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TCC 1 FORMATADO com apêndices (1)

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COPEX
	
	
	
	Projeto de Pesquisa/ TCC Nutrição
	
	
	http://www.fsg.br/
	
	FATORES QUE INFLUENCIAM A INSATISFAÇÃO CORPORAL EM ADOLESCENTES DE ESCOLAS PÚBLICAS DE 8° E 9° ANO DE CAXIAS DO SUL
	Kellen Boeira a, Maria Luisa de Oliveira Gregolettob
	a Acadêmica do curso de nutrição da Faculdade da Serra Gaúcha
b Docente do curso de Nutrição da Faculdade da Serra Gaúcha
	
Orientador
Ms. Maria Luisa de Oliveira Gregoletto - Mestra em Saúde Coletiva pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos
	
	Resumo
O objetivo do estudo é avaliar a imagem corporal e os fatores que influenciam na insatisfação corporal em adolescentes do sexo feminino de 8° e 9° ano de escolas públicas de Caxias do Sul. O trabalho abordou a relação socioeconômica, influência da família, dos amigos e mídia. O estudo foi feito em 1622 escolares, com 811 adolescentes do sexo feminino, de idade entre 13 e 15 anos. No presente estudo iremos avaliar os fatores associados à insatisfação corporal através da análise dos possíveis modos de construir sua identidade em relação à sua imagem corporal perante a família, amigos e sociedade. O reconhecimento precoce do motivo faz com que sejam abordadas medidas preventivas do distúrbio da imagem corporal, permitindo o tratamento através de intervenções, buscando a inclusão de hábitos de uma vida saudável.
	
Palavras-chave: 
Imagem corporal, Adolescentes, Meninas, Insatisfação Corporal 
	
	
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 
A imagem corporal é a representação mental do corpo (SCHILDER, 1999). Cash e Smolak (2011) salientaram que a imagem corporal pode ser entendida como um construto multidimensional, com características positivas e negativas, envolvendo elementos perceptivos, cognitivos, afetivos e comportamentais voltados às atitudes e (in)satisfação com o corpo. Além disso, é influenciada por fatores culturais e sociais (CASH; SMOLAK, 2011) e constrói-se em um processo contínuo de comparações e internalizações (THOMPSON et al., 1999).
Cash e Smolak (2011) definiram a imagem corporal a partir de duas dimensões: perceptiva e atitudinal. A dimensão perceptiva relaciona-se à acurácia do sujeito ao perceber as dimensões, os tamanhos e as proporções do próprio corpo. A dimensão atitudinal refere-se às crenças, aos pensamentos e afetos em relação ao corpo. Essa segunda dimensão pode ser subdivida em três componentes: afetivo, que se refere às emoções relativas à aparência física, incluindo ansiedade, disforia e desconforto em relação à própria aparência; cognitivo, que se refere ao investimento na aparência física, a pensamentos distorcidos e a crenças sobre o corpo; e o comportamental, que se refere à hesitação diante de situações de exposição do corpo e à adoção de comportamentos de checagem corporal (THOMPSON; BERG, 2002). Esses autores consideraram, ainda, um quarto componente na dimensão atitudinal, que seria a insatisfação geral subjetiva, voltada à depreciação que uma pessoa pode ter em relação à sua aparência como um todo.
Segundo Gleeson e Frith (2006) a imagem corporal está em permanente (des)construção ao longo da vida. Mudanças na imagem corporal podem ser incorporadas o no cerne dos significados que constituem as pessoas, vinculados às experiências corporais do ser humano em movimento (CAMPANA; TAVARES, 2009). Estudiosos ressaltaram que a construção da imagem corporal se inicia na mais tenra idade. Destacaram, ainda, que, na internalização de um modelo de corpo ideal, as crianças podem vir a ter sua imagem corporal afetada (CASH; SMOLAK, 2011. FERREIRA; CASTRO; MORGADO, 2014). Perante esse contexto, é possível entender a infância como uma fase especialmente relevante para pesquisadores e estudiosos da imagem corporal.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) (2008) define a adolescência como um período de transição entre a infância e a idade adulta, englobando a faixa etária de 10 a 19 anos. Durante esse período a imagem corporal em adolescentes do sexo feminino torna-se especialmente relevante, principalmente devido à grande transformação física aliada a mudança na própria imagem corporal, sendo ambos fatores ligados à puberdade, ação hormonal e o aumento no interesse sexual. Junto a essas alterações fisiológicas está ligado o psicológico, a influência da família e amigos, hábitos alimentares, nível socioeconômico, mídia e outros fatores.
