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QUESTOES_DE_TREINAMENTO_CONSTITUCIONAL

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QUESTÕES DE TREINAMENTO 6 
 
(OAB – XXIV Exame) 
1. O Art. 123 da Constituição do estado Alfa, que teve sua redação alterada por Emenda à Constituição Estadual, 
promulgada em junho de 2016, dispõe que todos os municípios com mais de cinco mil habitantes situados no es-
tado, entre os quais está o município Delta, deverão possuir, obrigatoriamente, um plano diretor, devidamente 
aprovado pela respectiva Câmara Municipal, que servirá como instrumento básico da política de desenvolvimento 
econômico e social e de expansão urbana. Levando em consideração que o prefeito do município Delta, com ape-
nas seis mil habitantes, não pretende fazer uso dos instrumentos previstos no Art. 182, § 4º, da CRFB/88, respon-
da aos questionamentos a seguir. 
 
A) O Art. 123 da Constituição do estado Alfa apresenta alguma incompatibilidade de ordem material com a Consti-
tuição da República Federativa do Brasil de 1988? (Valor: 0,60) 
B) O Procurador-Geral da República poderia propor uma Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva contra 
o estado Alfa por violação de princípio constitucional sensível? (Valor: 0,65) 
 
(OAB – XXI Exame) 
2. O prefeito do Município Sigma envia projeto de lei ao Poder Legislativo municipal, que fixa o valor do subsídio 
do chefe do Poder Executivo em idêntico valor ao subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Tal 
projeto é aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado pelo Chefe do Poder Executivo. No dia seguinte ao 
da publicação da referida norma municipal, o vereador José, do município Sigma, ajuizou Ação Direta de Inconsti-
tucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, a fim de que fosse tal lei declarada inconstitucional. Diante do 
exposto, responda aos itens a seguir. 
 
A) Há vício de inconstitucionalidade na norma municipal? Justifique. (Valor: 0,85) 
B) A medida judicial adotada pelo Vereador está correta? Justifique. (Valor: 0,40) 
 
(OAB – XVIII Exame) 
3. O Estado X editou a Lei nº 1.234, de 5 de fevereiro de 2010, para criar o Município Z, desmembrando-o do en-
tão Município W. Para a criação do ente federativo foram devidamente realizados os estudos de viabilidade muni-
cipal, bem como a consulta prévia às populações dos entes federativos envolvidos nesse evento. O novo Municí-
pio estava em pleno funcionamento até que, em final de 2015, o vereador Toninho do Bem, do Município W, aven-
ta publicamente a intenção do diretório municipal de seu partido “Vamos Brasil”, com representação no Congresso 
Nacional, de propor uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), perante o Supremo Tribunal Federal, para 
questionar a criação do Município Z. Com base no fragmento acima, responda, fundamentadamente, aos itens a 
seguir. 
 
A) A partir das normas constitucionais sobre a criação de município, a lei do Estado X é constitucional? (Valor: 
0,65) 
B) O diretório municipal do partido “Vamos Brasil” possui legitimidade para a propositura de Ação Direta de In-
constitucionalidade? (Valor: 0,60) 
 
(OAB – XV Exame) 
4. O Governador do Estado X ajuizou Representação de Inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça local, 
apontando a violação, pela Lei Estadual nº 1.111, de dispositivos da Constituição do Estado, que se apresentam 
como normas de reprodução obrigatória. 
 
Considerando o exposto, responda aos itens a seguir. 
 
