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RESUMO QSP – INTERVENÇÃO FEDERAL E ESTADUAL Nos termos do artigo 18, caput, da CF/881, a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil pressupõe a existência de entes autônomos, são eles: a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Contudo, em situações excepcionais, a própria Constituição Federal, em casos de anormalidade, contempla situações em que haverá intervenção de um ente em outro, mitigando, ainda que temporariamente, a referida autonomia. A autonomia dos entes é manifestada pelas seguintes capacidades: auto-organização (capacidade de elaborarem suas Constituições/Leis Orgânicas); autogorverno (prerrogativa de elegerem os seus próprios governantes); autoadministração (capacidade de exercerem as suas competências sem interferência de outro ente); e, autolegislação (prerrogativa de editarem suas próprias leis). Segundo Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, Embora a regra seja a autonomia dos entes federados, há situações em que uma entidade federada poderá intervir em outra, afastando temporariamente sua autonomia. Nas excepcionalíssimas hipóteses permitidas pela Constituição Federal, a União poderá intervir nos estados, no Distrito Federal e nos municípios localizados em Territórios (arts. 34 e 35), e os estados poderão intervir nos municípios localizados em seu território (art. 35)2. Conforme sobredito, e nas palavras de doutrinador Pedro Lenza3, “As hipóteses, por trazerem regras de anormalidade e exceção, devem ser interpretadas restritivamente, 1 Art. 18. CF/88. “A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição”. 2 PAULO, Vicente; Alexandrino, Marcelo. Direito Constitucional Descomplicado. 14º ed. São Paulo: Editora Método, 2015. p. 303. 3 LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva Educação, 2018, p. 532. consubstanciando-se um rol taxativo, numerus clausus”. Assim, a intervenção - seja ela federal ou estadual - somente poderá efetivar-se nas hipóteses taxativamente descritas na Constituição Federal, sempre que houver risco à manutenção do equilíbrio federativo. A intervenção pode ser conceituada como uma medida de natureza política, de caráter excepcional, com hipóteses previstas taxativamente na Constituição Federal, que importa na restrição temporária da autonomia de um ente inferior, com a finalidade de manutenção do pacto federativo. Divide-se, basicamente, em duas espécies, conforme quadro esquemático: INTERVENÇÃO FEDERAL INTERVENÇÃO ESTADUAL Trata-se de Intervenção da União nos Estados e Distrito Federal (artigo 34, CF/88), bem como nos Municípios localizados em Território Federal (artigo 35, CF/88). Trata-se de Intervenção dos Estados em seus Municípios (artigo 35, CF/88). Obs.: (i) É vedada, por inexistir previsão constitucional expressa, a intervenção federal nos Municípios, salvo àqueles localizados em Território Federal; (ii) Não existe intervenção praticada por Município ou pelo Distrito Federal. Por essa razão, utilizaremos essa divisão para adentrar nas peculiaridades do tema ora tratado. INTERVENÇÃO FEDERAL As hipóteses excepcionais de intervenção federal nos Estados estão previstas taxativamente no artigo 34 da CF/88, verbis: Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: I - manter a integridade nacional; II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. A doutrina, comumente, divide as hipóteses de intervenção federal de acordo com os procedimentos previstos na norma. Assim, o procedimento a ser adotada para decretação da intervenção dependerá da hipótese em que se fundamenta, sendo possível apresentá-los, didaticamente, por meio dos seguintes quadros explicativos, vejamos: ARTIGO 34, I, II, III E V DA CF/88. (ESPONTÂNEA) - Manter a integridade nacional; - Repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; - Pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; Nesses casos, ao perceber que está ocorrendo alguma dessas hipóteses, o Presidente da República age de ofício, e, assim, deverá decretar a intervenção de forma espontânea, mesmo sem solicitação. Para tanto, o Presidente editará um Decreto Presidencial com o detalhamento das regras sobre a intervenção, nos termos do artigo 36, §§ 1º e 2º, CF/88, que poderá nomear - Reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; um interventor, caso se mostre necessário. O aludido Decreto deverá ser submetido à apreciação do Congresso Nacional, no prazo de 24 horas, para o chamado “controle político”, que será convocado de forma extraordinária, no mesmo prazo, se não estiver funcionando. Obs.: Antes de decretar a intervenção – no caso das intervenções espontâneas -, o Presidente consultará o Conselho da República (artigo 90, I, da CF) e o Conselho de Defesa Nacional (artigo 91, §1º, II, da CF), sendo tais manifestações de caráter opinativo. Art. 36. [...] § 1º. O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembleia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas. § 2º. Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembleia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas. ART. 34, IV, DA CF/88. (PROVOCADA POR SOLICITAÇÃO E POR REQUISIÇÃO) - Garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação. Nos casos em que a coação ou impedimento recaem sobre o Poder Legislativo ou o Poder Executivo, impedindo o livre exercício dos aludidos Poderes nas unidades da Federação, a decretação da intervenção federal, pelo Presidente da República, dependerá de SOLICITAÇÃO – ato não vinculante - do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido. Por sua vez, se o Poder Judiciário estiver sendo coagido ou impedido, deve solicitar providências ao Supremo Tribunal Federal que, se concordar com o pedido, apresentará REQUISIÇÃO – ato vinculante – ao Presidenteda República para que seja decretada a intervenção. Atente-se que o Decreto de intervenção também será submetido à apreciação do Congresso Nacional, no prazo de 24 horas, nos termos do artigo 36, §1º, da CF/88. Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário; ART. 34, VI, SEGUNDA PARTE, DA CF/88. (PROVOCADA POR REQUISIÇÃO) - Prover a execução de ordem ou decisão judicial. No caso de desobediência a execução de ordem ou decisão judicial, a decretação da intervenção dependerá de REQUISIÇÃO do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral. Desta forma, o STF, o STJ ou o TSE, a depender de qual ordem/decisão judicial esteja sendo descumprida, irá requisitar do Presidente da República a intervenção federal. No caso em que o Estado/DF estiver descumprindo uma decisão de juiz ou Tribunal de 2ª instância, o Tribunal local deverá fazer uma representação ao Tribunal Superior competente (STF, STJ ou TSE) solicitando a intervenção. Se o Tribunal Superior concordar, ele irá requisitar ao Presidente da República a intervenção. O STF será competente para apreciar o pedido de intervenção no caso em que a decisão desrespeitada tiver conteúdo constitucional. Se a decisão se fundou em normas infraconstitucionais, a competência será do STJ. Obs.: Neste caso NÃO se faz necessário a apreciação pelo Congresso Nacional, tendo em vista que a intervenção foi determinada pelo Poder Judiciário em julgamento de ação judicial. Assim, nos termos do §3º, do artigo 36, da CF/88, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional, o decreto deve se limitar a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida for suficiente para o restabelecimento da normalidade. Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral; [...] § 3º. Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembleia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade. ART. 34, VI, PRIMEIRA PARTE, E VII, DA CF/88 (PROVOCADA, DEPENDENDO DE PROVIMENTO DE REPRESENTAÇÃO) - Prover a execução de lei federal; - Assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta; e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. Nestes casos, a decretação da intervenção dependerá de decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, julgando procedente ação proveniente de representação do Procurador-Geral da República. Desta forma, uma vez verificada uma das hipóteses constitucionais, o Procurador-Geral da República deverá propor uma representação de inconstitucionalidade interventiva - ação direta de inconstitucionalidade interventiva – junto a Suprema Corte, que tem o seu procedimento previsto na Lei 12.562/2011. Caso o Supremo Tribunal Federal julgue a referida ação procedente levará a conhecimento do Presidente da República para que este, no prazo improrrogável de 15 (quinze) dias, tome as seguintes providências: 1º) expeça decreto de intervenção; 2º) se cabível, nomeie, nesse mesmo decreto, o interventor. Assim, a decretação da intervenção é vinculada, cabendo ao Presidente apenas a formalização da decisão do Supremo Tribunal Federal proferida após a representação do Procurador-Geral da República. Obs.: Neste caso NÃO é necessário que a intervenção seja apreciada pelo Congresso Nacional. Assim, nos termos do §3º, do artigo 36, da CF/88, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional, o decreto deve se limitar a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida for suficiente para o restabelecimento da normalidade. Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal. [...] § 3º. Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembleia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade. Lei nº. 12.562/2011. Art. 11. Julgada a ação, far-se-á a comunicação às autoridades ou aos órgãos responsáveis pela prática dos atos questionados, e, se a decisão final for pela procedência do pedido formulado na representação interventiva, o Presidente do Supremo Tribunal Federal, publicado o acórdão, levá-lo-á ao conhecimento do Presidente da República para, no prazo improrrogável de até 15 (quinze) dias, dar cumprimento aos §§ 1o e 3o do art. 36 da Constituição Federal. Parágrafo único. Dentro do prazo de 10 (dez) dias, contado a partir do trânsito em julgado da decisão, a parte dispositiva será publicada em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União. Art. 12. A decisão que julgar procedente ou improcedente o pedido da representação interventiva é irrecorrível, sendo insuscetível de impugnação por ação rescisória. Anote-se, ainda, a previsão de que compete privativamente ao Presidente da República decretar e executar a intervenção federal (artigo 84, X, CF/88), de forma espontânea ou mediante provocação. O decreto presidencial de intervenção deve especificar a amplitude da medida, o prazo de sua duração, as condições de execução e, se couber, o nome do interventor (art. 36, §1º, CF/88). A intervenção se realiza sob o permanente controle político do Congresso Nacional, que deverá apreciar no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, e, se não estiver funcionando, deverá ser convocado extraordinariamente pelo Presidente do Senado Federal, no mesmo prazo de 24 (vinte e quatro) horas (artigo 36, §§ 1º e 2º, CF/88). O Congresso Nacional, nos termos do artigo 49, IV, da CF/88, aprovará a intervenção federal, ou a rejeitará, sempre por meio de decreto legislativo, suspendendo a execução do decreto interventivo nesta última hipótese. Considerando a inexistência de regra específica no que se refere ao quórum, deverá prevalecer a regra geral, qual seja, o quórum de aprovação do projeto de decreto legislativo será por maioria simples, nos termos do artigo 47, CF/88. Nas hipóteses específicas descritas nos incisos VI e VII do artigo 34 – assim como no inciso IV, do artigo 35 – é dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional (controle político), e o decreto deve se limitar a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida for suficiente para o restabelecimento da normalidade, nos termos do §3º, do artigo 36, da CF/88. Por fim, cessados os motivos da intervenção, as autoridades eventualmente afastadas dos seus cargos por meio do decreto interventivo voltarão aos seus cargos, salvo impedimento legal (artigo 36, §4º, da CF/88). INTERVENÇÃO ESTADUALAs hipóteses excepcionais de intervenção dos Estados em seus Municípios – assim como, de intervenção federal nos Municípios localizados em Território Federal - estão previstas taxativamente no artigo 35 da CF/88, verbis: Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. Por simetria, a decretação da intervenção estadual é de competência privativa do Governador de Estado, por meio de decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições da execução e, quando couber, nomeará o interventor, devendo o decreto ser submetido à apreciação da Assembleia Legislativa, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, inclusive com convocação extraordinário, no mesmo prazo, na hipótese de não estar funcionando (artigo 36, §§ 1ºe 2º, CF/88). Na hipótese específica descrita no inciso IV, do artigo 35, da CF/88 (o Tribunal de Justiça der provimento à representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial), é dispensada a apreciação pela Assembleia Legislativa (controle político), e o decreto deve se limitar a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida for suficiente para o restabelecimento da normalidade, nos termos do §3º, do artigo 36, da CF/88. Assim sendo, em um breve resumo esquemático, podemos subdividir as hipóteses da Intervenção Estadual nos Municípios – e intervenção Federal nos Municípios localizados nos Territórios Federais – de acordo com o procedimento a ser adotado, da seguinte forma: ART. 35, I, II E III DA CF/88. (ESPONTÂNEA) ART. 35, IV DA CF/88. (PROVOCADA, DEPENDENDO DE PROVIMENTO DE REPRESENTAÇÃO) - Deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; - Assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. - Não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; - Não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; Nesses casos, ao perceber que está ocorrendo alguma dessas hipóteses, o Governador do Estado age de ofício, e, assim, deverá decretar a intervenção de forma espontânea, mesmo sem solicitação. Para tanto, o Governador editará um Decreto Interventivo com o detalhamento das regras sobre a intervenção, nos termos do artigo 36, §§ 1º e 2º, CF/88, que poderá nomear um interventor, caso se mostre necessário. O aludido Decreto deverá ser submetido à apreciação da Assembleia Legislativa, no prazo de 24 horas, para o chamado “controle político”, que será convocada de forma extraordinária se não estiver funcionando, no mesmo prazo. Nestes casos, a decretação da intervenção dependerá de decisão proferida pelo Tribunal de Justiça, no sentido de dar provimento a representação do Procurador-Geral do Estado. Assim, a decretação da intervenção é vinculada, cabendo ao Governador apenas a formalização da decisão do Tribunal de Justiça proferida após a representação. Neste caso NÃO é necessário que a intervenção seja apreciada pela Assembleia Legislativa. Assim, nos termos do §3º, do artigo 36, da CF/88, dispensado o controle político, o decreto deve se limitar a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida for suficiente para o restabelecimento da normalidade. Obs.: NÃO cabe recurso extraordinário contra acórdão de Tribunal de Justiça que defere pedido de intervenção estadual e município (Súmula nº. 637/STF). PONTOS RELEVANTES SOBRE A MATÉRIA O fato do Estado-membro deixar de pagar precatório configura descumprimento de decisão judicial transitada em julgado e, portanto, pode, em tese, autorizar a intervenção federal com base no art. 34, VI, da CF/88. No entanto, segundo consolidado no âmbito do STF, é pressuposto indispensável ao acolhimento da intervenção federal que reste demonstrada a atuação estatal voluntária e dolosa com objetivo de descumprir decisão judicial transitada em julgado. Assim, se ficar demonstrado que o Estado-membro não pagou os precatórios por conta de dificuldades financeiras, tal circunstância revela que não houve intenção estatal de se esquivar ao pagamento. (STF. Plenário. IF 5101/RS, IF 5105/RS, IF 5106/RS, IF 5114/RS, rel. Min. Cezar Peluso, 28/3/2012). A Constituição estadual não pode trazer outras situações de intervenção diferentes daquilo que foi insculpido na CF/88 (STF. Plenário. ADI 336, Rel. Min. Eros Grau, julgado em 10/02/2010). Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de Tribunal de Justiça que defere pedido de intervenção estadual em Município (Súmula nº. 637/STF). Quando o Tribunal de Justiça decide um pedido de intervenção estadual, essa decisão, apesar de emanar de um órgão do Poder Judiciário, reveste-se de caráter político-administrativo. Logo, por se tratar de uma decisão político-administrativa proferida pelo Poder Judiciário, contra ela não cabe recurso. A União poderá intervir no Estado ou DF para prover (garantir) a execução de ordem ou decisão judicial que esteja sendo desrespeitada (art. 34,VI, da CF/88). Ocorrendo esse descumprimento, o STF, o STJ ou o TSE, a depender de qual ordem/decisão judicial esteja sendo desatendida, irá requisitar do Presidente da República a intervenção federal. A nomeação de interventor no decreto de intervenção, tal como previsto no artigo 36, §1º, da CF/88, apenas ocorrerá “se couber”, não se revestindo, portanto, de exigência peremptória. A intervenção será sempre temporária e, cessados os seus motivos, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal (CF, art. 36, § 4º). O impedimento legal das autoridades locais poderá advir, dentre outros motivos, do término normal dos mandatos, da cassação dos mandatos ou da suspensão· ou· perda dos direitos políticos, o que impede a reassunção do cargo. Nesses casos, cessada