A imagem corporal é definida como a visualização formada mentalmente sobre o tamanho e a forma do próprio corpo. É durante a adolescência que os indivíduos começam a perceber seu corpo e formar sua identidade e imagem corporal através de diversas características, como a sexualidade, crenças, desejos e objetivos de vida, processo estruturado na infância e que seguirá ao longo da vida. Tal dinâmica, quando ocorre de forma saudável, gera a autoestima ou, quando do contrário, gera o transtorno emocional com distúrbio de percepção, levando a uma sabotagem da própria imagem e trazendo um sentimento de que a pessoa é vista como inadequada. (TAVARES, 2003).
Os desprazeres nesta fase são bem visíveis em adolescentes que não tiveram sua personalidade formada com segurança em relação à família, amigos e escola. Um dos maiores indicativos é a sua aceitação em meio às pessoas mais próximas, as pessoas que deveriam fazê-la sentir-se amada e querida por todos. Carências neste processo tornam a pessoa facilmente influenciável pela mídia e amigos, distorcendo ainda mais a sua satisfação corporal.
Dessa maneira, o presente projeto tem como objetivo verificar os fatores de insatisfação corporal em adolescentes na cidade de Caxias do Sul, uma cidade que aponta uma estimativa de população superior a 500 mil habitantes, com 98 escolas municipais, 57 escolas estaduais, 1 escola federal e 295 escolas privadas. Através das escolas públicas foram colhidas com adolescentes do sexo feminino informações sobre a imagem do corpo para analise.
JUSTIFICATIVA
Tavares (2003) aborda como a matriz para a identidade da imagem corporal está ligada pelas pulsões próprias a cada momento, que partem de cada indivíduo em suas ações, sentimentos e sensações que apresentam conexão com o mundo. Nosso corpo muitas vezes responde de maneira diferente do que seria adequado à demanda social, gerando tensões e sofrimento. 
Onde está a origem desse conflito, desse desconforto? Muitas vezes na negação da nossa impulsividade por sermos enquadrados em uma sociedade à qual precisamos nos adequar, deixando de vivenciar nossas reais intenções para seguir de acordo com a convenção social. Essa atitude ofusca nossas necessidades individuais, nossa energia pulsional. Tavares (2003) fala sobre a grande pressão em numerosas circunstâncias para adequar o nosso corpo ao “modelo de corpo ideal” de nossa cultura. Ao invés de “ser original”, aceitamos a merecida recompensa de “sermos adaptados”. De fato, nos é indicada a relação entre a grande pressão sociocultural (mídia, pais e amigos) e os comportamentos de risco para os transtornos alimentares, principalmente em adolescentes já obesos.
Baseado nos efeitos da não aceitação ou insatisfação das jovens com sua condição estética, esse projeto tem como objetivo potencializar ações que reforcem e promovam os pontos que podem amenizar esse contexto.
Considerando os fatores emocionais, problemas psicológicos e baixa autoestima que se destacam na formação da identidade dos adolescentes, estes apresentam sinais que podem indicar doenças mentais, o que torna importante a verificação de uma potencial relação entre o estado nutricional e a sua saúde psicológica.
Mesmo em jovens que se encontram satisfeitos com sua aparência, meninas em estado de eutrofia desejam possuir um outro estilo de corpo, mais magro ou com formas de acordo com as induzidas pela mídia.
O tema desse estudo é de interesse para profissionais da saúde por abordar uma situação negativa atual que pode estar desencadeando problemas futuros com maior dificuldade de resolução, o que causará implicação direta em possíveis transtornos alimentares ou problemas mentais
que por sua vez afetarão diretamente a saúde, podendo levar a situações irreversíveis.
 
