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Aula Inaugural Direito Civil I

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DIREITO CIVIL
PARTE GERAL
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
Direito Civil Brasileiro – Parte Geral – Volume I. Carlos Roberto Gonçalves (Biblioteca virtual)
Direito Civil 1 – Esquematizado. Carlos Roberto Gonçalves (Biblioteca Virtual)
Elementos de Direito Civil, Christiano Cassettari (Biblioteca Virtual)
Manual de Direito Civil - Volume Único - Flávio Tartuce;
Aulas FMB – Direito – LINDB: Aulas 01 a 08; Direito Civil – Parte Geral: Aulas 01 a 06.
O que é o Direito Civil?
É um dos ramos do Direito que trata e rege as relações entre os particulares.
Disciplina a vida das pessoas mesmo antes da concepção (prole eventual – art. 1.799, I, CC – e embrião excedentário – art. 1.597, IV, CC) até após a morte (testamento post mortem – art. 1.857 CC – e respeito à memória dos mortos – art. 12, parágrafo único, CC).
É um direito comum a todas as pessoas (físicas e jurídicas), disciplinado seus modos de ser e agir, vez que disciplina sua “vida cotidiana” (ex: direitos e deveres das pessoas, direito de vizinhança, direito de proprietário e possuidor etc)
Conceito Histórico
Esse conceito de direito privado remonta ao direito romano, que regulamentava as relações entre os particulares, dividindo em:
Jus civile: aplicado aos súditos romanos;
Jus gentium: “direito das gentes”. Aplicado aos estrangeiros e às suas relações com os romanos;
Jus naturale: direito natural. Espécie de ponto de partida para evolução das demais áreas do direito romano.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
De especial importância ao Direito Civil, a Idade Moderna foi responsável pelo surgimento do Estado Modernoe pela racionalização do pensamento e da cultura, levando à construção da ciência jurídica.
Aparece inicialmente como Estado Absoluto, em que houve a ascensão da burguesia com a ideia de que a vontade do Rei era Lei (até fins do Séc. XVII).
A Revolução Francesa (1789), a Bill of Rights (1689), a Declaração dos Direitos de Virgínia (1776) e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) marcaram a substituição do Estado Absoluto pelo Estado Liberal, uma vez que a Constituição deveria ser superior à vontade do Rei.
A partir do século XIX, devido a grande abrangência do Direito Civil, fez-se necessária a criação de outros ramos do Direito (ex: direito comercial), principalmente após a França ter publicado, em 1807, seu Código Comercial, oportunidade em que influenciou o Brasil a também publicar o seu, em 1850.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA NO BRASIL
No Brasil, durante o período colonial, vigoravam as Ordenações Filipinas. Em 1822, após a Independência, a legislação portuguesa ainda exercia enorme influencia no Brasil.
Na Constituição de 1824 houve uma referência ao Código Civil em “necessidade de organização de um Código Civil baseado na justiça e na equidade”.
Em 1858, Teixeira de Freitas elaborou um projeto denominado “Esboço do Código Civil”, o qua, sofreu várias críticas pela imensa quantidade de artigos contidos.
Apenas após a Proclamação da República que Clóveis Beviláqua encaminhou ao Presidente da República, Campos Sales, conseguiu que seu Código Civil fosse encaminhado para aprovação, o que ocorreu apenas em 1916.
TRECHOS DO CÓDIGO CIVIL DE 1916
LEI Nº 3.071, DE 1º DE JANEIRO DE 1916
Código Civil dos Estados Unidos do Brasil.
Art. 2º Todo homem é capaz de direitos e obrigações na ordem civil.
Art. 4º. A personalidade civil do homem começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro.
Art. 5º. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
 II - os loucos de todo o gênero; 
.
Art. 9º. Aos 21 (vinte e um) anos completos acaba a menoridade, ficando habilitado o indivíduo para todos os atos da vida civil. 
Art. 70. É permitido aos chefes de família destinar um prédio para domicílio desta, com a cláusula de ficar isento de execução por dívidas, salvo as que provierem de impostos relativos ao mesmo prédio. 
Art. 178. Prescreve
VII - a ação do marido ou dos seus herdeiros, para anular atos da mulher, praticados sem o seu consentimento, ou sem o suprimento deste recurso necessário 
 X - a ação dos advogados, solicitadores, curadores, peritos e procuradores judiciais, para o pagamento de seus honorários; contado o prazo do vencimento do contrato, da decisão final do processo ou da revogação do mandato. 
