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EPIDEMIOLOGIA *Aula 1: História da epidemiologia - Tríade da epidemiologia: Medicina social Clínica Estatística - Ciência voltada a resoluções de problemas de saúde na população Estudo dos determinantes de saúde-doença Análise das situações de saúde – diagnóstico de saúde na comunidade Avaliação de tecnologias e processos no campo da saúde - Clinica dedica-se ao estudo da doença no individuo, estudando casos e casos - Epidemiologia dedica-se ao estudo de problemas de saúde em grupos de pessoas, envolvendo populações numerosas - Epidemiologia nasce com Hipócrates (textos sobre epidemiologia e raciocínio epidemiológico) e é seguida por seus discípulos - No começo da medicina, em Roma, havia poucos médicos que eram em geral, escravos gregos de grande valor monetário que trabalhavam para a corte ou para famílias nobres - Imperador Marco Aurélio criou o Censos, registros de nascimentos e óbitos, dando inicio a estatística - Na idade média, prática da saúde torna-se exclusividade da igreja; amuletos, cultos e santos faziam parte do caráter mágico-religioso - Medicina para pobres era exercida por religiosos, barbeiros, boticários... - Famílias ricas tinham médicos privados – cortesão - Não havia ações coletivas no ramo da saúde, a não ser em momentos de crises e epidemias - Árabes = adotaram práticas de higiene e de saúde pública, consolidando registros de informações – avicena e averroes - Epidemiologia surgiu de fato em Londres, criada por Thomas Sydenham por volta do ano 1600 - Paris era periodicamente dizimada por pestes ovinas - Hospital surgiu como um lugar de acolhimento, um abrigo das ordens religiosas. O primeiro surgiu nas cruzadas - Constituição do saber clínico racionalizado e moderno se deu em 3 etapas: Luta contra os leigos e religiosos pela legitimação de uma clínica média racional. Não havia uma distinção entre saúde pública e coletiva Já consolidado como instituição de pratica profissional, reforçava o estudo unitário do caso, investigando os enfermos acolhidos pelo hospital Surgimento da fisiologia moderna, estruturada a partir da definição de patologias - Estatística surgiu como uma necessidade de contar o povo e seu exército (riqueza da nação) - O povo e o exército para serem produtivos, precisavam de saúde e disciplina - William Petty e John Graunt foram os percussores da demografia, estatística e epidemiologia moderna - Valorização da matemática – estimativas - Laplace criou os métodos de análise de mortalidade e outros casos de saúde - Lauber Quetelet aperfeiçoou os métodos aplicados de estatística - Pierre Charles Alexandre Louis – fundador da epidemiologia (estatística) - William Farr criou registros anuais na Inglaterra e no País de Gales - Inglaterra – medicina para os pobres sustentada pelo Estado - A partir da revolução francesa, criou-se a medicina urbana com o intuito de sanear a cidade - Em 1838, a medicina social foi proposta por Guérin - Florence Nightingale (1850) funda a enfermagem – estudo da mortalidade - John Snow em 1850, provou a teoria microbiana - Oliver Holmes foi considerado o primeiro epidemiologista norte americano - August Hirsch –epidemiologia ecológica - Em 1910 surge o relatório Flexner, que separa individuo/coletivo, biológico/social, curativo/preventivo - Crise mundial de 1929 leva à elitização da saúde Saúde como meio de controle social Redescobrimento do social e cultural da medicina’ - Em 1931, epidemiologia tentava resgatar a medicina coletiva - Em 1927, Frost diz que a epidemiologia é uma ciência preocupada em compreender as enfermidades a partir de uma filosofia consistente - 1950 – Programas de investigação e departamentos de epidemiologia, começam a desenvolver novos métodos de investigação - Após anos 60, ocorreu forte matematização da epidemiologia. Ampliação e maior eficiência nos bancos de dados - Obrigações do sus: Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos substâncias de interesse para a saúde pública Executar ações de vigilância sanitária, epidemiológica e de saúde do trabalhador Ordenar formação de recursos humanos Participar da política