objetivos
Objetivo geral
Avaliar a insatisfação corporal das adolescentes, diante da sua imagem corporal. Salientar as causas, efeitos e relação desta insatisfação com a imagem corporal.
Objetivos específicos
Abordar os seguintes tópicos aos fatores associados a insatisfação corporal nos adolescentes.
- Situação socioeconômica 
- Influência da família e amigos
- Mídia
HIPÓTESES
Hipótese nula: Não existe insatisfação corporal e não foram identificados fatores associados em adolescentes do sexo feminino. 
Hipótese alternativa: Foi observada elevada prevalência de insatisfação corporal, bem como foram identificados os fatores associados a ela em adolescentes do sexo feminino.
REFERENCIAL TEÓRICO
Imagem corporal na adolescência
A imagem corporal pode ser definida como a figura mental que um indivíduo tem das medidas, dos contornos e da forma de seu corpo, bem como seus sentimentos concernentes a essas características (KAKESHITA; ALMEIDA, 2006). Essa imagem desconstrói-se e reconstrói-se sob o cerne da identidade, que dá ao sujeito referências primordiais de si. O dinamismo relacionado ao desenvolvimento da imagem corporal obriga o sujeito a reconsiderar elementos de sua vida, incorporando-os em novos significados à sua identidade (NEVES; HIRATA; FERNANDES, 2015).
Thompson et al. (1999) ressaltaram que a influência sociocultural desempenha relevante papel na construção da imagem corporal. Os pais, os amigos e a mídia tendem a se perpetuar como influentes sociais pela mediação da internalização de ideal corporal. Isso corrobora a comparação com outros indivíduos, podendo levar à insatisfação com o corpo e à adoção de comportamentos, muitas vezes, deletérios à saúde em nome do alcance do corpo desejado (KARAZSIA; CROWTHER, 2010).
Barros (2005) relaciona sete afirmações elaboradas por Cash e Pruzinsky (apud BARROS, 2005) que melhor abrangem o conceito de imagem corporal. “Imagem corporal” refere-se às percepções, aos pensamentos e aos sentimentos do indivíduo sobre o próprio corpo e suas experiências. Ela é uma experiência subjetiva e suas mudanças podem ocorrer em muitas dimensões. As experiências da imagem corporal são permeadas por sentimentos sobre nós mesmos. O modo como percebemos e vivenciamos nossos corpos mostra como nos percebemos individualmente. A imagem corporal é determinada socialmente. Essas influências sociais prolongam-se por toda a vida. A imagem corporal não é fixa ou estática. Aspectos de nossa experiência corporal são constantemente modificados.
A imagem corporal influencia o processamento de informações, sugestionando-nos a ver o que esperamos ver. A maneira como sentimos e pensamos o nosso corpo influencia o modo como percebemos o mundo. A imagem corporal influencia o comportamento, particularmente as relações interpessoais.
Insatisfação corporal nos adolescentes
A construção da imagem corporal ocorre pelo contato com o mundo externo. Além do interesse pelo corpo, tem-se interesse pelo corpo do outro. É importante o interesse pelo próprio corpo, demonstrado pelas pessoas mediante ações, palavras ou atitudes, mas também é importantíssimo o que aquelas que nos rodeiam fazem com seus próprios corpos. As imagens corporais são dinâmicas e mutáveis em razão de representarem o corpo como um objeto em constante modificação. Se as pessoas se desconectam de sensações advindas do próprio corpo, param de refletir o fluxo de energia interna, tendem a se afastar do corpo real e, refletindo predominantemente um ideal de cultura, apresentam-se de forma estagnada. O indivíduo toma como referencial de si o ideal cultural e nega seus sentimentos, sua realidade corporal. Esse desvio lhe garante uma inserção no meio social, mas sob uma força esmagadora da manifestação de sua subjetividade (TAVARES, 2003).
A imagem corporal de meninos e meninas tem apresentado diferenças evidentes apontadas na literatura. De acordo com Thompson et al. (1999) a construção da imagem corporal feminina ocorre por meio de dois mecanismos substanciais: a comparação da aparência e a internalização do ideal de magreza. Autores afirmaram em relação à população masculina que, além da preocupação com o excesso de gordura, a tendência ao desejo de ganho de muscularidade também é destacada (MCCABE; RICCIARDELLI, 2005; CASH, SMOLAK, 2011).
Situação socioeconômica 
A pobreza tem sido descrita como uma condição geradora de estresse e sofrimento, representando um fator de risco para o bem-estar físico, mental e social (GASPAR et al., 2011). O isolamento social e a rejeição dos pares podem estar presentes na vida de jovens com condições socioeconômicas mais baixas (SCHNEIDER; O’DONNEL; DEAN, 2009). Sabe-se que a qualidade de vida refere-se não só ao estado de saúde, mas também a fatores ambientais e econômicos que podem afetá-la substancialmente (FONTAINE; BAROFSKY, 2001; MICHEL; CATER III; VARELA, 2009).
