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Ácidos Nucleicos Profa. Vanda Santana Ácidos nucléicos: Digestão e absorção dos ácidos nucléicos. Visão geral da síntese de bases nitrogenadas. Degradação dos ácidos nucléicos: estudo das reações e enzima marca passo Dogma Central da Biologia Molecular Replicação: estudo do mecanismo e enzimas relacionadas. Transcrição: visão geral do processo Tradução: estudo do mecanismo, enzima relacionada e estudo do local de ação de alguns antibióticos nesta via em procariotos e eucariotos. Biossíntese e degradação de proteínas: código genético e regulação dos processos. Ciclo da ureia e síntese de creatinina Tópicos abordados Tipos: ácido desoxirribonucleico (DNA) e ácido ribonucleico (RNA) Importância: São os repositórios moleculares da informação genética. Ácidos Nucleicos REVISÃO São macromoléculas formadas por polímeros de nucleotídeos ácido desoxirribonucleico (DNA) e ácido ribonucleico (RNA), os repositórios moleculares da informação genética. A estrutura de cada proteína – e, em última análise, de cada biomolécula e componente celular – é o produto da informação programada na sequência nucleotídica dos ácidos nucleicos da célula. A capacidade de armazenar e transmitir a informação genética de uma geração a outra é uma condição fundamental para a vida. Os ácidos nucleicos têm dois tipos de pentoses. As recorrentes unidades desoxirribonucleotídicas do DNA contêm 29-desóxi-D-ribose e as unidades ribonucleotídicas do RNA contêm D-ribose. Nos nucleotídeos, ambos os tipos de pentoses estão na sua forma b-furanose (anel fechado com cinco átomos). Como mostra a Figura 8-3, o anel de pentose não é planar, mas ocorre em uma série de conformações geralmente descritas como “pregueadas”. CONVENCAOCHAVE: Embora o DNA e do RNA pareçam ter duas diferenças – pentoses diferentes e a presença de uracila no RNA e timina no DNA – é a pentose que define a identidade do ácido nucleico. Se o ácido nucleico contém 29-desoxi-D-ribose, é DNA por definição, embora possa apresentar alguma uracila. Da mesma forma, se o ácido nucleico contém D-ribose é RNA, independentemente da sua composição de base A Figura 8-4 mostra as estruturas e os nomes dos quatro principais desoxirribonucleotídeos (desoxirribonucleosídeo 59-monofosfato), as unidades estruturais dos DNAs, e os quatro principais ribonucleotídeos (ribonucleosídeo 59-monofosfato), as unidades estruturais dos RNAs. Um ácido nucleico pequeno é denominado oligonucleotídeo. A definição de “pequeno” é um tanto arbitrária, mas polímeros contendo 50 nucleotídeos ou menos em geral são chamados de oligonucleotídeos. Um ácido nucleico maior é chamado de polinucleotídeo. RESUMO: Os ácidos nucleicos são polímeros de nucleotídeos, unidos por ligações fosfodiéster entre o grupo 5’-hidroxila de uma pentose e o grupo 3’-hidroxila da próxima pentose. c Existem dois tipos de ácidos nucleicos: RNA e DNA. Os nucleotídeos no RNA contêm ribose e as bases pirimídicas comuns são a uracila e a citosina. No DNA, os nucleotídeos contêm 29-desoxirribose e as bases pirimídicas comuns são a timina e a citosina. As purinas primárias são adenina e guanina tanto no RNA quanto no DNA. 3 Nucleotídeos São os blocos de construção dos ácidos nucleicos (DNA e RNA) REVISÃO Mononucleotídeos: uma única unidade de ácido nucleico. Oligonucleotídeo: Ácido nucleico pequeno (~50 nucleotídeos) Polinucleotídeo: Ácido nucleico com mais de 50 nucleotídeos. Os nucleotídeos Apresentam uma variedade de funções no metabolismo celular Eles são a moeda energética nas transações metabólicas; são as ligações químicas essenciais nas respostas da célula a hormônios e a outros estímulos extracelulares; e também são os componentes estruturais de uma estrutura ordenada de cofatores enzimáticos e intermediários metabólicos. E, por último, mas não menos importante, eles são os constituintes dos ácidos nucleicos: ácido desoxirribonucleico (DNA) e ácido ribonucleico (RNA), os repositórios moleculares da informação genética. A A estrutura de cada proteína – e, em última análise, de cada biomolécula e componente celular – é o produto da informação programada na sequência nucleotídica dos ácidos nucleicos da célula. A capacidade de armazenar e transmitir a informação genética de uma geração a outra é uma condição fundamental para a vida. RESUMO: Um nucleotídeo é constituído por uma base nitrogenada (purina ou pirimidina), um açúcar pentose e um ou mais grupos fosfato. 