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1 Universidade Federal do Triângulo Mineiro Licenciatura em Química Ana Carolina Dias Silva Estephane Botan de Brito Gabriela Nascimento Pires Leis de Newton e Lei de Hooke Uberaba 2019 2 Resumo: Robert Hooke foi um cientista inglês nascido em 1635 no Reino Unido e que contribuiu para a ciência com seus trabalhos. Uma de suas contribuições é conhecida como Lei de Hooke, na qual estuda a elasticidade dos corpos através de forças exercidas sobre eles. Nosso objetivo com esse trabalho é verificar a relação entre a força resultante, massa e aceleração num movimento de translação. Verificar a decomposição de forças em um plano inclinado. Estudar o comportamento da força elástica e obter a constante elástica de molas. Determinações essas que foram feitas através da coleta de dados da parte experimental que consiste em adicionar massas às molas e observar sua deformação. Contudo, conclui-se que as molas obedecem a essa lei, sofrendo deformações diferentes dependendo da massa adicionada e força exercida sobre elas, levando em consideração também a característica de dureza das molas. Palavras-chave: Lei de Hooke, molas, força elástica, deformação. 3 Sumario: 1. Introdução ------------------------------------------------------------------------- 4 2. Objetivo----------------------------------------------------------------------------- 5 3. Materiais e métodos ------------------------------------------------------------- 5 4. Resultados e discussões ------------------------------------------------------- 6 5. Conclusão ------------------------------------------------------------------------- 10 6. Referencias ------------------------------------------------------------------------ 11 4 1. Introdução: A Lei de Hooke foi formulada pelo cientista inglês Robert Hooke (1635-1703). Essa teoria está relacionada à elasticidade e deformação de corpos devido as forças exercidas sobre eles. Todo material sobre o qual é exercida uma força, sofre uma deformação que pode ou não ser observada. Essa lei descreve a força restauradora que existe nos materiais quando são deformados, comprimidos ou distendidos, esticar ou comprimir uma mola, são situações onde é fácil notar a ocorrência de deformação. É possível observar que todo corpo permanece em repouso ou em movimento retilíneo e uniforme, a menos que seja obrigado a modificar seu estado pela ação de forças impressas a ele, ou seja, só ocorrerá a deformação dos corpos se houver uma força sendo exercida sobre eles (NEWTON), ressaltando ainda que, a distensão do objeto elástico é diretamente proporcional à força aplicada sobre ele. De acordo com Newton, toda ação corresponde uma reação igual e oposta, ou, as ações mútuas de dois corpos entre si são sempre dirigidas em direções contrárias. No caso da prática realizada, essa força resultante tem sentido oposto ao deslocamento que o corpo está sofrendo. O exemplo mais comum para o estudo dessa teoria é a mola. Um sistema massa- mola é constituído por uma massa prendida a uma mola que se encontra fixa em um suporte. Quanto maior for a massa do corpo, maior a sua inércia. (MACHADO). A deformação da mola é proporcional a força aplicada para comprimir e/ou esticar a mola, a qual é dada pela lei de Hooke: A intensidade da força elástica (Fel) é proporcional à deformação (X): F= -k.x Onde: F é a força aplicada; X é a deformação pela mola; K é a constante elástica da mola. O sinal negativo na equação acima indica que a força exercida pela mola tem o sentido oposto do deslocamento da sua extremidade livre A constante elástica da mola depende de suas características físicas, de ser mais ou menos rígida e a unidade é 5 Newton por metro (N/m). Assim sendo, o objetivo desse trabalho é estudar o comportamento da força eletrostática e assim, obter a constante elástica de molas. 