Uma família capaz de direcionar uma atenção especial aos seus filhos, em demostrar afeto, atenção, preocupação em ajuda-los a fazê-los sentirem-se seguros com a sua autoestima, a sua personalidade, entendimento sobre as transições físicas e psicológicas são fatores extremamente importantes para que os adolescentes consigam se aceitar fisicamente, bem como desenvolverem um melhor ajustamento social.
Ter à disposição uma alimentação saudável minimamente processada requer acesso, subsídios e tempo, pois é muito mais prático e fácil uma mãe de família comprar um suco em pó do que a fruta para fazer um suco para seu filho. Isso serve para todos tipos de alimentos. Famílias com pouca instrução são as com maior potencial de apresentar problemas mais graves com adolescentes na construção da sua identidade.
Adolescentes com insatisfação corporal podem apresentar tendência à baixa autoestima no futuro, o que, por sua vez, pode levar a distúrbios alimentares. O estado nutricional nessa faixa etária pode estar intimamente relacionado à sua saúde psicológica, o que futuramente poderá leva-los a doenças cardiovasculares, diabetes, depressão e outras patologias.
Influência da família e amigos
A família, segundo Kearney-Cooke (2002), é considerada o primeiro contato social da criança após seu nascimento. Ela é influenciada pelo contexto em que está inserida e se desenvolve, sendo que é a partir dela que a criança assimila importantes conceitos. Ferreira, Castro e Morgado (2014) afirmaram que os pais podem influenciar diretamente o peso corporal de seus filhos por meio de comentários feitos sobre o peso corporal dos mesmos ou indiretamente por meio da aprendizagem de hábitos alimentares nocivos inerentes à família. Comentários diretos negativos dos pais acerca do corpo associam-se à insatisfação corporal e a inadequados comportamentos alimentares por homens e mulheres (RODGERS; CABROL; PAXTON, 2011).
Entre amigos e pessoas mais próximas, de acordo com Ferreira, Castro e Morgado (2014), as críticas, as provocações e as ridicularizações são também formas pelas quais os indivíduos transmitem estereótipos idealizados de corpo, especialmente ao salientarem o peso e a forma corporal. Enfatiza-se que, principalmente na adolescência, cria-se uma cultura da aparência, regida por normas e expectativas entre o grupo de amigos (JONES, 2011).
A influência de família e amigos é o fator que mais pesa na construção da sua aceitação e satisfação. Por estarem presentes ao longo de todo o ciclo de vida, os familiares assumem um papel central da infância até a vida adulta, promovendo uma integração de limites, regras, entendimentos e suporte emocional de comunicação positiva, elementos que irão moldar a personalidade e caráter, fatores que influenciam a autoestima do adolescente (BRENNEISEN E SERAPIÃO (2007)
Neste sentido, a literatura tem apontado, consistentemente, o contributo de diversos fatores familiares no desenvolvimento de comportamentos alimentares perturbados (NEUMARK-SZTAINER et al., 2006), nomeadamente a restrição
ou pressão relativa à alimentação do adolescente e controle do peso, superproteção, conflitos conjugais e insatisfação com o ambiente familiar (FRANCISCO, 2010; LOTH et al., 2014).
Segundo Piaget (2003), a criança imita ou representa o que vê ou experimenta. São essas experiências que vão formar a base da memória e, mais tarde, do pensamento da pessoa. Nesse caso, podemos dizer que a criança é como um radar associado a um disco rígido, que captura tudo à sua volta e armazena essas informações em sua memória para mais tarde usar como algo que é seu. Levando isso em conta, fica claro que quanto mais agradável for o ambiente familiar, melhor é o autoconceito do adolescente, os seus sentimentos para a aceitação social e a sua segurança.
No mesmo sentido, outros trabalhos também sugerem que a frequência de refeições em família está associada positivamente à adoção de hábitos alimentares saudáveis (GILLMAN et al., 2000; VIDEON; MANNING, 2003) e que a diminuição da quantidade de refeições com a família – que é comum na adolescência – pode contribuir para o desenvolvimento de comportamentos alimentares perturbados (ACKARD et al., 2001).
Contudo, o apropriado é analisar cada caso individual, pois, além de investigar a vida do adolescente, deve-se colher informações sobre os pais, como idade, gênero, escolaridade, profissão, estado civil, com que pessoas se dá o seu convívio, informações que possam compreender melhor a visão de cada adolescente sobre si, para em cada caso encontrar qual o fator que o levou a determinado estado. 
Mídia
Vivemos em uma atualidade tecnológica que nos permite ter acesso a todo tipo de informação e influência. Com isso, as mídias sociais estão fortemente ligadas a uma nova construção de entendimento por parte dos adolescentes que têm diariamente contato com milhões de sites de propagandas, jogos, atrizes, blogueiras e pessoas referências (influencers). Por toda parte há a divulgação e valorização do corpo perfeito, o corpo magro, com formas esculpidas e pele jovem, que não condizem com a imagem corporal que já haviam construído. 