4 Nucleotídeos Apresentam 3 componentes característicos: uma base nitrogenada (contendo nitrogênio) (2) uma pentose (3) um ou mais fosfatos Base Nitrogenada Pentose Fosfato Ribonucleotídeo Obs.: A molécula sem o grupo fosfato é denominada nucleosídeo. REVISÃO Pirimidina Purina ESTRUTURA Nucleotídeos e ácidos nucleicos têm pentoses e bases características Os nucleotídeos apresentam três componentes característicos: (1) uma base nitrogenada (contendo nitrogênio), (2) uma pentose e (3) um ou mais fosfatos (Figura 8-1). A molécula sem o grupo fosfato é denominada nucleosídeo. As bases nitrogenadas são derivadas de dois compostos relacionados, a pirimidina e a purina. As bases e as pentoses dos nucleotídeos comuns são compostos heterocíclicos. FIGURA 81 Estrutura de nucleotídeos. (a) A estrutura geral mostrando a convenção numérica do anel de pentose. Esse é um ribonucleotídeo. Nos desoxirribonucleotídeos, o grupo ¬OH no carbono 29 (vermelho) é substituído por H. (b) Os compostos ancestrais das bases pirimídicas e púricas dos nucleotídeos e dos ácidos nucleicos, mostrando a convenção numérica. CONVENCAOCHAVE: Os átomos de carbono e de nitrogênio nas estruturas relacionadas são numerados convencionalmente para facilitar a denominação e a identificação dos muitos compostos derivados. A convenção para o anel da pentose segue as regras descritas no Capítulo 7, mas, nas pentoses dos nucleotídeos e nucleosídeos, os números dos carbonos recebem a designação de um apóstrofo (9) para diferenciá-los dos átomos numerados nas bases nitrogenadas. A base de um nucleotídeo é ligada covalentemente (no N-1 das pirimidinas e no N-9 das purinas) por uma ligação N-b-glicosídica ao carbono 19 da pentose, e o fosfato é esterificado no carbono 59. A ligação N-b-glicosídica é formada pela remoção dos elementos de água (um grupo hidroxila da pentose e o hidrogênio da base), como na formação da ligação O-glicosídica (ver Figura 7-30). 5 Nucleotídeos (1) Bases Nitrogenadas REVISÃO ESTRUTURA Principais bases púricas e pirimídicas dos ácidos nucleicos. Alguns dos nomes comuns dessas bases refletem as circunstâncias das suas descobertas. A guanina, por exemplo, foi primeiramente isolada de guano (esterco de pássaro) e a timina foi isolada originariamente de tecido do timo. Tanto o DNA quanto o RNA contêm duas bases púricas principais, adenina (A) e guanina (G), e duas pirimídicas. No DNA e no RNA, uma das pirimidinas é a citosina (C), mas a segunda pirimidina não é a mesma nos dois: é a timina (T) no DNA e a uracila (U) no RNA. Apenas raramente a timina é encontrada no RNA ou a uracila no DNA. As estruturas das cinco principais bases estão mostradas na Figura 8-2, e a nomenclatura de seus nucleotídeos e nucleosídeos correspondentes está resumida na Tabela 8-1. As propriedades das bases nucleotídicas afetam a estrutura tridimensional dos ácidos nucleicos Purinas e pirimidinas livres são compostos fracamente básicos e, por isso, são chamados de bases. As purinas e as pirimidinas comuns no DNA e no RNA são moléculas aromáticas (Figura 8-2), uma propriedade com consequências importantes para a estrutura, a distribuição dos elétrons e a absorção de luz dos ácidos nucleicos. As bases púricas e pirimídicas são hidrofóbicas e relativamente insolúveis em água perto do pH neutro da célula. Em pH ácido ou alcalino, as bases tornam-se carregadas e sua solubilidade em água aumenta. Os grupos funcionais das purinas e das pirimidinas são anéis nitrogenados, grupos carbonila e grupos amino exocíclicos. 6 Nucleotídeos (2) Pentoses REVISÃO ESTRUTURA O grupo 5’-fosfato de uma unidade nucleotídica é ligado ao grupo 3’-hidroxila do próximo nucleotídeo Nucleotídeos REVISÃO ESTRUTURA Ligação fosfodiéster: “Pontes” de grupos fosfato que ligam covalentemente os nucleotídeos consecutivos dos ácidos nucléicos. CONVENÇÃO-CHAVE: A sequência de uma fita simples de ácido nucleico é sempre escrita com a sua extremidade 5’ à esquerda e com a extremidade 3’ à direita – isto é, na direção 5’ 3’. Ligações fosfodiéster ligam nucleotídeos consecutivos nos ácidos nucleicos Os nucleotídeos consecutivos de ambos DNA e RNA são ligados covalentemente por “pontes” de grupos fosfato, nas quais o grupo 5’-fosfato de uma unidade nucleotídica é ligado ao grupo 3’-hidroxila do próximo nucleotídeo, criando uma ligação fosfodiéster. 8 Nucleotídeos (1) Bases Nitrogenadas REVISÃO As ligações de hidrogênio envolvendo os grupos amino e carbonila são a forma mais importante de interação entre duas (e ocasionalmente três ou quatro) cadeias complementares de ácidos nucleicos. Os padrões mais comuns de ligações de hidrogênio são aqueles definidos por James D. Watson e Francis Crick em 1953, nos quais A liga-se especificamente a T (ou U) e G liga-se a C (Figura 8-11). Esses dois tipos de pares de bases predominam no DNA de fita dupla e no RNA e os tautômeros mostrados na Figura 8-2 são responsáveis por esses padrões. É esse pareamento específico de bases que permite a duplicação da informação genética, como será discutido posteriormente neste capítulo. Complementaridade das cadeias na dupla-hélice de DNA. As cadeias antiparalelas complementares do DNA seguem as regras propostas por Watson e Crick. As cadeias antiparalelas pareadas por bases são diferentes na sua composição de bases: a cadeia da