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BALANÇO DE PAGAMENTOS ROTEIRO DA AULA I - Conceitos básicos II – Estrutura do Balanço de Pagamentos III – Balanço de Pagamentos do Brasil IV - Registro contábil no BP V - Indicadores do Setor Externo e Exercícios Bibliografia 1. Feijo ́, C. A. et al. Contabilidade Social. Rio de Janeiro: Elsevier. 2007. Cap.5 2. Bacha, C.J. C. Macroeconomia aplicada à análise da Economia Brasileira. Edusp. 2004. 3. Paulani, L.M.; Braga, M.B.. A Nova Contabilidade Social. São Paulo: Saraiva. 2007. Cap.5. 4. Rossetti, J.P.. Contabilidade Social. São Paulo: Atlas. 1995. Cap. 5 5. Carvalho & Silva. Economia Internacional. Cap.6 e 7. Ed. Saraiva. 2000. 6. Gonçalves et al. (2000) A Nova Economia Internacional 7. BRASIL. Banco Central do Brasil. Notas Explicativas ao Balanço de Pagamentos. 11p. 2001. Disponível em: www.bcb.gov.br CONCEITOS BÁSICOS E PROBLEMAS DE MENSURAÇÃO • Balanço de pagamentos é um registro contábil das transações de um país com o resto do mundo. • BP de um país é um registro sistemático das transações econômicas entre residentes nacionais e residentes do resto do mundo num determinado período de tempo. – registra a inumerável quantidade de transações que ocorrem entre indivíduos, empresas e governos de todo o mundo. – todos os agentes: empresas, famílias e governo TRANSAÇÃO ECONÔMICA INTERNACIONAL • Uma “transação econômica internacional” é uma troca de valores, envolvendo a transferência de propriedade de bens, serviços, títulos, ações, dinheiro e outros ativos, de residentes de um país para residentes de outro. • O BP deve cobrir todas as transações econômicas com estrangeiros e não apenas aquelas que se realizam através do mercado de câmbio. • Algumas transações contabilizadas no BP podem não envolver o uso, nem implicar um fluxo, de moeda estrangeira. RESIDÊNCIA • Residência: em princípio associada ao local em que indivíduos, empresas e instituições (centro realizam as suas transações econômico de interesse). • Exemplos de residentes: – Empresas multinacionais e suas subsidiárias. – Turistas, funcionários diplomáticos e pessoal militar em serviço no exterior, imigrantes temporários, estudantes ou indivíduos em tratamento médico em hospitais no exterior. CLASSIFICAÇÃO • Classificação pelo agente responsável pela transação (indivíduos, empresas, bancos, governo, etc.) ou pela natureza da transação (correntes ou de capital ou financeiras). • Classificação por transações “autônomas” e transações “compensatórias”. – Transações autônomas: exportações e importações, as transferências unilaterais e os investimentos diretos e de portfolio. – Transações compensatórias: venda de reservas de moeda estrangeira pelos bancos centrais, operações de empréstimo junto a entidades internacionais ou a governos estrangeiros. A NOVA ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS • Em 1993 houve uma alteração no Manual de Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional – FMI com a publicação da 5ª edição. Neste documento, visando modernizar e padronizar o Balanço de Pagamentos de todos os países, várias mudanças foram propostas. • A partir de 2001 o Banco Central passa a apresentar o BP do Brasil segundo os critérios da 5ª edição do Manual de Balanço de Pagamentos do FMI. ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS 1. Balança comercial (FOB) 1. Exportações 2. Importações 2. Serviços 3. Rendas 4. Transferências unilaterais correntes 5. (= 1 + 2 + 3 +4) Transações correntes 6. Conta capital e financeira 1. Conta capital 2. Conta financeira 1. Investimento direto (líquido) 2. Investimentos em carteira 3. Derivativos 4. Outros investimentos 7. Erros e omissões 8. (= 5 + 6 + 7) Resultado do balanço 9. Variação das reservas (= - 8) CONTA CORRENTE E CONTA DE CAPITAL E FINANCEIRA • Conta Corrente: exibe todos os fluxos de receitas a renda e despesas que afetam diretamente nacional presente. – Mercadorias (Balança Comercial) – Serviços (Balança de Serviços) – Rendimentos de trabalho e investimentos (Rendas) – Doações (Transferências unilaterais correntes) • Conta de Capital e Financeira: registra os fluxos de todos os ativos internacionais que irão afetar a renda nacional futura. CONTA CORRENTE E CONTA DE CAPITAL E FINANCEIRA A Conta Corrente subdivide-se em: • balança comercial (BC) • balança de serviços (BS) • balanço de rendas (R) • transferências unilaterais correntes (TU) Balanço de Transações Correntes: é o somatório dessas quatro subcontas. TC = BC + BS + R + TU A BALANÇA COMERCIAL (BC) • Balança Comercial: registra o intercâmbio de bens tangíveis, que são as exportações e importações de mercadorias. • Seu saldo é dado pela diferença entre exportações (X) e importações (M): – BC = X - M • Há duas maneiras de contabilizar exportações e importações: FOB (free on board), que representa o valor de embarque da mercadoria, e CIF (cost, insurance and freight), que inclui, além do custo da mercadoria, os fretes e seguros relacionados ao transporte. • Na balança comercial, tanto as exportações quanto as importações são registradas pelo valor FOB. O BALANÇO DE SERVIÇOS Agrega transações com intangíveis de modo geral • Viagens internacionais. • Transportes. • Seguros. • Financeiros. • Serviços de computação. • Royalties e licenças. • Aluguel de equipamentos. • Serviços governamentais. • Outros Serviços. ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS 1. Balança comercial (FOB) 1.1 Exportações 1.2 Importações 2. Serviços 3. Rendas 4. Transferências unilaterais correntes 5. (= 1 + 2 + 3 +4) Transações correntes 6. Conta capital e f inanceira 6.1 Conta capital 6.2 Conta financeira 6.2.1 Investimento direto (líquido) 6.2.2 Investimentos em carteira 6.2.3 Derivativos 6.2.4 Outros investimentos 7. Erros e omissões 8. Resultado do balanço 9. Var iação das reservas (= - 8) O BALANÇO DE RENDAS • O Balanço de Rendas, as remessas de registra renda de estrangeiros e pelos capitais as receitas capitais auferidas nacionais no exterior além das rendas de trabalho. • Conta de Rendas compreende duas subcontas: – Rendas de trabalho – Renda de Investimentos ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS 1. Balança comercial (FOB) 1.1 Exportações 1.2 Importações 2. Serviços 3. Rendas 4. Transferências unilaterais correntes 5. (= 1 + 2 + 3 +4) Transações correntes 6. Conta capital e financeira 6.1 Conta capital 6.2 Conta financeira 6.2.1 Investimento direto (líquido) 6.2.2 Investimentos em carteira 6.2.3 Derivativos 6.2.4 Outros investimentos 7. Erros e omissões 8. Resultado do balanço 9. Variação das reservas (= - 8) BALANÇO DE RENDAS: RENDA DE INVESTIMENTOS • Conta Renda diversas modalidades de remuneração investimentos de Investimentos corresponde à das que estão detalhadas na Conta Financeira (da Conta Capital e Financeira). • Esta conta se desdobra em três subcontas: – Renda de Investimentos Diretos, – Renda de Investimentos em Carteira (ou portfolio) – Renda de Outros Investimentos. As rendas de investimento correspondem a: lucros, juros e dividendos que remuneram os investimentos diretos, os empréstimos, as compras de títulos e ações registrados na Conta Capital e Financeira. RENDA DE INVESTIMENTOS DIRETOS • Subconta Renda de Investimentos Diretos registra:os lucros e dividendos relativos a participações no capital de empresas e • os juros correspondentes aos empréstimos intercompanhias nas modalidades