a intervenção, deverão assumir os cargos as autoridades que a Constituição do ente federado indicar como sucessor. Nem todo decreto interventivo será apreciado pelo Poder Legislativo. Não há controle político do Congresso Nacional naquelas hipóteses de intervenção decididas pelo Poder Judiciário, em que o Presidente da República é provocado mediante requisição, cabendo-lhe meramente adotar a medida interventiva (atividade vinculada). Nos termos do artigo 60, §1º, da CF/88, a Constituição Federal NÃO pode ser emendada na vigência de intervenção federal. Trata-se, portanto, de uma restrição circunstancial a poder de reforma constitucional. ATENÇÃO! Considerando que a intervenção federal no Rio de Janeiro – Decreto nº. 9.288, de 16 de fevereiro de 2018 - é a primeira realizada pela União desde o advento da Constituição Federal de 1988, é possívelque o tema seja cobrado de forma recorrente pelas bancas examinadoras, ainda que de forma adstrita ao texto constitucional e entendimentos jurisprudenciais já consolidados. JURISPRUDÊNCIAS E SÚMULAS APLICADAS AO TEMA Intervenção federal. Inexistência de atuação dolosa por parte do Estado. Indeferimento. (...) Decisão agravada que se encontra em consonância com a orientação desta Corte, no sentido de que o descumprimento voluntário e intencional de decisão judicial transitada em julgado é pressuposto indispensável ao acolhimento do pedido de intervenção federal. (IF 5.050 AgR, rel. min. Ellen Gracie, j. 6-3-2008, P, DJE de 25-4-2008.) ICMS. Repartição de rendas tributárias. Prodec [Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense]. Programa de incentivo fiscal de Santa Catarina. Retenção, pelo Estado, de parte da parcela pertencente aos Municípios. Inconstitucionalidade. Recurso extraordinário desprovido. A parcela do imposto estadual sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, a que se refere o art. 158, IV, da Carta Magna, pertence de pleno direito aos Municípios. O repasse da quota constitucionalmente devida aos Municípios não pode sujeitar-se à condição prevista em programa de benefício fiscal de âmbito estadual. Limitação que configura indevida interferência do Estado no sistema constitucional de repartição de receitas tributárias. (RE 572.762, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 18-6-2008, P, DJE de 5-9-2008, Repercussão Geral - Tema 42.) O descumprimento voluntário e intencional de decisão transitada em julgado configura pressuposto indispensável ao acolhimento do pedido de intervenção federal. A ausência de voluntariedade em não pagar precatórios, consubstanciada na insuficiência de recursos para satisfazer os créditos contra a Fazenda estadual no prazo previsto no § 1º do art. 100 da Constituição da República, não legitima a subtração temporária da autonomia estatal, mormente quando o ente público, apesar da exaustão do erário, vem sendo zeloso, na medida do possível, com suas obrigações derivadas de provimentos judiciais. (IF 4.640 AgR, rel. min. Cezar Peluso, j. 29-3-2012, P, DJE de 25-4-2012). As disposições do art. 35 da Constituição do Brasil/1988 também consubstanciam preceitos de observância compulsória por parte dos Estados-membros, sendo inconstitucionais quaisquer ampliações ou restrições às hipóteses de intervenção. (ADI 336, voto do rel. min. Eros Grau, j. 10-2- 2010, P, DJE de 17-9-2010). Intervenção estadual em Município. Súmula 637 do STF. De acordo com a jurisprudência deste Tribunal, a decisão de tribunal de justiça que determina a intervenção estadual em Município tem natureza político-administrativa, não ensejando, assim, o cabimento do recurso extraordinário. (AI 597.466 AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 27-11-2007, 2ª T, DJE de 1º-2-2008). Os Municípios situados no âmbito dos Estados-membros não se expõem à possibilidade constitucional de sofrerem intervenção decretada pela União Federal, eis que, relativamente a esses entes municipais, a única pessoa política ativamente legitimada a neles intervir é o Estado-membro. (...) Por isso mesmo, no sistema constitucional brasileiro, falece legitimidade ativa à União Federal para intervir em quaisquer Municípios, ressalvados, unicamente, os Municípios "localizados em Território Federal..." (CF, art. 35, caput). (IF 590 QO, rel. min. Celso de Mello, j. 17-9-1998, P, DJ de 9-10-1998). A jurisprudência sedimentada do Supremo é pacífica em torno do não cabimento de