No campo da imagem corporal, uma questão que se destaca é o impacto das tecnologias de informação e comunicação. Nas últimas décadas, esse impacto, em suas várias formas de expressão, vem impulsionando os mais diversos setores das atividades humanas. No campo da beleza, a mídia tem exercido papéis estruturantes na construção de um modelo de corpo ideal e nas formas de se cuidar desse corpo (SERRA, 2001). Desde a infância, a mídia apresenta-se capaz de moldar subjetividades e impulsionar a indústria da magreza, a qual se apresenta com padrão de corpos com perfis antropométricos mais magros (ANDRADE; BOSI, 2003). A mídia tem sido considerada o fator de influência sociocultural mais incisivo sobre a insatisfação corporal e os comportamentos alimentares inadequados (FERREIRA; CASTRO; MORGADO, 2014).
Ressalta-se que, a cada dia, tem aumentado de forma exorbitante a quantidade de propagandas com mulheres e homens esculturais, “sarados” e “sequinhos”; os tamanhos e modelos das roupas disponibilizados pelas lojas são cada vez menores; além disso, a relação entre procura e oferta de clínicas de estética e de cirurgias plásticas aumenta diariamente, a fim de possibilitar rápido alcance do padrão idealizado (AZEVEDO, 2007). Os desenhos animados e bonecos infantis têm seguido essa tendência, apresentando modelos de corpos musculosos masculinos e femininos extremamente esbeltos. Os indivíduos contemporâneos vêm-se tornando, cada vez mais, possuidores de seus corpos, modificando-os, com plenos poderes, pelo desejo de atingir o padrão de beleza propagado na sociedade ocidental (FERREIRA; CASTRO; MORGADO, 2014). As crianças inseridas nesses contextos e influenciadas, principalmente, pelas famílias, tendem a internalizar padrões e condutas voltadas aos hábitos e a atitudes com o próprio corpo.
O adolescente se olha no espelho e se acha diferente. Por não ser mais criança nem adulto reconhecido, o espelho se torna tentador e perigoso ao mesmo tempo, mostrando não mais sua imagem e sim potencialmente a imagem que sempre teve ao olhar dos outros. Ou seja, ele passa a ver e perceber o que imagina que outros estão vendo. A insegurança passa assim, a andar lado a lado com a adolescência.
Rizzini et al. (2005), em pesquisa sobre a influência das mídias televisão, videogame, jogos para computador, internet e telefone celular na vida dos adolescentes, concluíram que a televisão é o meio de comunicação de massa mais difundido, seguida do computador e da internet. Já Levy (1999) afirma que as novas tecnologias de comunicação não estão apenas difundidas na contemporaneidade por meio da internet e da televisão, mas também das agências bancárias, lojas e outros serviços presentes nas cidades. Desse modo, percebe-se que a influência midiática é um importante veículo formacional e constituinte do indivíduo.
A mídia atinge qualquer público com muita eficácia. Em filmes e novelas se é transmitido o que é “bonito” e o que é “feio”, criando padrões errôneos que são repassados para as pessoas que assistem. Na maioria das vezes esses padrões não condizem com nenhuma realidade. Por trás de toda essa “perfeição” são utilizadas ferramentas como Photoshop para edições e alterações, de modo a tornar tudo o mais belo possível.
Para Caron e Guay (2005) o inatingível padrão de beleza feminino difundido nos meios de comunicação tem construído estereótipos de mulheres que são inatingíveis para a maioria das consumidoras. Santos e Veloso (2010) ressaltam que a imagem feminina representada pelos meios de comunicação apresenta uma linha evolutiva em termos estéticos, que variam através dos anos, e nesse período tem sugerido padrões e modelos para o consumo da sociedade. O comportamento social recebe influências dessa mídia no que diz respeito à formatação de um corpo ideal, considerado símbolo de sucesso e poder entre as mulheres dessas gerações. A padronização desse modelo determina uma série de fatores, desde os de ordem psicológica até os de ordem social, que criam o pensamento responsável pela construção de um novo feminino, caracterizado por um corpo artificial, construído e surreal. 
Segundo Rodrigues (2003), a mídia tem forte influência na transformação do pensamento das mulheres. As informações trazidas pelos meios de comunicação fazem com que elas tenham opinião formada a respeito de vários assuntos. Para o grupo feminino, existem pessoas do meio artístico que se tornam mitos e modelos a serem seguidos.
Na sociedade atual, o ideal de beleza para o sexo feminino é ter um corpo esguio, de magreza exagerada, tais como as modelos profissionais de passarela ou as modelos que aparecem expostas nas capas de revistas de moda e beleza, onde não seja visível nenhuma gordura ou celulite. Para muitas mulheres, alcançar este ideal de beleza torna-se difícil: ou não conseguem perder as gorduras que querem, ou não ganham as formas adequadas e, por isso, partem para medidas mais drásticas de forma a alcançarem os objetivos.