e execução de saneamento básico Incrementar o desenvolvimento científicos, tecnológicos e a inovação Fiscalizar e inspecionar alimentos e outros produtos para consumo humano Controlar e fiscalizar produtos psicoativos, tóxicos e radioativos Colaborar com a proteção do meio ambiente - Deriva-se dos naturalistas e da medicina social, que descreviam as diversas doenças - Escola tropicalista baiana – não era uma instituição de ensino, mas estudavam a prática médica e a etiologia de doenças que acometiam escravos e homens livres - Questionamento do ensino das faculdades médicas do brasil que ainda usavam a teoria miasmática (doenças eram provenientes de miasmas: odor fétido de matéria orgânica em putrefação -Surgimento de técnicas mais modernas de medicina: microscopia, parasitologia e estudo de fluídos corporais - Tropicalistas associavam doenças à pobreza, má nutrição, falta de saneamento básico e precária condição de vida dos escravos - No final do século XIX, surgiram tentativas de analises quantitativas de ocorrência doenças - Em 1903, Oswaldo Cruz, do Instituto Pasteur, foi nomeado para a Diretoria Geral da Saúde Publica - Saneamento no RJ para combater as epidemias que assolavam a cidade: peste negra, varíola e febre amarela – aplicação de multas e intimação dos proprietários de imóveis insalubres para demoli-los ou reformá-los - Em seguida, começou o combate contra a peste negra com o combate de ratos na cidade - Em 1904, tornou-se obrigatória a vacina contra varíola – revolta da vacina - Carlos Chagas conseguiu controlar a epidemia de malária, tornando-se referência em todo mundo - Chagas descobriu a doença de chagas - Surgimento da Fundação Oswaldo Cruz no RJ e USP em SP -Diminuição da influência europeia e aumento da influência dos EUA – vencedor da 2 guerra - Fundação Rockfeller teve grande influência no pensamento sanitário brasileiro - Aparecimento de ideias de que doenças poderiam ser controladas e erradicadas - Aprimoramento da USP - Nos anos 60 é formada a primeira geração de epidemiologistas – ganharam bolsas para estudar nos EUA - Aumento do numero de pesquisas e de instituições de pesquisa - Anos 90 – Conferência nacional da saúde – criação do sus - Em 1900, Instituto soroterápico Oswaldo Cruz – pesquisas de vacinas, soros, campanhas de saneamento básico *Aula 2 – Modelo Biomédico - Boorse – doença é o estado interno do organismo com funcionamento subnormal – negativa de saúde - Algumas doenças podem evoluir para enfermidades caso cause: incapacidade ou limitações, consequências psicológicas e sociais - Doença – desajustamento ou falha nos mecanismos de adaptação do organismo, processo que conduz a uma perturbação da estrutura ou da função de um órgão, de um sistema ou de todo o organismo ou de suas funções vitais - O conceito de doença é aplicado a todas as espécies - Doença é abordada de duas maneiras distintas: clínica médica e patologia – patologia valoriza o mecanismo etiopatogênico e a clínica privilegia a semiologia e os sinais e sintomas - Doenças agudas – curta duração - Doenças crônicas – longa duração - Da etiopatogenia: infecciosas e não infecciosas - Infecção é diferente de doença infecciosa - Modelo biomédico desenvolvido privilegiando as doenças infecciosas - Doenças não infecciosas tratam-se de estados mórbidos que não são infecciosos - Agentes etiológicos é um ser vivo – patógeno - Infecção é uma manifestação (penetração, desenvolvimento, multiplicação) dentro de um organismo – parasitam outro ser vivo pra sobreviver; iniciam ciclo de vida dentro de outro organismo - Doença transmissível: trata-se de um agente etiológico transmissível - Doença contagiosa é infecciosa, porém doença infecciosa não é necessariamente contagiosa - Doença contagiosa: doenças infecciosas que se difundem por contato direto com indivíduos infectados - Propriedade dos patógenos: Infectividade Patogenicidade Virulência Imunogenecidade - Infectividade: conjunto de qualidades específicas de certo organismo de vencer barreiras externas e penetrar um certo organismo, iniciando ali seu ciclo de vida; existem agentes dotados de alta infectividade e de baixa