de empréstimos diretos e títulos de qualquer prazo. • OBSERVAÇÃO: ganhos de capital que, pela sistemática antiga eram incluídos como renda, agora são reclassificados como investimento direto, passando a fazer parte da Conta Financeira. RENDA DE INVESTIMENTOS EM CARTEIRA • Subconta Renda de Investimentos em Carteira registra: • lucros, dividendos e bonificações relativos às aplicações em ações; e • juros correspondentes a aplicações em títulos de emissão doméstica (títulos da dívida interna pública, debêntures e outros títulos privados) e de emissão no exterior (como Bônus, Notes e Commercial Papers). RENDA DE OUTROS INVESTIMENTOS • Subconta Renda de Outros Investimentos abrange: • os juros de créditos comerciais (de fornecedores - ou supplier credits - de empréstimos de agências governamentais, de organismos internacionais e de bancos privados); e • os juros de depósitos e outros ativos e passivos. Nesta categoria incluem-se os juros de financiamento à importação e os juros sobre pagamento antecipado de exportações. O BALANÇO DE TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS CORRENTES • Representam pagamentos ou recebimentos, tanto em moeda quanto em bens, sem contrapartida. • Transferências unilaterais em correntes - aquelas destinadas exclusivamente ao consumo corrente. Nas Transferências Unilaterais Correntes destacam- se: recursos destinados a reparações de guerra, transferências de legados e heranças, donativos privados, cidadãos doações, pagamentos de nacionais residindo no pensões a exterior, e remessas enviadas por imigrantes que trabalham no exterior. O BALANÇO DE CAPITAL E FINANCEIRO Duas novas contas: Conta Capital e Conta Financeira (CCF). • Conta Capital – Registra as transferências unilaterais de capital relacionadas com patrimônio de migrantes e a aquisição/alienação de bens não financeiros não produzidos, tais como cessão de direitos autorais e patentes. • Conta Financeira - registra os fluxos decorrentes de transações internacionais com ativos e passivos financeiros entre residentes e não residentes. • Abrange quatro grupos de fluxos: – 1. Investimento Direto. – 2. Investimento em Carteira. – 3. Derivativos financeiros. – 4. Outros Investimentos. ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS 1. Balança comercial (FOB) 1. Exportações 2. Importações 2. Serviços 3. Rendas 4. Transferências unilaterais correntes 5. (= 1 + 2 + 3 +4) Transações correntes 6. Conta capital e financeira 1. Conta capital 2. Conta financeira 1. Investimento direto (líquido) 2. Investimentos em carteira 3. Derivativos 4. Outros investimentos 7. Erros e omissões 8. (= 5 + 6 + 7) Resultado do balanço 9. Variação das reservas (= - 8) CONTA FINANCEIRA: INVESTIMENTOS DIRETOS • Investimentos Diretos passivos detidos por compreendem nacionais ativos e (ativos) e estrangeiros (passivos). – participação no capital de empresas: incluem as aquisições totais ou parciais do capital social de empresas, os ganhos de capital relativos à alienação de bens, as conversões de obrigações e os recursos utilizados em privatizações de empresas estatais. – empréstimos intercompanhias: compreendem os empréstimos diretos concedidos pelas matrizes a suas afiliadas ou mediante a colocação de títulos (sem distinção de prazo) e as amortizações de tais empréstimos. CONTA FINANCEIRA: INVESTIMENTOS EM CARTEIRA • Investimentos em Carteira: registram os fluxos de ativos e passivos constituídos pela emissão de títulos de crédito (ações e títulos de renda fixa), negociados em mercados secundários de papéis. Os componentes principais de investimentos em carteira são: – títulos de participação no capital e – títulos de dívida. • Os títulos de dívida