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O BULLYNG E A RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO BRASILEIRO

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SOCIEDADE CULTURAL EDUCACIONAL DE ITAPEVA
 FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E AGRÁRIAS DE ITAPEVA
		
O BULLYNG E A RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO BRASILEIRO
		
		
Noemi Aparecida Lima Kinol
				
Itapeva – São Paulo – Brasil
2018
SOCIEDADE CULTURAL E EDUCACIONAL DE ITAPEVA
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E AGRÁRIAS DE ITAPEVA
O BULLYNG E A RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO BRASILEIRO
Noemi Aparecida Lima Kinol
Orientadora: Prof.ª MSC. Renata Domingues de Oliveira 
		
“Trabalho apresentado à Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva como parte das obrigações para obtenção do título de Bacharel em Direito”.
Dezembro / 2018
Itapeva - SP
Ficha catalográfica
	
Folha de Aprovação
“A História demonstra que a maioria dos grandes vencedores geralmente supera enormes obstáculos antes de triunfarem. Eles venceram porque se recusaram a se deixar abater pelos seus fracassos”. 
Bertie Charles Fordes
Dedico este trabalho a Deus e a todos que confiaram no meu potencial. Especialmente o meu esposo Pedro Wernek e aos meus filhos Gabriella Wernek e Pedro Netto.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por toda força e sabedoria que me deu.
Agradeço aos meus pais (in memória) que foram meu porto seguro por ter me colocado nesse mundo e ter me dado essa educação, e por tudo que conquistei. 
Agradeço ao meu esposo que com muita paciência me ajudou nas horas que pensava em desistir, aos meus filhos que aonde cheguei foi para que eu pudesse dar um futuro melhor. 
A todos os professores da FAIT que compartilharam seus conhecimentos ao longo do nosso curso.
As minhas queridas colegas que me proporcionaram momentos de alegria e dedicação.
SUMÁRIO
1INTRODUÇÃO	1Erro! Indicador não definido.
2. O BULLYING E A RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO BRASILEIRO	Erro! Indicador não definido.3
 2.1. O Bullying: Conceituação	Erro! Indicador não definido.3
2.1.1 A Violência No Âmbito Escolar	Erro! Indicador não definido.5
2.1.2 A origem da violência escolar	Erro! Indicador não definido.6
2.1.3 A Relação Familiar	Erro! Indicador não definido.7
2.2 A Responsabilidade Civil No Direito Brasileiro	Erro! Indicador não definido.7
2.3 A Responsabilidade Civil Pela Prática De Bullying	Erro! Indicador não definido.9
2.3.1 A Responsabilidade Do Autor Maior De Idade	Erro! Indicador não definido.1
2.3.2 A Responsabilidade Do Autor Menor De Idade	Erro! Indicador não definido.2
2.3.3 A Responsabilidade Dos Pais	Erro! Indicador não definido.3
2.3.4 A Responsabilidade Dos Estabelecimentos De Ensino	Erro! Indicador não definido.5
2.4 A Judicialização Das Relações Escolares	Erro! Indicador não definido.8
2.4.1O Código Civil	Erro! Indicador não definido.9
2.5 A Punição Criminal Pela Prática Do Bullying	30
2.6 O Papel Da Escola Na Erradicação Do Bullying	33
2.7 O Papel Da Família E Da Sociedade Na Erradicação Do Bullying	36
3. MATERIAL E MÉTODO .........................................................................................41
4. RESULTADO E DISCUSSÃO..................................................................................42
4.1Violência Patrimonial..........................................................................................42 
4.2 Violência Simbólica............................................................................................43
4.3Violência entre Alunos.......................................................................................43
4.4 Violência contra o Professor..............................................................................44
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................45
6. REFERENCIAS.......................................................................................................46
O BULLYNG E A RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO BRASILEIRO
RESUMO:A presente pesquisa visa trazer a tona a respeito das diversas formas de violência escolar ocorridas que por sua vez caracterizam o bullying através de conceitos que diferenciam estas mazelas, no que tange a responsabilidade civil, e como este é trazido pelas questões jurídicas. Utilizando-se de análises interpretativas de determinados autores, ficou clara a identificação de seus participantes. Insta salientar, que a aplicação da norma ao caso concreto, foi de extrema importância para o desenvolvimento do mesmo. O método utilizado foi o dedutivo, que por intermédio de todo o pesquisado, foi possível perceber os impactos que o bullying traz, principalmente no ambiente escolar. Além do mais, foi de grande relevância, trazer a abordagem do papel influenciador, quer seja dos pais, do ambiente escolar e até mesmo da sociedade, chegando a um consenso de que, em se tratando de bullying sempre será necessária uma ação conjunta para ao menos tentar diminuir os altos índices que vem ocorrendo, bem como fazer valer o que reza nossa legislação.
Palavras- Chaves : Violência escolar, Bullying, Responsabilidade Civil, Escola, Impactos
ABSTRACT: The present research aims to bring out about the various forms of school violence occurring, that in turn characterise bullying through concepts which differentiate these ills, as regard the civil liability and how it’s brought by legal questions. Using a interpretative analysis of certain authors, it’s been clear identify the participants. Urges point out that the enforcement of the law in a concrete case was extremely important to the development. The method used was the deductive which for intermediar of allteh researches has enable to realize the impacts brought for bullying, mainly in the school environment. Moreover, it was very significant bring the influential role approach, wheter it’s parents, school environment and even of the society, reaching an understanding that in the case of bullying always will be necessary a joint action, for at least try decrease the high rate that have been occuring, as well as make uphold ours legislation
Key words: School Violence; Bullying; Civil Liability; School; Impacts.
INTRODUÇÃO
Alguns casos de violência escolar, comopor exemplo, o “Massacre em Realengo”, que ocorreu em meados de Abril de 2011, ou até mesmo o fato do “menino envenenado por colegas de escola” em meados de junho de 2011, geram manifestações e extremas discussões no que tange a responsabilização de seus autores. Por isso, a importância de se abordar esses fatores, bem como sua relevância no âmbito jurídico. 
É sabido, e para tanto não é nem necessário um vasto conhecimento de que a violência no âmbito escolar é um fator que se arrasta de tempos, porém nos dias atuais, este tipo de violência, recebe a denominação de Bullying. Pouco trazido pela mídia e afins, comumente acontece na escola, faculdades/universidades e, até mesmo no local de trabalho. 
O objetivo de abordar este tema, no transcorrer desse trabalho, é que especificamente no universo escolar, tanto a vítima quanto o agressor são geralmente e incapazes, o que acaba por dificultar a responsabilização no que tange aos danos deixados.Arraigada da dificuldade de responsabilizar os agressores também se tem extrema dificuldade ante o silêncio das vítimas agregados da omissão dos expectadores.
Embora seja de cunho do judiciário em tratar da gravidade dos problemas ocasionados por tal violência, à pesquisa apontará fatores colaboradores para tal ato, bem como trará pontos importantes para que se possa deixar claro a necessidade de uma atenção maior ao assunto, vez que é notório o fato de que o bullying pode gerar diversos
tipos de violência, e arraigadas a elas, de acordo com a legislação vigente, suas punições.
E, diante desses diversos fatores, surge a necessidade de trazer em voga, as formas de violência e quiçá, suas punições. Compreende um assunto delicado, já que pode gerar resultados extremamente danosos, tanto para a vítima, quanto ao agressor, e muitas vezes esses resultados podem vir a se expandir na sociedade.
Desta feita, somente após, um estudo aprofundado no que tange à responsabilidade civil nos casos de bullying, poderá se propor medidas de contenção para tais atos, a fim de buscar a solução e bem como atenuar os conflitos, não se esquecendo do foco principal, que é a atuação do Direito Civil nos diversos casos.
O BULLYING E A RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO BRASILEIRO 
2.1. O Bullying: Conceituação 
	
Bullying nada mais é que a práticas de atos violentos, intencionais e repetidos, contra uma pessoa indefesa, os quais podem causar danos físicos e psicológicos às vítimas.
	O termo surgiu a partir do inglês bully​, palavra que significa tirano,  brigão ou valentão, na tradução para o português. 
No Brasil, o bullying é traduzido como um ato de bulir,  tocar,  bater,  socar,  zombar,  tripudiar,  ridicularizar, colocar apelidos humilhantes e etc. Essas são as práticas mais comuns do ato de praticar bullying. A violência é praticada por um ou mais indivíduos, com o objetivo de intimidar, humilhar ou agredir fisicamente a vítima (FANTE, 2005).
O bullying de modo geral é feito contra alguém que não consegue se defender ou entender os motivos que levam a tal agressão. Frequentemente, a vítima tem receio dos agressores, seja por causa da sua aparente superioridade física ou pela intimidação e influência que exercem sobre o meio social em que está inserido.   
Bullying é um modo de falar que não faz parte dos dicionários de língua portuguesa embora a sua utilização seja cada vez mais habitual no nosso idioma. 