infectividade - Patogenicidade: capacidade do agente de produzir sintomas; existem agentes dotados de alta patogenicidade e de baixa patogenicidade - Virulência: capacidade do agente de produzir casos graves ou fatais; agente metabolicamente exigente (multiplicação e propriedades); podem ter alta virulência ou baixa virulência - Imunogenecidade: poder imunogênico; alto poder imunogênico (infectadas apenas uma vez, tornando-se imune para o resto da vida) ou baixo poder imunogênico (imunidade temporária) - Uma doença pode ser: Manifesta: apresenta todas as características semiológicas que lhe são típicas Abortiva/frustrada: nem todos os sinais clínicos são apresentados Fulminante: ocorre de forma grave, com alto coeficiente de letalidade Inaparente/subclínica: individuo não apresenta sinais clínicos - Período de incubação – período de tempo entre a exposição do individuo ao agente etiológico e o aparecimento de sintomas da doença, o qual o ser não é fonte de contato - Período de transmissibilidade: período o qual o individuo pode transmitir o agente etiológico a outro individuo - Doenças não infecciosas não se relacionam com indivíduos parasitários - Grande parte das doenças não infecciosas são classificadas como doenças crônicas - Pode-se ter um fator de risco/probabilidade da doença ocorrer e não sua certeza – ocorrem por múltiplos fatores de risco endógenos e exógenos, baixa patogenicidade - Suscetibilidade – alta suscetibilidade (baixos graus de exposição bastam para aparecimento de sintomas) e baixa suscetibilidade (alta resistência ao aparecimento de sintomas) - Exposição aguda: alta concentração - Exposição reiterada e intermitente: ocorrem durante um tempo - Exposição múltipla a fatores: que atuam sinergicamente - HND – modelo processual dos fenômenos patológicos – prevenção - Objetivo desse modelo é dar sentido aos diferentes métodos de prevenção e controle de doenças - Considera o meio interno e o meio externo - Pré-patogênese: patologias que ainda não se desenvolveram Condicionantes ecológicas, socioeconômica-cultural e condições intrínsecas do sujeito Interações entre os fatores e condições que estimulam/permitem o desencadeamento de doenças no organismo Agentes químicos, físicos, nutricionais, genéticos Determinantes socioeconômicos, culturais, ecológicos, biológicos e psicossociais - Patogênese: patologias que já se encontram ativos Inicia-se com as primeiras alterações no sujeito afetado Alterações celulares que provocam defeito ou falhas em órgãos/sistemas, que pode levar a morte, cura, cronicidade, sequelas etc Interação agente/sujeito – pré-disposição às ações patogênicas Alterações bioquímicas, histológicas e fisiológicas – referente ao período de incubação Sinais e sintomas – estágio clínico; pode evoluir para cura, cronicidade ou morte Cronicidade – ou incapacidade clinica - HDN > modelo biomédico, pois determina que o processo saúde/doença é complexo *Aula 3 – Níveis de prevenção da doença - Tabela HDN: Pré-patogênese: Medidas inespecíficas: ligadas indiretamente à saúde/doença Medidas especificas: ligadas diretamente á saúde/doença Patogênese: Diagnóstico e tratamento precoce: medidas que busquem a detecção de doenças em indivíduos já contaminados ou ainda saudáveis para tratamento precoce Limitação do dano – medidas que busquem tentar curar o individuo doente Reabilitação – medidas que busquem inserir novamente o doente na sociedade, estando ele saudável *Aula 3 – Níveis de Prevenção - Nos tempos atuais as doenças crônicas são o maior desafio da saúde pública; prevenção e controle são as melhores estratégias para conter a epidemia - Declínio das mortes = maior prevenção e tratamento - No séc. XX, os países desenvolvidos tiveram uma diminuição de DCV e AVC; isso se deve a medidas e ações direcionadas à pop. - Há indícios de que as principais causas de morte por doenças são preveniveis - Estudos feitos em imigrantes sugerem que algumas gerações após a chegada do imigrante, seus descentes terão o mesmo tipo de doença que a pop. do país residente - Para a determinação da causalidade das doenças, precisa-se levar em consideração fatores