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Direito Civil III 4º Bimestre Servidões: Utilização de um prédio por outro, não necessária, mas muito vantajosa. Servidão é um ônus real, voluntariamente imposto ao prédio serviente em favor do prédio dominante. Art. 1.378. A servidão proporciona utilidade para o prédio dominante, e grava o prédio serviente, que pertence a diverso dono, e constitui-se mediante declaração expressa dos proprietários, ou por testamento, e subseqüente registro no Cartório de Registro de Imóveis. Para constituir servidão, o dono deve ser adverso e a servidão deve ser voluntária. Passagem forçada NÃO é servidão. A servidão mais comum é a servidão de passagem, mas as servidões não estão limitadas a isso. Ex.; Servidão de vista shopping JK iguatemi. Se a servidão não for registrada, adquire caráter de direito obrigacional, não sendo oponível a todos. Servidão =/= direito de vizinhança. O direito de vizinhança é imposto pela lei, servidão é imposta pela vontade; vizinhança é recíproco, servidão é unilateral; vizinhança é presa as formas legais, servidão tem tipicidade aberta. A servidão só ocorre se os prédios forem vizinhos. Características da servidão - relação unilateral entre prédios vizinhos, uma vez que um é prejudicado para benefício do outro - Servidão adere ao IMÓVEL, pois é um direito real. A relação jurídica continuará subsistindo mesmo que os proprietários tenham mudado - Donos diversos - Servidão não se presume, exige declaração expressa e exige registro em cartório - Servidão deve trazer utilidade ao prédio dominante - Direito real - Tempo indefinido - Indivisível - Inalienável Classificação: - Contínuas: servidão exercida independentemente da ação humana, ininterruptamente. Ex.: aqueduto - Descontínuas: exercício condicionado a algum ato humano. Ex.: servidão de passagem. - Positivas: conferem o poder de praticar algum ato no prédio serviente. - Negativas: impõem ao prédio serviente o dever de abster-se da prática de algum ato - Aparente: Se manifesta por obras anteriores - Não aparentes - Urbanas - Rústicas Constituição das servidões: - negócio jurídico: Causa mortis ou inter vivos; - sentença - usucapião: 20 anos - destinação do proprietário - doutrinário/jurisprudencial: serventia, ambos os prédios de um proprietário só - decorrente de fato humano Regulamentação das servidões: Art. 1.380. O dono de uma servidão pode fazer todas as obras necessárias à sua conservação e uso, e, se a servidão pertencer a mais de um prédio, serão as despesas rateadas entre os respectivos donos. Art. 1.381. As obras a que se refere o artigo antecedente devem ser feitas pelo dono do prédio dominante, se o contrário não dispuser expressamente o título. Art. 1.382. Quando a obrigação incumbir ao dono do prédio serviente, este poderá exonerar-se, abandonando, total ou parcialmente, a propriedade ao dono do dominante. Parágrafo único. Se o proprietário do prédio dominante se recusar a receber a propriedade do serviente, ou parte dela, caber-lhe-á custear as obras. - O dono do prédio dominante tem direito de entrar no prédio serviente para fins de obras e modificações, desde que faça o menor incômodo possível O abandono do prédio serviente não transfere o domínio deste. O dono do prédio dominante pode adquirir o prédio serviente por usucapião. Exercício das servidões: Art. 1.383. O dono do prédio serviente não poderá embaraçar de modo algum o exercício legítimo da servidão. Art. 1.385. Restringir-se-á o exercício da servidão às necessidades do prédio dominante, evitando-se, quanto possível, agravar o encargo ao prédio serviente. § 1º Constituída para certo fim, a servidão não se pode ampliar a outro. - O dominante não pode usar caminhão em servidão de passagem a pé § 2º Nas servidões de trânsito, a de maior inclui a de menor ônus, e a menor exclui a mais onerosa. § 3º Se as necessidades da cultura, ou da indústria, do prédio dominante impuserem