O conceito refere-se à intimidação escolar e a toda forma de maus-tratos físicos, verbais ou psicológicos que se produzem entre alunos, de forma repetida, constante e ao longo do tempo. 
O bullying normalmente acontece em sala de aula e até mesmo no recreio. Este tipo de violência, ou conduta, afeta crianças e adolescentes entre os 12 e os 15 anos, ainda pode se estender a outras idades. 
O agressor (ou molestador) incomoda a sua vítima de diversas maneiras, no silêncio ou com a cumplicidade dos restantes colegas. É habitual que o conflito comece com brincadeiras que acabam por se tornar sistemáticas e que podem resultar em murros (socos) ou outro tipo de agressões físicas (BARROS, CARVALHO E PEREIRA, 2009).
Os casos de bullying revelam um abuso de poder. O molestador/abusador consegue intimidar o outro, o qual o vê como sendo mais forte, independentemente de essa força ser real ou subjetiva. 
Aos poucos, a criança importunada passa a sentir diversas consequências psicológicas face à situação, tendo medo de ir para a escola, mostrando-se retraído com os seus companheiros, etc. 
Com as novas tecnologias, o bullying expandiu-se para o lar das vítimas, daí o nome de ciberbullying. Os abusadores molestam através da Internet, com correios electrónicos intimidatórios, a divulgação de fotografias retocadas, a difamação nas redes sociais e até a criação de páginas web com conteúdos agressivos. 
Compreende-se em Constantini (2004, p. 69) que bullying é um tipo de violência causada por uma ou várias pessoas: . 
“O bullying trata-se de um comportamento ligado à agressividade física, verbal ou psicológica. É uma ação de transgressão individual ou de grupo, que é exercida de maneira continuada por parte de um indivíduo ou de um grupo de jovens definidos como intimidadores nos confrontos com uma vítima.”  
O bullying se caracteriza por alguns tipos de maus tratos como físico, verbal, moral, sexual, psicológico, moral, material e virtual e ocorrem quase sempre quando um ou mais integrantes de um grupo escolhem um indivíduo para ser espiado pelo grupo que o agride sem que este consiga se defender. 
Os agressores ainda induzem a opinião dos demais colegas por meio de boatos que o difamam ou apelidos que intensificam suas características tanto físicas, quanto psicológicas e seu jeito taxado como diferente esquisito ou negativo. 
O bullying não é um problema só do nosso país, mas sim, de uma dimensão internacional, visto que, por ano, cerca de 350 milhões de crianças enfrentam estas atitudes grosseiras e humilhantes de bullying em todo o mundo e que essa é considerada uma das principais causas de abandono escolar.  ( https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/definicao-de-bullying/319180) 
 
No Estado de São Paulo, a legislação jurídica definiu bullying como atitudes de violência psicológica e/ou física, que acontecem sem motivos inequívocos e praticados com a intenção de intimidar ou agredir as pessoas, causando angústia e dor.
Também são consideradas formas de bullying os insultos pessoais, comentários metódicos, apelidos pejorativos, ameaças, hostilidade, isolamento social e consciente e premeditado com a intensão de intimidação, humilhação ou discriminação.
O que antes era apenas uma brincadeira de criança, hoje já é visto como uma coisa mais séria, ou seja, um problema de saúde pública. A grande mudança foi à atenção que a sociedade deu para o tema.
Por desrespeitarem os princípios constituintes, a conduta de que a prática bullying configura ato ilícito, o Código Civil determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gere o dever de indenização. Também pode se enquadrar no Código de Defesa do Consumidor, visto que as escolas são prestadoras de serviço aos consumidores e, portanto, responsáveis por atos de bullying que ocorram em seu contexto (MACIEL, 2015).
2.1.1 A Violência No Âmbito Escolar
Não é tão simples se aplicar uma definição com base nos interesses que movem a sociedade, todavia, estes devem confrontar limites, para que se adequem ao tema proposto, vez que não se podem ultrapassar vertentes que não fazem referencia ao abordado.Neste sentido, é importante tratar o conceito de violência nas escolas, sem ultrapassar as delimitações e assim, associá-la ao tema em questão, que é o bullying.
Eric Debarbieux, aborda:
A maior parte dos autores que investigam o problema da violência escolar aceita uma definição ampla que inclui atos de delinquência não necessariamente passiveis de punição, ou que, de qualquer forma, passam despercebidos pelo sistema jurídico. (DEBARBIEUX, 2002, p.60)
Perceptível fica que o termo violência é adotado como atos de delinquência, que merecem punição variando esta de acordo com o entendimento e a abordagem dos tribunais. 
	2.1.2 A origem da violência escolar
É sabido que a violência propriamente dita, existe desde os primórdios da humanidade, não sendo possível mensurar seu marco inicial já que ela passou a ser notada, a partir do momento em que cada ser expressou reações que por sua vez, fazem parte da natureza do ser humano.
Nesta toada, ficou claro que a agressividade proveniente do homemsugerida por Thomas Hobbes é a mesma que também defende o estado natural sendo egoísta e limitado apenas pela força do outro ou “a guerra de todos contra todos”.
Neste segmento, Hobbes propõe que para segurança de todos e conservação da espécie, é necessário à instituição de um poder comum, o Estado. Reza ainda, que, “a origem das sociedades amplas e duradouras não foi à boa vontade de uns para com os outros, mas o medo recíproco.” 
	2.1.3A Relação Familiar
Assim como ressalta o Relatório da UNESCO, da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, são os pais quem devem preparar os filhos para ingresso na sociedade:
"A família constitui o primeiro lugar de toda e qualquer educação e assegura, por isso, a ligação entre o afetivo e o cognitivo, assim como a transmissão dos valores e
normas". (UNESCO, 1996. p. 111)
Todavia, quanto mais o tempo passa, cada vez mais o valor familiar vem se perdendo e se distanciando da convivência em harmonia e do conceito de disciplina. Isso se deve ao fato de que cada vez mais esse tipo de convivência e de relação familiar vem se perdendo, já que com os novos tempos, surge a necessidade de os pais deixarem seus filhos muito cedo nas creches para que possam trabalhar.
Assim, a relação/responsabilidade entre pais e filhos, fica sendo o ato de apenas suprir as necessidades físicas, e deixando toda a parte psicológica e formadora de caráter para os professores, o que não deveria acontecer, já que os professores não possuem a obrigação de educar ou até mesmo criar seus alunos.
Ackerman observa que o modelo de sociedade atual, como forma de comprovar o que vem acontecendo:
Tem alterado a configuração da vida familiar e tem abalado os padrões estabelecidos de Indivíduo, Família e Sociedade. [...] Seres humanos e relações humanas foram lançados em um estado de turbulência, enquanto a máquina cresce muito, à frente da sabedoria do homem sobre si mesmo. A redução do espaço e a intimidade forçada entre as pessoas vivendo em culturas em conflito exigem um novo entendimento, uma nova visão das relações do homem com o homem e do homem com a sociedade. (ACKERMAN, 1986, p. 17).
E como consequência desse distanciamento da relação familiar, os filhos acabam criando um apego maior aos meios de comunicação, sendo a internet, a meio mais comum nos dias atuais. Isso é muito perigoso, já que derruba todos os quesitos da importância da convivência entre pessoas, família e amigos, afastando-os daquilo que contribui para formação de caráter, levando muitas vezes a se tornarem jovens que praticam atos subversivos.
2.2A Responsabilidade Civil No Direito Brasileiro 
É evidente que existe a responsabilidade em diversos outros ramos do Direito, por exemplo: penal, tributário, administrativo, entre outros, contudo, aqui se refere à responsabilidade na esfera civil.
Para Rodrigues (2002), responsabilidade civil é o dever de indenizar outrem, dever esse imputado a alguém em razão dos prejuízos ocasionados por ato praticado por ele próprio, ou por fato de outras pessoas ou coisas delas dependentes. E o que interessa para o Direito é entender se os danos causados à vítima devem ou não ser reparados por quem os provocou.
Além disto, o autor é persuasivo que, no âmbito civil, existe a responsabilidade resultante da violação de um interesse privado e não público, como acontece na esfera penal, mas nada impossibilita que, um mesmo ato/fato gere responsabilização penal e civil ao agente.
Com a pretensão de pressionar o agente, causador do dano, a repará-lo transmitindo-se no mais simples sentimento de justiça. O dano causado pelo ato ilícito rompe o equilíbrio jurídico-econômico anteriormente existente entre o agente e a vitima. Com a necessidade de se reparar os danos faz parte dos costumes e do direito de cada povo, desde os Romanos, até a nossa legislação civilista atual. 