esquerda tem a composição A3T2G1C3; a da direita, A2T3G3C1. Elas também se diferenciam na sequência quando cada cadeia é lida na direção 59 S 39. Observe as equivalências de bases: A 5 T e 39 G 5 C no duplex 9 Nucleotídeos REVISÃO ESTRUTURA Extremidade 5’ Não apresenta um nucleotídeo na posição 5´ Extremidade 3´ Não apresenta um nucleotídeo na posição 3’ Ligações fosfodiéster no esqueleto covalente do DNA e do RNA. As ligações fosfodiéster (uma das quais está sombreada no DNA) ligam unidades nucleotídicas sucessivas. O esqueleto de pentose e grupamentos fosfato alternados nos dois tipos de ácidos nucleicos é altamente polar. As extremidades 5’ e 3’ da macromolécula podem estar livres ou podem estar ligados a um grupo fosforil. CONVENCAOCHAVE: Todas as ligações fosfodiéster no DNA e no RNA têm a mesma orientação ao longo da cadeia (Figura 8-7), conferindo a cada fita do ácido nucleico uma polaridade específica e extremidades 59 e 39 diferentes. Por definição, a extremidade 5’ não apresenta um nucleotídeo na posição 5´, e a extremidade 3´ não apresenta um nucleotídeo na posição 3’ . Outros grupos (mais frequentemente um ou mais fosfatos) podem estar presentes em uma ou em ambas as extremidades. A orientação 5’ para 3’ de uma fita de ácido nucleico refere-se a uma extremidade da fita, não a orientação da ligação fosfodiéster individual ligando seus nucleotídeos constituintes. CONVENCAOCHAVE: A sequência de uma fita simples de ácido nucleico é sempre escrita com a sua extremidade 5’ à esquerda e com a extremidade 3’ à direita – isto é, na direção 5’ >3’. 10 Nucleotídeos REVISÃO ESTRUTURA Representação esquemática dos ácidos nucleicos Grupos fosfato Linha vertical: desoxirribose Linha diagonal (as quais passam pelo ): conexão entre os nucleotídeos (ligação fosfodiéster) C-1’ C-5’ C-3’ C-5’ Representação simplificada: pA-C-G-T-AOH, pApCpGpTpA e pACGTA. Ligações fosfodiéster ligam nucleotídeos consecutivos nos ácidos nucleicos Os nucleotídeos consecutivos de ambos DNA e RNA são ligados covalentemente por “pontes” de grupos fosfato, nas quais o grupo 5’-fosfato de uma unidade nucleotídica é ligado ao grupo 3’-hidroxila do próximo nucleotídeo, criando uma ligação fosfodiéster. As sequências nucleotídicas dos ácidos nucleicos podem ser representadas esquematicamente, como ilustrado a seguir, por um segmento de DNA com cinco unidades nucleotídicas. Os grupos fosfato são simbolizados pelo (P), e cada desoxirribose é simbolizada por uma linha vertical, a partir do C-1’ na parte superior para o C-5’ na parte inferior (mas lembre-se de que, nos ácidos nucleicos, o açúcar está sempre na sua forma de anel fechado de b-furanose). As linhas de conexão entre os nucleotídeos (as quais passam pelo (P) ) estão desenhadas diagonalmente a partir do centro (C-3’) da desoxirribose de um nucleotídeo para a parte inferior (C-5’) do próximo nucleotídeo. Algumas representações mais simples desse pentadesoxirribonucleotídeo são pA-C-G-T-AOH, pApCpGpTpA e pACGTA. 11 Moeda energética nas transações metabólicas (p.ex. ATP) Ligações químicas essenciais nas respostas da célula a hormônios e a outros estímulos extracelulares Componentes estruturais de uma estrutura ordenada de cofatores enzimáticos e intermediários metabólicos. Constituintes dos ácidos nucleicos: ácido desoxirribonucleico (DNA) e ácido ribonucleico (RNA) Nucleotídeos REVISÃO Sequência nucleotídica dos ácidos nucleicos: armazena e transmite a informação genética de uma geração a outra Viabiliza a estrutura de cada proteína, biomolécula e componente celular FUNÇÕES Os nucleotídeos Apresentam uma variedade de funções no metabolismo celular Eles são a moeda energética nas transações metabólicas; são as ligações químicas essenciais nas respostas da célula a hormônios e a outros estímulos extracelulares; e também são os componentes estruturais de uma estrutura ordenada de cofatores enzimáticos e intermediários metabólicos. E, por último, mas não menos importante, eles são os constituintes dos ácidos nucleicos: ácido desoxirribonucleico (DNA) e ácido ribonucleico (RNA), os repositórios moleculares da informação genética. A A estrutura de cada proteína – e, em última análise, de cada biomolécula e componente celular – é o produto da informação programada na sequência nucleotídica dos ácidos nucleicos da célula. A capacidade de armazenar e transmitir a informação genética de uma geração a outra é uma condição fundamental para a vida. RESUMO: Um nucleotídeo é constituído por uma base nitrogenada (purina ou pirimidina), um açúcar pentose e um ou mais grupos fosfato. 