 Art. 183. Não podem casar:
VII - o cônjuge adúltero com o seu co-réu, por tal condenado; 
X - o raptor com a raptada, enquanto esta não se ache fora do seu poder e em lugar seguro;
Art. 185. Para o casamento dos menores de 21 (vinte e um) anos, sendo filhos legítimos, é mister o consentimento de ambos os pais. 
Art. 186. Discordando eles entre si, prevalecerá a vontade paterna, ou, sendo separado o casal por desquite, ou anulação do casamento, a vontade do cônjuge, com quem estiverem os filhos.
Art. 213. A anulação do casamento da menor de 16 (dezesseis) anos ou do menor de 18 (dezoito) será requerida: 
     I - pelo próprio cônjuge menor; 
     II - pelos seus representantes legais; 
     III - pelas pessoas designadas no art. 190, naquela mesma ordem. 
 Art. 214. Podem, entretanto, casar-se os referidos menores para evitar a imposição ou o cumprimento da pena criminal.
    Art. 215. Por defeito de idade não se anulará o casamento de que resultou gravidez.
Art. 218. É também anulável o casamento, se houver por parte de um dos nubentes, ao consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro. 
 Art. 219. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge: 
IV - o defloramento da mulher, ignorado pelo marido. 
 Art. 231. São deveres de ambos os cônjuges: 
     I - fidelidade recíproca; 
     II - vida em comum, no domicílio conjugal (arts. 233, IV, e 234); 
     III - mútua assistência; 
     IV - sustento, guarda e educação dos filhos. 
 Art. 232. Quando o casamento for anulado por culpa de um dos cônjuges, este incorrerá: 
     I - na perda de todas as vantagens havidas do cônjuge inocente; 
     II - na obrigação de cumprir as promessas, que lhe fez, no contrato antenupcial
Art. 233. O marido é o chefe da sociedade conjugal. Compete-lhe: 
     I - a representação legal da família; 
     II - a administração dos bens comuns e dos particulares da mulher, que ao marido competir administrar em virtude do regime matrimonial adotado, ou de pacto antenupcial (arts. 178, § 9º, I, c, 274, 289, I e 311); 
     III - o direito de fixar e mudar o domicílio da família (arts. 46 e 233, n. IV); 
     IV - O direito de autorizar a profissão da mulher e a sua residência fora do teto conjugal (arts. 231, II, 242, VII, 243 a 245, II e 247, III); 
     V - prover a mantença da família, guardada a disposição do art. 277. 
Art. 234. A obrigação de sustentar a mulher cessa, para o marido, quando ela abandona sem justo motivo a habitação conjugal, e a esta recusa voltar. Neste caso, o juiz pode, segundo as circunstâncias, ordenar, em proveito do marido e dos filhos, o seqüestro temporário de parte dos rendimentos particulares da mulher.
DO REGIME DOTAL DE CASAMENTO
Art. 278. É da essência do regime dotal descreverem-se e estimarem-se cada um de per si, na escritura antenupcial (art. 256), os bens, que constituem o dote, com expressa declaração de que a este regime ficam sujeitos. 
Art. 284. Se o dote for prometido pelos pais conjuntamente, sem declaração da parte com que um e outro contribuem, entende-se que cada um se obrigou por metade.
DESQUITE
Art. 315. A sociedade conjugal termina:
 I - Pela morte de um dos cônjuges. 
     II - Pela nulidade ou anulação do casamento. 
     III - Pelo desquite, amigável ou judicial. 
Art. 316. A ação de desquite será ordinária e somente competirá aos cônjuges. 
 Art. 317. A ação de desquite só se pode fundar em algum dos seguintes motivos:
     I - Adultério. 
     II - Tentativa de morte. 
     III - Sevicia, ou injuria grave. 
     IV - Abandono voluntário do lar conjugal, durante dois anos contínuos. 
DA FILIAÇÃO LEGÍTIMA
 Art. 337. São legítimos osfilhos concebidos na constância do casamento, ainda que anulado (art. 217), ou mesmo nulo, se se contraiu de boa fé (art. 221). 
     Art. 338. Presumem-se concebidos na constância do casamento: 
     I - os filhos nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal (art. 339); 
     II - os nascidos dentro nos trezentos dias subseqüentes à dissolução da sociedade conjugal por morte, desquite, ou anulação. 