à servidão maior largueza, o dono do serviente é obrigado a sofrê-la; mas tem direito a ser indenizado pelo excesso. - O dono do prédio dominante poderá utilizar do interditos possessórios caso o dono do prédio serviente limite o exercício legítimo da servidão. O dono do prédio serviente pode ceder outras servidões, desde que não prejudiquem as servidões já constituídas Remoção da servidão: Art. 1.384. A servidão pode ser removida, de um local para outro, pelo dono do prédio serviente e à sua custa, se em nada diminuir as vantagens do prédio dominante, ou pelo dono deste e à sua custa, se houver considerável incremento da utilidade e não prejudicar o prédio serviente. - a mudança não pode trazer prejuízo - o dono do prédio serviente arca com as despesas - o dono do prédio dominante pode fazer, se for para aumentar a sua utilidade e não prejudicar o prédio serviente O direito de remoção é imprescritível. Ações que protegem a prescrição: - Confessória: visa à obtenção do reconhecimento judicial da existência de servidão negada ou contestada - protege o usufruto, o uso e a habitação. Só pode ser invocada pelo prédio dominante; Intentada contra o autor da lesão - pode ou não ser o dono do prédio serviente; Reconhece a existência da servidão e condena o réu a indenização da lesão + caução + perdas e danos - Negatória: possibilita ao dono do prédio serviente a obtenção de sentença que declare a inexistência de servidão ou de direito à sua ampliação. Contra aquele que não tem título para servidão ou para a ampliação desta - Possessória: em favor do prédio dominante, que é molestado ou esbulhado pelo proprietário do prédio serviente. Também utilizada quando este não permite a realização de obras de conservação da servidão. - Nunciação de obra nova - Usucapião Extinção da servidão: Art. 1.387. Salvo nas desapropriações, a servidão, uma vez registrada, só se extingue, com respeito a terceiros, quando cancelada. Parágrafo único. Se o prédio dominante estiver hipotecado, e a servidão se mencionar no título hipotecário, será também preciso, para a cancelar, o consentimento do credor. Art. 1.388. O dono do prédio serviente tem direito, pelos meios judiciais, ao cancelamento do registro, embora o dono do prédio dominante lho impugne: I - quando o titular houver renunciado a sua servidão; II - quando tiver cessado, para o prédio dominante, a utilidade ou a comodidade, que determinou a constituição da servidão; III - quando o dono do prédio serviente resgatar a servidão. Art. 1.389. Também se extingue a servidão, ficando ao dono do prédio serviente a faculdade de fazê-la cancelar, mediante a prova da extinção: I - pela reunião dos dois prédios no domínio da mesma pessoa; II - pela supressão das respectivas obras por efeito de contrato, ou de outro título expresso; III - pelo não uso, durante dez anos contínuos. Para ser extinta, é necessário o cancelamento do registro no cartório de imóveis. Exceção: desapropriação. O registro pode ser cancelado se houver - renúncia do titular - expressa ou tácita - cessação da utilidade - dono do prédio serviente resgatar a servidão - confusão - união dos dois prédios em uma propriedade só - supressão das obras - nãouso - 10 anos contínuos Usufruto: Direito de usar coisa pertencente a outrem e de perceber-lhe os frutos, ressalvada sua substância. Usufruto é um direito temporário, a extinção deste faz com que a coisa passe ao nu-proprietário. Ao usar e gozar da coisa, deve o usufrutuário preservá-la. ● Características - Direito real sobre coisa alheia: - Temporário: se extingue com a morte do usufrutuário; 30 anos - Inalienável - é permitida a cessão do exercício do direito, onerosa ou gratuitamente; não se transmite a herdeiros - Insuscetível de penhora, mas o usufrutuário pode ficar provisoriamente privado do direito de retirar da coisa os frutos que ela produz ● Constituição - determinação legal: Ex: usufruto dos pais sobre bens do filho