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Instalações Hidráulicas Instalações de água quente (Aula 7) MKT-MDL-02 Versão 00 Maceió-AL, 2019 Prof. Altair Maciel de Barros O que vimos nas aulas passadas? MKT-MDL-02 Versão 00 Modalidades de fornecimento MKT-MDL-02 Versão 00 • Individual; • Central privado; • Central coletivo. Central coletivo MKT-MDL-02 Versão 00 Consumo de água quente MKT-MDL-02 Versão 00 Consumo diário 𝑪𝒅𝒊á𝒓𝒊𝒐 = 𝑻𝒐𝒄𝒖𝒑𝒂çã𝒐 ∙ 𝑪𝒑𝒆𝒓 𝒄𝒂𝒑𝒊𝒕𝒂 𝐶𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑜 é o consumo diário total (em l/dia); 𝑇𝑜𝑐𝑢𝑝𝑎çã𝑜 é a taxa de ocupação no prédio (em hab); 𝐶𝑝𝑒𝑟 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎 é o consumo diário per capita (em l/hab/dia). Capacidade do reservatório de água quente Reservatório de água quente MKT-MDL-02 Versão 00 Edifício Capacidade do reservatório de água quente em função do consumo diário Residência, apartamentos e hotéis 1/5 Edifícios de escritórios 1/5 Fábricas 2/5 Restaurante – 3 refeições por dia 1/5 Restaurante – 1 refeição por dia 1/5 ATENÇÃO: Costuma-se adotar o percentual de 100% (1) para aquecedores de acumulação associados ao aquecimento solar. Vazão de projeto MKT-MDL-02 Versão 00 𝑸 = 𝑪 ∙ 𝑷 = (𝟎, 𝟑𝟎𝒍/𝒔) ∙ 𝑷 Peça de utilização Vazão (l/s) Peso Banheira 0,30 1,0 Bidê 0,10 0,1 Chuveiro elétrico 0,10 0,1 Lavatório 0,15 0,3 Pia (torneira elétrica) 0,10 0,1 Pressão estática (sem escoamento) máxima: • 40 mca (400 kPa). Pressão dinâmica (com escoamento) mínima: • Em qualquer ponto da rede: 0,5 mca (5 kPa). Velocidade máxima: • 3 m/s. Pressões e velocidades na rede MKT-MDL-02 Versão 00 Verificação da pressão disponível MKT-MDL-02 Versão 00 • Equação da continuidade: • Equação de energia – Bernoulli: 𝑸𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂 = ∆𝑽𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂 ∆𝒕 = 𝑨𝟏 ∙ 𝒗𝟏 = 𝑨𝟐 ∙ 𝒗𝟐 = ∆𝑽𝒔𝒂𝒊 ∆𝒕 = 𝑸𝒔𝒂𝒊 𝒉𝟏 + 𝒗𝟏 𝟐 𝟐 ∙ 𝒈 + 𝑷𝟏 𝜸 = 𝒉𝟐 + 𝒗𝟐 𝟐 𝟐 ∙ 𝒈 + 𝑷𝟐 𝜸 + ∆𝑯 • Equação da perda de carga distribuída em redes prediais de água fria – NBR 5626/1998: • Fair-Whipple-Hsiao para tubo rugoso (aço - galvanizado ou não): • Fair-Whipple-Hsiao para tubo liso (PVC e cobre) Perda de carga distribuída Equações empíricas MKT-MDL-02 Versão 00 𝑱 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟐𝟎𝟐𝟏 ∙ 𝑸𝟏,𝟖𝟖 𝑫𝟒,𝟖𝟖 𝑱 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟖𝟔𝟗𝟓 ∙ 𝑸𝟏,𝟕𝟓 𝑫𝟒,𝟕𝟓 J – perda de carga unitária ou perda por unidade de tubulação (m/m); Q – vazão (m³/s); D – diâmetro da tubulação (m). J – perda de carga unitária ou perda por unidade de tubulação (m/m); Q – vazão (m³/s); D – diâmetro da tubulação (m). Partes componentes MKT-MDL-02 Versão 00 1.Coletor solar; 2.Reservatório térmico; 3.Tubos e acessórios. 1 1 2 2 3 3 Dimensionamento do coletor solar MKT-MDL-02 Versão 00 Localização do coletor solar MKT-MDL-02 Versão 00 Posicionamento correto dos coletores solares → necessário o uso de uma bússola; Melhor rendimento possível dos coletores solares → orientados para o norte geográfico (N.G); Importante: Locais abaixo da linha do equador → norte geográfico; Locais acima da linha do equador → sul geográfico. 𝑁. 𝐺.= 𝑁.𝑀.+𝛿 Localização do coletor solar MKT-MDL-02 Versão 00 N S Localização do coletor solar MKT-MDL-02 Versão 00 Diferença a direita da orientação do norte geográfico (declinação magnética - δ) 9° 14° 16° 17° 18° 20° 21° 23° AC AM RS SC MS AP GO BA RR PR MT MG TO RO SP PA MA RJ PI ES CE RN PE PB AL SE Localização do coletor solar MKT-MDL-02 Versão 00 Localização do coletor solar MKT-MDL-02 Versão 00 coletor solar coletor solarcoletor solar Inclinação do coletor solar MKT-MDL-02 Versão 00 𝑰𝒏𝒄𝒍𝒊𝒏𝒂çã𝒐 𝒅𝒐 𝒄𝒐𝒍𝒆𝒕𝒐𝒓 = 𝒍𝒂𝒕𝒊𝒕𝒖𝒅𝒆 𝒅𝒐 𝒍𝒐𝒄𝒂𝒍 + 𝟏𝟎° Localização do coletor solar