12 Nomenclatura de nucleotídeo e de ácido nucleico REVISÃO Nota: “Nucleosídeo” e “nucleotídeo” são termos genéricos que incluem ambas as formas ribo ou desoxirribo. Também, ribonucleosídeos ou ribonucleotídeos são aqui designados simplesmente como nucleosídeos e nucleotídeos (p. ex., riboadenosina como adenosina), e desoxirribonucleosídeos e desoxirribonucleotídeos como desoxinucleosídeos e desoxinucleotídeos (p. ex., desoxirriboadenosina como desoxiadenosina). Ambas as formas de denominação são aceitas, mas os nomes mais curtos são mais comumente usados. A timina é uma exceção; “ribotimidina” é usado para descrever sua ocorrência incomum no RNA. Ácido Desoxirribonucleico (DNA) REVISÃO Função Armazenamento e a transferência da informação biológica Cromossomo metafásico Nucleossoma DNA dupla hélice Ácido Desoxirribonucleico (DNA) REVISÃO Grau de compactação do DNA Ácido Ribonucleico (RNA) Ampla variedade de classes e funções: São componentes dos ribossomos, os complexos que executam a síntese proteica. São intermediários, carregando a informação genética de um ou poucos genes para o ribossomo, onde as proteínas correspondentes podem ser sintetizadas. São moléculas adaptadoras que traduzem fielmente a informação no mRNA em uma sequência específica de aminoácidos. REVISÃO RNA ribossomais (rRNAs) RNAs mensageiros (mRNAs) RNAs transportadores (tRNAs) O RNA tem uma ampla variedade de funções e muitas classes são encontradas nas células. Os RNA ribossomais (rRNAs) são componentes dos ribossomos, os complexos que executam a síntese proteica. Os RNAs mensageiros (mRNAs) são intermediários, carregando a informação genética de um ou poucos genes para o ribossomo, onde as proteínas correspondentes podem ser sintetizadas. Os RNAs transportadores (tRNAs) são moléculas adaptadoras que traduzem fielmente a informação no mRNA em uma sequência específica de aminoácidos. Além dessas classes maiores, existe uma grande variedade de tipos de RNA com funções especiais, descritos detalhadamente na Parte III. RNA mensageiro” (mRNA): porção do RNA celular total que carrega a informação genética do DNA para os ribossomos, onde os mensageiros fornecem os moldes que especificam as sequências de aminoácidos nas cadeias polipeptídicas. mRNA Monocistrônico: uma única molécula de mRNA carrega o código para codificar somente um polipeptídeo. Eucariotos (maioria) mRNA Policistrônico: uma única molécula de mRNA carrega o código para codificar uma ou várias cadeias polipeptídicas diferentes. “cistron” = gene. O comprimento mínimo de um mRNA é determinado pelo comprimento da cadeia polipeptídica para a qual ele codifica. Por exemplo, uma cadeia polipeptídica de 100 resíduos de aminoácidos requer uma sequência codificante de RNA de pelo menos 300 nucleotídeos, porque cada aminoácido é codificado por um grupo de três nucleotídeos 16 Um nucleotídeo é constituído por uma base nitrogenada (purina ou pirimidina), um açúcar pentose e um ou mais grupos fosfato. Os ácidos nucleicos são polímeros de nucleotídeos, unidos por ligações fosfodiéster entre o grupo 5’-hidroxila de uma pentose e o grupo 3’-hidroxila da próxima pentose. Existem dois tipos de ácidos nucleicos: RNA e DNA. Os nucleotídeos no RNA contêm ribose e as bases pirimídicas comuns são a uracila e a citosina. No DNA, os nucleotídeos contêm 2’-desoxirribose e as bases pirimídicas comuns são a timina e a citosina. As purinas primárias são adenina e guanina tanto no RNA quanto no DNA. RESUMO REVISÃO Digestão e Absorção de ácidos nucléicos O baixo pH da boca e do estômago desnaturam as moléculas de DNA e RNA; No intestino delgado, as enzimas pancreáticas Nucleases, Fosfodiesterases e Nucleosidases convertem os ácidos nucleicos desnaturados, sucessivamente, em Oligonucleotídeos, Mononucleotídeos e Nucleosídeos. Ainda no intestino delgado, os núcleosídeos são novamente metabolizados por Nucleosidases para remoção da pentose (desoxirribose ou ribose) e liberação das bases nitrogenadas (purinas e pirimidinas). A absorção das pentoses e bases nitrogenadas ocorrem nas células da mucosa intestinal, que podem seguir para circulação. As purinas pode seguir para circulação ou ser convertida em ácido úrico para ser eliminado na urina. Digestão dos ácidos nucleicos da dieta. Obs.: boa parte do metabolismo dos mononucleotéideos conorre dentro das células a mucosa intestinal 18 O sistema de anéis das purinas é construído passo a passo, iniciando com 5-fosforribosilamina. Os aminoácidos glutamina, glicina e aspartato fornecem todos os átomos de nitrogênio das purinas. Os passos de fechamento dos dois anéis formam o núcleo das purinas. Metabolismo das Purinas Fumarato Fumarato Síntese de novo dos nucleotídeos Inicia com seus precursores metabólicos: aminoácidos, ribose-5-fosfato, CO2 e NH3. Síntese de salvação dos nucleotídeos Reciclam as bases livres e os nucleosídeos liberados a partir da degradação de ácidos nucleicos Dois tipos de vias levam aos nucleotídeos: Biossíntese e degradação de nucleotídeos Fumarato Os dois nucleotídeos púricos precursores dos ácidos nucleicos são: 5’ -monofosfato de adenosina (AMP; adenilato) – contém a base púrica ADENINA 5’-monofosfato de guanosina (GMP; guanilato) – contém a base púrica GUANINA 19 Metabolismo das Purinas Mapa de conceitos-chave para o metabolismo dos nucleotídeos. ADA: Adenosina-desaminase XO: xantina-oxidase T: Timidilato-sintase RNR: ribonucleotídeo-redutase CPS II: Carbamoil-fosfato-sintase II 20 Gota tofácea urato mossódico dentro dos leucócitos polimorfonucleares Metabolismo das Purinas Síntese das purinas Metabolismo das Pirimidinas 22 Replicação do DNA Transcrição do DNA Tradução Dogama Central da Biologia Molecular 24 Replicação de DNA Regras básicas Ocorre antes da célula se dividir para gerar células filhas A replicação é catalisada pela DNA polimerase A replicação do DNA e semiconservativa e bidirecional A replicação começa em uma origem e em geral segue bidireccionalmente forquilhas de replicação A síntese de DNA segue em uma direção 5’3’e é semidescontinua uma fita é sintetizada continuamente e a outra descontinuamente (fragmentos de Okazaki.) A fita contínua, ou fita líder, é aquela em que a síntese 5’3’ segue na mesma direção do movimento da forquilha de replicação. A fita descontínua, ou fita retardada, é aquela em que a síntese 59S39 prossegue na direção oposta da direção do movimento da forquilha (Enzima primase) A replicacao do DNA e semiconservativa Cada fita de DNA funciona como molde para a síntese de uma nova fita, produzindo duas novas moléculas de DNA, cada qual com uma fita nova e uma fita antiga. Isso é a replicação semiconservativa. A sintese de DNA segue em uma direcao 59S39e e semidescontinua Uma nova fita de DNA é sempre sintetizada na direção 59S39, com a 39OH livre como o ponto no qual o DNA é alongado (as extremidades 59 e 39 de uma fita de DNA são definidas na Figura 8-7). Como as duas fitas de DNA são antiparalelas, a fita que serve de molde é lida Se a síntese sempre segue na direção 59S 39, como podem ambas as fitas serem sintetizadas simultaneamente? Se ambas as fitas fossem sintetizadas continuamente enquanto a forquilha de replicação se movia, uma fita deveria passar por uma síntese de 39S59. Esse problema foi resolvido por Reiji Okazaki e colaboradores na década de 1960. Okazaki descobriu que uma das novas fitas de DNA é sintetizada em pedaços pequenos, atualmente denominados de fragmentos de Okazaki. Esse trabalho levou à conclusão final de que uma fita é sintetizada continuamente e a outra descontinuamente (Figura 25-4). A fita contínua, ou fita líder, é aquela em que a síntese 59S39 segue na mesma direção do movimento da forquilha de replicação. A fita descontínua, ou 25 Replicação de DNA A replicação do DNA é semiconservativa Replicação de DNA Replicação é bidirecional = Origem de Replicação ou Forquilha de Replicação 27 Replicação de DNA Replicação de DNA Polimerização do nucleotídeo pela DNA polimerase A síntese de DNA é catalisada pela enzima DNA-polimerase todas as DNA-polimerases só podem adicionar nucleotídeos a uma fita preexistente Primer (iniciador). Um iniciador é um segmento de fita (complementar ao molde) com um grupo 3’-hidroxila livre, ao qual um nucleotídeo pode ser adicionado; a extremidade 3’livre do iniciador é chamada de terminal do iniciador DNA polimerase coleta nucleotídeos que estão soltos e une uns aos outros, sempre obedecendoo pareamento A energia para a síntese de DNA vem com 3 fosfato, ii fosfatos A DNA polimerase quebra os fosfatos, que usado para unir um nucleotídeo ao outro Um mecanismo intrínseco a praticamente todas as DNA-polimerases é uma atividade de exonuclease separada 39S59 que realiza uma dupla verificação em cada nucleotídeo após sua adição. Essa atividade de nuclease permite a remoção pela enzima de um nucleotídeo adicionado recentemente e é altamente específica para pares de bases não correspondentes (Figura 25-7). Alongamento da cadeia de DNA. (a) O mecanismo catalítico para a adição de um novo nucleotídeo pela DNA-polimerase envolve dois íons Mg21, coordenados aos grupos fosfato do nucleotídeo trifosfato que chega, ao grupo 39 hidroxila que atuará como nucleófilo e três resíduos Asp, dois dos quais são altamente conservados em todas as DNA- -polimerases. O íon Mg21 representado na parte de cima facilita o ataque do grupo 39 hidroxila do iniciador ao fosfato a do nucleotídeo trifosfato; o outro íon Mg21 facilita o deslocamento do pirofosfato. Ambos os íons estabilizam a estrutura do estado de transição pentacovalente. As RNA-polimerases usam um mecanismo semelhante (ver Figura 26-1a). (b) A atividade da DNA-polimerase I também precisa de uma fita simples não pareada para atuar como molde e uma fita iniciadora para fornecer o grupo hidroxila livre na extremidade 39, à qual a nova unidade de nucleotídeo é adicionada. Cada nucleotídeo que chega é selecionado em parte pelo pareamento de bases ao nucleotídeo apropriado na fita-molde. O produto da reação tem uma nova hidroxila 39 livre, permitindo a adição de outro nucleotídeo. O par de