menor - ato de vontade: resultante de contrato ou testamento. Pode ser oneroso, gratuito, inter vivos ou mortis causa. ● Negócio jurídico não é suficiente para constituir usufruto, em caso de bens imóveis. O usufruto deve ser registrado no Registro de Imóveis - art. 1277 - usucapião ● Objeto de usufruto: - bem móvel - bem imóvel - patrimônio inteiro - parte do patrimônio - frutos - utilidades - acessórios da coisa - As partes podem dispor sobre o que o usufruto abrangirá ● Espécies de usufruto - Quanto a origem - Usufruto legal - Usufruto voluntário - Quanto a duração - Temporário - Vitalício - Quanto ao objeto - Próprio: coisas inconsumíveis e infungíveis - Impróprio: sobre coisas consumíveis e fungíveis - Quanto a extensão - Universal: usufruto que recai sobre uma universalidade de bens. como herança, patrimônio, fundo de comércio - Particular: usufruto que incide sobre determinado objeto, como uma casa. - Pleno: usufruto que incide sobre frutos e utilidades que a coisa produz, sem nenhuma exclusão - Restrito: restringe o gozo da coisa a alguma de suas utilidades - Quanto aos titulares - Simultâneo: constituído em favor de duas ou mais pessoas. extinguindo-se gradativamente em relação a cada uma das que falecerem, salvo se expressamente estipulado o direito de acrescer. ● Direitos do usufrutuário - Posse - Uso - Administração e percepção dos frutos Nada impede que o ato constitutivo do usufruto amplie tais direitos, para melhor atender às necessidades do usufrutuário, contendo-se, todavia, no limite do respeito ao direito do dominus à substância da coisa usufruída - art. 1446 CCivil ● Usufruto dos títulos de crédito: O usufruto recai sobre o objeto da prestação devida pelo devedor ao credor, somente se concretizando depois de realizado o respectivo pagamento. O usufrutuário, antes de vencida a dívida, pode perceber os frutos e, após seu vencimento, cobrar o capital, não só do devedor como dos fiadores, como se dele fosse o crédito, sem o concurso do nu-proprietário. ● Usufruto de rebanho: Art. 1.397. As crias dos animais pertencem ao usufrutuário, deduzidas quantas bastem para inteirar as cabeças de gado existentes ao começar o usufruto. Objetiva o dispositivo supratranscrito, pois, assegurar a integridade do rebanho ao extinguir-se o usufruto, de modo que o nu-proprietário venha a receber o mesmo número de reses inicialmente entregues ao usufrutuário. ● Usufruto de bens consumíveis - quase usufruto Findo o usufruto, o usufrutuário deverá restituí-las em quantidade, gênero e qualidade. Não sendo possível, a devolução se converte no valor respectivo. ● Usufruto de floresta e minas As partes devem convencionem previamente a respeito da exploração dos recursos minerais e das florestas, a fim de evitar abusos e a necessidade de regulamentação posterior. ● Usufruto sobre universalidade ou quota parte o usufrutuário tem direito tanto à parte do tesouro que nos bens do patrimônio usufruído vier a se encontrar quanto ao preço pago para obter meação, porque, neste caso, o direito real abrange quaisquer vantagens sobre a totalidade dos bens e direitos a eles relativos ● Deveres do usufrutuário - Obrigações anteriores ● Inventariar os bens que receber ● Dar caução de lhes velar pela conservação e lhes entregá-los, findo o usufruto - apenas se o nu-proprietário exigir - Obrigações simultâneas ● Conservar a coisa ● Fazer as reparações ordinárias ● Pagar certas contribuições - Obrigações posteriores ● Restituir a coisa usufruída, se possível ● Extinção do usufruto Extingue-se o usufruto por I. Renúncia ou morte do usufrutuário - a renúncia deve ser feita por escritura pública II. Pelo termo de sua duração III. Pela extinção da pessoa jurídica IV. Cessação do motivo que se origina V. Destruição da coisa - infungível - Se, no entanto, a coisa foi desapropriada ou se encontrava no seguro, o direito do usufrutuário se sub-roga na indenização recebida VI. Consolidação: quando