A responsabilidade Civil passou a ser um dos ramos do direito que mais chama a atenção dos juristas e vem sendo atualizada para adequar os fatos ilícitos que surgem com os novos conflitos atuais. Esse fenômeno sempre existiu para coibir todos que praticam atos ilícitos contra o seu próximo, e que assim todos possam ser responsabilizados.    
Todavia, assim  que transforma ao longo do tempo a responsabilidade é considerado um bom senso, uma compensação  para reparar o que foi causado de forma ilícita contra alguém. 
Completa Cavalieri (2012, p. 15) que:
A responsabilidade tem por elemento nuclear uma conduta voluntária transgressora de um dever jurídico, tornando-se, então, possível dividi-la em diferentes espécies, dependendo de onde provém esse dever e qual o elemento subjetivo dessa conduta. 
Dessa maneira, seu elemento nuclear é descumprimento de um dever jurídico por conduta voluntária do agente, possibilitando para este, quando acarreta dano a outrem, o dever de responder pelas consequências jurídicas daí decorrentes.   
Conforme descreve Bucci (2009, p. 287): 
Os direitos de segunda geração decorrem historicamente dos movimentos de cunho social e visa, dessa forma, a favorecer a proteção dos direitos de primeira geração, principalmente o direito a igualdade, ou seja, os direitos de segunda dimensão são os direitos sociais, que visam a oferecer os meios materiais imprescindíveis à efetivação dos direitos individuais. Também pertencentes a essa categoria os denominados direitos econômicos, que pretendem propiciar dos direitos sociais.
Pode-se compreender que, historicamente, de geração a geração buscam-se direitos de cidadão; da mesma forma, ocorre com o indivíduo que causar dano a outrem, terá o dano reparado, visando assim à efetivação dos direitos individuais e coletivos. 
2.3A Responsabilidade Civil Pela Prática De Bullying 
Em razão dos recentes acontecimentos ocorridos por conta do bullying, será necessária uma análise mais aprofundada a respeito do tema. 
O bullying estimula a delinquência e induz a outras formas de violência explícita, produzindo, por sua vez, cidadãos estressados, deprimidos, com baixa autoestima, capacidade de auto aceitação e resistência à frustração, reduzida capacidade de autoafirmação e de auto expressão, além de propiciar o desenvolvimento de sintomatologias de estresse, de doenças psicossomáticas, de transtornos mentais e de psicopatologias graves. 
Tem, como agravante, interferência drástica no processo de aprendizagem e de socialização, que estende suas consequências para o resto da vida podendo chegar a um desfecho trágico. 
Em situações de ataques mais violentos, contínuos e que causem graves danos emocionais, a vítima pode até cometer suicídio ou praticar atos de extrema violência. 
Pode parecer exagero para quem nunca teve contato com o tema bullying, mas a realidade demonstra que suas vítimas sofrem muitas vezes de maneira intensa, gerando depressão e inclusive suicídio. 
Ainda tem aqueles que foram vítimas de bullying quando jovens e carregam traumas do sofrimento enfrentado para a vida adulta, transformando-se em pessoas ansiosas, inseguras, depressivas e até agressivas, com fortes possibilidades de reproduzirem nos ambientes em que estiverem inseridos, seja na família, no trabalho, etc., a violência enfrentada no passado.
O Código Civil traz algumas previsões em seus art. 949 e 950, de formas de indenização imputáveis àquele que, ao agir, provocar lesões corporais em alguém, as quais são, então, decorrentes de um ato ilícito, ou, trazendo para o presente contexto, uma briga entre alunos, no ambiente escolar, e, até mesmo, entre profissionais, geralmente superior e subalterno, que se desentenderam no local de serviço.
Ora, incontestável é que, todo aquele que causar danos à outra pessoa será obrigado a indenizá-la, uma vez ter cometido ato ilícito, conforme descreve o art. 186 do CC: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
Podemos afirmar que, se os agressores forem maiores de idade, eles mesmos serão condenados, tanto civilmente como criminalmente.A finalidade de se estabelecer o instituto da responsabilidade civil é trazer proteção, abraçar àquilo que é lícito, reprimindo assim o ilícito. 
Com o propósito de garantir que se concretizem os atos praticados por quem se comporta contrariamente à lei, ou então corrigir aquele que realizou conduta adversa, porque somos responsáveis pelo que praticamos. 
Assim, a responsabilidade civil traz consigo um caráter de obrigação secundária, a qual passa a existir quando alguém deixa de cumprir a obrigação primária que lhe caiba, nos casos das obrigações de dar e fazer, como também quando se tem a obrigação de privação, de fazer com que a pessoa não atue de modo contrário a lei.
Além disso, vem impresso no art. 5º da nossa Carta Magna,
a proteção a todos os indivíduos, garantindo assim, igualdade, liberdade, segurança e a todos os direitos intrínsecos à pessoa humana, ratificando a ilicitude da prática do bullying.
2.3.1 A Responsabilidade Do Autor Maior De Idade
Com relação ao autor da prática de bullying, reza Adriano Ferrari:
A regra geral de responsabilidade civil determina que o causador do dano, sendo capaz, deve responder civilmente, com os seus próprios bens (art. 942, primeira parte, do CC). No entanto, em situações excepcionais, admite-se que terceiro seja alcançado para efeito reparatório. O art. 932 do CC é o principal artigo de responsabilidade civil por ato de terceiro, também conhecida por responsabilidade civil indireta. Preceitua o inciso I do referido artigo que são também responsáveis pela reparação civil "os pais pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia". Portanto, os pais respondem civilmente pelos atos praticados por seus filhos menores, nos termos do art. 932, I, do CC.
O art. 932, em outro inciso (IV), prescreve que são também responsáveis "os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos". Assim, a escola também pode ser responsabilizada pelos danos causados por menores que estejam sob sua custódia.
A responsabilidade civil dos "indiretamente responsáveis" é objetiva (art. 933 do CC). Vale dizer, mesmo que não haja culpa de sua parte, serão alcançados pela vítima. E o art. 942, parágrafo único, do CC impõe a solidariedade entre as pessoas designadas no art. 932. Quer isso dizer que a vítima pode cobrar a reparação do dano, na íntegra, de qualquer responsável, isolada ou conjuntamente. (ADRIANO FERRIANI,2011)
Em regra, pode-se perceber que a principal função do Código Civil, é estabelecer punição ao causador do dano, bem como garantir todos os direitos de proteção à vítima perante o judiciário.
2.3.2A Responsabilidade Do Autor Menor De Idade
Baseando-se nas determinações do Código Civil Brasileiro, quanto à capacidade civil, em seus art. 3º e 4º, entende-se que quando o bullying é praticado por pessoa incapaz ou relativamente incapaz, estas não podem responder diretamente pela reparação do dano causado a terceiro, recaindo a obrigação sobre o estabelecimento de ensino, por exemplo, caso o ato tenha sido praticado no local ou em atividade de responsabilidade deste, bem como sobre os pais ou responsáveis pelo agressor.
No que se refere ao menor, este poderá responder com seus próprios bens pelo dano causado embora comumente o menor não tenha bens em seu nome, há situações atípicas que justificam esta análise. 
E, nessa ocasião, o Código Civil de 2002 trouxe importante e discutível reforma. O art. 928 estabelece a responsabilidade subsidiária do incapaz, com certa complexidade, a saber:
"O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes". E o parágrafo único desse artigo dispõe que a indenização deve ser equitativa e não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem. 
O artigo é insatisfatório e de difícil efetividade. A responsabilidade do incapaz deveria ser solidária. Não há razão para preservar o patrimônio do incapaz causador do dano e deixar a vítima dos prejuízos por ele causados em situação jurídica inferiorizada. 
Nessa lógica, a indenização não deveria ser por equidade e sim pela completude do prejuízo experimentado pela vítima. Não deveria ter à vítima a responsabilidade de identificar contra quem ele deverá ajuizar a ação, ou seja, se o menor pode ou não responder em face das limitações impostas pelo art. 928 do CC. 
Apesar dos importunos apresentados pela expressão do art. 928 do CC, a responsabilidade civil por bullying não é absolutamente afetada por referidos inconvenientes. Isso porque o bullying, praticado por menor (entre 12 e 18 anos), também é ato infracional, conforme preceitua o Estatuto da Criança e do Adolescente. 
Conforme o art. 103 do ECA, "considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal". E o art. 116 do mesmo Estatuto estabelece que, "em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, a autoridade poderá estabelecer, se for o caso, que o adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento do dano, ou, por outra forma, compense o prejuízo da vítima". 
Portanto, os limites do art. 928 do CC não precisam ser observados se a responsabilidade civil advém de ato infracional com reflexo patrimonial. Poderia, nesse sentido, haver uma espécie de solidariedade entre o causador do dano e os seus pais. Normalmente, os atos infracionais que caracterizam bullying são lesões corporais, injúria, difamação, racismo etc. 