sociais, econômicos, ambientais e políticos (determinantes distais) – fora do alcance do individuo - Os níveis de prevenção possuem 5 níveis: Primordial Primário Secundário Terciário Quaternário - Evidência da causalidade é incompleta, mas o risco de não prevenir uma ameaça à saúde publica é alto, ações preventivas devem ser realizadas – ações de prevenção por precaução - Prevenção primordial e primária tem maior impacto na pop. - Prevenção secundária e terciária são focadas na pessoa, sendo que esta já apresenta sinais de doença Prevenção primordial – Alwan 1997: evitar o surgimento e prevalência (estilo de vida) onde contribuem para um risco elevado da doença; deve incluir políticas nacionais de prevenção; alto nível de engajamento das autoridades e pop. é fundamental para a prevenção primordial Prevenção primária: remover causas e fatores de risco de um problema de saúde da pop. ou individuo antes que se torne uma condição clinica; Prevenção secundária: as medidas das prevenções anteriores não foram suficientes e o individuo agora possui uma patologia; atuará tentando interromper/regredir a doença (cura) ou agindo para que essa não mais se complique Prevenção terciária: quando o agente patogênico causa morte, sequelas, cronicidade; no caso de sequelas e cronicidade há medidas que podem ser realizadas para que o individuo seja reabilitado na sociedade Prevenção quaternária – Jamoulle 2000: visa detectar o intervencionismo médico desnecessário ou impróprio - Batistella faz uma crítica pelo modelo tratar todas as doenças de uma mesma maneira, sendo que o ser humano vive em tempos históricos diferentes e consequentemente há doenças diferentes - Medidas inespecíficas -> medidas especificas -> diagnóstico e tratamento precoce -> limitações do dano -> reabilitação *Aula 4: Medidas de frequência de doença - Em 1948, OMS definiu saúde como um completo bem estar físico, mental e social; não apenas ausência de doença - Para epidemiologia = doença ausente, doença presente - Os critérios diagnósticos são baseados em sintomas, sinais, história clínica e resultados de testes e exames - Em alguns casos, o uso de critérios mais simples é o suficiente - Critérios diagnósticos podem mudar de acordo com o avanço cientifico e tecnológico – avanço de técnicas diagnósticas - Incidência e prevalência = medição de ocorrência de doenças - Grupo de pessoas suscetíveis a determinada doença são a pop. em risco – estudados fatores geográficos, demográficos e ambientais - Incidência: novos números de casos ocorridos em uma determinada população em um determinado tempo - Prevalência: números totais de casos de uma determinada doença em um tempo específico - A relação entre incidência e prevalência depende da doença - Envolve a contagem de casos em uma determinada pop. em risco - Taxa de ataque: significa o mesmo que incidência, porém é usado durante uma epidemia em um curto período de tempo - numero de pessoas afetadas Numero de pessoas expostas = taxa de ataque - Taxa de prevalência: P = numero de pessoas com a doença Pop. em risco resposta em % - Fatores que determinam a taxa de prevalência: Severidade da doença – se muitas pessoas morrem pela doença, a taxa de prevalência diminui Duração da doença – se uma doença é de curta duração, a prevalência é menor que de uma doença de longa duração Numero de novos casos – se muitas pessoas contraírem a doença, sua taxa de prevalência será maior do que se poucas pessoas contraírem - Medidas de prevalência são uteis para a necessidade de saúde e melhor planejamento - Taxa de incidência: refere-se a velocidade com que determinados eventos ocorrem na pop., levando em conta o tempo em que o individuo estava exposto a doença, porém não contaminado - I = numero de pessoas que adoeceram no período Pessoa – tempo em risco - Tempo em risco é o tempo em que a pessoa permaneceu livre da doença - Taxa de incidência cumulativa ou risco: maneira mais fácil de medir a ocorrência de uma doença - incidência cumulativa = numero de pessoas que desenvolveram a doença no período Numero de pessoas sem a doença no inicio do periodo - Refere-se a probabilidade da pessoa vir a desenvolver