recurso extraordinário contra acórdão que implica o deferimento de pedido de intervenção estadual em Município. O Plenário aprovou o Verbete 637 da Súmula, com a seguinte redação: "Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de Tribunal de Justiça que defere pedido de intervenção estadual em Município". (AI 548.055 AgR, rel. min. Marco Aurélio, 1ª T, j. 26-6-2012, DJE 159 de 14-8-2012.) Intervenção federal. Legitimidade ativa para o pedido. Interpretação do inciso II do art. 36 da CF de 1988, e do art. 19, II e III, da Lei 8.038, de 28-5-1990, e art. 350, II e III, do RISTF. A parte interessada na causa somente pode se dirigir ao STF, com pedido de intervenção federal, para prover a execução de decisão da própria corte. Quando se trate de decisão de tribunal de justiça, o requerimento de intervenção deve ser dirigido ao respectivo presidente, a quem incumbe, se for o caso, encaminhá-lo ao STF. Pedido não conhecido, por ilegitimidade ativa dos requerentes. (IF 4.677 AgR, rel. min. Cezar Peluso, j. 29-3-2012, P, DJE de 20-6-2012). Súmula 637/STF. Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de Tribunal de Justiça que defere pedido de intervenção estadual em Município. Súmula 630/STF. Não há prazo de decadência para a representação de inconstitucionalidade prevista no art. 8º, parágrafo único, da CF. QUESTÕES DE CONCURSO 1 – (PGM – São José dos Campos – 2017 – VUNESP) Assinale a alternativa correta a respeito da intervenção estadual nos Municípios. A) É hipótese que autoriza a intervenção deixar o Município de aplicar o mínimo exigido da sua receita na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saneamento básico. B) A decretação e execução da intervenção estadual é de competência privativa do Governador, com base em decreto legislativo devidamente aprovado pela Assembleia Legislativa. C) A nomeação do interventor será obrigatória, com afastamento das autoridades envolvidas, quando a intervenção se der em razão de não terem sido prestadas as contas devidas, na forma da lei. D) A intervenção pode ocorrer por determinação judicial para prover a execução de lei, devendo a intervenção, nesse caso, ser submetida de imediato à Assembleia Legislativa. E) Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de tribunal de justiça que defere pedido de intervenção estadual em Município. 2 – (Procurador – ALERJ – 2017 - FGV) Determinado Município não vinha cumprindo as decisões proferidas pela Justiça Estadual, daí resultando grande insatisfação dos titulares dos direitos aviltados. Em razão desses fatos, um dos interessados solicitou ao Tribunal de Justiça que desse provimento à representação para assegurar a execução de decisão judicial. Essa representação foi provida, tendo o interessado interposto recurso extraordinário para que o Supremo Tribunal Federal reapreciasse o caso. À luz dessa narrativa e da sistemática constitucional, é correto afirmar que: A) somente o Ministério Público poderia ingressar com a representação, não um dos interessados no cumprimento da decisão judicial; B) não seria cabível a interposição de recurso extraordinário, dado o caráter político-administrativo do processo de intervenção instaurado perante o Poder Judiciário; C) o Tribunal de Justiça não tem imparcialidade para apreciar o descumprimento de suas próprias decisões, o que atrairia a competência do Supremo Tribunal Federal; D) a interposição de recurso extraordinário exigiria o prequestionamento explícito de matéria constitucional na representação interventiva; E) para que um interessado ajuizasse representação interventiva, seria necessária a autorização expressa dos demais titulares dos direitos, o que não é exigido do Ministério Público. 3 – (PGE – Mato Grosso – 2016 - FCC) Determinado Município do Estado de Mato Grosso vem reiteradamente violando princípios indicados na Constituição Estadual. Neste caso, a Constituição Federal admite, excepcionalmente, a intervenção doEstado no Município, que será decretada pelo Governador do Estado. A) e dependerá necessariamente de provimento de representação pelo Tribunal de Justiça, dispensada apreciação do decreto de intervenção pela Assembleia Legislativa. B) de ofício, ou mediante representação, por meio de decreto, dispensada a apreciação pela Assembleia Legislativa. C) de ofício, ou mediante representação, por meio de decreto, que deverá ser submetido à apreciação da Assembleia Legislativa no prazo máximo de trinta dias. D) de ofício ou mediante representação, por meio de decreto, que deverá ser submetido à apreciação da Assembleia Legislativa no prazo de 24 horas. E) e dependerá necessariamente de provimento de representação pelo Tribunal de Justiça, devendo o decreto de intervenção ser submetido à apreciação da Assembleia Legislativa no prazo de 24 horas. 