bases recentemente formado migra para deixar o sítio ativo disponível para o próximo par a ser formado. (c) O núcleo da maioria das polimerases tem um formato semelhante ao de uma mão humana que envolve o sítio ativo. A estrutura mostrada é a DNA-polimerase I de Thermus aquaticus, ligada ao DNA (PDB ID 4KTQ). (d) Uma interpretação do desenho da estrutura da DNA-polimerase mostra as partes de inserção e pós-inserção no sítio ativo. O sítio de inserção é onde ocorre a adição de nucleotídeos, e o sítio de pós-inserção é o local para onde o par de bases recentemente formado migra depois que Aparece Em segundo lugar, as polimerases precisam de um primer (iniciador). Um iniciador é um segmento de fita (complementar ao molde) com um grupo 39-hidroxila livre, ao qual um nucleotídeo pode ser adicionado; a extremidade 39 livre do iniciador é chamada de terminal do iniciador. Em outras palavras, parte dessa nova fita já deve estar no lugar: todas as DNA-polimerases só podem adicionar nucleotídeos a uma fita preexistente. Muitos iniciadores são oligonucleotídeos de RNA em vez de DNA, e enzimas especializadas sintetizam iniciadores quando e onde são necessários. 29 Replicação de DNA O acesso às fitas de DNA que atuam como moldes requer a separação das duas fitas parentais. Isso geralmente é conseguido pelas helicases, enzimas que se deslocam ao longo do DNA e separam suas fitas, utilizando energia química a partir do ATP. A separação das fitas cria um estresse topológico na estrutura helicoidal do DNA (ver Figura 24-11), que é aliviado pela ação de topoisomerases. As fitas separadas são estabilizadas por proteínas de ligação de DNA. Como observado anteriormente, antes das DNA-polimerases poderem começar a sintetizar DNA, iniciadores devem estar presentes no molde – geralmente, pequenos segmentos de RNA sintetizados por enzimas conhecidas como primases. Em última análise, os iniciadores de RNA são removidos e substituídos por DNA; em E. coli, essa é uma das muitas funções da DNA- -polimerase I. Após a remoção de um iniciador de RNA e do intervalo ser preenchido por DNA, permanece um corte (nick) no esqueleto de DNA na forma de uma ligação fosfodiéster rompida. Esses cortes são selados por DNA-ligases. Todos esses processos necessitam de coordenação e regulação, uma ação combinada mais bem caracterizada no sistema de E. coli. 30 A replicação do DNA ocorre com fidelidade muito alta e em um tempo determinado no ciclo celular. A replicação é semiconservativa, cada fita atuando como molde para uma nova fita filha. Ela é realizada em três fases identificáveis: iniciação, alongamento e terminação. O processo se inicia em uma única origem em bactérias e normalmente segue bidirecionalmente. O DNA é sintetizado na direção 5’>3’ pelas DNA-polimerases. Na forquilha de replicação, a fita líder é sintetizada continuamente na mesma direção do movimento da forquilha de replicação; a fita retardada é sintetizada descontinuamente como fragmentos de Okazaki, os quais são subsequentemente ligados. A fidelidade da replicação do DNA é mantida por (1) seleção de bases pela polimerase, (2) atividade de revisão da exonuclease 3’>5’, que faz parte da maioria das DNA-polimerases, e (3) sistema de reparo específicos para malpareamentos (mismatches) deixados para trás após a replicação. Muitas células têm várias DNA-polimerases. A DNA-polimerase I é responsável por funções especiais durante a replicação, recombinação e reparo. As fases de iniciação, alongamento e terminação separadas da replicação do DNA envolvem uma série de enzimas e fatores proteicos, muitos pertencentes à família AAA1 ATPase. Resumo - Replicação de DNA 31 Catalisada pela enzima RNA polimerase a partir de trechos que sejam genes (PROMOTOR) A sequencia de bases do RNA é determinada pela sequencia de bases do DNA] A síntese de RNA começa nos promotores Transcrição do DNA PROMOTOR, apresenta um conjunto de bases que são reconhecidas pela RNA polimerase Que se pareia e inicia a coletar nucleotídeos de RNA SOLTOS e une uns aos outros A sequencia de bases do RNA é determinada pela sequencia de bases do DNA A iniciação da síntese de RNA em pontos aleatórios da molécula de DNA seria um processo de desperdício extraordinário. Em vez disso, uma RNA-polimerase se liga a sequências específicas no DNA chamadas de promotores, que dirigem a transcrição de segmentos adjacentes de DNA (genes). As sequências em que as RNA-polimerases se ligam podem ser muito variáveis, e muitas pesquisas tiveram EXON = CODIFICA PROTEÍNAS INTROS: NÃO CODIFICA SPLICING: REMOÇÃO DE INTRONS FIGURA 261 Transcrição pela RNA-polimerase em E. coli. Para a síntese de uma fita de RNA complementar a uma das duas fitas de DNA em uma dupla-hélice, o DNA é transitoriamente desenrolado. (a) Mecanismo catalítico da síntese de RNA pela RNA-polimerase. Observe que este é essencialmente o mesmo mecanismo usado