2.3.3A Responsabilidade Dos Pais
De acordo com Venosa (p.61-66) que faz referência aos art. 932 a 934 do CC, nos diz que, os pais detêm do poder de autoridade sobre seus filhos menores, portanto, este serão responsabilizado civilmente pelos atos ilícitos praticados por seus filhos menores, mesmo que eles, pais, não tenham concorrido de qualquer forma para o acontecimento dos fatos e, ainda, não têm o direito de reaver dos filhos a quantia paga a título de indenização a terceiro.
Nas hipóteses em que os filhos encontrarem-se sob a guarda de apenas um dos pais, a chamada guarda unilateral, prevista no art. 1.583 do CC, se o outro genitor estiver vivo e for pessoa capaz, deverá este responder juntamente com aquele responsável pela guarda, pelos atos ilícitos praticados pelo filho, visto que o Código Civil, em seus art. 1.583, § 3º e 1.589, caput, determina que o genitor que não detenha a guarda unilateral está obrigado a supervisionar os interesses do filho, bem como fiscalizar sua manutenção e educação. 
Consequentemente, percebe-se que a guarda, mesmo que seja unilateral, não isenta o outro genitor dos deveres e obrigações para com seu filho. Sendo assim, os pais são titulares da responsabilidade por seus filhos menores, a qual é transferida à escola enquanto estes se encontram sob sua guarda, propondo a hipótese de que os dois sejam responsabilizados pelos atos ilícitos por seus filhospraticados.
Ou seja, os pais, também são responsáveis pelos danos causados, por seus filhos menores. A questão é a de saber se a responsabilidade dos pais concorre com a da escola. 
De acordo com o que foi examinado, os pais são responsáveis pelos filhos que estão "sob sua autoridade e em sua companhia". Há controvérsia na doutrina sobre a interpretação mais adequada para a expressão "autoridade e companhia". 
Segundo alguns autores, a coabitação seria o elemento para atender ao reclamo legal. Segundo outros, a delegação de vigilância com caráter de substituição seria suficiente para excluir a responsabilidade dos pais por faltar a tal "companhia". 
No entanto, parece-nos que a imprecisão do texto legal é sábia e o exame do caso concreto deve definir se a responsabilidade dos pais concorre com a da escola nos casos de bullying praticado dentro do ambiente escolar. 
Muitas vezes, apesar de o agressor não estar na companhia de seus pais, os seus atos na escola transcorrem de sua personalidade e educação (falta de). Por isso, em princípio, a vítima deve estar em condição agradável, podendo ajuizar ação contra a escola, contra os pais ou contra todos os respectivos responsáveis pelo dano causado. 
 	Ainda assim, deve então ser examinado o caso concreto para saber se a responsabilidade é de ambos os pais ou de apenas um deles. Clito Fornaciari Júnior, em recente artigo publicado no jornal Tribuna do Direito (nº 196, de agosto de 2011), intitulado.
“Responsabilidade por ilícito praticado por menor" analisa com propriedade o assunto. Segundo ele, alguns atos praticados pelo filho advêm de atitude atribuível a somente um dos pais; outros não. E os danos, por sua vez, podem ser patrimoniais e morais. Estabelece
se por danos patrimoniais todas as despesas feitas com médicos, tratamentos, terapias, remédios, entre outros. Os danos morais são ainda mais evidentes porque a violência no bullying traz sofrimento à vítima, dor e constrangimento. 
  	É essencial que, pais, professores, diretores de escola, sociedade, Estado se dê o devido valor ao assunto. Pois existem algumas leis estaduais que procuram combater tal prática, e também alguns projetos de lei que estão tramitando no Congresso Nacional sobre o assunto. Todavia sem que seja dado o devido valor por todos aqueles que consideram o bullying como um processo natural e até saudável, ou simples brincadeiras de crianças, a tarefa será obscura. Almeja se que a conscientização da sociedade seja alcançada no menor tempo possível e que as questões técnicas sobre responsabilidade civil em casos como esses sejam difundido e que estes fiquem apenas para a história das futuras gerações.
2.3.4A Responsabilidade Dos Estabelecimentos De Ensino
O tema bullying tem sido habitual e causador de inúmeras dúvidas, em particular na esfera da responsabilidade civil dos estabelecimentos de ensino. Essa espécie de violência não é recente e muito menos novidade, algo que surgiu agora, mas somente há pouco tempo passou a ser encarado como um problema real, após uma série de estudos iniciados em outros países, passando pela Europa, Estados Unidos, até chegar ao Brasil, o que antes era considerado uma mera brincadeira de criança, hoje já se sabe muito bem das consequências que estas trazem.
De forma que quando o bullying acontece na esfera de escolas privadas fica incontestável a responsabilidade de indenização daquele que sendo vítima, independentemente da culpabilidade ou não por parte do estabelecimento de ensino, uma vez que evidenciado os quesitos de conformação da responsabilidade civil oriundo da relação de consumo, prevista no art. 14, do CDC, visto que, o serviço é fornecido em contrapartida a uma prestação de pagamento das mensalidades, ficando evidente a obrigação de reparar os danos, que tem cabimento às instituições de ensino, portanto é um serviço “comprado”, faz parecer coerente com a obrigação das escolas privadas e semelhantemente com as escolas públicas.
No entanto as escolas públicas como as privadas existem a celebração de um contrato pelas partes e o fornecimento de um serviço, o que faz disso a caracterização de uma relação de consumo, gerando assim, em ambos os casos, o dever de indenizar, ou seja, o dever de reparar o dano causado àquela vítima. 
A questão que poderia diferenciá-las é o fato de que o ensino público é evidenciado como prestação de serviço público, instituído no art. 22, do CDC, o qual deve ser apropriado, efetivo e seguro e, no caso dos essenciais, devem ser contínuos, considerando que o descumprimento dos requisitos gera dever de reparação dos danos; enquanto o ensino particular é prestação de serviço por meio de remuneração. 
Além disso, vale salienta o art. 37, § 6º da Constituição Federal:
“Art. 37. § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”.
Conforme discorre o art. 6º do Código de Defesa do Consumidor, este garante que, em uma relação de consumo, devem ser averiguado aos consumidores os direitos básicos, como o da vida, saúde e segurança, ou seja, na contribuição e prestação de seus serviços ao fornecedor, ao qual fica responsável pelo bem-estar de seus consumidores, sendo assim com o descumprindo, este deverá ser responsabilizado pelos danos materiais ou morais que venham a ocorrer, independente de culpa ou dolo.
Compreende-se então que a responsabilidade da entidade Pública diante ao acontecimento de bullying será objetiva, de acordo com o estabelecido na Teoria do Risco Administrativo, encontrando embasamento no parágrafo § 6º do art. 37 da Constituição Federal, no caso de que o dano tenha ocorrido e provocado por agentes públicos e em razão desta qualidade, cabendo assim ação de regresso por parte da instituição em face ao agente causador do dano (art. 934, CC)
Indispensável que se faça uma observação referente à responsabilidade das Entidades Públicas, pois, uma vez constatada a omissão da instituição de ensino, por exemplo, em tomar as medidas cabíveis para impedir que ocorra novamente o bullying, fica caracterizada a responsabilidade de forma subjetiva, ou seja, resultante da culpa.
As entidades de ensino devem estar preparadas para tal forma de acontecimento essencialmente porque, em se tratando de responsabilidade civil, algumas das excludentes clássicas, como a legítima defesa, a culpa exclusiva da vítima e até em alguns casos o fato de terceiro, não se aplicam. Pois os pais ao deixar seu filho na escola, o responsável legal concede a missão de guarda e vigilância, que passa a ser plenamente assumido pela instituição. Independentemente, em se tratando de estabelecimentos de ensino, há a aplicação incontestável da responsabilidade objetiva.
Dessa forma, fundamentado no dever de guarda e vigilância, certamente de que a escola deve empregar todos os esforços no sentido de proteger a integridade física e psíquica de seus alunos.
É interessante prestar esclarecimentos que todas as instituições de ensino, sejam estas públicas ou privadas, de educação fundamental, média e até mesmo superior, estão submetidas a serem responsabilizadas em caso de episódios de bullying(BERNARDO, 2012).
Apesar de que alguns estudiosos compreendam que as universidades estariam fora desse grupo, não partilham desse posicionamento, tendo em vista que as consequências oriundas, por exemplo, da negativa em integrar-se de um trote, os quais geram perseguições constantes e até mesmo de hostilidade a indivíduos, e que muitas vezes persiste por todo o período acadêmico..  É o que dizem cinco atuais e ex-reitores, o Conselho de Reitores de Universidades Brasileiras, dois pesquisadores e a ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior). 
Consequentemente, visando assim às limitações mencionadas referentes à exclusão da responsabilidade, da mesma maneira que o fato a ser utilizada a hipótese concreta, não há outra possibilidade que não seja a de ser estafante trabalhado a precaução. Como já foi relatado, inicia-se com disseminação de muita informe sobre o tema. 