2. Objetivo Este trabalho tinha como objetivo, verificar a relação entre a força resultante, massa e aceleração em um movimento de translação. Verificar também a decomposição de forças em um plano inclinado. Assim estudar o comportamento da força elástica e obter a constante elástica de molas. 3. Materiais e Métodos Tripé estrela com haste Suporte para mola 5 massas com mesmo peso cada Molas Sistemas de molas Trena Iniciou-se a experimentação coletando o comprimento das molas e aferindo a massa do peso utilizado. Mola 1 (M1) = 8,5cm Mola 2 (M2) = 11,5cm A prática comportou a adição dos cinco pesos na extremidade das molas e para cada peso acrescido a medida foi registrada, conforme representado na Figura 1. Figura 1: pesos adicionados nas extremidades das molas Mola 1 (cinco pesos) Mola 2 (cinco pesos) Fonte: fotografia registrada pelas próprias autoras 6 4. Resultados e discussões Ao colocar a mola foi adicionado os pesos nas respectivas molas, conforme adicionou-se o peso notou-se um aumento no comprimento da Mola 1, dados registrados na tabela 1: Tabela 1: Mola 1 comprimento inicial de 8,5 cm. Peso 1 Peso 2 Peso 3 Peso 4 Peso 5 Comprimento 16,0 cm 23,5 cm 30,0 cm 36,0 cm 43,4 cm Fonte: elabora pelos próprios alunos. O mesmo efeito foi observado na Mola 2 representado na tabela 2: Tabela 2: Mola 1 comprimento inicial de 11,5 Peso 1 Peso 2 Peso 3 Peso 4 Peso 5 Comprimento 13,0 cm 15,3 cm 17,5 cm 19,8 cm 21,5 cm Fonte: elabora pelas próprias autoras. Em posse do comprimento das molas e dos pesos anexados à mola, permitiu-se calcular a Força Peso que relaciona a massa para os cinco (5) pesos acrescidos na extremidade com a aceleração. Na tabela 3 contém a total dos pesos em cada momento do experimento. Tabela 3: Massa dos pesos utilizados no experimento em gramas. Massa 1 50,6 g Massa 2 101,2 g Massa 3 151,8 g Massa 4 202,4 g Massa 5 253,0 g Fonte: elabora pelas próprias autoras. A Força Peso (F) é definida como sendo o produto da massa (m) e da aceleração da gravidade (g) (F = m.g), em que o valor adotado é igual g = 9,8 m/s2 , sendo assim o valor que melhor se aproxima para a cidade de Uberaba. Logo, obtém-se para ambas as molas: Tabela 3: Valor da força peso para ambas as molas. F1 = m1 . g → F1 = (50,6) . (9,8) F1 = 495,9 N F2 = m2 . g → F2 = (101,2) . (9,8) F2 = 991,8 N F3 = m3 . g → F3 = (151,8) . (9,8) F3 = 1487,6 N F4 = m4 . g → F4 = (202,4) . (9,8) F4 = 1983,5 N 7 Fonte: elabora pelas próprias autoras. Ao estendermos o entendimento sobre as características das molas evidenciamos a possibilidade em calcular a Força Elástica ou Força Restauradora, definida pela capacidade em restaurar a mola comprimida ou esticada para seu estado relaxado. Em que a Força de uma mola é proporcional ao deslocamento (d) da extremidade livre a partir da posição que ocupa quando a mola está no estado relaxado. A força elástica é dada por: F = - Kd (Lei de Hooke). Considerando que a (F) foi obtida através da Força Peso (F= m.g) a equação permite calcular (-K), o sinal negativo indica que o sentido da força elástica é sempre o oposto ao sentido do deslocamento da extremidade livre da mola, com isso: −𝐾 = 𝐹 .