Essa busca em querer modificar seu corpo está levando-as a utilizar medidas que podem ser prejudiciais à saúde, como o uso de anorexígenos e anabolizantes, tratamentos estéticos variados e práticas como a indução de vômitos, jejuns prolongados, dietas de restrição, tudo a fim de se obter um resultado “milagroso” em curto espaço de tempo.
De acordo com Adams (1977) apud Daniel (2007), percebe-se que o mundo social claramente discrimina os indivíduos não atraentes numa série de situações cotidianas importantes. Pessoas julgadas pelos padrões vigentes como atraentes parecem receber mais suporte e encorajamento no desenvolvimento de repertórios cognitivos socialmente seguros e competentes. Assim, indivíduos tidos como não atraentes estão mais sujeitos a encontrar ambientes sociais que variam do não responsivo ao rejeitador e que desencorajam o desenvolvimento de habilidades sociais e de um autoconceito favorável.
Percebe-se que a influência da mídia é tão forte que quaisquer
modificações nos padrões de beleza categorizam a beleza natural como obsoleta, levando as pessoas a um constante sentimento de insegurança com sua imagem corporal.
 METODOLOGIA 
Desenho do estudo
Este estudo integra o projeto guarda-chuva denominado “Comportamentos de risco à saúde em adolescentes do ensino fundamental de Caxias do Sul, RS”. 
A seguir, serão descritos os aspectos metodológicos da pesquisa. 
Tamanho da amostra
Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, de base escolar. O delineamento transversal foi escolhido por ser de baixa complexidade e de baixo custo, favorecendo sua execução. O estudo é de base escolar por facilitar a localização e acesso à população de adolescentes. A variável desfecho estudada será Insatisfação Corporal, obtida por meio da escala de silhuetas, identificada a partir de uma pontuação. Além desta variável, serão investigadas: variáveis demográficas e socioeconômicas, comportamentais e de estilo de vida (comportamento de risco para transtorno alimentar).
População de estudo 
A população de estudo será composta por adolescentes, do sexo feminino, matriculados no 8º e 9º ano do ensino fundamental das escolas públicas e privadas da área urbana de Caxias do Sul, RS sorteadas para a pesquisa. A escolha destes anos se justificativa pela preconização da Organização Mundial de Saúde (OMS) (2008), que considera entre 13 e 15 anos a idade mínima necessária para responder ao questionário autoaplicável (WHO, 2008). 
Atualmente, o município conta com quarenta e uma escolas estaduais e cinquenta e oito municipais com turmas de 8º e 9º pertencentes à zona urbana (INEP, 2013). 
Critérios de inclusão
Serão incluídos escolares do sexo feminino, matriculados em turmas do 8º e 9º ano do ensino fundamental, de escolas públicas e privadas pertencentes à área urbana do município de Caxias do Sul, RS. Serão convidadas a participar da pesquisa alunas que estiverem frequentando a escola no período de realização da pesquisa.
Critérios de exclusão
Os adolescentes que não apresentarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) assinado pelos pais ou responsáveis legais serão excluídos do estudo. Também serão excluídos aqueles que realizam dieta para condições especiais (doenças crônicas, intolerâncias ou alergias, entre outras), gestantes, nutrizes, portadores de deficiência cognitiva que impossibilite responder ao questionário, com idade inferior a 13 anos e superior a 19 anos. 
Com exceção dos adolescentes sem TCLE, os critérios de exclusão para os demais escolares serão considerados no momento da análise de dados. 
Cálculo do tamanho da amostra 
O cálculo do tamanho da amostra levou em consideração as seguintes estimativas: prevalência do desfecho de 50%, nível de confiança de 95%, margem de erro de 3,5 pontos percentuais, efeito de delineamento de 1,5, 20% para eventuais perdas ou recusas e 15% para controle de fatores de confusão, resultando assim em uma amostra de 1622 escolares.
O processo de amostragem ocorrerá em dois estágios. No primeiro estágio as escolas de cada região administrativa serão organizadas em ordem alfabética. O sorteio das escolas será sistemático. Na listagem as escolas serão organizadas em intervalos de números acumulados até o número total de elementos. Posteriormente, o número de alunos total de cada região será dividido pelos números de escolas que serão sorteadas, identificando-se o pulo. 
No segundo estágio serão sorteadas as escolas sistematicamente, conforme o pulo e o número de escolas estabelecidas em cada região. A seleção da primeira escola de cada região ocorrerá por meio de sorteio simples entre o número 1 e o número do pulo. As turmas de cada escola serão selecionadas por meio de sorteio simples. 
 