A partir deste momento a necessidade de qualificação da direção, coordenação, corpo docente, colaboradores e pais, para que qualquer um tenha o poderio de reconhecer o problema.
Finalmente, o bullying é uma existência real da qual nenhum estabelecimento de ensino está livre. A recomendação e direcionamento devem ser permanentes é o melhor meio de se precaver a prática de tal hostilidade, que, se identificada e tratada há tempo, e cortarão o mal pela raiz e assim inúmeros aborrecimentos, porquanto, serão elevadas as chances de que este agressor e até mesmo esta vítima de hoje sejam o facínora de amanhã.
2.4A Judicialização Das Relações Escolares
Com todos os problemas envolvendo a violência e obullying o ordenamento jurídico precisa estar ativo para a ação da justiça no que diz respeito ao universo escolar, a este fenômeno de intervenção da justiça em um meio damos o nome de judicialização ou juridicização (MOREIRA NETO, 2006, 2007).
Assim, Álvaro Chrispino e Raquel S. P. Chrispino rezam que:
Ocorre, de forma derivada, o fenômeno da judicialização das relações escolares, onde a Justiça – agora mais ágil e acessível – é chamada a dirimir dúvidas quanto a direitos não atendidos ou deveres não cumpridos no universo da escola e das relações escolares. A judicialização das relações escolares se dá no mesmo momento em que percebemos a judicialização da política (quando o Poder Judiciário é chamado para interpretar a fidelidade partidária), a judicialização da saúde (quando a Justiça manda que sejam entregues pelo Poder
Público os remédios para doentes crônicos, ou transplantados, etc.) e a judicialização das políticas públicas.(CHRISPINO e CHRISPINO, 2008, p.11)
Como forma de proteção contra esse tipo de violência, é costumeiro algumas vítimas buscarem ajuda através de ações judiciais, a fim de garantir os seus direitos, de forma que a grande maioria parte destas resultam em indenizações por danos morais, materiais e de imagem. Neste ponto Nicolau e Nicolau escreveram:
“No convívio escolar o aluno deve ser protegido para que não sofra qualquer dano, seja de ordem moral ou material e esta proteção tem que ser a preocupação maior da própria instituição que o abriga. [...].
O dano a ser indenizado não se restringe apenas ao dano material e estético, pois as instituições de ensino não são apenas responsáveis pela incolumidade física de seus alunos, mas, também, por danos morais e à imagem de cada um deles que ali estão para se tomarem melhores, mais sábios, respeitados e dignificados e qualquer lesão praticada no ambiente escolar deve ser evitada pela escola sob pena de se responsabilizar por ela. Isso já ocorre no cotidiano vivenciado por estudantes, notadamente menores ou do ensino fundamental, provando que as indenizações por dano moral mudam a relação colégio (professor) e alunos, impedindo que traumas infantis ou de adolescência se repitam, evitando-se prejuízo, desvio ou retardo na formação de personalidade. Atitudes sábias guiam uma vida e convém conscientizar disso os educadores-empresários, embora com condenações pecuniárias motivadoras.”(NICOLAU e NICOLAU, 2006, p.240-241)
Seguindo o contexto, para que se tenha o efeito desejado, surge à necessidade da criação de um elo– nexo causal – que os correlacione – violênciaescolar, o bullying e a responsabilidade civil – para tanto, é necessário ter conhecimento dos dispositivos que guiam tal relação, compreendendo principalmente sua aplicabilidade no Código Civil vigente.
	2.4.1O Código Civil
O código civil vigente traz direitos e obrigações no que tange às relações de ordem privada, desta forma, o contexto trazido no art. 932 aborda a questão da responsabilidade dos danos causados dentro na unidade escolar, cujo texto é:
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.
	
O artigo acima trata da responsabilidade quanto à reparação dos danos na esfera civil, bem como sua responsabilidade. Tal fator, é de extrema importância, principalmente quando se visa buscar punição ao autor desse ato tão cruel. Assim, é possível entender que quando se coloca em pauta a escola e o direito à tona, é de grande relevância o instituto da responsabilidade civil, daí a importância de abordar o assunto.
	2.5 A Punição Criminal Pela Prática Do Bullying	
Este mal “bullying” está presente em todos os lugares, em toda camada sociais.  É só ser diferente ou apenas se destacar de alguma forma, que o sujeito pode se tornar um padecente em potencial. Cada um de nós poderia se tornar uma vítima. 
É necessário buscar a adversidade em sua origem e principalmente no contexto familiar em especial do agressor, que a maior parte das vezes, é uma vítima em sua própria casa.
O “bullying”, apesar de não ser previsto no Código Penal, pode sim ser caracterizado de tal forma. É necessário dividir cada ação praticada pelos ofensores e é dessa maneira que poderão ser repreendidos.
Se notarmos bem a prática do “bullying”, podemos constatar que os agressores executam atos que vão da lesão corporal a tortura, batendo, machucando, muitas das vezes essa agressão leva a sua vítima à morte e em outras vezes, a própria vítima acaba cometendo suicídio pra se livrar daquela vida de sofrimento que estavam atravessando(MIRANDA, 2018).
A mártir de “bullying” pode também ser vítima de homicídio (Art.121, CP), no decurso de um confronto ou até mesmo de tanto ser agredido de seu agressor ou até mesmo agressores (SPINOSA, 2017).
De acordo com o Código Penal em seu art. 121, – Matar alguém:Pena – reclusão de 6 (seis) a 20 (vinte) anos.
Homicídio é a morte de um sujeito provocada por outro sujeito.  É a subtração da vida de uma pessoa realizada por outra.  O homicídio, ou assassinato é uma transgressão por excelência.  
Como dizia Impallomeni, todos os direitos partem do direito de viver, pelo que, numa ordem lógica, o primeiro dos bens é a vida. 
O homicídio tem a perfeição entre os crimes considerados mais graves, pois é a infração contra a fonte da mesma norma e seguridade integral, compreendendo que todos os bens públicos e privados, e todas as instituições é primordial sobre o respeito à existência dos indivíduos que compõem o aglomerado social”. (CAPEZ, 2006, p.3).
Diversas vítimas de “bullying” chega a praticar suicídio, encorajadas por seu torturador ou na maior parte das vezes para escapulir da angústia em que está sofrendo.  Vítimas de aflições.  
O autocídio pode ser realizado desacompanhado, mas também pode ser realizado com o auxílio de um mediador, em que pode se configurar como crime de “Induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio” (Art. 122, CP).
	De acordo com o art. 122, CP – Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça:Pena – reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
Efetivamente, a expressão principal da conduta ilícita descrita no Art. 122 – induzir, instigar e auxiliar atribui de forma complementar diferente daquela que têm quando se faz referência à atuação em sentido amplo.  Não se refere na atuação, no sentido função desnecessária, secundária, como acontece no instituto da ação em “stricto sensu” -, mas no exercício essencial, básico específico, representando de maneira irregular danoso sem desvio do bem jurídico que é a vida. (BITENCOURT, 2011, p.123, 124).
É possível ser vítima de lesão corporal, conforme preceitua o Art. 129 do Código Penal.Art. 129, CP – Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
De acordo com a fundamentação do Código Penal,
[...]o crime de lesão corpora “foi estabelecido como ofensa à integridade corporal ou saúde, isto é, como todo e qualquer prejuízo provocado frequente ligado ao corpo humano, à luz anatômica, até a luz de vista físico ou mental”. Compreende-se, dessa maneira, que qualquer dano provocado à integridade física e à saúde fisiológica ou mental do homem, sem, contudo, o animus necandi. (CAPEZ, 2006, p.130)
Portanto a ofensa à integridade corporal ou saúde é crime comum, sendo capaz de ser cometido por qualquer sujeito ativo, sem nenhuma qualidade ou condição especial; crime material e de dano, que simplesmente se efetive com a realização de resultado, ou seja, com a lesão ao bem jurídico; imediato, sendo capaz de apresentar-se sob o aspecto doloso, culposo ou preterdoloso(BITENCOURT, 2011).	
A partir de 2015, o país passou a ter uma lei própria relacionada a pratica indevida de atos de agressividade tanto física quanto a psicológica. Com a decretação da Lei 13.185/2015, passou então a ser reconhecida o incidente e os riscos decorrentes dessa prática desenfreada, e com isso acrescentou os dispositivos para sua precaução (VILLELA, 2015)
Com o surgimento da lei, passou-se a precaver as ações do Ministério da Educação para promover estímulo à compreensão e atenuação desta prática, de
forma que o governo já desenvolve programas com linguagens lúdica e atraente de embate à ação entre os adolescentes com propósito de acrescentar instrução de valores aos cidadãos.
