Projeto de Intervenção Serviço Social

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GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL
CARLENY DE OLIVEIRA LEITE BONFIM
PROJETO CUIDANDO DE QUEM CUIDA:
RODA DE CONVERSA COM ACOMPANHANTES DA UNIDADE DE INTERNAMENTO PEDIÁTRICO
FORTALEZA - CE
2019
PROJETO CUIDANDO DE QUEM CUIDA:
RODA DE CONVERSA COM ACOMPANHANTES DA UNIDADE DE INTERNAMENTO PEDIÁTRICO
Projeto de Intervenção elaborado como pré-requisito para a obtenção de nota na disciplina de Estágio em Serviço Social II, sob orientação do (a) prof. (a) Ana Paula Carvalho Moraes Salomão
FORTALEZA - CE
2019
SUMÁRIO
1 IDENTIFICAÇÃO 	04
1.1 Campo de Estágio 	04
1.2 Endereço e Telefone 	04
1.3 Setor/ Programa/ Projeto 	04
1.4 Supervisora de Campo 	04
1.5 Supervisora Acadêmica 	04
2 APRESENTAÇÃO 	04
3 JUSTIFICATIVA 	05
4 QUADRO DE OBJETIVOS E METAS 	08
5 METODOLOGIA 	09
6 QUADRO DE RECURSOS 	10
7 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO 	00
REFERÊNCIAS 	00
APÊNDICES (SE HOUVER) 	00
ANEXOS (SE HOUVER)	00
1. IDENTIFICAÇÃO 
Campo de Estágio: HOSPITAL MUNICIPAL DRº AMADEU SÁ
Endereço e telefone: Rua: Carmelita Rebouças,508-Tamatanduba-Eusébio
Tel.: 85-3260.1327
Setor/Programa/Projeto : Enfermaria Pediátrica
Supervisora de campo: Jacqueline Rocha de Sousa Assunção CRESS: 2399 
Supervisora acadêmica: Ana Paula Carvalho Moraes Salomão
2. APRESENTAÇÃO 
O Assistente Social dentro de uma instituição hospitalar intervém nas relações entre paciente/acompanhante e equipe de saúde, nas expressões da questão social inerentes ao cotidiano familiar, bem como nas consequentes implicações sociais decorrentes do período indeterminado de internação hospitalar, e de doenças que ameaçam a continuidade da vida.
A aplicação do projeto “CUIDANDO DE QUEM CUIDA”, tem como objetivo criar um espaço, de acolhimento e interação entre acompanhante e equipe, a fim de promover a socialização do cuidado por meio da troca de saberes e reflexão de ações voltadas ao fortalecimento de vínculos familiares e sociais.
A inserção no ambiente hospitalar e o acompanhamento da família representam uma situação importante e polêmica, pois a aproximação dos pais durante a internação no hospital mostra-se como um forte apoio na recuperação das crianças (KASAC, SEGAL – ANDREWS E JOHNSON, 1995).
O presente trabalho utilizará como metodologia a roda de conversa com os acompanhamentos da unidade da pediatria método de discussão que possibilita aprofundar o diálogo com a participação democrática, a partir da riqueza que cada pessoa possui sobre o assunto. Na roda de conversa cada integrante deve ter oportunidade de falar ou expressar o que pensa, podendo definir ações a serem desenvolvidas mediante as idéias de consenso do grupo.
3.JUSTIFICATIVA
A presença do acompanhante numa unidade hospitalar está prevista por legislações específicas, dentre elas o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal Nº 8069/90) e a Lei do Acompanhante durante o pré-parto, parto e pós-parto (Lei Nº 11. 108/05). Contudo, para a equipe ainda faz-se necessário á discussão acerca da participação do familiar/acompanhante, e sua inserção no contexto hospitalar com suas normas e rotinas.
Os espaços públicos de saúde contam com uma nova política de humanização que apoia, através da legislação, a presença do acompanhante como direito dos pacientes e também da visita da família, no entanto é uma prática que se desenvolve dentro de um antagonismo que pode ser mediada através da intervenção do assistente social (DIBAL; CADE, 2007). Dentro desta realidade, o assistente social deve atuar na avaliação das situações familiares e sociais apresentadas, frente ás normas e rotinas institucionais estabelecidas, buscando sempre intervir na perspectiva da viabilização de direitos.