A) O que são normas de reprodução obrigatória? (Valor: 0,65) 
B) Proposta Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal arguindo violação dos 
mesmos dispositivos da Constituição Federal, cuja reprodução pela mesma lei estadual (Lei nº 1.111) era obriga-
tória na Constituição Estadual, sem que tenha ocorrido o julgamento da Representação de Inconstitucionalidade 
pelo Tribunal de Justiça local, poderão as duas ações tramitar simultaneamente? (Valor: 0,60) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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(OAB – XIV Exame) 
5. A circulação no Brasil do subtipo 4 do vírus da dengue e o retorno do subtipo 1 podem aumentar o número de 
casos graves da doença no período que, historicamente, já registra o maior contingente de infectados. Para tentar 
conter a epidemia, o Estado com maior índice de contágio elabora lei que obriga os médicos públicos e particula-
res que atuam em seu território a notificarem os casos de dengue à Secretaria de Saúde. A mesma lei, mediante 
outro dispositivo, imputou responsabilidade civil ao médico por falta de notificação. 
 
Diante do caso, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir. 
 
A) É constitucional a obrigatoriedade de notificação dos casos de dengue? (Valor: 0,60) 
B) É constitucional a responsabilização dos médicos que não notificarem? (Valor: 0,65) 
 
(OAB – XIV Exame) 
6. A Imprensa Oficial do Estado “X” publicou, em 23.10.2013, a Lei nº 1.234, de iniciativa do Governador, que ve-
da a utilização de qualquer símbolo religioso nas repartições públicas estaduais. Pressionado por associações 
religiosas e pela opinião pública, o Governador ajuíza Ação Direta de Inconstitucionalidade tendo por objeto aque-
la lei, alegando violação ao preâmbulo da Constituição da República, que afirma “a proteção de Deus sobre os 
representantes na Assembleia Constituinte”. 
 
Diante do exposto, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir. 
 
A) É possível o ajuizamento de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade tendo por parâmetro preceito inscrito no 
preâmbulo da Constituição da República? (Valor: 0,65) 
B) É possível o ajuizamento de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade pelo Governador do Estado, tendo por 
objeto lei de sua iniciativa? (Valor: 0,60) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO: 
 
1. A) Sim. O Art. 123 da Constituição do estado Alfa é materialmente inconstitucional, já que estendeu, aos 
municípios com número de habitantes superior a cinco mil, a imposição que a CRFB/88 fez àqueles com mais de 
vinte mil (Art. 182, § 1º, da CRFB/88). Desse modo, violou o princípio da autonomia dos municípios com mais de 
cinco mil e até vinte mil habitantes, como é o caso do município Delta, que possui seis mil habitantes. 
B) Sim. O caso em tela representa um nítido exemplo de violação da autonomia dos municípios, prevista 
no Art. 18 da CRFB/88. Com efeito, o Art. 123 da Constituição do estado Alfa afronta a autonomia municipal, que 
é um princípio constitucional sensível, conforme previsão constante no Art. 34, inciso VII, alínea c, da CRFB/88, 
logo, representa uma das hipóteses de Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva federal proposta pelo 
PGR junto ao STF, nos termos do Artigo 36, inciso III, da CRFB/88. O PGR deve propor Ação Direta de Inconstitu-
cionalidade Interventiva federal por violação de princípio constitucional sensível. 
 
2. A) A norma é formalmente inconstitucional, pois deveria ter sido iniciada pela Câmara Municipal, conforme 
determina o Art. 29, inciso V, da CRFB/88. Além disso, também há inconstitucionalidade material na lei municipal, 
pois o vício de iniciativa ofende, em consequência, o princípio da separação dos poderes, previsto no Art. 2º da 
CRFB/88. Por outro lado, em relação ao valor fixado, não há vício de inconstitucionalidade, pois está de acordo 
com o Art. 37, inciso XI, da CRFB/88, que limita o subsídio dos prefeitos ao teto constitucional. 
B) O vereador não possui legitimidade para ajuizar Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o Supre-
mo Tribunal Federal e a norma municipal não pode ser objeto de ADI, conforme estabelecem o Art. 102, inciso I, 
alínea a, e o Art. 103, ambos da CRFB/88. 
 