A lei preceitua oito formatos de crimes previstos. São eles: Verbal, Moral, Sexual, Social, Psicológico, Físico, Material e Virtual. A execução de uma ou mais destas ações são agora suscetível de condenação a todos os envolvidos, diretamente ou até mesmo indiretamente, com ênfase para ambientes como escolas e clubes, que, caso não proporcionem as medidas adequadas para dificultar e interromper a eventualidade, será passível a ser penalizadas por omissão.
Ou melhor, confirmada a acessão seja de qual for dos formatos tipificados, este poderá vir a obter penalidade na esfera criminal, que podem vir a serem atos infracionais, em se tratando de menores envolvidos estes crimes serão respondidos na Justiça comum caso se tratem de adultos. 
Portanto há também responsabilidade na esfera cível, assim sendo em se tratando de menores, a responsabilidade e a punição criminal recairão sobre os pais.(SARAIVA, 2010, p. 147-148)
No entanto, a lei recebeu várias discordâncias de autoridades jurídicas e mestres, uma vez que como verificamos esta não traz tipificação legal passível de punição daqueles que são os causadores de tal situação, com a nova lei algo que possa assim intimidar. Ela simplesmente deixa solta a promoção das ações jurídicas, as quais são indispensáveis aperfeiçoar e reprimir aqueles que instigam essa situação.
Atualmente, são frequentes as informações, onde o poder judiciário tem estabelecido reparação moral para as vítimas de bullying.
Um exemplo que ocorreu, no estado de Minas Gerais, onde o juízo da 27ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte condenou os pais de um garoto a pagar indenização de R$ 8.000,00 (oito mil) reais para uma colega de classe [1], ou na comarca de Ceilândia, no Distrito Federal, onde um colégio foi condenado a indenizar um garoto, sob o fundamento de a instituição não tomara providências para resguardar o filho das frequentes agressões que sofria dos colegas[2].
Como foi apontado no parágrafo acima, onde o juiz de Belo Horizonte proferiu decisão atribuindo a responsabilidade de indenização aos pais do menor agressor, enquanto no Distrito Federal o juiz decidiu que a responsabilidade de indenizar era da instituição de ensino. 
2.6O Papel Da Escola Na Erradicação Do Bullying
A escola é vista costumeiramente como um lugar de aprendizado, onde os alunos com base em suas notas terão seus desempenhos avaliados com o cumprimento de suas tarefas escolares.
A escola para tentar solucionar o problema do bullying pode se apoiar em três documentos riquíssimos e que são de alcance nacional e internacional, sendo estes a Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Convenção sobre os Desenvolvimentos da criança da Organização das Nações Unidas, que são base de entendimento com relação ao desenvolvimento e educação de crianças e adolescentes.
Nestes documentos estão previstos os direitos ao respeito a dignidade, sendo a educação entendida como um meio de favorecer o pleno desenvolvimento da pessoa e seu apoio para o exercício da cidadania.
Do mesmo modo o bullying ocorre fora da sala de aula, mesmo assim, a escola tem responsabilidade porque a duplicação dessa prática estará presente na conduta dos alunos. Desta maneira a convivência entre professor e aluno é essencial.
È por intermédio desse canal que o bullying poderá ser percebido. Por essa razão é que os professores necessitam manter-se preparados, instruídos. Pois devem perceber que o bulliyng pode ocorrer a qualquer instante e que a qualquer aluno.
Há estudos que comprova que 17%dos alunos americanos sofrem bullying dentro da escola, isto indica que quase um em cada cinco jovens sofrem, ou seja, de acordo com esta pesquisa é bem provável que o bullying aconteça dentro das escolas, período este em que as crianças são confiadas aos cuidados da instituição. Nesse ponto de vista, podemos afirmar que as escolas tem um poder maior de identificar e combater essa prática, do que mesmo os próprios pais.
A partir do momento que foi identificado o problema, a escola deve-se posicionar e se concentrar para trabalhar com esse aluno ou esses alunos, desenvolvendo atividades que possam reverter a condutos desses alunos. 
Pois ao invés do que muitos pensam expulsa-lo seria prejudicial, danoso, pois não teria para onde ir, ou pior, ele irá para as ruas e assim aprenderá coisas piores ainda. O ideal é trabalhar bem próximo a ele e disponibilizando assistência, oportunizando a modificação, para isso exige muito empenho e comprometimento.
E quanto mais cedo iniciar, melhor será o resultado obtido. Pois alguns estudos revelam que aqueles que praticam ou sofrem bullying carregam graves sequelas para a vida adulta tanto física como mentais, e estes tendem a ter seu empenho acadêmico comprometido, pois estão predispostos a abandonar os estudos. 
Outra curiosidade é que aqueles que praticam bullying tem mais chance de se envolver em crimes. Então combater o bulliyng é também combater o crime precocemente.
De acordo com nosso ordenamento jurídico, atos de assédio escolar configuram atos ilícitos, pois desrespeitam princípios constitucionais e até mesmo o Código Civil, o qual preceitua que todo ato que causar dano a outrem gera o dever de indenizar. 
E também a responsabilidade pela prática desse tipo de assédio escolar, enquadra-se também no Código de Defesa do Consumidor, visto que as escolas prestam serviços aos consumidores e por isso são responsáveis por atos que ocorra em seu ambiente escolar.
Com todo exposto pela mídia, o quanto esta vem divulgando a respeito desse ato que os juris estão mais propensos do que nunca a e simpatizarem com as vítimas. E recentemente esta tem movido ações judiciais contra seus agressores alegando “imposição internacional de sofrimento emocional” e incluindo assim as escolas como acusadas, sob o princípio da responsabilidade conjunta.
Sabe-se que nas escolas estaduais da cidade do Espírito Santo, existe um regime comum que orientam quanto os casos de bullying, em seu artigo 83, é dada como ato infracional a prática de bullying, sendo os procedimentos que a escola deve tomar no artigo 89, que são: encaminhar para o conselho tutelar, menores de 12 anos; fazer ocorrência policial; se for o caso, transferência compulsória. (http://www.brasilescola.com.)
Cléo Fante e José Augusto Pedra, autores do livro Bullying Escolar, dá algumas dicas para evitar o bullying:
Incentivar a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças por meio de conversas, campanhas de incentivo à paz e à tolerância, trabalhos didáticos, como atividades de cooperação e interpretação de diferentes papéis em um conflito; Desenvolver em sala de aula um ambiente favorável à comunicação entre alunos; Quando um estudante reclamar de algo ou denunciar o bullying, procurar imediatamente a direção da escola.
A Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia) sugere também algumas dicas:
Conversar com os alunos e escutar atentamente reclamações ou sugestões; Estimular os estudantes a informar os casos;
Reconhecer e valorizar as atitudes da garotada no combate ao problema; Criar com os estudantes regras de disciplina para a classe em coerência com o regimento escolar;
Estimular lideranças positivas entre os alunos, prevenindo futuros casos;Interferir diretamente nos grupos, o quanto antes, para quebrar a dinâmica do bullying.
Todo local, inclusive o ambiente escolar pode apresentar esse problema. “A escola que afirma não ter bullying ou não sabe o que é ou está negando sua existência”, diz o pediatra Lauro Monteiro Filho, fundador da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapai). 
O primeiro passo é admitir que a escola fosse um local passível de bullying. Deve-se também informar professores e alunos sobre o que é
o problema e deixar claro que o estabelecimento não admitirá a prática.
“A escola deve ser um ambiente não só de aprendizado, de formação, deve também ser um local onde se formam cidadãos, com direitos e deveres, com respeito, solidariedade, cooperação e principalmente de amizade, agir contra o bullying é uma forma barata e eficiente de diminuir a violência entre estudantes e na sociedade” afirma o pediatra( Lauro Monteiro Filho)
Exibição de filmes que retratam o bullying, como “As melhores coisas do mundo” (Brasil, 2010), da cineasta Lais Bodanzky, também ajuda no trabalho. A “partir do momento em que a escola fala com quem assiste à violência, ele para de aplaudir e o autor perde sua fama”, explica Adriana Ramos
A escola deve avisar aos pais sobre os efeitos das agressões entro e fora do ambiente escolar, como na internet por exemplo. A intervenção da escola também precisa chegar ao espectador, o agente que aplaude a ação do autor é fundamental para a ocorrência da agressão, complementa a especialista Adriana Ramos.
Ainda é preciso mediar a conversa e evitar acusações de ambos os lados. “O ideal é que a questão da reparação da violência passe por um acordo conjunto entre os envolvidos, no qual consigam enxergar em que ponto o alvo foi agredido para, assim, restaurar a relação de respeito” explica Telma Vinha, professora do Departamento de Psicologia Educacional da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas.
2.7O Papel Da Família E Da Sociedade Na Erradicação Do Bullying
Por mais que estes desempenhem papéis distintos, o objetivo será o mesmo, na preservação e no combate da prática de bullying, tanto Estado, família e a sociedade possuem esse papel e que é fundamental na vida escolar dessas crianças.