MKT-MDL-02 Versão 00 N S Inclinação do coletor solar MKT-MDL-02 Versão 00 𝑰𝒏𝒄𝒍𝒊𝒏𝒂çã𝒐 𝒅𝒐 𝒄𝒐𝒍𝒆𝒕𝒐𝒓 = 𝒍𝒂𝒕𝒊𝒕𝒖𝒅𝒆 𝒅𝒐 𝒍𝒐𝒄𝒂𝒍 + 𝟏𝟎° Área requerida do coletor solar MKT-MDL-02 Versão 00 𝑨 = 𝑸 𝑰 ∙ 𝜼 Onde: A é a área requerida do coletor solar em m²; Q é a quantidade de calor necessária em kcal/dia; I é a intensidade da radiação solar em kcal/m²/dia; η é o rendimento do aproveitamento da energia por painel, estimado, para fins práticos, em 50% (0,5). Intensidade da radiação solar MKT-MDL-02 Versão 00 Intensidade da radiação solar MKT-MDL-02 Versão 00 Qual a região do Brasil onde o coletor solar tenderá a requerer menor área? Região Radiação Global Média (em kWh/m²) Nordeste 5,9 Centro-Oeste 5,7 Sudeste 5,6 Norte 5,5 Sul 5,0 Intensidade da radiação solar MKT-MDL-02 Versão 00 Intensidade da radiação solar MKT-MDL-02 Versão 00 Março 2008 Intensidade da radiação solar MKT-MDL-02 Versão 00 Julho 2008 Área requerida do coletor solar MKT-MDL-02 Versão 00 𝑸 = 𝒎 ∙ 𝒄 ∙ (𝒕𝟐 − 𝒕𝟏) Onde: Q é a quantidade de calor necessária em kcal/dia; m é a massa diária de água aquecida em kg/dia; c é o calor específico da água em kcal/kg/°C (adota-se 1 kcal/kg/°C); t2 é a temperatura final em °C; t1 é a temperatura inicial em °C. Lembrando: 1 l de água equivale a 1 kg pois adota-se uma massa específica média para a água (ρ) de 1000 kg/m³ = 1000 kg/1000 l = 1kg/l Algumas particularidades MKT-MDL-02 Versão 00 Material das tubulações MKT-MDL-02 Versão 00 Material das tubulações MKT-MDL-02 Versão 00 A rede de água quente geralmente é montada utilizando os seguintes materiais: • Cobre; • CPVC (Policloreto de Vinila Clorado); • PPR (Polipropileno Copolímero Randon); e • PEX (Polietileno Reticulado). Material das tubulações MKT-MDL-02 Versão 00 Alguns fatores influenciam a escolha do material, por exemplo: • Custo; • Vida útil; • Isolamento/condutividade térmica; • Coeficiente de dilatação; • Limite de temperatura; e • Mão-de-obra. Cobre MKT-MDL-02 Versão 00 Vantagens: • Vida útil muito longa → podendo chegar a 80 anos; • Resistência a altas temperaturas → soldas se rompem só a 270°C. Cobre MKT-MDL-02 Versão 00 Desvantagens: • Custo elevado; • Difícil de trabalhar → precisa ser soldado com estanho, processo que demanda habilidade → mão de obra especializada; • Alta condutividade térmica → exigência de isolamento térmico para diminuir a troca de calor com o meio. CPVC (Policloreto de Vinila Clorado) MKT-MDL-02 Versão 00 Vantagens: • Tem as mesmas propriedades inerentes ao PVC, somando-se a resistência a condução de líquidos sob pressões a altas temperaturas; • Baixo custo; • Baixa condutividade térmica → dispensa isolamento térmico; • Baixo coeficiente de dilatação; CPVC (Policloreto de Vinila Clorado) MKT-MDL-02 Versão 00 Vantagens: • Soldado a frio com cola especial → dispensa mão de obra especializada e por isso é comum em obras de pequeno e médio porte; • A temperatura máxima que suporta é 80° (segura, já que um aquecedor doméstico esquenta a água até próximo dos 70 °C). CPVC (Policloreto de Vinila Clorado) MKT-MDL-02 Versão 00 Desvantagem: • Sendo o CPVC um polímero, deve haver preocupação com a sustentação, para impedir deformações; • Usar suporte de fixação a cada 2m. PPR (Polipropileno Copolímero Random) MKT-MDL-02 Versão 00 Resina de última geração → material mais moderno para condução de A.Q. Vantagens: • Mínima necessidade de manutenção; • Longa vida útil em condições extremas; • Baixa condutividade térmica → dispensa isolamento térmico. PPR (Polipropileno Copolímero Random)MKT-MDL-02 Versão 00 Desvantagens: • O serviço requer profissional especializado e maquinário na obra; • Alto custo de instalação. União por termofusão PEX (Polietileno