3. A) A lei do Estado X é inconstitucional, pois o Art. 18, § 4º, da CRFB/88, desde a EC nº 15/96, exige a 
edição de lei complementarfederal para determinar o período de criação de municípios por meio de lei estadual, 
transformando o referido dispositivo constitucional em norma constitucional de eficácia limitada, dependente de 
integração do legislativo federal para que todos os seus efeitos jurídicos possam ser produzidos. Até o presente 
momento não existe lei complementar a que se refere o Art. 18, § 4º, da CRFB/88, e o período da lei estadual está 
fora do âmbito da EC 57 (Art. 96 do ADCT), evidenciando, portanto, flagrante inconstitucionalidade por omissão, já 
pronunciada pelo STF. 
B) Partido político possui legitimidade para a propositura de ADI desde que possua representação no 
Congresso Nacional, conforme o disposto no Art. 103, VIII, da CRFB/88 (“Art. 103. Podem propor a Ação Direta de 
Inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: VIII - partido político com representação no 
Congresso Nacional;”). A Lei nº 9.868/99, da mesma forma, prevê um rol de legitimados que inclui o partido políti-
co com representação no Congresso Nacional (“Art. 2o. Podem propor a Ação Direta de Inconstitucionalidade: VIII 
- partido político com representação no Congresso Nacional”). Porém, o STF já externou seu entendimento de que 
o diretório municipal dos partidos políticos não tem legitimidade para a propositura de ADI em razão de não possu-
ir condições para atuação em âmbito nacional, pois somente os diretórios nacionais e a executiva nacional do 
partido político possuem esta atribuição. 
 
4. A) As normas de reprodução obrigatória são aquelas que se inserem compulsoriamente no texto constitu-
cional estadual, como consequência da subordinação à Constituição da República, que é a matriz do ordenamen-
to jurídico parcial dos Estados-membros. A tarefa do constituinte em relação a tais normas, portanto, limita-se a 
inseri-las no ordenamento constitucional do Estado, por um processo de transplantação. Assim, as normas de 
reprodução decorrem do caráter compulsório da norma constitucional superior (Art. 25, caput, da CFRB). 
B) Se a lei estadual for impugnada perante o Tribunal de Justiça local e perante o Supremo Tribunal Fede-
ral, com fundamento em norma constitucional de reprodução obrigatória, com base no princípio da simetria, sus-
pende-se a ação direta proposta na Justiça estadual até a decisão final do Supremo Tribunal Federal, que poderá 
ter efeitos erga omnes e eficácia vinculante para o Tribunal de Justiça, se julgada procedente. Aliás, essa é a so-
lução adotada, de longa data, pelo Supremo Tribunal Federal, que indica, como fundamentos a esse entendimen-
to, a primazia da Constituição da República (e, consequentemente, a primazia de sua guarda) e a prejudicialidade 
do julgamento daquela Corte com relação aos Tribunais de Justiça locais. 
 
5. A) Sim. A necessidade de notificação dos casos de dengue é constitucional, pois a matéria encontra-se no 
âmbito da competência legislativa concorrente dos Estados para legislar sobre defesa da saúde, conforme Art. 24, 
XII, da CF. 
B) Não. O dispositivo da lei estadual que atribui responsabilização civil ao médico por falta de notificação é 
inconstitucional; cabe à União legislar sobre essa matéria conforme Art. 22, I, da CF. (ADI2875, 20/06/2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. A) Não é possível preceito inscrito no Preâmbulo da Constituição da República atuar como parâmetro ao 
controle concentrado de constitucionalidade (ajuizamento de Ação Direta de Inconstitucionalidade), uma vez que o 
preâmbulo da Constituição não tem valor normativo, apresentando-se desvestido de força cogente. 
B) Por se tratar de processo objetivo, a Ação Direta de Inconstitucionalidade pode ser proposta pelo Go-
vernador do Estado mesmo se o objeto da ação for uma lei de sua iniciativa. O objetivo da ADIn é a preservação 
da higidez do ordenamento jurídico, desvinculado, portanto, de interesses individuais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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