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Doença Renal Crônica e Anemia

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O ENFERMEIRO DIANTE DA DOENÇA RENAL CRÔNICA E DO PACIENTE EM TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE
ARTIGO 1: APLASIA PURA DE CÉLULAS VERMELHAS E ANTICORPOS ANTIERITROPOIETINA EM PACIENTES DE HEMODIÁLISE:RELATO DE DOIS CASO E REVISÃO DA LITERATURA.
Trecho 1: A anemia é uma complicação frequentemente observada em pacientes portadores de Doença Renal Crônica, em especial quando em tratamento dialítico crônico.
Comentário: A anemia é uma importante complicação da doença renal crônica, sendo a deficiência de ferro um dos principais determinantes de sua ocorrência em pacientes submetidos à diálise. Informações sobre anemia em pacientes nas fases iniciais da DRC são limitadas. A doença renal crônica é atualmente um problema mundial de saúde pública. O aumento da sua incidência vem sendo observado e decorre principalmente, da maior expectativa de vida e do aumento na prevalência de diabetes mellitus e hipertensão arterial na população.
Trecho 2: Conceitua-se anemia como a presença de valores de hemoglobina abaixo de 12 g/dl, em mulheres, e abaixo de 13 g/dl, em homens.
Comentário: À medida que ocorre perda da função renal, surgem as manifestações clínicas, sendo a anemia uma complicação frequentemente observada nessa população. A prevalência e a intensidade da anemia estão relacionadas ao estágio da doença renal e a deficiência relativa de eritropoetina constitui sua principal causa. Outras situações podem contribuir para o advento de anemia nessa população, tais como: deficiência de ferro, perdas sangüíneas, hiperparatireoidismo e inflamação. Pacientes com anemia apresentam fadiga, redução na capacidade de realizar exercícios, redução da libido e função cognitiva, condições essas que tem impacto negativo em sua qualidade de vida. Além disso, o aumento da sobrecarga cardíaca decorrente à anemia contribui na gênese de hipertrofia ventricular e de miocardiopatia, condições que aumentam o risco de óbito.
Trecho 3: Embora a anemia da DRC seja primariamente causada por produção de Eritropoietina deficiente, diversas outras situações clínicas e patologias intercorrentes podem contribuir para a presença de anemia na DRC avançada.
Comentário: A anemia da DRC tem sido extensamente estudada na fase dialítica, entretanto, poucas informações estão disponíveis sobre sua ocorrência na fase pré-dialítica. Esse estudo teve como objetivo avaliar a prevalência da anemia nos diversos estágios de DRC com ênfase à contribuição da deficiência de ferro para a sua gênese. 
Trecho 4: Dentre as causas menos frequentes de anemia na população com DRC, e suas características clínicas, bem como peculiaridades de diagnóstico e tratamento, podem se constituir em desafios ao nefrologista, tornando-a objeto de interesse
Comentário: A deficiência de ferro na DRC pode em parte ser explicada por redução na ingestão de ferro devido às restrições dietéticas a que estes pacientes estão exposta e à anorexia presente nas fases mais avançadas da uremia. Por outro lado, recentemente tem sido descrito o papel da hepicidina no metabolismo de ferro. Esse peptídeo é produzido no fígado por estímulo de diversas citocinas pró-inflamatórias e impede tanto a absorção intestinal de fero, como a liberação de ferro dos estoques orgânicos. A DRC se caracteriza por ser uma doença inflamatória e aumento da concentração de hepicidina tem sido relatado nessa população. O fato de termos observado correlação do ferro sérico e da %SAT com PCR e da ferritina com sFas pode sugerir aumento da hepicidina.
ARTIGO 2: NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E CAPACIDADE FUNCIONAL DE PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA PRÉ-DIALÍTICA E EM HEMODIÁLISE
Trecho 1: A doença renal crônica (DRC) consiste em alterações do sistema renal, levando à perda progressiva, lenta e irreversível da função dos rins, que são órgãos fundamentais para manter o equilíbrio metabólico e hidroeletrolítico do organismo.
Comentário: A Insuficiência Renal Crônica é a perda progressiva e irreversível da função renal, urinárias e endócrinas na qual o organismo não mantém o equilíbrio metabólico e hidroeletrolítico, finalizando em um quadro urêmico, síndrome clínica em que compromete o funcionamento de diversos sistemas ou órgãos. Uma falha na função renal pode ocorrer pela qualidade e intensidade de estímulos agressivos aos rins, o que provoca perdas da unidade funcional desse órgão, o néfron. As causas mais comuns atualmente dessa falha renal são o diabetes de longa duração, a hipertensão arterial e a glomerulonefrite crônica.
Trecho 2: Apesar do dano renal, o rim possui uma capacidade compensatória, na qual os néfrons ainda funcionantes desempenham toda a função renal por algum tempo até que ocorre a falha polissistêmica definitiva.
