de lançamento.
    9.1.7- Distribuição de Resultados:
Conforme o item anterior a conta de Resultado, recebe os saldos das contas de despesas e das receitas.
Nesta apuração, ocorrendo Lucro ou Prejuízo, o resultado será transferido para conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
Após esta operação o saldo de Lucro ou Prejuízo Acumulado poderá ser distribuído para outras contas do PL e do Passivo.
    9.1.8- Demonstração do Resultado do Exercício:
A conta Resultado serve como intermediário com o objetivo de apurar o lucro ou prejuízo do exercício.
Entretanto, não basta o razão desta conta como demonstrativo do resultado obtido, é necessário a elaboração de um relatório denominado Demonstração do Resultado do Exercício – DRE, detalhado dentro de critério de classificação de acordo com a Lei das S/As.
Nessa demonstração, deve ser observado um cabeçalho composto de:
- Nome ou denominação da empresa;
- Nome da demonstração; e
- O período coberto.
O resultado apurado através da DRE pode ser considerado razoavelmente correto até o momento de sua apuração.
Entre muitas finalidades da DRE, podemos citar algumas das mais importantes:
- Fornecer informações aos acionistas e quotistas sobre os resultados das operações;
- Fornecer aos bancos o DRE quando solicitado para que este tenha informações sobre a rentabilidade e desta forma atender a solicitações de financiamentos.
- Informar aos investidores de ações e debêntures, interessados também em conhecer os resultados.
- Interessa ainda aos administradores para medir a eficiência, para que quando necessário, alterar a política dos negócios.
9.2- Registro de Operações Decorrentesdo Regime de Competência do Exercício:
De acordo com o regime de Competência de Exercícios, as Receitas e as Despesas são consideradas em função de seu fato gerador e não em função do recebimento da Receita e do pagamento da Despesa, em dinheiro.
Receitas de um Exercício:
São aquelas ganhas nesse período, não importa se tenham sido recebidas ou não.
Despesas de um Exercício:
São aquelas incorridas no exercício, não importando o fato de estarem pagas ou não.
Exemplo: Aquisição de Material de escritório:
- Aquisição em outubro;
- Consumo em novembro;
- Pagamento em dezembro.
Não é lógico e nem justo considerar despesa no mês de outubro e nem tampouco em dezembro uma vez que o consumo deste material ocorreu em novembro.
    9.2.1- Despesas a Pagar e Receitas a Receber:
Além dos lançamentos normais da empresa, é necessário, para fins de apuração do resultado realmente ocorrido efetuar lançamentos de ajustes:
Despesas a pagar: devemos contabilizar as despesas cujo fator gerador ocorreu dentro do período contábil.
Receitas a Receber: também devemos contabilizar aquelas receitas que foram ganhas no período e que ainda não foram recebidas.
A ocorrência de tais fatos altera o P. Líquido, apesar de ainda não ter sido registradas pela ausência de documentação de origem.
É necessário o reconhecimento de tais fatos, Observando algumas regras para lançamentos de ajustes:
a) Caso haja receitas não recebidas e nem registradas contabilmente:
*debita-se uma conta de Ativo;
* credita-se uma conta de Receita.
b) Caso haja despesas não pagas e nem registradas pela contabilidade:
*debita-se uma conta de Despesa;
*credita-se uma conta de Passivo.
10 Conclusão
A Ciência Contábil desenvolve suas funções em torno do patrimônio como meio para alcançar sua finalidade. Tem por finalidade registrar fatos e produzir informações que possibilitem ao dono do patrimônio o controle (certificar-se de que a organização está atuando de acordo com os planos e políticas traçados) e planejamento (decidir qual curso tomar para atingir com mais rapidez, eficiência e eficácia o objetivo proposto) de como agir no seu patrimônio.
Por fim, conclui-se que o trabalho atingiu o objetivo de revisar conteúdos importantes no campo das demonstrações contábeis com o objetivo de inseri-lo no contexto da análise e do diagnóstico empresarial por meio da avaliação dos demonstrativos contábeis.
Referências
 ·         Livro texto:
 FEA/USP Equipe de Professores. Coordenação Sérgio de Iudícibus. Contabilidade Introdutória (Livro texto). 11a ed., São Paulo: Atlas, 2010.
 ·         Livros complementares:
Marion, José Carlos. Contabilidade Básica. 10a ed., São Paulo: Atlas: 2009.
Ribeiro, Osni Moura. Contabilidade Geral - fácil. 5o ed., São Paulo: Atlas:2010.
BIBLIOGRAFIA:
· BÁSICA:
FEA/USP Equipe de Professores. Coordenação Sérgio de Iudícibus. Contabilidade Introdutória (Livro texto). 11a ed., São Paulo: Atlas, 2010.
FEA/USP Equipe de Professores. Coordenação Sérgio de Iudícibus. Contabilidade Introdutória (Livro de exercícios). 11a ed., São Paulo: Atlas, 2011.
MÜLLER, Aderbal Nicolas. Contabilidade Básica – Edição Revista. São Paulo: Pearson, 2010.
· VIRTUAL
BAPTISTA, Antonio Eustaquio & GONÇALVES, Eugênio Celso.. Contabilidade Geral. 7º Ed., São Paulo: Atlas, 2011.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Manual de Contabilidade Básica: Contabilidade introdutória e intermediária – texto e exercícios, 9º Ed., São Paulo: Atlas, 2014SOUZA, de Clóvis, FAVERO, Hamilton Luiz, LONARDORI, Mário & TAKAKURA, Massakazu. Contabilidade – Teoria e Prática, volume 1, 6º Ed., São Paulo:Atlas.
VEIGA, Windsor Espenser & SANTOS, Fernando de Almeida. Contabilidade: Com ênfase em pequenas e médias empresas – 2014 – leis No 11.638/07, 11.941/09, NBC TG 1000 (CPC  PME)  e ITG 1000. 3º Ed., São Paulo: Atlas, 2014.
· COMPLEMENTAR:
CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis – www.cpc.org.br (Para acesso aos CPC,s Pronunciamentos Contábeis / Resoluções do CFC pertinentes aos CPC,s).
Marion, José Carlos. Contabilidade Básica. 10a ed., São Paulo: Atlas: 2009.
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial. 9a ed., São Paulo: Atlas, 2010.
Ribeiro, Osni Moura. Contabilidade Geral - fácil. 5o ed., São Paulo: Atlas:2010.
SZUSTER, Fernanda Rechtman et al. Contabilidade Geral. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2011.
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