pelas DNA-polimerases (ver Figura 25-5a). A reação envolve dois íons Mg21, coordenados para os grupos fosfato dos nucleosídeos trifosfatos (NTP) que chegam e para três resíduos Asp, que são altamente conservados nas RNA-polimerases de todas as espécies. Um íon Mg21 facilita o ataque pelo grupo hidroxila 39 no fosfato a do NTP; o outro íon Mg21 facilita o deslocamento do pirofosfato e ambos íons metálicos estabilizam o estado de transição pentacovalente. (b) Cerca de 17 pb de DNA são desenrolados a cada momento. A RNA- -polimerase e a bolha de transcrição se movem da esquerda para a direita ao longo do DNA, como mostrado, facilitando a síntese de RNA. O DNA é desenrolado à frente e enrolado novamente anteriormente à medida que o RNA é transcrito. À medida que o DNA é enrolado novamente, o híbrido RNA-DNA é deslocado e a fita de RNA é expulsa. (c) O movimento de uma RNA-polimerase ao longo do DNA tende a criar superespirais positivas (DNA superespiralizado) à frente da bolha de transcrição e superespirais negativas (DNA superdesespiralizado) antes dela. A RNA-polimerase está em contato estreito com o DNA à frente da bolha de transcrição, bem como com as fitas separadas de DNA e RNA no interior e imediatamente antes da bolha. Um canal nas proteínas canaliza novos NTP para o sítio ativo da polimerase. O footprint da polimerase envolve cerca de 35 pb de DNA durante o alongamento. 32 As duas fitas de DNA complementar têm papéis diferentes na transcrição. Fita-molde: fita que serve como um molde para a síntese de RNA. fita não molde ou fita codificadora: A fita de DNA complementar ao molde, é idêntica na sequência de bases ao RNA transcrito a partir do gene, com o U no RNA no lugar do T no DNA. Transcrição do DNA Fitas de DNA molde e não molde (codificadora). As duas fitam complementares de DNA são definidas por sua função na transcrição. O transcrito de RNA é sintetizado na fita molde e é idêntico em sequência (com U no lugar de T) à fita não molde, ou fita codificadora. A fita que serve como um molde para a síntese de RNA é chamada de fita-molde. A fita de DNA complementar ao molde, a fita não molde, ou fita codificadora, é idêntica na sequência de bases ao RNA transcrito a partir do gene, com o U no RNA no lugar do T no DNA (Figura 26-2). A fita codificadora de um gene em particular pode estar situada em qualquer das fitas de um determinado cromossomo (como mostrado em Figura 26-3 para um vírus). Por convenção, as sequências regulatórias que controlam a transcrição (descritas posteriormente neste capítulo) são designadas pelas sequências na fita codificadora. ■ A fita codificadora de um gene em particular pode estar situada em qualquer das fitas de um determinado cromossomo (como mostrado em Figura 26-3 para um vírus). Por convenção, as sequências regulatórias que controlam a transcrição (descritas posteriormente neste capítulo) são designadas pelas sequências na fita codificadora. ■ 33 Gene Segmento de uma molécula de DNA que contém a informação necessária para a síntese de um produto biologicamente funcional (proteína ou RNA) Transcrição do DNA RESUMO 26.1 Síntese de RNA dependente de DNA c A transcrição é catalisada por RNA-polimerases dependentes de DNA, que usam ribonucleosídeo 59-trifosfatos para sintetizar RNA complementar à fita-molde do DNA duplex. A transcrição ocorre em várias fases: ligação da RNA-polimerase a um sítio de DNA chamado promotor, iniciação da síntese do transcrito, alongamento e terminação. c A RNA-polimerase bacteriana precisa de uma subunidade especial para reconhecer o promotor. Como primeiro passo envolvido na transcrição, a ligação da RNA-polimerase ao promotor e a iniciação da transcrição são intimamente regulados. A transcrição para em sequências chamadas terminadores. c As células eucarióticas têm três tipos de RNA-polimerases. A ligação da RNA-polimerase II aos seus promotores precisa de um conjunto de proteínas chamadas de fatores de transcrição. Os fatores de alongamento participam na fase de alongamento da transcrição. A maior subunidade de Pol II tem um longo domínio carboxil- -terminal, que é fosforilado durante as fases de iniciação e alongamento. 