Comentário: Dentre os principais sinais e sintomas, encontram-se: hálito urêmico, hipertensão arterial, hiperglicemia, acidose metabólica, conjuntivites. O paciente com sintomas crescentes da insuficiência renal crônica é indicado para um centro de diálise ou transplante precocemente no curso da doença renal progressiva. Geralmente, a diálise é iniciada quando o paciente não pode manter um estilo de vida razoável apenas com o tratamento conservador. Atualmente, a Insuficiência renal crônica é considerada um problema mundial de saúde pública. A infecção renal crônica tem recebido cada vez mais atenção da comunidade científica internacional, uma vez que sua elevada prevalência vem sendo demonstrada em estudos recentes.
Trecho 03: Relatam que a incidência de retinopatia em pacientes com nefropatia é de 74%, enquanto que, apenas 14% dos pacientes não-nefropatas apresentam retinopatia.
Comentário: A incidência da retinopatia aumenta dramaticamente cinco anos depois do aparecimento da proteinúria, a principal característica da insuficiência renal crônica. o desenvolvimento da nefropatia diabética está intimamente ligado ao alto risco de desenvolvimento da retinopatia severa. Levando a suspeita de uma ligação patogênica comum entre as duas doenças. A nefropatia e a retinopatia compartilham as mesmas características: ambas estão associadas à duração do diabetes e ao gênero masculino, ambas possuem relação com a hipertensão e apresentam relativamente alta mortalidade. Até agora, entretanto, a relação entre retinopatia e nefropatia tem sido baseada unicamente em estudos de corte seccional.
ARTIGO 3: ACHADOS HISTOLÓGICOS RENAIS EM PACIENTES COM INJÚRIA RENAL AGUDA ASSOCIADA Á PURPURA FULMINANS: RELATO DE CASO
Trecho 1: Dados epidemiológicos sugerem a existência atual de aproximadamente um milhão de pessoas com a IRC submetidas a tratamento dialítico em todo o mundo.
Comentário: De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia A insuficiência renal crônica é uma patologia que afeta os diferentes aspectos da vida do paciente. É de difícil tratamento, com sérias implicações físicas, psicológicas e socioeconômicas não apenas para o indivíduo, como também para a família e a sociedade. A IRC é uma condição clínica caracterizada pele retenção de toxinas urêmicas, associada à perda irreversível da função renal. É sabido que as toxinas urêmicas afetam várias partes do corpo, incluindo o cérebro e, consequentemente, ocasionando uma neuropatia periférica e disfunção no Sistema Nervoso Central.
Trecho 2: As lesões purpúricas tornaram-se bolhosas com rompimento e progressão para necrose, se aprofundaram, atingindo derme, subcutâneo e musculatura, até a exposição óssea.
Comentário: É potencialmente causadora de injúria renal aguda. É uma doença trombótica rapidamente progressiva, que acarreta infarto hemorrágico da pele e coagulação intravascular disseminada. Ao longo do tempo, as lesões se coalescem e evoluem com necrose tecidual. Todas essas alterações são potencialmente causadoras de injúria renal aguda, porém, diante de um quadro clínico em que os riscos tromboembólicos e hemorrágicos se somam, pode ser difícil a obtenção de biópsia renal para definição da causa de injúria.
 aguda
Trecho 03: A polineuropatia é uma complicação comum em pacientes com
insuficiência renal crônica, independentemente do tipo da terapia.
Comentário: Quando bem preservada a função renal residual em pacientes em diálise peritoneal tem um papel importante no melhoramento da eficácia do tratamento dialítico, em consequência influenciando a preservação adequada da função do nervo periférico. Diante do crescente número de pessoas acometidas com insuficiência renal crônica e da falta de informação sobre o desenvolvimento dessa patologia, suas consequências e possíveis injúrias visuais, há um grande número de pacientes com comprometimento visual que necessitam de acompanhamento da função visual, sobretudo, baixa acuidade visual, que dificulta, ainda mais, o processo de autocuidado.
ARTIGO 4: HIPERTENSÃO EM PACIENTES EM DIÁLISE: DIAGNÓSTICO,MECANISMO E TRATAMENTO.
Trecho 1: A hipertensão (pressão arterial > 140/90 mmHg) é muito comum em pacientes submetidos à diálise regular, com uma prevalência de 70-80%, e apenas a minoria tem controle adequado da pressão arterial. 
Comentário: Entender os mecanismos, avaliar e definir o melhor manejo da pressão arterial em pacientes que recebem terapias de substituição renal por meio de hemodiálise ou diálise peritoneal é um desafio significativo para os profissionais de saúde. Embora a PA seja medida com frequência no ambiente de tratamento de diálise, aspectos relacionados à técnica de medição empregada podem ser insatisfatórios. Várias outras ferramentas estão agora disponíveis e sendo usadas em ensaios clínicos e na prática clínica para avaliar e tratar a PA elevada em pacientes com doença renal crônica.
Trecho 2: Embora a PA seja medida com frequência no ambiente de tratamento de diálise, aspectos relacionados à técnica de medição tradicionalmente empregada podem ser insatisfatórios.