incluem bônus, notes e commercial papers. CONTA FINANCEIRA: DERIVATIVOS FINANCEIROS • Derivativos Financeiros: compreende os fluxos relativos à liquidação de haveres e obrigações decorrentes de operações de swaps, opções e futuros e os fluxos relativos a prêmios de opções. Essas operações eram antes alocadas na conta de "serviços" ou na conta de capitais de curto prazo. CONTA FINANCEIRA: OUTROS INVESTIMENTOS • Outros Investimentos: compreendem uma diversidade de outros instrumentos financeiros: empréstimos de curto e longo prazos, algumas modalidades de créditos comerciais, moeda em circulação e depósitos em moeda, o uso do crédito do FMI, os desembolsos desta instituição e as amortizações a ela pagas, outros empréstimos com objetivos de regularização de organizações internacionais e governamentais, subscrições de capital de organizações não-monetárias e diversas contas a receber e a pagar. Erros e Omissões (EO) • Em função de imperfeições na forma de registro das informações, nem sempre se consegue a necessária equivalência entre o total de créditos e o total de débitos do balanço de pagamentos. • O lançamento ERROS E OMISSÕES é calculado para tornar nula a soma de débitos e créditos do balanço de pagamentos. ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS 1. Balança comercial (FOB) 1.1 Exportações 1.2 Importações 2. Serviços 3. Rendas 4. Transferências unilaterais correntes 5. (= 1 + 2 + 3 +4) Transações correntes 6. Conta capital e financeira 6.1 Conta capital 6.2 Conta financeira 6.2.1 Investimento direto (líquido) 6.2.2 Investimentos em carteira 6.2.3 Derivativos 6.2.4 Outros investimentos 7. Erros e omissões 8. Resultado do balanço 9. Variação das reservas (= - 8) IDENTIDADES DO BALANÇO DE PAGAMENTOS • Do ponto de vista contábil, A conta de transações correntes (TC) representa o somatório da balança comercial, da balança de serviços, do balanço de rendas e de transferências unilaterais correntes: 1. TC = BC + BS + R + TU O RESULTADO DO BALANÇO PAGAMENTOS 2. BP = TC + CCF + EO • A conta capital e financeira registra os investimentos, empréstimos, financiamentos e demais fluxos de capitais financeiros entre países. • Somando o SALDO DO BALANÇO DE PAGAMENTOS EM TRANSAÇÕES CORRENTES a CONTA CAPITAL E FINANCEIRA e ERROS E considerando OMISSÕES, eventuais chega-se BALANÇO ao SALDO DE BALANÇO TOTAL DO PAGAMENTOS ou DE RESULTADO DO PAGAMENTOS. ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS 1. Balança comercial (FOB) 1.1 Exportações 1.2 Importações 2. Serviços 3. Rendas 4. Transferências unilaterais correntes 5. (= 1 + 2 + 3 +4) Transações correntes 6. Conta capital e financeira 1. Conta capital 2. Conta financeira 6.2.1 Investimento direto (líquido) 2. Investimentos em carteira 3. Derivativos 6.2.4 Outros investimentos 7. Erros e omissões 8. (= 5 + 6 + 7) Resultado do balanço 9. Variação das reservas (= - 8) Resultado do BP e Variação de Reservas • A conta “variação das reservas” demonstra o resultado do BP, ou seja, mostra seu impacto sobre o nível de reservas, mas com o sinal trocado. • O saldo total do balanço de pagamentos deve ser idêntico ao saldo da conta de Haveres da Autoridade Monetária (variação de reservas internacionais) com sinal trocado: BP = - HAM 3. HAM = - BP ou BP + HAM = 0 Discriminação 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Balança comercial (FOB) ServiçosRendas Transferências unilaterais correntes 34 -5 -21 4 45 -8 -27 4 47 -10 -27 4 40 -13 -29 4 25 -17 -40 4 25 -19 -34 4 20 -31 -39 3 -38 -47 3 19 -41 -35 3 Transações correntes 12 14 14 2 -28 -24 Conta capital e financeira -8 -9 16 89 33 71 100 Conta capital1/ Conta financeira Investimento direto (líquido) Investimentos em carteira