4 – (PGM – Campinas – 2016 - FCC) A Constituição da República dispensa a apreciação, respectivamente, pelo Congresso Nacional e pela Assembleia Legislativa da decretação de intervenção nas hipóteses de: A) provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República para prover a execução de lei federal; e o não pagamento, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, da dívida fundada. B) provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República para assegurar a observância da autonomia municipal; e provimento, pelo Tribunal de Justiça, de representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição estadual. C) requisição do Supremo Tribunal Federal para garantir o livre exercício do Poder Judiciário; e não aplicação do mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino. D) provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República para assegurar a observância da forma republicana; e não aplicação do mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino. E) requisição do Supremo Tribunal Federal para garantir o livre exercício do Poder Judiciário; e provimento, pelo Tribunal de Justiça, de representação para prover a execução de lei, ordem ou decisão judicial. 5 – (PGM – Goiânia – 2015 – CS/UFG) Conforme assegurado pela Constituição Federal de 1988, o Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando ocorrer, dentre outras, a seguinte hipótese: A) deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada, e pôr termo a grave comprometimento da ordem pública. B) prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial, ou assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, por meio de provimento dado pelo Tribunal de Justiça à respectiva representação. C) assegurar a observância da forma republicana, do sistema representativo e do regime democrático, e quando não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e no desenvolvimento do ensino e nas ações e nos serviços públicos de saúde. D) garantir a observância da prestação de contas da administração pública, direta e indireta e a dos direitos da pessoa humana. 6 – (PGM – Maringá/PR – 2015 – PUC/PR) O Estado brasileiro está organizado em uma federação cuja regra de ouro é a autonomia dos Estados-membros. Há, no entanto, exceções previstas constitucionalmente. Sobre essas exceções, assinale a alternativa CORRETA. A) A decretação de intervenção federal depende de requisição do poder judiciário ou solicitação dos poderes legislativo ou executivo, mas poderá também ser decretada por iniciativa do Presidente da República. Em todos os casos de intervenção federal é somente o Chefe do Executivo Federal quem pode decretá-la. B) A União não intervirá nos Estados, mas, se os Estados não respeitarem a autonomia municipal, estarão sujeitos à ação direta de inconstitucionalidade movida pela Advocacia-Geral da União que, se provida pelo Supremo Tribunal Federal, poderá levar à decretação da intervenção federal pelo Presidente da República. C) Para concretizar os princípios federativos, a atuação do Estado brasileiro se dá pela conjunção dos atos de dois poderes. Assim, em qualquer hipótese de intervenção federal, ela dependerá da manifestação do Congresso Nacional e do Presidente da República. D) Os princípios sensíveis são assim denominados por que fundamentam o pedido de intervenção sempre que não forem observados. Entre eles está a obrigação dos Estados de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas na Constituição, nos prazos estabelecidos em lei. E) Os Estados, na Federação brasileira, têm competência administrativa comum, legislativa concorrente, reservada, mas não possuem competência delegada. 7 – (AGU – 2015 – CESPE) Julgue o item seguinte, que se refere ao Estado federal, à Federação brasileira e à intervenção federal. No federalismo pátrio, é admitida a decretação de intervenção federal fundada em grave perturbação da ordem pública em caso de ameaça de irrupção da ordem no âmbito de estado- membro, não se exigindo para tal fim que o transtorno da vida social seja efetivamente instalado e duradouro. 