Comentário: Diferentes níveis de PA podem ser observados no mesmo paciente em situações distintas, que incluem avaliações antes, durante ou após a sessão de diálise, e em casa, utilizando medidas ambulatoriais. Sendo frequente e substancialmente menores do que durante a diálise. Em pacientes com doença renal terminal recebendo diálise, a pressão arterial elevada é comum e geralmente mal controlada. Embora a sobrecarga de volume e a retenção de sódio pareçam ser os principais mecanismos patogênicos da hipertensão nessa população, outros fatores como aumento da rigidez arterial, ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona, apneia do sono, ativação do sistema nervoso simpático e uso de eritropoietina recombinante também podem estar envolvidos.
Trecho 3: O caráter progressivo da insuficiência renal crônica é um fato notório, que ocorre até mesmo na ausência da causa inicial que determinou a lesão renal.
Comentário: Acredita-se que os néfrons remanescentes hipertrofiam-se, tornando-se hiper-filtrantes, sofrem alterações da superfície glomerular, processos inflamatórios glomerulares, fibrose e modificações de permeabilidade da membrana glomerular remanescente às proteínas. Essas alterações levam ao aparecimento da proteinúria. Perdas de função renal de até 50% não se manifestam clinicamente de forma consistente. Reduções maiores causam a síndrome urêmica, constelação de sinais, sintomas e complicações que atingem praticamente todos os órgãos e sistemas do organismo.
Trecho 04: A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é uma síndrome metabólica decorrente de uma perda progressiva, geralmente lenta, da capacidade excretória renal.
Comentário: Dado que a função de excreção de catabólitos é resultante principalmente da filtração glomerular, a insuficiência renal crônica consiste assim em uma perda progressiva da filtração glomerular que pode ser avaliada clinicamente pela medida do “clearance” de creatinina em urina de 24 horas. Atualmente, é amplamente aceita a definição da insuficiência renal crônica que se baseia em alterações na taxa de filtração glomerular e/ou presença de lesão parenquimatosa mantidas por pelo menos três meses. A consequente bioquímica dessa redução de função se traduz pela retenção no organismo de inúmeros solutos tóxicos, geralmente provenientes do metabolismo proteico, que podem ser avaliados indiretamente pelas dosagens de ureia e creatinina plasmáticas, que se elevam progressivamente.
ARTIGO 5: ENSAIO CLINICO PARA O CONTROLE DA INGESTÃO HÍDRICA DE PACIENTES EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO
Trecho 1: Muitos dos problemas vivenciados pelos pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) em tratamento por hemodiálise estão relacionados à baixa adesão ao tratamento proposto.
Comentário: A sobrecarga de líquidos é comum para esses pacientes, e seu excesso, está ligado a um aumento na morbidade dessa população. Embora seja regulado por mecanismos fisiológicos, o comportamento da ingestão de líquidos também é influenciado por hábitos, costumes e rituais sociais da pessoa, além de outros fatores que desencadeiam a ingestão de água, como déficit no volume extracelular e na pressão arterial, e a falta de umidade da mucosa oral e do esôfago.
Trecho 2: Muitos pacientes com DRC, em tratamento por hemodiálise, consomem mais líquidos que o recomendado, prática habitual entre esses sujeitos.
Comentário: A gestão no consumo de líquidos é um desafio para a maioria dos pacientes, pois além dos líquidos propriamente ditos, muitos alimentos possuem alto teor de água, como algumas frutas, gelatinas e sopas. Cerca de 95% dos pacientes com DRC em tratamento hemodialítico não aderem ao tratamento prescrito para restrição hídrica, o que pode gerar muitas complicações
Trecho 3: A gravidade dos sinais e sintomas da IRC depende do grau de comprometimento renal e da idade do paciente.
Comentário: Essas manifestações aparecem em todos os sistemas do organismo pela presença da uremia. São observadas manifestações neurológicas centrais e periféricas; alterações gastrintestinais, endócrinas, metabólicas, infecciosas, dermatológicas e hematológicas. Essas alterações, em conjunto, podem levar o paciente à fadiga e à dispneia. A IRC somada ao tratamento hemodialítico é igual à possibilidade da presença de várias complicações, como deterioração musculoesquelética, fraqueza, descoloração da pele, emagrecimento, edema, fadiga e alterações pulmonares. O tratamento, inicialmente, é conservador, com a administração de medicamentos e dieta específica. Conforme a evolução da doença, o paciente receberá as outras formas terapêuticas. Dentre os tratamentos, as opções de escolha são: diálise peritoneal, hemodiálise e transplante renal. A escolha do melhor tratamento envolve a análise das condições clínicas, psicológicas e financeiras do paciente.
Trecho 4: Os rins são órgãos fundamentais para a manutenção da homeostase do corpo humano.
Comentário: Assim, não é surpresa constatarmos que, com a queda progressiva do ritmo de filtração glomerular observada na insuficiência renal crônica e consequente perda das funções regulatórias, excretórias e endócrinas ocorram o comprometimento de essencialmente todos os outros órgãos do organismo. Quando a queda do RFG atinge valores muito baixos, geralmente inferiores a 15 mL/min, estabelece-se o que denomina-se falência funcional renal, isto é, o estágio mais avançado e permanente de perda funcional progressiva observado na insuficiência renal crônica.

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