Derivativos Outros investimentos2/ Erros e omissões 0 -8 8 -5 -1 -11 -2 1 -10 13 5 0 -28 0 1 15 -9 10 0 15 1 1 88 28 48 -1 13 -3 1 32 25 1 0 6 -2 1 70 36 50 0 -16 0 1 99 37 63 0 -1 -4 1 111 68 35 0 8 -1 -2 75 68 8 0 -2 0 Resultado do balanço Variação das reservas 2 -2 4 -4 31 -31 88 -88 3 -3 47 -47 -59 Resultado do BP e Variação de Reservas um saldo negativo no balanço de pagamentos significa que, no período em questão, o país teve de utilizar parte de suas reservas para saldá-lo. Registra-se com sinal positivo o saldo da variação das reservas ou Haveres da Autoridade Monetária, o que significa um redução das reservas. BP = -10 => HAM = 10 (diminuição de reservas) um saldo positivo no balanço de pagamentos indica um aumento das reservas que se registra com sinal negativo na conta de Haveres da Autoridade Monetária. BP = 10 => HAM = -10 (aumento de reservas) Ou seja, um BP positivo implica em um HAM negativo O PRINCÍPIO DAS PARTIDAS DOBRADAS • Os registros de um BP são realizados com base no princípio contábil das partidas dobradas (a cada crédito corresponde um débito, e a cada lançamento a débito em uma conta ocorre um de crédito em outra). • Portanto, do ponto de vista contábil, o total do BP é sempre zero ou o BP está sempre equilibrado (Resultado do BP + Haveres da A.M. = 0). O PRINCÍPIO DAS PARTIDAS DOBRADAS • Contas operacionais: correspondem às transações geradoras de pagamentos e recebimentos (Conta Corrente, Conta Capital e Financeira). – As receitas de mercadorias, serviços, rendas e transferências; redução de ativos e aumento de passivos externos (entrada de capitais) constituem crédito. – As despesas com mercadorias, serviços, rendas e transferências; aumento de ativos e redução de passivos externos (saída de capitais) constituem débito. O PRINCÍPIO DAS PARTIDAS DOBRADAS • Contas de caixa (Haveres da Autoridade Monetária): registram o meios de pagamentos movimento dos internacionais à disposição do país. – Aumento reservas internacionais registra- se com sinal negativo: • Uma exportação (+) gera aumento de ativos externos (reservas, por exemplo) e, consequentemente para zerar o BP, o aumento de ativos externos (aumento de reservas internacionais) deve ter sinal negativo (-) O PRINCÍPIO DAS PARTIDAS DOBRADAS – Redução de reservas internacionais registra-se com sinal positivo: • Uma importação (-) gera diminuição de ativos externos (reservas, por exemplo) e, consequentemente para zerar o BP, a redução de ativos externos (redução de reservas internacionais) deve ter sinal positivo (+) A Contabilidade do Balanço de Pagamentos • Exemplos dos lançamentos no balanço de pagamentos: Balança Comercial • Exportações(à vista): crédito • Importações (à vista): débito Haveres: débito Haveres: crédito Balança de Serviços • Operação dá origem a entrada de recursos: crédito • Operação dá origem a saída de recursos: débito Haveres: débito Haveres: crédito Balança de Rendas • Operação dá origem a entrada de recursos: crédito • Operação dá origem a saída de recursos: débito Haveres: débito Haveres: crédito A Contabilidade do Balanço de Pagamentos Transferências Unilaterais (em divisas) • Operação dá origem a entrada de recursos: crédito • Operação dá origem a saída de recursos: débito Haveres: débito Haveres: crédito Conta capital e financeira • Operação dá origem a entrada de recursos: crédito • Operação dá origem a saída de recursos: débito Haveres: débito Haveres: crédito Haveres da Autoridade Monetária (Variação de Reservas) • Redução das reservas: crédito • Acréscimo das reservas: débito Transações sem movimentação de divisas • Quando a movimentação de divisas não existe, a contrapartida não ocorre na conta Haveres. • Na