a doença num período de tempo - Similar ao conceito de risco de morte - Devido a sua simplicidade, é adequada para divulgar informações ao publico - Letalidade: mede a severidade de uma doença; é definida como a proporção de morte entre os doentes de uma causa especifica - Letalidade = numero de mortes de uma determinada doença em certo período % Numero de doentes por determinada doença no mesmo período - Prevalência também pode ser calculada como: P = incidência x duração media da doença *Aula 5 – Indicadores da saúde - Indicadores de saúde avaliam o nível de vida e mostram os principais problemas de saúde pública; os indicadores ajudam na elaboração de politicas preventivas e na real efetividade das medidas de prevenção já usadas - Indicadores individuais = medida de pressão arterial etc - Indicadores populacionais = expectativa de vida, coeficiente de mortalidade etc - Critérios de avaliação e escolha de indicadores de saúde: O avaliador deve possuir uma boa representatividade e cobertura Definir os processos usados nos cálculos, para uma boa confiabilidade Simplicidade ao passar as informações coletadas Comparar as populações à outras ou a ela mesma em momentos históricos distintos - É necessário ter relevância, ter uma relação custo-efetividade e atitudes éticas - O indicador é considerado válido se consegue medir adequadamente o fenômeno de interesse - Indicadores que referem-se diretamente à saúde de indivíduos ou de populações (ou sua falta): mortalidade, morbidade, nutrição e exposição à fatores de risco - Indicadores das condições do meio ambiente (que influenciam na saúde das pessoas): saneamento básico e qualidade do ar - Indicadores relativos aos níveis de saúde: relacionados à qualidade dos serviços, ao numero de pessoas atendidas e os resultados desses serviços - Indicador: mede um aspecto especifico - Índice: sintetiza em uma única medida várias medidas de interesse - Indicadores de saúde baseados em medidas de mortalidade: é usado devido a disponibilidade de dados sobre as mortes. São de 2 tipos: Indicadores globais: coeficiente de mortalidade, esperança de vida ao nascer Indicadores específicos: coeficiente de mortalidade infantil, mortalidade por doenças transmissíveis - Coeficiente geral de mortalidade: Taxa bruta de mortalidade, englobando todas as mortes CGM = números de óbitos na área A no período P x1000 População a área A no período P - Indicadores de mortalidade segundo a causa do óbito: baseia-se em conceitos da causa da morte e os fatores que contribuíram para ela - Mortalidade proporcional segundo a causa de óbito: indica a importância de uma causa de morte em uma determinada população, e pode ser utilizada para definir as prioridades na área da saúde MPy = numero de óbitos devido a causa y, da área A, no período P Numero de óbitos por todas as causas da área A, no período P x100 - Taxa de mortalidade por causa de óbito: estimativa de risco de morte por uma causa especifica, ao qual esteve exposta uma determinada população durante um certo período TMY = números de óbitos derivados a causa Y, da área A, no período P População da área A no período P - Taxa de mortalidade por doenças infecciosas e parasitarias: FÓRMULA IGUAL A ANTERIOR - Mortalidade materna: morte da mulher durante a gestação ou dentro de um período de 42 dias após seu término, devido a qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez. A morte materna é considerada um indicativo de qualidade dos serviços prestados a população RMM = numero de óbitos maternos na área A, no período P Número de nascidos vivos da área A, no período P x 10000 - Mortalidades por causas mal definidas: casos que não permitem a determinação de um diagnostico preciso. Quanto maior os casos de óbito mal definidos, menor a exatidão das analises baseadas - Mortalidade infantil: óbitos ocorridos ao longo do primeiro ano de vida TMI = numero de óbitos de crianças menores de um ano na área A no período P x100.000 Numero de nascidos vivos na área A no período P AS FÓRMULAS DAS TAXAS SEGUEM UM MESMO PADRÃO - Taxa de mortalidade infantil neonatal: estimativa do risco de morte antes de completar 