Art. 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente, dispõe que: “É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor”. Sendo assim, o Estado, a família e a sociedade devem atuar seus papéis de forma a respeitar o que está disposto neste artigo.
A família exercerá melhor seu papel iniciando uma participação rigorosa na vida escolar de seu filho, visto que, é nesta etapa que ele poderá identificar o momento exato em seu filho possa estar sendo vítima de bullying ou até mesmo se estiver atuando como agressor.
No decorrer deste processo é essencial que fiquem atentos ao comportamento dessa criança, e até mesmo as mudanças que esta apresentar. Para que isso isto aconteça será preciso que aprendam a ouvi-lo e principalmente que acreditar naquilo que estiverem dizendo, pois muitas das vezes que reclamam por preguiça ou por que é apenas uma desculpa para não ir à escola (FANTE, 2008).
Além do mais é essencial uma orientação a respeito de priorizar os sentimentos, companheirismo, solidariedade, para que estes não venham praticar o bullying ou em caso de serem testemunhas, estas estejam preparadas e possam assim ajudar o próximo (SANTOS, 2012).
Nesse ponto de vista, Fante (2008) dispõe que:
Primeiramente, devemos alertar os pais para que não vejam os filhos somente como vítimas, o que é uma tendência quando se deparam com o tema. É preciso lembrar que muitas crianças na escola adotam comportamentos diferentes daqueles adotados em casa. 
Por isso, é importante que fiquem atentos a qualquer mudança comportamental, mesmo que lhes pareça insignificante. Alterações de humor, insônia, aspecto triste, deprimido, irritado, desculpas para faltar às aulas, desejo de mudança de escola sem justificativas convincentes, queda brusca no rendimento escolar, sintomas psicossomáticos, como dores de cabeça e de estômago, tonturas, vômitos, diarreia, pouco antes de irem à escola, podem ser indícios de vitimização (LINHARES, 2014).
Por outro lado, a adoção de condutas abusivas, desafiadoras, humilhantes, agressividade exacerbada, envolvimento frequente em desentendimentos, expressão de sentimentos de superioridade, de intolerância e de desrespeito, são alguns sinais emitidos pelos praticantes de bullying. 
Em ambos os casos, o ideal é que os pais procurem a escola para trocas de informações e soluções conjuntas, não incentivando jamais o revide ou responsabilizando a criança por suas condutas. 
Vale ressaltar a importância dos bons exemplos, da participação e do acompanhamento na vida escolar e social dos filhos. O ideal é que façam parceria com a escola e encontrem soluções tanto para os filhos que são alvos, quanto para os autores de maus-tratos. 
Ambos necessitam de ajuda e muitas vezes de encaminhamento a outros profissionais, especialmente da área de Saúde. Porém, se a escola não tomar providências, devem procurar o Conselho Tutelar. Dependendo da gravidade do caso, a Delegacia de Polícia (nos casos de bullying virtual, lesão corporal, calúnia e difamação) para lavrar boletim de ocorrência.
Quanto ao dever/papel da família, sociedade e Estado, citemos as palavras de Sponholz(2011):
Infelizmente, o bullying é um assunto inevitável e envolve o Estado, a família e as escolas, ou seja, a sociedade. O fato é que o bullying com esta denominação é um fenômeno novo. O bullying é entendido como uma agressão física, verbal ou psicológico promovido seja por um indivíduo ou grupo em prejuízo de certas vítimas. Neste momento, por que se dá tanto importância ao bullying? Porque estamos em um contexto social diferente e antigamente havia uma tolerância maior, onde existia a violência e as ameaças contra uma minoria, porém se não eram toleradas, também não permitiam naquele contexto social uma reclamação ou reivindicação.
Atualmente, temos uma intolerância por parte destas minorias, seja em virtude de cor, estética ou classe social. De um lado, a tendência da sociedade no sentido de reivindicar o direito destas minorias e do outro está a mesma sociedade dando importância para a estética ou popularidade. 
Na medida em que existe este conflito, em que temos ações por parte de um indivíduo ou grupo no sentido de praticar a violência física ou praticar ameaça ou alguma violência psicológica, isto gera um dano muito maior do que antigamente se imaginava, porque há uma consequência maior para este indivíduo. 
Ao mesmo tempo em que ele busca um reconhecimento, ele está sendo ameaçado ou agredido. O fenômeno bullying vem à tona porque faz parte do nosso contexto social e é claro que o objetivo do Estado é sanar estas ocorrências. O bullying não pode ser tolerado e a família e a escola precisam participar deste processo.
Sendo assim, é notável que tanto família, sociedade e Estado devem desempenhar seu papel em comum, juntos exercer de maneira a contribuir no combate à prática de bullying. 
A família deve estar presente tanto no ambiente familiar quanto no ambiente escolar de seus filhos, ou seja, em todos os momentos, com propósito de identificar se ele está sendo vítima de bulliyng. 
Já a escola e a sociedade tem um papel principal que é de colocar em prática a Lei antibullying instituída pelo Estado, bem como estar atento quanto às mudanças no comportamento ou alterações de seu desempenho para assim pode atuar no reconhecimento e combate ao bullying juntamente com os pais(MANZINI, 2013).
Esta forma de prevenção esta sendo utilizada por vários estados com relação a aplicação de uma lei antibulying em projeto pedagógico da escola, com objetivo de conscientizar os alunos, e além disso ajuda a prevenir e até mesmo combater os casos de bulying, portanto, diminuindo os constantes casos no ambiente escolar. Por esta razão é importante à participação da família.
No que se refere ao programa antibullying, Teixeira (2011, p.69) destaca seu objetivo:
O objetivo do programa antibullying é aumentar o conhecimento, alertando e capacitando os pais, professores, coordenadores pedagógicos, demais profissionais da educação e a sociedade de um modo geral sobre o bullying e a violência escolar. Além disso, visa prevenir o surgimento de novos casos de violência escolar e tratar os
casos existentes na instituição de ensino.
Outra questão fundamental do programa é a busca pela melhoria das relações sociais entre os jovens, utilizando-se de conceitos de ética e moral para ajudar no desenvolvimento de um ambiente escolar saudável, seguro e acolhedor para todos. Isso tudo favorecerá a promoção da aprendizagem e estimulará uma cultura pacifista na escola e na vida.Vale salientar que a estrutura e o conteúdo das Leis Antibullying diferenciam de acordo com o Estado, mas o objetivo sempre será o mesmo (Teixeira, 2011, p.69)
Nesse sentido, é importante mencionar os referidos dados, segundo Frick (2013, p. 28341):
Dos vinte e sete estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal, dezenove possuem legislação antibullying aprovada. Em sete estados há projeto de lei em tramitação nas respectivas assembleias legislativas. Em nível federal, encontrou-se um projeto de lei antibullying, também em tramitação.
No Ceará, que é nossa maior realidade, a Lei 14.943, de 26 de Junho de 2011 que se refere às medidas Antibullying, institui o serviço de Disk-Denúncia como uma forma de combate aos casos de Bullying no estado do Ceará. Nesse sentido, tal lei dispõe em seus artigos 1º a 4º que o Disque-bullying seja instituído no Estado do Ceará com a finalidade de incentivar e facilitar a denúncia de violência física ou psicológica contra pessoas no ambiente escolar. Ele funcionará por meio de sistema de ligação gratuita durante todos os dias e disponível 24 horas. 
De acordo com esta Lei, considera-se a forma de Bullying, passíveis de denúncia, as violências verbais que são: insultar, ofender, falar mal, colocar apelidos pejorativos e ameaçar. As violências físicas e materiais: bater, empurrar, beliscar, roubar, furtar ou destruir pertences da vítima. As violências psicológicas e morais: humilhar, excluir, discriminar, chantagear, intimidar e difamar. As violências sexuais: abusar, violentar, assediar e insinuar. E, por fim, as violências virtuais ou cyberbullying: aqueles que sejam realizados por meio de ferramentas tecnológicas (celulares filmadores e internet). 
E, por fim, estabelece as competências da Secretaria da Educação do Estado do Ceará, que é dar apoio para a criação e implantação do Disque-Bullying, visando à erradicação desse terrível fenômeno social.
3. MATERIAL E MÈTODOS 
O método utilizado no decorrer do desenvolvimento deste trabalho foi o método dedutivo, realizado através de pesquisas bibliográficas.
A pesquisa teve como objetivo, uma análise do bullying, buscando um comparato com a responsabilidade civil, ou seja, trazer a tona fatos ensejadores, buscando abordar todas as situações, essencialmente no âmbito escolar e seus enfrentamentos.
Assim, através de pesquisas bibliográficas, foi possível traçar uma linha tênue com relação ao bullying, que é um assunto de grande relevância, que todavia não possui a devida atenção necessária, ante a gravidade do assunto.