34 O RNA catalisa o splicing de íntrons Trechos não codificantes que interrompem a região codificadora do transcrito são chamados íntrons e os segmentos codificadores são chamados de éxons (ver discussão de íntrons e éxons no DNA no Capítulo 24). Em um processo chamado splicing de RNA, os íntrons são removidos do transcrito primário e os éxons são ligados para formar uma sequência contínua que especifica um polipeptídeo funcional. Formação do transcrito primário e seu processamento durante a maturação do mRNA em uma célula eucarionte. O quepe 59 (vermelho) é adicionado antes que a síntese do transcrito primário esteja completa. Uma sequência terminal não codificadora (íntron) é mostrada em cor de laranja após o último éxon. O splicing pode ocorrer tanto antes quanto depois das etapas de clivagem e poliadenilação. Todos os processos aqui mostrados ocorrem no núcleo. TRANSCRIÇÃO É NO NUCLEO TRADUÇÃO É NO CITOPLASMA 35 Transcrição do DNA Durante a transcrição, um sistema de enzimas converte a informação genética de um segmento de fita dupla de DNA em um filamento de RNA com uma sequência de bases complementar a uma das fitas de DNA. Três tipos principais de RNA são produzidos. Os RNAs mensageiros (mRNA) codificam a sequência de aminoácidos de um ou mais polipeptídeos especificados por um gene ou conjunto de genes. Os RNAs transportadores (tRNA) leem a informação codificada no mRNA e transferem o aminoácido adequado para uma cadeia polipeptídica em crescimento durante a síntese de proteínas. Os RNAs ribossomais (rRNA) são constituintes dos ribossomos, as máquinas celulares intrincadas que sintetizam proteínas. Muitos RNAs adicionais especializados têm funções regulatórias ou catalíticas ou são precursores das três classes principais de RNA. Esses RNAs de função especial não são mais considerados como espécies secundárias no catálogo de RNAs celulares. Nos vertebrados, os RNAs que não se encaixam em uma das categorias clássicas (mRNA, tRNA, rRNA) parecem exceder enormemente aqueles que o fazem. Durante 36 Tradução do DNA Para cada 37 O códon AUG: INICIA A TRADUÇÃO ANTICODON- Uac : metionina RNA TRANSPORTADOR: o 38 Código Genético 61 dos 64 códons possíveis codificam os 20 aminoácidos padrão Códons de terminação ou de parada ou sem sentido; não codificam AA. UAG / UGA / UAA 39 A sintese proteica ocorre nos ribossomos, que consistem em proteinas e rRNA. As bacterias tem ribossomos 70S, com uma subunidade maior (50S) e uma menor (30S). Os ribossomos eucarioticos sao significativamente maiores (80S) e contem mais proteinas. Os RNAs transportadores contem entre 73 e 93 resíduos nucleotidicos, alguns dos quais tem bases modificadas. Cada tRNA tem o braco aminoacila com a sequencia terminal CCA(39) – a qual um aminoacido e esterificado –, o braco do anticodon, o braco TcC e o braco D; alguns tRNAs tem um quinto braco. O anticodon e responsável pela especificidade da interacao entre o aminoacil-tRNA e o codon complementar do mRNA. c O crescimento da cadeia dos polipeptideos nos ribossomos inicia com o aminoacido aminoterminal e ocorre por adicoes sucessivas de novos residuos a extremidade carboxil. 40 Pareamento entre códon e anticódon FIGURA 278 Pareamento entre códon e anticódon. (a) O alinhamento entre os dois RNAs é antiparalelo. O tRNA está mostrado na configuração tradicional de folha-de-trevo. (b) Três pareamentos diferentes com o códon são possíveis quando o anticódon do tRNA contém inosinato. 41 A sintese proteica acontece em cinco estagios. 1. Os aminoacidos sao ativados no citosol por aminoacil-tRNA-sintetases especificas. Essas enzimas catalisam a formacao de aminoacil-tRNA, com a clivagem simultanea de ATP, gerando AMP e PPi. A fidelidade da sintese proteica depende da precisao dessa reacao, e algumas dessas enzimas realizam etapas de edicao em sitios ativos separados. 2. Em bacterias, o aminoacil-tRNA iniciador de todas as proteinas e o N-formilmetionil-tRNAfMet. A iniciacao da sintese proteica envolve a formacao de um complexo entre a subunidade 30S do ribossomo, o mRNA, GTP, fMet-tRNAfMet, tres fatores de iniciacao e a subunidade 50S; o GTP e hidrolisado a GDP e Pi. 3. Nos estagios de alongamento, GTP e fatores de alongamento sao necessarios para a ligacao do novo aminoacil-tRNA que chega ao sitio A do ribossomo. Na primeira reacao de transferencia peptidica, o residuo fMet e transferido para o grupo amino do novo aminoacil- tRNA. O movimento do ribossomo ao longo do mRNA transloca entao o dipeptidil-tRNA do sitio A para o sitio P, um processo que requer hidrolise de GTP. O tRNA desacilado se dissocia do sitio E do ribossomo. 4. Apos muitos ciclos de alongamento, a sintese do polipeptideo e finalizada com o auxilio dos fatores de liberacao. Pelo menos quatro equivalentes fosfatados de alta energia (do ATP ou do GTP) sao necessarios para a formacao de cada ligacao peptidica, investimento energetico necessario para garantir a fidelidade da traducao. 5. Os polipeptideos dobram-se nas suas formas ativas tridimensionais. Muitas proteinas sao ainda processadas por reacoes de modificacao pos-traducional. c Muitos antibioticos e toxinas bem estudados inibem alguns aspectos da sintese proteica. 42 HARVEY, Richard A.; FERRIER, Denise R. Bioquímica ilustrada. Artmed Editora, 2015. LEHNINGER, A. L. Princípios de bioquímica. 5. ed. São Paulo, Artmed, 2014. STRYER, L. Bioquímica. 6.ed. Rio de Janeiro : Guanabara-Koogan, 2014. CHAMPE, P.C., HARVEY, R.A. Bioquímica Ilustrada. 5a Edição, Artmed. 2012. Referências Bibliográficas CADA 4H+ FORMAM 1 ATP 45
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