operação lucros reinvestidos, o lançamento é feito a débito na conta rendas de capital. Contudo, como tal operação não gerou saída de divisas, a conta a ser creditada não pode ser a conta variação de reservas. A conta que então é creditada é a conta reinvestimentos, na conta financeira. • Quando ocorrem doações recebidas em mercadorias, o lançamento é feito a crédito na conta Transferências unilaterais. Contudo, como tal operação não gerou entrada de divisas, a conta a ser debitada não pode ser a conta variação de reservas. A conta que então é debitada é a conta importações. Transações sem movimentação de divisas Lucros reinvestidos • Débito: rendas • Crédito: reinvestimento Doações recebidas em mercadorias • crédito: TU • débito: importação Doações enviadas em mercadorias • débito: TU • crédito: exportação Transações sem movimentação de divisas Importações financiadas • Débito: importações • Crédito: outros investimentos Exportações financiadas • crédito: exportações • débito: outros investimentos Juros refinanciados • débito: rendas • crédito: outros investimentos Transações sem movimentação de divisas Amortizações refinanciadas • Débito: outros investimentos • Crédito: outros investimentos USOS E FONTES e Fontes de do BP Os Usos recursos constituem forma alternativa de apresentar as contas externas, incluindo todos os itens do BP reorganizados, de forma a ilustrar como os recursos são supridos (Fontes) para atender às demandas de transações correntes e amortizações de empréstimos externos (Usos). O balanço de pagamentos de acordo com o BPM5 tem a mesma cobertura da versão anterior, contemplando os mesmos lançamentos a débito e crédito. As diferenças residem, exclusivamente, nos critérios de classificação das transações e na nomenclatura das contas. As mais importantes alterações introduzidas na nova apresentação do balanço de pagamentos são: a) introdução, na conta corrente, de clara distinção entre bens, serviços, renda e transferências correntes, com ênfase no maior detalhamento na classificação dos serviços; MANUAL BP5 X MANUAL BP4 b)introdução da “conta capital”, que registra as transações relativas às transferências unilaterais de patrimônio de migrantes e a aquisição/alienação de bens não financeiros não produzidos (cessão de marcas e patentes); c)introdução da “conta financeira”, em substituição à antiga conta de capitais, para registrar as transações relativas à formação de ativos e passivos externos, como investimento direto, investimento em carteira, derivativos e outros investimentos. A conta financeira foi, portanto, estruturada de forma a evidenciar as transações ativas e passivas, as classes dos instrumentos financeiros de mercado e os prazosdas transações; MANUAL BP5 X MANUAL BP4 d)inclusão, no item investimentos diretos, dos empréstimos intercompanhia (empréstimos praticados entre empresas integrantes de mesmo grupo econômico), de qualquer prazo, nas modalidades de empréstimos diretos e colocação de títulos; e)reclassificação de todos os instrumentos de portfolio, inclusive bônus, notes e commercial papers, para a conta de investimentos em carteira; f)introdução de grupo específico para registro das operações com derivativos financeiros, anteriormente alocados na conta serviços e nos capitais a curto prazo; g)estruturação da “conta de rendas” de forma a evidenciar as receitas e despesas geradas por cada uma das modalidades de ativos e passivos externos contidas na conta financeira. MANUAL BP5 X MANUAL BP4 Balanço de pagamentos no Brasil US $ bilhõ e s Discriminação 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Balança comercial (FOB) 10 -3 -6 -7 -7 -1 -1 3 13 Serviços -6 -7 -9 -11 -10 -7 -7 -8 -5 Rendas -9 -11 -12 -15 -18 -19 -18 -20 -18 Transferências unilaterais correntes 2 4 2 2 1 2 2 2 2 Transações correntes -2 -18 -24 -30 -33 -25 -24 -23 -8 Conta capital e financeira 9 29 34 26 30 17 19 27 8 Conta capital 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Conta financeira 9 29 34 25 29 17 19 27 8 Investimento direto (líquido) 1 3 11 18 26 27 30 25 14 Investimentos em carteira 51 9 22 13 18 4 7 0 -5 Derivativos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Outros investimentos -44 16 1 -5 -14 -14 -18 3 -1 Erros e omissões 0 2 -2 -3 -4 0 3 -1 0 Resultado do balanço 7 13 9 -8 -8 -8 -2 3 0 Variação das reservas -7 -13 -9 8 8 8 2 -3 0 Balanço de pagamentos US $ bilhõ e s Discriminação 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Balança comercial (FOB) 34 45 47 40 25 25 20 30 19 Serviços -5 -8 -10 -13 -17 -19 -31 -38 -41 Rendas -21 -27 -27 -29 -40 -34 -39 -47 -35 Transferências unilaterais correntes 4 4 4 4 4 4 3 3 3 Transações correntes 12 14 14 2 -28 -24 -47 -52 -54 Conta capital e financeira -8 -9 16 89 33 71 100 112 73 Conta capital1/ 0 1 1 1 1 1 1 2 -2 Conta financeira -8 -10 15 88 32 70 99 111 75 Investimento direto (líquido) 8 13 -9 28 25 36 37 68 68 Investimentos em carteira -5 5 10 48 1 50 63 35 8 Derivativos -1 0 0 -1 0 0 0 0 0 Outros investimentos2/ -11 -28 15 13 6 -16 -1 8 -2 Erros e omissões -2 0 1 -3 -2 0 -4 -1 0 Resultado do balanço 2 4 31 88 3 47 49 59 19 Variação das reservas -2 -4 -31 -88 -3 -47 -49 -59 -19 -60 -40 -20 0 20 40 60 1 9 6 7 1 9 6 8 1 9 6 9 1 9 7 0 1 9 7 1 1 9 7 2 1 9 7 3 1 9 7 4 1 9 7 5 1 9 7 6 1 9 7 7 1 9 7 8 1 9 7 9 1 9 8 0 1 9 8 1 1 9 8 2 1 9 8 3 1 9 8 4 1 9 8 5 1 9 8 6 1 9 8 7 1 9 8 8 1 9 8 9 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9 2 0 1 0 2 0 1 1 2 0 1 2 U S $ b il h õ e s Transações Correntes do Brasil: 1967-2012 Balança Comercial Serviços Rendas Transf. Unilaterais Transações Correntes Milagre Econômico II PND Ajuste Externo Planos de Estabilização Collor Plano Real Da Estabilização à Crise Externa II FHC Metas de Inflação e Câmbio Flutuante Lula Metas de Inflação e Câmbio Flutuante Rendas Serviços Conta corrente Balança comercial Itamar -20 -15 -10 -5 0 5 10 15 1 9 6 7 1 9 6 8 1 9 6 9 1 9 7 0 1 9 7 1 1 9 7 2 1 9 7 3 1 9 7 4 1 9 7 5 1 9 7 6 1 9 7 7 1 9 7 8 1 9 7 9 1 9 8 0 1 9 8 1 1 9 8 2 1 9 8 3 1 9 8 4 U S $ b il h õ e s Transações Correntes do Brasil: 1967-1984 Balança Comercial Serviços Rendas Transf. Unilaterais Transações Correntes Rendas Serviços Conta corrente Balança comercial 25 20 15 10 5 0 -5 -10 -15 -20 -25 1 9 8 0 1 9 8 1 1 9 8 2 1 9 8 3 1 9 8 4 1 9 8 5 1 9 8 6 1 9 8 7 1 9 8 8 1 9 8 9 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 U S $ b il h õ e s Transações Correntes do Brasil: 1980-1995 Balança Comercial Serviços Rendas Transf. Unilaterais Transações Correntes -60 -40 -20 0 20 40 60 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9 2 0 1 0 2 0 1 1 2 0 1 2 U S $ b il h õ e s Transações Correntes do Brasil: 1990-2012 Balança Comercial Serviços Rendas Transf. Unilaterais Transações Correntes -8% -6% -4% -2% 0% 2% 4% 6% 8% 1 9 6 7 1 9 6 8 1 9 6 9 1 9 7 0 1 9 7 1 1 9 7 2 1 9 7 3 1 9 7 4 1 9 7 5 1 9 7 6 1 9 7 7 1 9 7 8 1 9 7 9 1 9 8 0 1 9 8 1 1 9 8 2 1 9 8 3 1 9 8 4 1 9 8 5 1 9 8 6 1 9 8 7 1 9 8 8 1 9 8 9 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9 2 0 1 0 2 0 1 1 2 0 1 2 U S $ b il h õ e s Transações Correntes do Brasil: 1967-2011 BC/PIB BS/PIB R/PIB TU/PIB TC/PIB Milagre Econômico II PND Ajuste Externo Planos de Estabilização Collor Plano Real Da Estabilização à Crise Externa II FHC Metas de Inflação e Câmbio Flutuante Lula Metas de Inflação e Câmbio Flutuante Itamar
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