28 dias de vida - Taxa de mortalidade infantil pós neonatal: estimativa dos risco de morte de 28 dias de vida até 1 ano incompleto - Proporção de mortalidade infantil: se correlaciona com a condição sanitária de uma região. Óbitos de crianças pelo numero de óbitos total - Mortalidade fetal - Mortalidade perinatal: óbitos ocorridos desde a gestação em que o feto atinge 500g até 7 dias após o nascimento - Mortalidade proporcional com 50 anos ou mais de idade: morte de indivíduos com mais de 50 anos. Há uma classificação dos níveis de saúde da população 1 nível: RMP maior ou igual a 75% 2 nível: RMP entre 50 e 74,9% 3 nível: RMP entre 25 e 49,9% 4 nível: RMP abaixo de 25% - Curvas de mortalidade proporcional: são construídas a partir da distribuição proporcional dos óbitos para determinada população. Os gráficos são denominados curvas de Nelson de Moraes. Nas curvas são consideradas todas as faixas etárias Tipo I – nível de saúde muito baixo: mortes elevadas de menores de um ano e de adultos jovens Tipo II – nível de saúde baixo: predomínio de mortes nas faixas infantil e pré-escolar Tipo III – nível de saúde regular: óbitos elevados de menores de 1 ano de idade (porém menores) e de 50 anos ou mais de idade Tipo IV – nível de saúde elevado: predomínio absoluto de óbitos de 50 ou mais anos de idade - Coeficiente de letalidade - Taxa de fertilidade, fecundidade e natalidade * Aula 6 – Distribuição de doenças no espaço tempo - Exame detalhado de 3 questões principais: Quem adoeceu? Sexo Idade Raça Condição socioeconômica Hábitos alimentares e culturais Onde a doença ocorreu? – análise de algum padrão na distribuição das doenças Quando a doença ocorreu? - Avalição de tendências e os períodos de maior ocorrência das doenças - O espaço é considerado tanto os aspectos físicos quanto os processos sociais – varia em momentos históricos distintos - Análise espacial em saúde: estudo quantitativo da distribuição das doenças ou serviços de saúde - Para avaliar a saúde e a qualidade da saúde para/na população, os dados são coletados e expressados em formas geográficas – sistema de informação geográfica, geoprocessamento, geoestatística, análise de dados em área etc - Estudos em migrantes - Distribuição de doenças no tempo: fornece informações de compreensão, previsão, prevenção etc * Aula 7 – Vigilância epidemiológica - É a ameaça de epidemias de doenças, que continuam existindo em todos os países, com crescente risco de disseminação mundial e a decorrente necessidade de ações de controle por parte dos governos e organizações para a defesa da população Informação/comunicação Decisão Intervenção para controle - É a partir da identificação de casos clínicos isolados/individuais, que será dado o alerta para ações de âmbito coletivo Busca de casos semelhantes Identificação dos agentes causais e do modo de transmissão - Evolução histórica e situação atual no Brasil: Prática de quarentena é muito antiga e ainda usada Revolução industrial e o consequente aumento da urbanização marca o momento em que o Estado se torna o responsável pela garantia de saúde da população No Brasil, o marco foi o crescimento econômico, com a necessidade de maior condição sanitária nos portos Em São Paulo, o marco foi a substituição de mão-de-obra escrava pela italiana Posteriormente ocorreu maiores praticas sanitárias decorrentes da melhor infraestrutura e expansão da economia Necessidade de criação de sistema de informação sobre as doenças e a quantidade delas - Fica estabelecido a obrigatoriedade de comunicação de casos suspeitos ou confirmados de doenças catalogadas no DNC - incidência x prevalência - Epidemia: ocorrência em uma região de aumento repentino do numero de casos de determinada doença ou incidência acima do esperado (surto) - Endemia: são doenças que ocorrem com frequência em dada região e permanecem restritas a ela, sendo considerada doença típica do local - Pandemia: são doenças infecciosas e transmissíveis que se espalham por um ou mais continentes/por todo o mundo. Pode ser considerada uma epidemia que atingiu todo o planeta * Aula 8 -
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