Reticulado) MKT-MDL-02 Versão 00 Resina termoplástica muito utilizado em instalações de gesso acartonado. Vantagens: • Semiflexíveis → Dispensa uso de conexões para fazer a grande maioria das curvas; • Baixa condutividade térmica → dispensa isolamento térmico; • Vida útil de pelo menos 50 anos. PEX (Polietileno Reticulado) MKT-MDL-02 Versão 00 Desvantagens: • Ainda não é viável para grandes diâmetros – maiores do que 32 mm → aumento da rigidez do tubo, dificultando seu manuseio. Cuidados na instalação MKT-MDL-02 Versão 00 I. Isolamento térmico A tubulação de água quente deve ser totalmente isolada contra perda de calor. Cuidados na instalação MKT-MDL-02 Versão 00 I. Isolamento térmico • Espuma de polietileno - bainha Cuidados na instalação MKT-MDL-02 Versão 00 I. Isolamento térmico • Lã de vidro revestida de alumínio Cuidados na instalação MKT-MDL-02 Versão 00 I. Isolamento térmico • Lã de rocha Cuidados na instalação MKT-MDL-02 Versão 00 II.Dilatação • As tubulações de água quente devem poder dilatar-se sem romper o isolamento térmico; • Deve-se evitar a aderência da tabulação com a estrutura; • A tubulação deve poder se expandir livremente; • Sempre que possível instalá-las em um nicho ou em um shaft. Cuidados na instalação MKT-MDL-02 Versão 00 II.Shaft/nicho → Espaço para dilatação Cuidados na instalação MKT-MDL-02 Versão 00 II.Dilatação • Na tubulação embutida nunca usar cimento, para que a tubulação fique livre para as dilatações térmicas; • Em trechos longos e retilíneos deve-se usar juntas de dilatação especiais que permitam a dilatação. Cuidados na instalação MKT-MDL-02 Versão 00 II.Junta de expansão → Dilatação Cuidados na instalação MKT-MDL-02 Versão 00 II.Junta de expansão → Dilatação Cuidados na instalação MKT-MDL-02 Versão 00 Exercício de fixação Parte 1 MKT-MDL-02 Versão 00 Deseja-se utilizar coletores solares para aquecimento de água em um hospital. Devem ser aquecidos 1800 litros de água de 25°C para 45°C em uma hora. Determine quantos coletores de 2,0 m² de área devem ser instalados, supondo que 60% da energia solar seja efetivamente empregada para o aquecimento. Considere: calor específico da água: 1 kcal/kg°C e energia incidente: 700 kcal/m²/h. Exercício 1 MKT-MDL-02 Versão 00 Supondo que você deseja dimensionar um sistema de aquecimento solar (por placas solares) para uma residência unifamiliar de 5 pessoas situada em Maceió-AL, avalie: a) A área do coletor necessária; b) Inclinação do coletor no telhado; c) Volume do reservatório térmico (boiler). Exercício 2 MKT-MDL-02 Versão 00 Dados do projeto Massa específica da água: Calor específico da água: Temperatura da água fria: Temperatura da água quente: Rendimento do aproveitamento da energia por painel: Intensidade da radiação solar: 5,9 kWh/m²/dia Latitude de Maceió: 9°40’ Exercício 2 MKT-MDL-02 Versão 00 1 kcal/kg/°C 1000 kg/m³ 20°C 60°C 50% 1 kWh = 860 kcal = 3,6 MJ O proprietário de um prédio situado em Palmeira dos Índios-AL, no entorno das coordenadas geográficas 9°25’25” S e 36°37’45” O, contrata você para projetar os coletores solares para aquecimento de água. Sabendo que ele deseja aquecer 150 litros de água de 20°C para 40°C em uma hora, determine a quantidade de coletores solares de 2 m² necessária que deve ser instalada e a inclinação ideal dos coletores no telhado, supondo que 50% da energia solar seja efetivamente empregada para o aquecimento da água. Adote como referência: calor específico da água 1 kcal/kg/°C; massa específica da água 1000 kg/m³; e incidência da radiação solar de projeto em Palmeira dos Índios-AL 200 kcal/m²/h. Exercício 3 MKT-MDL-02 Versão 00
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