8 – (PGE– Pará – 2015 – UEPA) Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta. I. O STF, nos casos de inscrição de entidades estatais, de pessoas administrativas ou de empresas governamentais em cadastros de inadimplentes, organizados e mantidos pela União, tem ordenado a liberação e o repasse de verbas federais (ou, então, determinado o afastamento de restrições impostas à celebração de operações de crédito em geral ou à obtenção de garantias), com o propósito de neutralizar a ocorrência de risco que possa comprometer, de modo grave e/ou irreversível, a continuidade da execução de políticas públicas ou a prestação de serviços essenciais à coletividade. II. Mesmo em face da competência legislativa concorrente em matéria de defesa do consumidor (CF/1988, art. 24, V e VIII), os Estados-membros, consoante o STF, não estão autorizados a editarem normas acerca de relações contratuais, uma vez que essa atribuição está inserida na competência da União Federal para legislar sobre direito civil. (CF/1988, art. 22, I). III. O descumprimento de decisão judicial transitada em julgado configura pressuposto ao acolhimento do pedido de intervenção federal, ainda que não intencional, consoante o STF. IV. De acordo com a jurisprudência do STF, a decisão de Tribunal de Justiça que determina a intervenção estadual em Município enseja o cabimento do recurso extraordinário. A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é: A) II e IV B) III e IV C) I e III D) I e II E) I, II, III e IV 9 – (Procurador – TCE/BA – 2014 - CESPE) Acerca das normas constitucionais que tratam da organização do Estado e de acordo com a jurisprudência do STF, assinale a opção correta. A) Apesar de Brasília ser a capital federal, a CF admite a transferência temporária da sede do governo federal, por meio de lei ordinária exarada pelo Congresso Nacional, com a sanção do presidente da República B) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos, com posterior referendo pela assembleia legislativa do estado respectivo. C) A CF admite que os estados, o DF e os territórios se dividam em municípios. D) Como forma de incentivara produção local e assim aumentar a arrecadação tributária estadual, mostra-se de acordo com o ordenamento jurídico lei estadual que estabeleça, como condição de acesso a licitação pública para a aquisição de bens, que estes sejam produzidos no âmbito do território do estado licitante. E) O presidente da República poderá decretar a intervenção da União em um estado da Federação quando verificar o flagrante descumprimento dos direitos da pessoa humana. Nessa hipótese, o decreto de intervenção deverá ser imediatamente submetido a referendo pelo Congresso Nacional. 10 – (Procurador – AL/ES – 2011 - CESPE) No que concerne à intervenção federal e à intervenção dos estados nos municípios, assinale a opção correta. A) Quando a intervenção do estado-membro no município tiver por fundamento a não aplicação do mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde, é dispensada a apreciação do decreto pela assembleia legislativa. B) O STF pode exercer o controle de constitucionalidade do decreto de intervenção editado pelo governador do estado no âmbito de recurso extraordinário, por ser o recurso extraordinário instrumento cabível quando há o deferimento pelo tribunal de justiça do pedido de intervenção estadual em município. C) O presidente da República pode decretar de ofício a intervenção federal, nas hipóteses previstas na CF em rol exemplificativo. D) Quando o STF julga procedente a ação direta de inconstitucionalidade interventiva, o presidente da República tem a obrigação de decretar a intervenção no ente federado, não lhe restando margem de discricionariedade. E) Considerando a natureza política do ato, o decreto de intervenção editado pelo presidente da República não pode ser objeto de controle de constitucionalidade. GABARITO 1. E 2. B 3. A 4. B 5. B 6. A 7. ERRADO 8. D 9. A 10. D ATENÇÃO! É proibida a cessão onerosa ou gratuita de qualquer material ao qual o aluno tiver acesso por força do contrato firmado com o Quero Ser Procurador - QSP. A violação a CLÁUSULA 27º da referida avença sujeitará o infrator às sanções civis e criminais previstas no art. 84 do Código Penal e arts. 102 e 104 da Lei nº 9.610/98 (Lei dos Direitos Autorais).
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