(𝑁) ∆𝑋 (𝑀) As variações de Δx (m) para as Molas estão definidas na tabela 4. Tabela 4: Variação de Δx = (Xf - X0) Mola 1 Mola 2 Δx1 = 0,160 (m) Δx1 = 0,130 (m) Δx2 = 0,235 (m) Δx2 = 0,153 (m) Δx3 = 0,300 (m) Δx3 = 0,175 (m) Δx4 = 0,360 (m) Δx4 = 0,198 (m) Δx5 = 0,436 (m) Δx5 = 0,215 (m) Fonte: elabora pelas própriasautoras. Após os dados acimas obtidos conseguimos obter os valores da constante elástica para cada massa, esses valores estão na tabela 5. F5 = m5 . g → F5 = (253,0) . (9,8) F5 = 2479,4 N 8 0.5 0.45 0.4 0.35 0.3 0.25 0.2 0.15 0.1 0.05 Series1 0 500 1000 1500 Força elástica 2000 2500 3000 Tabela 5: Valores das constantes elásticas. M1→ -K = 495,9 = 3099,4 N/m 0,160 M1→ -K = 495,9 = 3814,6 N/m 0,130 M2→ -K = 991,8 = 4220,4 N/m 0,235 M2→ -K = 991,8 = 6482,4 N/m 0,153 M3→ -K = 1487,6= 4958,7 N/m 0,300 M3→ -K = 1487,6 = 8500,6 N/m 0,175 M4→ -K = 1983,5= 5509,7 N/m 0,360 M4→ -K = 1983,5 = 10017,7 N/m 0,198 M5→ -K = 2479,4 = 5712,9 N/m 0,436 M5→ -K = 2479,4 = 11532,1 N/m 0,215 Fonte: elabora pelas próprias autoras. Tais dados permitem o esboço em gráfico (Força Peso) caracterizado pela relação de aumento gradativo da intensidade da força aplicada, que possibilita um aumento na deformação da mola, esses graficos estão presentes nas figuras 2 e 3. Figura 2: Relação Força Peso para a Mola 1 0.4 34 0. 36 0. 3 0.2 35 0. 16 Fonte: elabora pelas próprias autoras. V ar ia çõ es d e Δ x 9 Figura 3: Relação força peso para a mola 2 Fonte: elabora pelas próprias autoras. Ao observarmos os gráficos esboçados identificamos a relação de constância entre a força exercida pela deformidade da mola e que a K (constante elástica) é uma medida de rigidez da mola, logo, quanto maior K mais rígida é a mola, ou seja; maior é a força exercida pela mola para um dado deslocamento. Analisando os dados obtidos para a Mola 1 e Mola 2 evidencia-se a necessidade em determinar a rigidez da mola e sua elasticidade que determinam sua capacidade de deformação. Os parâmetros utilizados relacionam as forças que se interagem, mais precisamente a força elástica definida pela Lei de Hooke a deformidade para a mola 1 é maior que a deformidade da mola 2 conforme observado no gráfico contidos nas figuras 2 e 3, o que se justifica talvez pela rigidez das molas, ora a mola 1 é menos rígida que a mola 2. Vale ressaltar que a mola 2 é constituída por 3 molas em paralelo, tal configuração não altera a deformação sofrida por uma única mola. 0.25 0.1 0.2 0.175 53 0.15 0.1 Series1 0.05 1000 2000 3000 Força elastica 0.13 0.1 98 0.215 va ri aç õ es d e Δ x 10 6.Conclusão Considerando os dados obtidos no experimentos foi observado que a força esta relacionada com a deformidade da mola, a mola que possui menor deformidade possui maior força. Além disso, podemos observar que a mola maior, mais grossa obteve maior deformidade que a mola mais fina e com espasamentos menores em relação a mola mais grossa. Outrossim, tinhamos um conjunto de molas, contido por três molas finas e concluimos que nao tem como saber a deformidade e peso individual para cada. Porque, temos a força peso para baixo e a força gravitacional para cima, logo teremos uma força resultante e o valor de cada mola será o encontrado para a força resultante. 11 6.Referencias (1) BLOG DA ENGENHARIA. Lei de Hooke. 2012. Disponível em: <https://engenharia360.com/lei-de-hooke/> Acesso em: 2 de nov. de 2019. (2) GOMES, Benedito Bráulio Pinheiro; et al. Lei de Hooke. Universidade Federal de Pernambuco.2015. (3) MACHADO, Nuno. As leis de Newton. Disponível em: <http://www.aulas-fisica- quimica.com/9f_15.html> Acesso em: 2 de nov. de 2019.