 Art. 339. A legitimidade do filho nascido antes de decorridos os cento e oitenta dias de que trata o n. I do artigo antecedente, não pode, entretanto, ser contestada: 
     I - se o marido, antes de casar, tinha ciência da gravidez da mulher; 
     II - se assistiu, pessoalmente, ou por procurador, a lavrar-se o termo de nascimento do filho, sem contestar a paternidade.
 
 Art. 340. A legitimidade do filho concebido na constância do casamento, ou presumido tal (arts. 338 e 339), só se pode contestar: 
     I - que o marido se achava fisicamente impossibilitado de coabitar com a mulher nos primeiros cento e vinte e um dias, ou mais, dos trezentos que houverem precedido ao nascimento do filho; 
     II - que a esse tempo estavam os cônjuges legalmente separados. 
Em 1967, o governo nomeou uma comissão para alterar o Código Civil, encabeçada por Miguel Reale.
Devido a grande demora na aprovação do projeto, a Constitutição Federal e leis esparsas foram regulamentando as ações da sociedade moderna.
Em 2002, houve a aprovação e promulgação do atual Código Civil.
PRINCÍPIOS BÁSICOS DO CÓDIGO CIVIL 
SOCIALIDADE;
ETICIDADE;
OPERABILIDADE
SOCIABILIDADE
Prevalência dos valores coletivos sobre os individuais, sem perda, porém, do valor fundamental da pessoa humana.
ETICIDADE
Funda-se no valor da pessoa humana como fonte de todos os demais valores.
Prioriza a equidade, boa fé, justa causa e demqais valores éticos.
Confere ao juiz um poder para aplicar a ética nos julgamentos de seus casos.
OPERABILIDADE
Direito é feito para ser executado/operado, sendo afastado do CC/02 as complexidades e perplexidades. 
COMMON LAW E CIVIL LAW
Common Law: De origem medieval inglês, estrutura jurídica em que os precedentes jurisprudenciais e o costume constituem a principal fonte do direito. É a base do Direito no Reino Unido e outros países da Europa.
Na common law as sentenças judiciais são utilizadas como parâmetros para determinar o curso dos processos posteriores.
Civil Law: De origem romano-germânica, a civil law entende que a lei é a fonte primária do sistema jurídico.
Esse posicionamento ainda é o adotado no Brasil, apesar da atual tendência de adoção da common law.
Como exemplo, temos a Emenda Constitucional 45/04, que incluiu o artigo 103-A na Constituição Federal, estabelecendo que o STF poderá, após reiteradas decisões sobre uma matéria específica, editar súmula vinculante.
Exemplo: Súmula Vinculante nº 5:   A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO – Decreto Lei nº 4657/42
Até o ano de 2010, era denominada de Lei de Introdução ao Código Civil;
Após promulgação da Lei 12.376/10 seu nome foi alterado;
Art. 3º LINDB Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
Art. 4o  LINDB - Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
Art 2º LINDB - Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. 
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DA LEI
Exemplo CC: Condomínio Edilício (lei anterior nº 4591/64); Locação em questões específicas 
Para que seja retirada a eficácia de uma norma jurídica é a sua revogação, que pode ocorrer de duas formas segundo a sua extensão:
Revogação total/ Ab-rogação (ex: primeira parte do CC/16)
Revogação Parcial ou Derrogação (ex: primeira parte do Cód. Comercial pelo CC).
Quanto ao modo, a revogação pode ser:
Revogação Expressa: lei nova declara taxativamente revogada a lei anterior (ex: art 2045 CC “revogam-se a Lei nº 3.071/16 CC/16 e a Primeira Parte do Código Comercial);
Revogação Tácita: lei posterior é incompatível com a lei anterior. (ex: CC não revogou leis especiais como por exemplo a Lei do Divórcio.)
Art. 2.043 CC dispõe: “Até que por outra forma se disciplinem, continuam em vigoras disposições de natureza processual, administrativa ou penal, constantes de leis cujos preceitos de natureza civil hajam sido incorporadas a este Código”
Efeito Represtinatório: Art. 2º, parágrafo segundo da LINDB afasta a aplicação desse efeito.