Desta forma, a título de pesquisa, abordar sobre a violência nas escolas, é preciso também, trazer a amplitude do problema. Assim, segundo Miriam Abramovay:
Para estudar a violência é preciso qualificar o que é importante para a vítima, mas também conhecer o como e o porquê dos agressores, o que foi sentido e em que momento aconteceu. Levar em conta a palavra da vítima é fundamental e, portanto, se necessita também uma análise mais subjetiva sobre o fenômeno. (Abramovay, 2006, p. 12)
Visível é que um novo tabu é levantado, pois se levados em conta apenas atos cruéis praticados dentro do âmbito escolar, descartar-se-ia atentados que ocorrem em constância, fora desse meio.
Desta forma, buscou-se também, a abordagem dos diversos atos ocorridos fora das instituições de ensino, que, por sua vez, trazem grandes reflexos, negativos – em sua maioria – dentro dela.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Diante todo o abordado, foi possível chegar a diversas formas de violência que levam ao bullying, e que por sua vez, causam grandes impactos tanto na vítima, quanto no agressor.
Sabe-se que a violência é um fenômeno que existe desde os primórdios, vez que não se pode nem demarcá-la com início em toda história, já que somente pode ser notada a partir do momento de sua manifestação, por se tratar da natureza humana. 
Traz certa agressividade, que é natural do homem, e é tratada por Thomas Hobbes que também defende o estado natural sendo egoísta e limitado apenas pela força do outro ou “a guerra de todos contra todos”. E, trata também que para que haja segurança, bem como a conservação da espécie, a necessidade a instituição de um poder em comum, que para ele seria o Estado.
 Segundo Hobbes, “a origem das sociedades amplas e duradouras não foi a boa vontade de uns para com os outros, mas o medo recíproco.” 
Desta feita, buscou-se trazer a abordagem de alguns tipos de violência que ensejam e contribuem para a prática do bullying.
	4.1. Violência Patrimonial
Consiste em atos atentatórios, praticados contra bens patrimoniais, seja dentro ou fora do ambiente escolar. Podem até mesmo, serem considerados como ato de vandalismo, acarretando em punição. 
Perceptível é que esse tipo de manifestação ocorre com mais frequência no ambiente escolar, assim a Cláudia Regina de Oliveira expôs:
Sabe-se que as situações de penúria em que se encontram esses estudantes, a carência tanto emocional quanto financeira, implicam no surgimento de diversas reações como a inveja e a revolta.Essas emoções influenciam os comportamentos intersubjetivos predispondo-os a atitudes de teor violento. (OLIVEIRA, 2000, p. 87,88
	4.2 Violência Simbólica
Pode-se dizer, que esse tipo de violência destaca-se como uma forma “hierárquica”, ou seja; comumente praticadas pelos educadores e demais colaboradores do meio escolar, contra os alunos. È injusta como qualquer outra forma de violência, e, de difícil detecção, já que as vítimas pouca credibilidade possuem em suas denúncias. 
Miriam Abramovay e Maria das Graças tratam:
Quando as escolas impõem conteúdos destituídos de interesse e de significado para a vida dos alunos; ou quando os professores se recusam a proporcionar explicações suficientes, abandonando os estudantes à sua própria sorte, desvalorizando-os com palavras e atitudes de desmerecimento. (ABRAMOVAY ; RUA , 2002, p.335).
Já ostribunais se posicionaram da seguinte forma:
A escola foi condenada a pagar danos morais porque impediu que uma aluna saísse da sala para cumprir necessidades fisiológicas, proibição que terminou fazendo com que a adolescente urinasse nas próprias vestes e assim permaneceu durante o período de aula, fato presenciado por colegas, levado ao conhecimento de toda a comunidade escolar e publicado em jornal local. (TJ-AC Ap. 97.001619-0, RT754/335).
	4.3Violência entre alunos
É o tipo de violência que possui diversas tratativas, entre elas: violência física, verbal e psicológica, que abrigam: brigar, matar, estuprar, falar mal, bullying, cyberbullying, racismo, etc. 
A cerca do tema, os tribunais se posicionam da seguinte forma:
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO - ALUNA AGREDIDA EM SALA DE AULA - ANTERIOR AGRESSÃO DA SUPOSTA VÍTIMA, ENSEJANDO O REVIDE - CONDUTA DETERMINANTE DA SUPOSTA VÍTIMA E CULPA EXCLUSIVA PELO EVENTO - EXCLUSÃO DO NEXO DE CAUSALIDADE OU DE IMPUTAÇÃO - DEVER INDENIZATÓRIO AFASTADO. Verificando-se, pela prova constante dos autos, que a suposta vítima agrediu anteriormente o seu ofensor, ensejando o revide por parte do colega de sala de aula, afasta-se o dever de indenizar por parte do Estado, pois o ato dito ofensivo ocorreu por culpa exclusiva da vítima. Nexo de causalidade ou de imputação excluído. (TJMG - APELAÇÃO CÍVEL N° 1.0672.07.240079-5/00 Des.(a) MAURÍCIO BARROS)
	4.4Violência contra o professor
Nos dias atuais, é um dos tipos de violência que vem se destacando de maneira assombrosa, deixando graves traumas e marcas. Ocorre geralmente de forma verbal ou física, porém tem-se também a psicológica, que
merece uma atenção especial, como relata Marilda Novaes Lipp: 
O desinteresse dos próprios alunos e a dificuldade de motivá-los acabam fazendo com que ela desista. Não há apoio da direção. Não há material de aula do tipo que precisaria, não há verba. A diretora prefere que não “se inventem coisas que vão dar confusão”. [...] Uma das coisas que passaram a assustá-la ultimamente é a agressividade e a violência de alguns alunos. (LIPP, 2002, p. 123).
Assim, diante do crescimento absurdo desses tipos de violência, fica cada vez mais difícil, delimitar onde ela começa, qual seria o seu estopim. Todavia, notório é que a grande maioria se dá pela diferença entre classes sociais, gênero, opção sexual e até mesmo entre as relações familiares. Mais triste ainda é que num mundo tão atual, pouca relevância se dá a um assunto que pode causar impactos monstruosos, tanto para a vítima quanto para o agressor.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
É entristecedor ver o rumo que as coisas estão tomando, mas ainda que o sistema judiciário intervenha, esse tipo de agressão nunca vai deixar de existir se não houver uma intensificação e efetiva no que tange a mobilização dos pais e dos educadores. O bullying, sempre será uns fantasma a assombrar a vida de muitas vítimas e agressores.
O dever de indenizar é notório. Independentemente de onde ou como o bullying ocorreu: se na escola o dever é da Instituição de Ensino ou do Estado, se fora dela, o agressor propriamente dito. Assim, os maiores interessados na redução desses índices, deveriam ser o Estado propriamente dito, bem como os educadores, os pais e afins... A sociedade como um todo! 
Diante de tudo isso, vale apena citar o caso do“Massacre de Realengo” que, é tratado como uma exceção, porém serve como um lembrete do impacto que esse tipo de violência causa a sociedade, e embora triste e impactante, deve servir como uma forma de incentivo para motivar sociedade, educadores e poder judiciário a uma ação em conjunto visando solucionar casos pequenos, a fim de evitar consequências mais gravosas.[2: Massacre de Realengo refere-se ao assassinato em massa ocorrido em 7 de abril de 2011, por volta das 8h30min da manhã (UTC-3), na Escola Municipal Tasso da Silveira, localizada no bairro de Realengo, na cidade do Rio de Janeiro. Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, invadiu a escola armado com dois revólveres e começou a disparar contra os alunos presentes, matando doze deles, com idade entre 12 e 14 anos. Oliveira foi interceptado por policiais, cometendo suicídio (Wikipédia)]
É claro que todas essas questões não exoneram a responsabilidade dos pais ou responsáveis ações de boa conduta e civilidade. Como já abordado, para se ter um resultado positivo e benéfico, é extremamente necessária uma ação conjunta. Afinal, a união faz a força! Assim, o objetivo maior foi trazer um alerta sobre a gravidade e relevância do tema, e buscar demonstrar que a reversão é possível, se tomadas as decisões corretas e se cada um buscar fazer sua parte. Talvez assim, seja possível tornar esse meio, uma convivência mais digna e pacífica.
6. REFERENCIAS
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______. Código Civil, Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002. 1a edição. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
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www.ofuxico.com.br
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Notas:
[1]http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2010/05/nao-houve-bullying-diz-advogado-de-garoto-condenado-indenizar-colega.html
[2] http://www.observatoriodainfancia.com.br/article.php3?id_article=588
[3] MICHAELIS. Moderno Dicionário Inglês-Português, Português-Inglês. Melhoramentos, 2007.
[26] GONZATO, Marcelo. ”Vítima de bullying, menina de 14 anos é obrigada a refugiar-se em escola do interior”.
https://www.migalhas.com.br/Civilizalhas/94,MI140353,71043Bullying+e+responsabilidade+civil
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