na mesma pessoa se reúnem as qualidades de usufrutuário e nu-proprietário VII. Por culpa do usufrutuário em não cuidar bem da coisa - depende de sentença VIII. Por não uso ou não fruição Uso O usufruto é uma espécie de uso restrito, pois o limite do usuário é a necessidade sua e de sua família. Ao usuário concede-se apenas a faculdade de perceber uma certa quantia de frutos, o necessário que baste para si e para sua família. Uso é indivisível ● Objeto do uso ○ Coisas móveis e imóveis - APENAS INFUNGÍVEIS E INCONSUMÍVEIS família - cônjuge, dos filhos solteiros e das pessoas de seu serviço doméstico Mesma extinção que o usufruto Direito do promitente comprador: É a promessa irretratável de venda no contrato pelo qual o promitente vendedor obriga-se a vender ao compromissário comprador determinado imóvel, pelo preço, condições e modos convencionados, obrigando-lhe a escritura definitiva, quando houver o adimplemento da obrigação. O compromissário se compromete a pagar e seguir todas as condições impostas, adquirindo em consequência direito real sobre o imóvel. Com a faculdade de reclamar da outorga da escritura pública ou da adjudicação compulsória se houver recusa do vendedor. Requisitos - Formalidade - Irretratabilidade - Registro - Cartório de imóveis O direito de sequela do promitente comprador permite que o compromisso de venda seja exigido, mesmo se o imóvel estiver com terceiros. Esse direito real pode ser objeto de cessão. Se o compromissário comprador deixar de cumprir a sua obrigação, atrasando o pagamento das prestações, poderá o vendedor pleitear a resolução do contrato,cumulada com pedido de reintegração de posse. Na medida em que o promitente comprador registra na matrícula o compromisso, passa a ser um direito real de aquisição. Extinção - Realização do contrato - Inadimplemento do contrato Direitos reais de garantia Direito que confere ao credor a pretensão de obter o pagamento da dívida com o valor do bem aplicado exclusivamente à sua satisfação Requisitos: - capacidade de alienar - bem possível, lícito e determinado - especialização: indicação pormenorizada do bem garantindo a dívida e que dívida - registro - publicidade Características: - direito de preferência/prelação: - direito de sequela - direito de excussão: direito do credor de promover venda em hasta pública do bem - indivisibilidade Vencimento antecipado da dívida: Art. 1425: a dívida considera-se vencida:I. Se, deteriorando-se, ou depreciando-se o bem dado em segurança, desfalcar a garantia e o devedor, intimado, não a reforçar ou substituir; II. Se o devedor cair em insolvência ou falir; III. Se as prestações não forem pontualmente pagas, toda vez que deste modo se achar estipulado o pagamento. Neste caso o recebimento posterior da prestação atrasada importa renúncia do credor ao seu direito de execução imediata. IV. Se perecer o bem dado em garantia, e não for substituído; V. Se se desapropriar o bem dado em garantia, hipótese na qual se depositará a parte do preço que for necessária para o pagamento integral do credor. As partes podem estabelecer que na ocorrência de determinado fato por elas previsto, torne-se a dívida exigível. Ex.: é lícita a cláusula de vencimento antecipado da dívida na hipótese de ser constituída nova hipoteca sobre o mesmo imóvel. Garantia real outorgada por terceiro: O terceiro que presta garantia real por dívida alheia não fica obrigado a substituí-la ou reforçá-la, quando sem culpa sua, deteriore ou desvalorize. - pode haver estipulação expressa em contrário. Cláusula comissória: É a estipulação que autoriza o credor a ficar com a coisa da em garantia caso a dívida não seja paga. Responsabilidade do devedor pelo remanescente da dívida; Se quando, executada a hipotéca, por exemplo, o valor do bem não for suficiente, o devedor é responsável por dar o restante. Penhor Direito real que consiste na tradição de uma coisa móvel, suscetível de alienação, realizada