“Efeito represtinatório é aquele pelo qual uma norma revogada volta a valer no caso de revogação de sua lei revogadora”
Exemplo de represtinação 
EXCEÇÕES: As exceções do efeito represtinatório são para o caso de a norma revogadora ser declarada inconstitucional ou quando for concedida a suspensão cautelar da eficácia da norma ou quando o legislador expressamente assim determinar.
Artigo 3º da LINDB
Características da norma jurídica segundo o art. 3º LINDB:
Generalidade;
Imperatividade;
Permanência;
Competência;
Autorizante;
Obrigatoriedade.
Artigo 4º LINDB
Formas de integração da norma jurídica:
- “O Direito não é lacunoso, mas há lacunas” – Maria Helena Diniz;
Dever do legislador em preencher lacunas:
Lacuna Normativa: Ausência total de norma prevista em um determinado caso. (ex: Terceirização trabalhista até março/17)
Lacuna Axiológica: Presença de norma para o caso concreto, mas não é satisfatória/justa (ex: duplo grau de jurisdição no processo do trabalho em que é feito ex officio quando envolve União, Estados, DF, Autarquias Federais, Municipais e Estaduais quando não exploradoras de atividade econômica) 
Lacuna Ontológica: Há norma para o caso concreto, mas não há aplicação prática (ex: Art. 653 - Compete, ainda, às Juntas de Conciliação e Julgamento: c) julgar as suspeições arguidas contra os seus membros;
Lacuna de conflito: Choque de duas ou mais normas válidas. São as antinomias, cujos critérios deverão ser utilizados para solucionar o conflito real ou aparente de normas, bem como a analogia, costumes e os princípios gerais do Direito.
Artigo 6º LINDB – Norma Jurídica no Tempo
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.   
Ato Jurídico Perfeito: Aquele ato consumado de acordo com a lei vigente no tempo em que se realizou. Ex: contrato anteriormente celebrado e que esteja gerando seus efeitos
Direito Adquirido: Parágrafo 2 do art. 6º: “Consideram-se adquiridos assim os direitos que seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha tempo prefixo ou condição preestabelecida inalterável, a arbítrio de outrem” 
Ex: Benefício previdenciário
- Coisa Julgada: Decisão Judicial prolatada, da qual não caiba mais recurso.
 CÓDIGO CIVIL DE 2002
DA PESSOA NATURAL
CC cuida da pessoa natural em primeiro lugar – arts 1º ao 39:
Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
Art. 3o  São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.  
Art. 4o  São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade – LEI 13.146/15 – EPD ou Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência;
Deficiência física ou mental não significa incapacidade;
A pessoa portadora de deficiência poderá se casar, constituir união estável, exercer direitos sexuais e reprodutivos, decidir sobre o número de filhos, ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e planejamentofamiliar, conservar sua fertilidade, exercer direito à guarda, tutela, curatela e adoção;
Finalidade do EPD: destinado a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. 
QUEM É A PESSOA COM DEFICIÊNCIA?
Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
QUAIS OS CRITÉRIOS PARA AVALIAR A DEFICIÊNCIA?
Art. 2º - § 1º A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial, realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará:       (Vigência) 
I - os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; 
II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; 
III - a limitação no desempenho de atividades; e 
IV - a restrição de participação. 
TOMADA DE DECISÃO APOIADA
A T.D.A. é um procedimento judicial, de iniciativa da pessoa portadora de deficiência, que fará com que ela possua o auxílio de duas pessoas de sua confiança para que a apoie em suas decisões que impactem sua vida civil;
A palavra “apoio” significa ajuda, proteção, auxílio para fins legais;
CURATELA
Instituto de caráter excepcional e temporário;
Mais invasivo que a T.D.A.
De iniciativa de legitimados diversos da pessoa portadora de deficiência: MP, cônjuge ou companheiro(a), parentes, representantes de institutição em que eventualmente esteja o curatelado;
Haverá o auxílio de profissionais que determinarão o grau da deficiência (perícia);
Na sentença que decidir o processo, o juiz explicitará seus limites, indicando os atos que esta atingirá, circunscritos às questões patrimoniais e negociais, bem como o tempo pelo qual perdurará, sendo possível, ainda, sua revisão periódica.
INTERDIÇÃO
Resultado da curatela;
Com o NCPC e o EPD, não se fala mais em “interdição parcial ou total”
IV - os pródigos.
Parágrafo único.  A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. – Lei 6.001/73 – Estatuto do Índio
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.

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