O acompanhante além de ser um elo com a equipe e fonte de conforto e segurança para o doente, também é considerado uma ajuda potencial na assistência e uma oportunidade de educação em saúde ao familiar. Portanto, o acompanhante deve ser incluído como aliado no processo de promoção da saúde e bem-estar do paciente.
A família é o centro de onde se expande o cuidado, sendo o local para o aprendizado do cuidado, o cuidar e autocuidado. É no meio familiar que são tomadas as decisões sobre a saúde e a doença, caracterizando-se a prestação do cuidado (GONZALES; BECK: DENARDIN, 1999).
Para Costenaro & Lacerda (2001), o cuidador é todo aquele que vivencia o ato de cuidar e expressa esta experiência em diferentes momentos e situações, pode realizar-se com diferentes pessoas em ocasiões distintas de suas vidas. Deste modo, o acompanhante pode ser definido como representante da rede social do paciente, que o acompanha durante toda a permanência no ambiente hospitalar (HUMANIZASUS, 2004).
Conforme a Cartilha Visita Aberta e Direito a Acompanhante da Política Nacional de Humanização,
“na visão ampliada de saúde, cuidar é um conceito abrangente que, para além dos tratamentos biomédicos, aponta para a criação de um ambiente relacional que permita á pessoa doente ou hospitalizada a descoberta ou a releitura do sentido e do valor de sua existência para aqueles que a rodeiam e para si mesma. O cuidado gera segurança e confiança; possibilita que a pessoa reencontre e manifeste a sua vitalidade, favorecendo a eficácia dos tratamentos. Remeter a pessoa a esse estado é o principal objetivo do cuidar” (2007, p.4).
Por outro lado, ser acompanhante também é estressante, triste e cansativo, provocando um desgaste físico e emocional por conviver de perto com o sofrimento do paciente (Shiotsu;Takahashi,2000). A abordagem com o acompanhante/cuidador permite o conhecimento da família e dos possíveis entraves sobre a estrutura familiar como, os conflitos, interações e desagregações que fazem parte do universo das famílias serão explicitadas. 
O Hospital Municipal Dr. Amadeu Sá atualmente conta com 6 leitos na unidades de internamento pediátrico, podendo receber assim um total de 6 RN’S para internamento neonatal como também 6 puérperas e seus acompanhantes.
Considera-se que o cuidado com o paciente implica necessariamente apreciar a sua vinculação com a figura do familiar/cuidador, e que o bem-estar de um afeta diretamente a condição do outro. Ainda compreende-se que desvelar os sentimentos e opiniões desses cuidadores, caracterizando suas dificuldades e os processos utilizados pelos mesmos para o enfrentamento das situações no cotidiano, contribuirá para o delineamento de suas reais necessidades e permitirá trabalhar mais efetivamente em prol do paciente e da família. 
O Serviço Social do HMDAS têm a clareza que as expressões da questão social inerentes ao cotidiano familiar, e a indeterminação do período de internação trazem como consequências circunstâncias sociais adversas que interferem no cotidiano dos acompanhantes, exigindo dos profissionais estratégias de atuação pautadas no acolhimento, humanização e garantia de direitos. 
Portanto, é nesse sentido que se justifica a intervenção do Serviço Social na unidade de internamento pediátrico, proposto a partir do presente projeto, o qual tem como objetivo sensibilizar os profissionais de saúde quanto o papel dos acompanhantes na unidade neonatal do HMDAS.
 
 
4 QUADRO DE OBJETIVOS E METAS
	4.1 Objetivo Geral
	4.1.1
Sensibilizar os profissionais de saúde quanto ao papel dos acompanhantes 
na unidade neonatal do HAS. 
	4.2 Objetivos Específicos
	4.3 Metas
	4.2.1
Divulgar as normativas do SUS que tratam do acompanhante.
	4.3.1
Através da produção de folders e cartilhas. 
	4.2.2
Esclarecer o papel do acompanhante na perspectiva da política de humanização do SUS.
	4.3.2
Confecção de banner explicativo que ficará exposto na unidade.
	4.2.3
Proporcionar o conhecimento quanto a importância do acompanhamento nos cuidados do RN.
	4.3.3Formulação de rodas de conversas com participação de funcionários e acompanhantes. 
5. METODOLOGIA
O projeto terá inicio em xxxx(mês) de 2019 no espaço reservado a refeição dos acompanhantes, as segundas-feiras, semanalmente, das 14hs ás 15hs durante os (mesesxxxx), contarei com a contribuição de mais duas estagiárias do curso de Serviço Social no HMDAS, estudantes de instituições diferentes dentro da cidade de Fortaleza.