pelo devedor ou por terceiro ao credor, em garantia do débito. Características - Direito real - recai sobre a coisa - erga omnes - ação real e de sequela - constitui mediante contrato que precisa ser registrado para ser oponível a todos - Aderente - é um direito acessório que segue a coisa principal Objeto do penhor - Coisas corpóreas móveis em espécie sós ou conjuntamente com seus acessórios; - Coisas fungíveis consideradas como espécie (moedas raras); - Coisas em coletividade, como um rebanho, uma biblioteca, os gêneros de um armazém; - Coisas fungíveis in genere; - Títulos da dívida pública nominativos; - Ações de companhias; - Dívidas ativas, direitos e ações de qualquer natureza; - O quinhão da coisa em propriedade comum; i) O proveito do usufruto de coisa móvel (nua-propriedade da mesma); - Frutos pendentes, máquinas, instrumentos aratórios, acessórios e animais de estabelecimentos agrícolas; - Mercadorias existentes em armazéns de depósito devidamente autorizados; Forma: Registro em cartório para ser oponível a todos Direitos do credor pignoratício: - Exercer a posse do bem empenhado; exceções: penhor rural, mercantil, industrial e de veículos. É protegida pelos interditos possessórios e pelo desforço imediato, seja contra o devedor que embarace seu exercício, seja contra terceiros que venham molestá-la. Pode reivindicar a coisa; - Direito à retenção da coisa, até que o indenizem das despesas devidamente justificadas, que tiver feito, não sendo ocasionadas por culpa sua. Devidamente justificadas: necessárias à conservação, guarda e defesa da coisa empenhada. Embora tenha direito à posse, não tem o direito de usá-lo, salvo disposição em contrário. - Direito ao ressarcimento do prejuízo que houver sofrido por vício da coisa empenhada. Ex.: contágio do rebanho do credor de enfermidade portada pelo gado empenhado, com conhecimento do devedor. - Promover a execução judicial, ou a venda amigável, se lhe permitir expressamente o contrato, ou lhe autorizar o devedor mediante procuração. - Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder. - A venda antecipada, mediante prévia autorização judicial, sempre que haja receio fundado de que a coisa empenhada se perca ou deteriore, devendo o preço se depositado. Entretanto, pode o dono impedir a venda antecipada substituindo-a, ou oferecendo outra garantia real idônea. - Sub-rogar-se no valor do seguro dos bens ou animais empenhados e que venham a perecer, bem como no preço da desapropriação ou da requisição dos bens ou animais em caso de necessidade ou utilidade pública. - O credor não pode ser constrangido a devolver a coisa empenhada ou uma parte dela, antes de ser integralmente pago Obrigações do credor pignoratício: - Custódia da coisa, como depositário. Cabendo-lhe conservá-la com diligência e cuidado, sendo obrigado a ressarcir ao dono a perda ou deterioração de que for culpado. - Á defesa da posse da coisa empenhada e dar ciência ao dono dela das circunstancias que tornarem necessário o exercício de ação possessória. - A imputar o valor dos frutos de que se apropriar nas despesas de guarda e conservação, nos juros e no capital da obrigação garantida, sucessivamente. Pode ser alterado pela vontade das partes. A apropriação dos frutos pelo credor constitui um adiantamento das parcelas que lhe são devidas. - Entregar o que sobeje do preço, quando a dívida for paga; Direitos e deveres do devedor pignoratício: - De reaver a coisa garantida; - De conservar a titularidade de domínio e a posse indireta da coisa empenhada; - De receber indenização correspondente ao valor da coisa empenhada, em caso de perecimento ou deterioração; - Ressarcir as despesas efetuadas pelo credor; - Indenizar o credor pelos prejuízos sofridos em consequência de vícios da coisa; - Reforçar ou substituir a garantia real se o bem dado em segurança deteriorar-se ou sofrer depreciação; - Obter prévia licença do credor se necessitar vender