Delineamento 
Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, de base escolar. O delineamento transversal foi escolhido por ser de baixa complexidade, além de ser de baixo custo, favorecendo sua execução. O estudo é de base escolar por facilitar a localização e acesso à população de adolescentes. A variável desfecho estudada será Insatisfação Corporal, obtida por meio da escala de silhuetas, identificada a partir de uma pontuação. Além desta variável, serão investigadas: variáveis demográficas e socioeconômicas, comportamentais e de estilo de vida (comportamento de risco para transtorno alimentar).
Instrumentos e Procedimentos de coleta de dados 
 Para a coleta de dados será utilizado um questionário padronizado, pré-codificado, pré-testado e autoaplicável, o qual será composto por questões elaboradas pelos próprios pesquisadores e questões referentes a outros instrumentos (APÊNDICE A). 
 Considerando que o questionário é autoaplicável, maior atenção e orientação será oferecida aos entrevistadores. Assim, posteriormente, poderão instruir os adolescentes quando responderem ao questionário. A idade a ser considerada para o estudo, 13 e 15 anos a idade, é a mínima necessária para responder ao questionário autoaplicável (WHO, 2008), objetivando reduzir o viés nos resultados.
Procedimentos de pesquisa
Variáveis independentes 
Serão incluídas no estudo psicossociais, variáveis demográficas e socioeconômicas, comportamentais e de estilo de vida, nutricionais e socioambientais. A seguir se encontram a descrição das variáveis. 
Variáveis demográficas e socioeconômicas 
 As variáveis demográficas investigadas pertinentes ao adolescente serão a idade em anos completos (12 anos, 13 anos, 14 anos, 15 anos, 16 anos, 17 anos, 18 anos ou 19 anos ou mais), cor da pele autodeclarada (Branca, Preta, Mulata, Amarela ou Indígena) e ano na escola (8º ou 9º ano). 
 Referente aos aspectos socioeconômicos serão investigados a posse de bens, número de moradores do domicílio, ter irmãos e a escolaridade da mãe. A posse de bens será obtida por meio das seguintes questões (questões 16 a 23): “Na sua casa ou apartamento tem telefone fixo (convencional)?“; “Você tem celular?“; “Na sua casa ou apartamento tem computador (de mesa, ou netbook, laptop, etc)? – Não contar tablet e smartphone”; “Você tem acesso à internet em sua casa ou apartamento?”; “Alguém que mora na sua casa ou apartamento tem carro?”; “Alguém que mora na sua casa ou apartamento tem moto?”, “Tem empregado(a) doméstico(a) recebendo dinheiro para fazer o trabalho em sua casa ou apartamento, cinco ou mais dias por semana?”, com as seguintes opções de resposta: Não; Sim. “Quantos banheiros com chuveiro têm dentro da sua casa ou apartamento?”, com as seguintes opções de resposta: Não tem banheiro com chuveiro dentro da minha casa; 1 banheiro; 2 banheiros; 3 banheiros; 4 banheiros ou mais. (IBGE, 2013). 
Referente à escolaridade da mãe, a mesma será obtida com a pergunta (questão 14): “Qual o nível (grau) de ensino que sua mãe estudou ou estuda?“, com as seguintes opções de resposta: Minha mãe não estudou; Minha mãe começou o ensino fundamental (ou 1º grau), mas não terminou; Minha mãe terminou o ensino fundamental (ou 1º grau); Minha mãe começou o ensino médio (ou 2º grau), mas não terminou; Minha mãe terminou o ensino médio (ou 2° grau); Minha mãe começou a faculdade (ensino superior), mas não terminou; Minha mãe terminou a faculdade (ensino superior, inclusive pós-graduação, mestrado e doutorado em curso ou terminado); Não sei. (IBGE, 2013).
Variáveis socioambientais
Em relação ao acesso e influência da mídia, será investigada a utilização de redes sociais (questão 91) (Facebook e/ou Instagram) (sim/não), se costuma acessar nestas redes sociais páginas que falem sobre dicas para perder peso ou para evitar ganhar peso, dietas para perder peso, receitas saudáveis, receitas “fitness” ou detox (sim/não) (questão 92).
Em relação aos comportamentos da mãe ou figura materna relacionados ao peso (questão 71), o mesmo será investigado com a pergunta: “Com que frequência sua mãe ou a pessoa responsável por você (madrasta, avó, tia, outra): Faz dietas para perder peso ou evitar de ganhar peso? / Te incentiva a comer alimentos
saudáveis? /Te incentiva a fazer dieta para controlar o teu peso? / Fala sobre o teu peso? / Faz comentários sobre o peso de outras pessoas?”, com as seguintes opções de resposta: Nunca; Raramente; Às vezes; Sempre. Ainda assim, serão investigados os comportamentos do pai ou figura paterna relacionados ao peso (questão 72), os quais serão obtidos com a pergunta: “Com que frequência seu pai ou a pessoa responsável por você (padrasto, avô, tio, outro): Faz dietas para perder peso ou evitar de ganhar peso? / Te incentiva a comer alimentos saudáveis? /Te incentiva a fazer dieta para controlar o teu peso? / Fala sobre o teu peso? /Faz comentários sobre o peso de outras pessoas?”, com as seguintes opções de resposta: Nunca; Raramente; Às vezes; Sempre. 
A frequência de ler artigos de revista sobre dieta ou perda de peso (questão 73) será questionada com a pergunta: “Com que frequência você costuma ler artigos de revistas que falam sobre dieta ou perda de peso?”, com as seguintes opções de resposta: Nunca; Quase nunca; Às vezes; Sempre. 
Também será investigada a frequência de acesso a sites sobre dieta ou perda de peso (questão 74) por meio da pergunta: “ Com que frequência você costuma entrar em blogs ou sites que falam de dietas ou perda de peso?”, com as seguintes opções de resposta: Nunca; Quase nunca; Às vezes; Sempre. 
Em relação às provocações sobre o peso, será investigada a provocação sobre o peso por parte dos amigos (questão 75) e por parte da família (questão 76). A provocação sobre o peso por parte dos amigos será questionada com a pergunta: “Alguma vez você já sofreu provocações ou piadas por colegas, amigos ou outros adolescentes por causa de seu peso? “, com as seguintes opções de resposta: Não; Sim. Já a provocação sobre o peso por parte da família obtida com a pergunta: “Alguma vez você sofreu provocações ou piadas por alguém da sua família por causa do seu peso?”, com as seguintes opções de resposta: Não; Sim. 
Seleção e Treinamento dos Entrevistadores 
Para a coleta de dados, serão selecionados acadêmicos voluntários do curso de Nutrição do Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG), localizada na cidade de Caxias do Sul. Posteriormente à seleção, será agendado um treinamento com os entrevistadores. Todos os entrevistadores receberão o “Manual do entrevistador” (APÊNDICE B). 
 