Para se atingir os objetivos propostos no presente projeto será utilizada como metodologia a roda de conversa com base na Política Nacional de Humanização do Ministério da Saúde, que oferece um espaço aberto para a escuta e fala dos usuários. A roda de conversa é uma potente ferramenta de trabalho para abordagem dos entraves que surgem durante o internamento e na convivência entre acompanhantes e membros da equipe de saúde.
A roda de conversa é um método de discussão que possibilita aprofundar o diálogo com a participação democrática, a partir da riqueza que cada pessoa possui sobre o assunto. Cada integrante deve ter a oportunidade de falar ou expressar o que pensa. O método é semelhante ás reuniões de grupo, com um moderador para facilitar a participação das pessoas. O diferencial do método é á disposição do grupo em forma de círculo, e o foco em um tema. Consiste em um espaço de compartilhamento de experiências, de potencialização dos familiares/cuidadores como sujeitos e de obtenção de informações através das dúvidas explicitadas. No final da roda de conversa pode-se definir ações, a partir das idéias de consenso.
Fazer parte da roda de conversa permitirá que os acompanhantes se sintam amparados e acolhidos, porque ali estarão pessoas com as quais eles podem de alguma maneira se identificar, seja porque vivem a mesma realidade, ou porque tem as mesmas dúvidas ou curiosidades, possibilitando a criação de espaços de encontro, de escuta e troca de experiências entre os mesmos e a equipe de saúde. 
 Serão desenvolvidas diversas atividades com o propósito de criar condições para a melhoria da qualidade na atenção e nos cuidados voltados ao acompanhante, dentre as quais destacam-se as seguintes:
Atividades reflexivas: Atividades voltadas para o desenvolvimento da postura crítica a partir da reflexão sobre o cotidiano, sobre as experiências pessoais e coletivas.
Dialógica: Ações visando o ampliamento da percepção e da aprendizagem por meio do diálogo entre iguais. Significa considerar a todos como portadores de saberes e favorecer ações que se realizem na troca de idéias e de experiências no trato de conflitos.
Cognitivas: Ações que buscam a ampliação da capacidade de analisar, comparar, refletir, não só sobre o que se aprende, mas sobre como se aprende, com o objetivo de acessar informações e conhecimentos afim de reproduzi-los e transformá-los em novas experiências.
Afetiva: Ações dirigidas para o desenvolvimento e ampliação de relacionamentos interpessoais, envolvimento e comprometimento, construção de interesses comuns, cumplicidades e criação de vínculos afetivos que proporcionem alegria e prazer em cuidar.
Ética: Ações que procuram trabalhar o exercício da tolerância, da cooperação, da solidariedade e do respeito das diferenças nas relações entre os cuidadores e entre estes a equipe de profissionais. 
Iremos promover aos cuidadores oportunidades de reflexão acerca dos cuidados que os mesmos desenvolverão juntos aos seus pacientes. Todas as atividades desenvolvidas serão pautadas com o objetivo único de alcançar o desenvolvimento integral dos cuidadores, abrangendo e articulando as diversas dimensões e promovendo a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades, sensibilizando-os quanto aos cuidados fundamentais com seus pacientes.
6. QUADRO DE RECURSOS MATERIAIS
	MATERIAL
	UNIDADE
	VALOR UNITÁRIO
R$
	VALOR TOTAL
R$
	FONTE DE
FINANCIAMENTO
	Caneta
	4
	3,50
	14,00
	O (a) estagiário (a)
	Caderno/diário
	1
	5,00
	5,00
	O (a) estagiário (a)
	Papel ofício
	1 Resma
	18,00
	18,00
	O (a) estagiário (a)
	Tinta guache
Cores variadas
	1 pote
	6,00
	6,00
	O (a) estagiário (a)
	Caneta hidrocor
	1 conj.
	15,00
	15,00
	O (a) estagiário (a)
	EVA
	2 fl
	7,00
	14,00
	O (a) estagiário (a)
	Papel 40kg
Cores variadas
	5fl
	0,80
	4,00
	O (a) estagiário (a)
	Cartolinas
Cores variadas
	3fl
	1,00
	3,00
	O (a) estagiário (a)
	Papelão
	1m
	3,00
	3,00
	O (a) estagiário (a)
	VALOR TOTAL
	R$ 82,00