a coisa empenhada. Espécies de penhor: - Penhor convencional Decorrente da vontade das partes, podendo ser por instrumento público ou particular - Penhor legal; Ocorre por determinação judicial, sem manifestação de vontade; Art. 1.467. São credores pignoratícios, independentemente de convenção: I - os hospedeiros, ou fornecedores de pousada ou alimento, sobre as bagagens,móveis, jóias ou dinheiro que os seus consumidores ou fregueses tiverem consigo nas respectivas casas ou estabelecimentos, pelas despesas ou consumo que ai tiverem feito; II - o dono do prédio rústico ou urbano, sobre os bens móveis que o rendeiro ou inquilino tiver guarnecendo o mesmo prédio, pelos aluguéis ou rendas. Art. 1.469. Em cada um dos casos do art. 1.467 , o credor poderá tomar em garantia um ou mais objetos até o valor da dívida. Art. 1.470. Os credores, compreendidos no art. 1.467 , podem fazer efetivo o penhor,antes de recorrerem à autoridade judiciária, sempre que haja perigo na demora,dando aos devedores comprovante dos bens de que se apossarem. - Penhor rural: Ocorre sobre imóvel, registro em cartório - Penhor agrícola: recai sobre coisas relacionadas com a exploração agrícola. Openhor agrícola possibilita, portanto, a concessão de garantia sobre coisas futuras, ouseja, sobre colheitas de lavouras em formação - Penhor pecuário: O penhor pecuário incide sobre os animais que se criam para a indústria pastoril, agrícola ou de laticínios. - Penhor industrial/mercantil - Penhor de direitos e títulos de crédito - Penhor de veículos Extinção do penhor: extingue-seo penhor: I. Extinguindo-se a obrigação; Se desaparece a obrigação principal, o penhor também será extinto pois é dependente da relação principal. II. perecendo a coisa; III. renunciando o credor; IV. confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e de dono da coisa; V. dando-se a adjudicação judicial,a remissão ou a venda da coisa empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada. § 1o Presume-se arenúnciadocredorquandoconsentirnavendaparticulardo penhor sem reservadepreço,quandorestituirasuaposseaodevedor,ouquando anuir à sua substituição por outra garantia. Presunção de renúncia. § 2o Operando-se a confusão tão-somente quanto a parte da dívida pignoratícia, subsistirá inteiro o penhor quanto ao resto. Hipoteca: Direito real de garantia que tem por objeto bens imóveis, navio ou avião pertencentes ao devedor ou a terceiro, que, embora não entregues ao credor,asseguram-lhe, preferencialmente, o recebimento de seu crédito. Características: - natureza civil - direito real - O objeto gravado deve ser propriedade do devedor ou de terceiro - O devedor continua na posse do bem hipotecado. Porém, o direito deixa de ser pleno. O devedor, no entanto, só será desapossado, por via judicial e mediante excussão hipotecária, do bem dado em segurança do crédito, se se tornar inadimplente, deixando de cumprir a obrigação avençada. - É indivisível - Caráter acessório - Negócio solene - Direito de preferência e direito de sequela - Não permite pacto comissório Requisitos - Objetivos: Art. 1473: podem ser objeto de hipoteca: I – os imóveis e os acessórios dos imóveis conjuntamente com eles; II – o domínio direto; III – o domínio útil; IV – as estradas de ferro; V – os recursos naturais a que se refere o art. 1.230, independentemente do solo onde se acham; VI – os navios; VII – as aeronaves; VIII – o direito de uso especial para fins de moradia; IX – o direito real de uso; X – a propriedade superficiária. Parágrafo único. A hipoteca dos navios e das aeronaves reger-se-á pelo disposto em lei especial. § 2o Os direitos de garantia instituídos nas hipóteses dos incisos IX e X do caput deste artigo ficam limitados à duração da concessão ou direito de superfície, caso tenham sido transferidos por período determinado”. - subjetivos: Capacidade geral e específica para alienar;
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