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
Será elaborada e enviada para os pais/responsáveis dos escolares uma carta informativa (APÊNDICE C), explicando a pesquisa e a necessidade de autorização da participação do escolar através da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE D). Ambos (carta explicativa e TCLE) serão encaminhados juntos aos pais/responsáveis dos escolares por meio de um envelope entregue pela equipe a cada escolar. 
5.7 Aspectos Éticos
	
Por se tratar de pesquisa envolvendo seres humanos, serão observadas as regras previstas na Resolução 466/12, sendo que o protocolo de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade do Rio Dos Sinos (UNISINOS). 
A pesquisa recebeu aprovação pelo CEP da UNISINOS (APÊNDICE E).
	
“Metodologia de análise dos dados” ou “Análise estatística”
A entrada de dados está sendo realizada com dupla entrada, no Programa EpiData, versão 3.1, para posterior comparação dos bancos de dados e correção dos possíveis erros de digitação. A análise dos dados será feita através dos programas Stata, versão 11.0. e SPSS, versão 23.0. Inicialmente serão conduzidas análises de consistência dos dados. 
Para verificar a associação entre as variáveis independentes e a insatisfação corporal será utilizado o teste Qui-quadrado. As razões de prevalência brutas e ajustadas serão avaliadas pela regressão de Poisson.
Desfecho primário e secundário
A insatisfação corporal será obtida por meio da escala de silhuetas proposta por Thompson e Gray (1995) e validada para o português por Conti e Latorre. (CONTI; LATORRE, 2009). Assim, a adolescente entrevistada escolhe uma figura que corresponde à silhueta atual e uma que corresponde à silhueta desejada. Tratando-se de um sistema de pontuação, este escore varia de - 8 a + 8, e, quanto maior a diferença, maior a discrepância corporal e, consequentemente, mais insatisfeito está a adolescente. (SCAGLIUSI et al., 2006). Valores diferentes de zero expressam insatisfação corporal, sendo que valores positivos expressam o desejo de ser mais magro e valores negativos expressam o desejo de ser mais gordo. Para análise e comparação dos dados, visando minimizar a chance de viés, a amostra será dividida entre aqueles com presença de insatisfação corporal e ausência de insatisfação corporal. Ainda, posteriormente, será dividida em 2 grupos: valores positivos – insatisfação corporal positiva e valores negativos – insatisfação corporal negativa.
REFERENCIAS
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apêndices
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO
APÊNDICE B – MANUAL DO ENTREVISTADOR
MANUAL DO ENTREVISTADOR – PESQUISA DE COMPORTAMENTOS DE RISCO À SAÚDE DOS ESCOLARES DE CAXIAS DO SUL
Este manual tem como finalidade orientar os entrevistadores sobre o processo de coleta de dados e possíveis dúvidas que possam surgir durante o preenchimento do questionário pelo escolar.
O estudo tem como objetivo geral identificar os comportamentos de risco à saúde e seus fatores associados dos escolares do 8º ao 9º ano matriculados em escolas públicas do município de Caxias do Sul, RS.
O questionário será autoaplicável e será aplicado nos escolares matriculados )e presentes no dia da coleta) nas turmas sorteadas pelo estudo. Os termos de consentimento livre e esclarecido (TCLE) serão entregues aos escolares previamente pela doutoranda Maria Luísa.
Orientações para entrega TCLE e agendamento coleta de dados:
Solicitar para conversar com o(a) diretor(a)/coordenador(a) pedagógico(a), de acordo com nome descrito na planilha e apresentar-se na escola como equipe de pesquisa.
Entregar uma cópia do projeto e
do questionário, se for solicitado.
Nas escolas estaduais apresentar a carta de anuência. As escolas municipais já foram informadas via e-mail.
Verificar na planilha o número de turmas do 8º e do 9º naquela escola e confirmar o número de alunos em cada turma.
Anotar o número das turmas sorteadas na planilha e a quantidade de alunos em cada turma. Ex: 8A(28); 9B(31)
Entregar o TCLE para o(a) diretor(a)/coordenador(a) pedagógico(a), juntamente com a carta de orientações para a escola. Verificar sobre a possibilidade de entrar nas salas de aula para explicar o projeto. Explicar sobre a devolução do TCLE.
Verificar cronograma e agendar dia e horário (1 escola antes intervalo / 1 escola após intervalo) para coleta de dados. Observar para agendar a escola verificar o deslocamento. Dar preferência para agendar no mesmo dia as escolas com a mesma cor na planilha.
Para as escolas que foram sorteadas com 2 turmas de 8º e 2 turmas de 9º agendar somente 1 turno.
Anotar na planilha e no cronograma o dia e horário da coleta.
Orientações para coleta de dados:
Ao chegar na escola o entrevistador deve contatar o(a) diretor(a)/coordenador(a) pedagógico(a) e solicitar para aplicar o questionário nas turmas sorteadas.
Se o(a) diretor(a)/coordenador(a) pedagógico(a) já coletou previamente os TCLE assinados pelos pais/responsáveis, os mesmos devem ser armazenados nas caixas destinadas aos TCLE. Caso os TCLE estejam com os alunos, solicitar que entreguem juntamente com o questionário preenchido.
Apresentar-se na turma e retomar os objetivos da pesquisa (conhecer sobre a saúde dos adolescentes de Caxias do Sul) e explicar que a participação dos escolares consiste em responder o questionário.
Se tiver algum escolar que não possua condições para responder o questionário, solicitar para o(a) professor(a) ou monitor(a) que ele realize outra atividade.
Se algum aluno se recusar a responder o questionário, orientá-lo a deixar o mesmo virado em cima da mesa até que os demais respondam às perguntas.
Explicar que o preenchimento do questionário e anônimo, portanto eles não devem colocar o nome.
Solicitar que preencham o questionário de caneta azul ou preta.
Entregar o questionário a cada aluno e após fazer a leitura em conjunto das orientações que estão na primeira página:
Não coloque o seu nome no questionário, pois você não será identificado.
Isso não é um teste, portanto não existe questões certas ou erradas.
Por favor, seja honesto e verdadeiro nas suas respostas.
Leia atentamente cada questão.
Nas questões de assinalar marque com um X (ou pinte o quadrado).
Nas questões de completar, você deve preencher com a informação que está sendo solicitada.
Nas questões de marcar, você deve escolher sempre 1 (UMA) alternativa.
NÃO mostra as suas respostas para ninguém.
Se você tiver dúvida, por favor levante a mão que um responsável irá lhe auxiliar.
Orientar para não preencher a coluna das variáveis.
Solicitar que revisem se todas as questões foram respondidas antes de entregar o questionário.
Quando o escolar finalizar o questionário, ele deve colocar na caixa lacrada destinada aos questionários preenchidos.
Possíveis dúvidas que podem surgir no preenchimento do questionário:
Nos casos em que o escolar não convive com seu pai ou sua mãe por algum motivo, ele deve ser orientado a responder as questões que perguntam sobre seu pai ou sua mãe se referindo à pessoa responsável por ele. No caso da mãe, ele deve se referir a pessoa do sexo feminino que exerça a função de mãe, como madrasta, avó, tia. E para o pai, deve se referir a pessoa do sexo masculino que exerça função de pai, como padrasto, avô, tio. Se ele não tiver ninguém que tenha a função de pai ou mãe, deixar aquela questão em branco.
Caso o escolar erre ou rasure a sua resposta, orientar ele a circular a resposta correta.
Se o escolar não souber o significado de alguma palavra, como por exemplo algum nome de droga ou tabaco, orientar que: se ele não sabe o significado da palavra é por que que nunca utilizou a substância.
Se o escolar tem alguma alergia ou intolerância alimentar orientar responder as questões sobre consumo alimentar a alternativa “0□ Não comi _____ nos últimos sete dias”.
Em caso de dúvidas que o entrevistador não souber responder, entrar em contato com a profa. Maria Luísa pelo telefone (54) 99989-9342.
APÊNDICE C – Carta aos pais/responsáveis
APÊNDICE D- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE
APÊNDICE E – APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA

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