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EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARTIDO POLÍTICO BETA, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob nº ..., e no TSE sob nº..., devidamente representado pelo congresso nacional, com sede na rua..., nº..., bairro..., cidade..., estado..., CEP..., vem, por seu advogado infra- assinado (PROCURAÇÃO ANEXA), com escritório profissional na rua..., nº..., bairro..., cidade..., estado..., CEP..., endereço onde recebe notificações e intimações, com fundamento no art. 102, inciso I, “a” e “p” da Constituição da República, c/c. o art. 1º da Lei nº 9.868/99, respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE C/C PEDIDO DE MEDIDA CAUTELAR Em face dos Arts. 1º, 2º e 3º da Lei estadual nº XX. . que foi internalizada pelo Presidente da República e pelo Congresso Nacional por meio da lei... , pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos. I – DOS FATOS (OBJETIVO DA AÇÃO) O Estado Alfa, com o declarado objetivo de uniformizar a atividade e zelar pela qualidade do serviço de transporte coletivo municipal, de modo a proteger os interesses do consumidor, promulgou a Lei no XX, que entrará em vigor dentro de 30 (trinta) dias. O objeto da presente ação direta de inconstitucionalidade é impugnar os artigos 1º a 3º da lei estadual XX que violou a Constituição Federal. O ato normativo foi editado com o concurso do Governador e da Assembleia Legislativa do Estado Alfa. II – DOS FUNDAMENTOS II.I – DO CABIMENTO Quanto ao cabimento da presente ação, é plenamente cabível uma vez que o artigo 102, I, a e p e artigo 1º prevê a possibilidade de ação em face de norma ou ato normativo que viole a Constituição Federal, e do mesmo modo, é competente para processar e julgar a Suprema Corte, guardiã da Constituição Federal.. Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) e p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade; Desse modo é nítida que a presente ação é de cabimento do Supremo Tribunal Federal. Não restando dúvida da capacidade de processar e julgar. II.II – DA LEGITIMIDADE ATIVA E DA PERTINÊNCIA TEMÁTICA O PARTIDO POLÍTICO BETA, possui legitimidade ativa, pois está presente no rol taxativo dos legitimados a propor ação direta de inconstitucionalidade, pois de acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil, em seu art. 103, VIII, e art. 2º, inciso VIII, da Lei nº 9.868/99, traz que os partidos políticos que possuem representação no Congresso Nacional são legitimados a propor ação direta de inconstitucionalidade, vejamos: Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; “(...) Os Partidos Políticos, desde que possuam representação no Congresso Nacional, podem, em sede de controle abstrato, arguir, perante o Supremo Tribunal Federal, a inconstitucionalidade de atos normativos federais, estaduais ou distritais, independentemente de seu conteúdo material, eis que não incide sobre as agremiações partidárias a restrição jurisprudencial derivada do vínculo de pertinência temática (ADI nº 1.407-MC, Rel. Min. Celso de Mello, Plenário, DJ 24.11.2000). (Grifos nossos) Assim, os partidos políticos, conforme entendimento desse Supremo Tribunal Federal, não precisam demonstrar pertinência temática para a propositura da presente ação. Logo, o Partido Político Beta detém a Legitimidade Ativa Universal para o exercício da iniciativa do pedido do controle abstrato de constitucionalidade. II.III – DA COMPETÊNCIA A Constituição Federal, em seu artigo 102, I, alínea a, estabelece: Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - Processar e julgar, originariamente: A ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual (…); A competência, portanto, para o processamento e julgamento desta ação de forma originária é da Suprema Corte. III – DOS FUNDAMENTOS JURIDICOS III.I – DA INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL As Leis impugnadas são formalmente inconstitucionais: Violação à competência do município para dispor sobre o transporte público municipal (art. 30, V, CF); que confere competência aos Municípios para organizar os serviços públicos de interesse local, incluindo o de transporte coletivo; Art. 30. Compete aos Municípios: V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; Violação à autonomia municipal; Trata-se de assunto de interesse local (art. 30, V, CF); Violação à competência do município para legislar sobre interesse local (art. 30, I, CF), que confere competência aos Municípios para legislar sobre assuntos de interesse local; Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; Violação à competência da União para dispor sobre normas de licitação e contratos (art. 22, inciso XXVII), que confere competência privativa à União para legislar sobre normas gerais de licitações; Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1º, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Veja-se Excelência, a mencionada lei que legisla sobre normas de licitação e contratos, violando assim frontalmente a Constituição Federal, que é competente para legislar sobre tais normas. III.II – DA INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL Violação ao art. 5º, inciso XXXVI (ato jurídico perfeito, direito adquirido etc.), logo, há uma inconstitucionalidade material. natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; Desse modo, a Lei Estadual XX, padece de inconstitucionalidade. IV – DA TUTELA DE URGÊNCIA E DA MEDIDA CAUTELAR Em ação dessa natureza, pode a Corte concede medida cautelar que assegure, temporariamente, tal força e eficácia à futura decisão de mérito. Nesse sentido é a previsão do artigo 102, I, alínea p, da Constituição Federal e do artigo 10 da Lei 9.868/99. A fumus boni iuris se caracteriza pelos fundamentos apresentados ao longo desta ação, bem como pela documentação juntada em anexo. Por sua vez, o periculum in mora comprova-se com a urgência na prestação da tutela jurisdicional, haja vista a possibilidade de se concretizar um dano irreparável ou de difícil reparação, pois a aplicação da Lei estadual nº XX pode inviabilizar a continuidade das sociedades empresárias que se dedicam à exploração dessa atividade, já que os seus custos serão potencializados, o que prejudicará o usuário do serviço. Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - Processar e julgar, originariamente: p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade;e Art. 10. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias. O fundamento é relevante e já existe urgência em obter a tutela jurisdicional, tendo em vista que há violação clara à CRFB/88. Isto posto, requer a concessão da medida cautelar para suspender a lei impugnada até o julgamento definitivo da ação, em consonância com os referidos dispositivos legais acima mencionados. V – DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer a Vossa Excelência que se digne a: 1) A concessão do pedido cautelar formulado para suspender a norma impugnada, na forma do art. 102, I, p, da CRFB/88 e art. 10 a 12 da Lei nº 9.868/99; 2) Que seja julgado procedente o pedido principal da ação para assim ser declarada a inconstitucionalidade da lei nos termos do art. 102, I, a, CRFB/88 e Lei nº 9868/99; 3) Segue em anexo cópia dos documentos necessários para comprovar a arguição de inconstitucionalidade, nos moldes do parágrafo único, art. 3º, da Lei. 9868/99; 4) Seja ouvido previamente o Procurador Geral da República na forma do art. 103, 1º, CRFB/88 e art. 8º da Lei. 9.868/99; 5) A citação do Advogado Geral da União na forma do art. 103, 3º, CRFB/88 e art. 8º da Lei. 9.868/99; 6) Requer sejam solicitadas informações dos responsáveis pela edição da lei impugnada, a serem prestadas no prazo de trinta dias contados do recebimento do pedido, de acordo com art. 6º, caput e parágrafo único, da Lei nº 9.868/99. IV – DAS PROVAS Requerer a produção das provas admitidas em direito na forma do artigo 3º, parágrafo único, da Lei 9.868/99, em especial documental V – DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) Nestes termos. Pede deferimento. LOCAL E DATA ADVOGADO… . OAB/UF n.º...
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