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De acordo com o local da transecção da medula espinhal os efeitos indicados são: » C1-C3: perda de função abaixo do nível da lesão. Necessita-se um ventilador para manter a respiração, caso contrário, é fatal. Musculos esternocleidomastoideo, trapézio superior e elevador da escápula preservados. Controle cervical. Existe comprometimento do diafragma/ assistência ventilatória. C1 a C4 Totalmente dependentes nas avds, transferências e mudanças de posição. Com auxílio de capacete com ponteira poderão realizar algumas atividades (leitura, pintura, digitação). Postura bípede somente em prancha ortostática. Controle ambiental/ avanço tecnológico (movimentos de cabeça, mento, voz, sopro…). » C4-C5: há respiração, mas o paciente é quadriplégico, ou seja, não há função dos membros superiores e inferiores. Músculos trapézios e diafragma funcionantes/ não depende do respirador. Movimentação voluntária e funcional do deltóide e bíceps braquial. Abdução ombro e flexão cotovelo preservadas. Abdução ombro e flexão cotovelo preservadas. Digitação, impulsão de sua cadeira de rodas (pinos sobrearos) no plano reto. Dar preferencialmente cadeira motorizada. Auxílio parcial nas transferências. Postura bípede em prancha. » C6-C8: perda da função da mão e um grau variável de perda no membro superior, o indivíduo pode conseguir alimentar-se ou impulsionar uma cadeira de rodas. C6 (extensor radial do carpo), preservados braquiorradial e extensor radial do carpo/ tenodese. Alimentação facilitada por adaptações com cabo engrossado. Higiene facilitada e vestuário porção superior do tronco se possuir resposta de rolar e equilíbrio de tronco. Auxiliam nas transferências/ tábua. Sobem e descem rampas curtas de pequena angulação. Impulsionam cadeira de rodas (pequenas distâncias) plano reto. Dirigem carro adaptado. C7 (tríceps braquial), extensão do cotovelo permite independência nas trocas posturais no mesmo plano. Transfere sua cadeira no plano inclinado e terrenos irregulares. Adaptações como escovas de cabo longo para higiene de tronco inferior. Postura bípede em prancha. Desaconselha-se o uso de órteses (muletas) pela instabilidade de tronco e punhos. C8 (flexor profundo dos dedos), a presença de disfunção do flexor profundo dos dedos e o déficit da musculatura intrínseca da mão caracterizam o nível neurológico mais baixo da tetraplegia. Melhor independência nas avds, transferências, manejo de cadeira de rodas comum e direção de carro adaptado. Ortostatismo em prancha. Marcha não deve ser estimulada devido gasto energético, déficit equilíbrio de tronco e possíveis alterações cardiovasculares. NÍVEIS TORÁCICOS - Preservação dos MMSS. Independência total nas avds, transferências, manejo de cadeiras rodas e carro adaptado. Lesão torácica alta – prancha ortostática. Lesão torácica baixa (T6 a T12) – órteses longas com cinto pélvico para treino da marcha em paralelas ou andadores. Cuidado com gasto energético. Diferentes tipos de órteses (ARGO, RGO)… difícil manuseio,alto custo. » T1-T9: indivíduo paraplégico, ou seja, paralisia dos membros inferiores, mas o controle do tronco varia de acordo com a altura da lesão. T6 - Exercício de marcha em barras paralelas (condicionamento físico e efeitos psicológicos). - Uso de órtese quadril/joelho/tornozelo e pé em alguns casos (considerar gasto energético e riscos ao pcte) T12 - Exercício de marcha domiciliar com órtese quadril/joelho/tornozelo e pé e andador ou muletas (maior mobilidade ainda em cadeiras). » T10-L1: apresenta alguma função dos músculos da coxa, o que pode permitir caminhar com órteses longas de perna. L1 e L2 – controle total de tronco e bom controle de quadril. Independentes em todas as avds, transferências, marcha com órteses longas (com ou sem cinto pélvico) em barras paralelas, andadores, muletas. » L2-L3: maior parte da função da perna preservada, podendo precisar de órteses curtas de perna para se locomover. L3 – quadríceps - Uso de órtese joelho/tornozelo/pé e bengalas canadenses alternadas com a cadeira. L4 tibial anterior - Há preservação de flexores de quadris e extensores de joelhos sendo possível o uso de órtese tornozelo pé para marcha comunitária. L5- extensor longo do hálux S1- tríceps sural Totalmente independentes. Poderão deambular independentes ou com órteses e dispositivos adequados (goteiras anti equino, palmilhas silicone). O programa de reabilitação visa capacitar o paciente a realização de atividades que dizem respeito à sua satisfação pessoal e reintegração social.
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