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Os princípios e fundamentos da sociologia como ciência(Comte,Durkheim, Welber, Marx). Desdobramentos pós modeé-nos do pensamento sociológico clássico. Conceitos fundamentais da vida social; instituiçõ

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FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS
FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE TEÓFILO OTONI
LETÍCIA RODRIGUES CARDOSO
Os princípios e fundamentos da sociologia como ciência. Desdobramentos pós-modernos do pensamento sociológico clássico. Conceitos fundamentais da vida social; instituições, sociedade civil, e movimentos sociais no Brasil. Cultura e questões étnico-raciais.
TEÓFILO OTONI/MG
2019
Os Princípios e Fundamentos da Sociologia como Ciência (Comte, Durkheim, Weber e Marx). Desdobramentos pós-modernos do Pensamento Sociológico Clássico. 
LETICIA RODIGUES CARDOSO
	De plano, importante destacar o papel de Emile Durkheim como o “pai” da sociologia como uma ciência social no mundo. O pensador francês sofreu influência das ideias positivistas, também compartilhadas por Comte, fazendo com que fosse criada uma ciência social científica, de fato, com uma metodologia pré-determinada aplicável.
Para isso, Durkheim desenvolveu o chamado “fato social”, que nada mais é do que “coisas” ou “eventos” gerais que cercam os indivíduos, exercendo influência direta na vida dos cidadãos. Um claro exemplo disso é o capitalismo, o qual exerce influência direta na vida de todos, mesmo que determinado indivíduo se recuse a participar desse “evento” social-econômico.
Além disso Durkheim, em uma de suas obras, faz uma análise sociológica e estatística acerca da ocorrência de suicídios em sua época contemporânea, sendo, o estudo, fundamental para o entendimento das questões sociais e íntimas que envolvem os indivíduos em uma sociedade organizada, bem como a correlação desses fatores que possam contribuir para esse tipo de problemática endêmica.
Para muitos, Durkheim também pode ser considerado um sociólogo funcionalista, já que a sua grande preocupação era com a função que cada pessoa devia exercer dentro de uma sociedade para mantê-la organizada, coesa e em pleno funcionamento.
Essa preocupação funcionalista de Durkheim pode ser bem exemplificada no atual momento das grandes metrópoles brasileiras, já que, na maioria das capitais nacionais, o enredo político/econômico faz com que os indivíduos dependam, em demasia, uns dos outros, para que funções e necessidades básicas de sua vida sejam supridas. Assim, uma simples greve de determinado segmento ou classe profissional, pode levar ao caos e ao pânico em questão de horas, tendo em vista a grande dependência recíproca criada nos grandes centros urbanos.
O cientista e sociólogo alemão Max Weber, por sua vez, embora reconheça a necessidade da funcionalidade e da coesão social, já reconhece a desigualdade social e a existência de diferença de poder econômico/social entre as classes existentes.
Weber também tinha grande preocupação com a característica simbólica e originária dos comportamentos sociais. Para ele, não bastava uma análise externa de determinada ação ou comportamento do indivíduo, mas um estudo social e científico do que originou aquele comportamento por parte do mesmo.
Da análise do socialismo moderno, Weber direciona seus estudos para a racionalização dos comportamentos sociais e individuais, já que, na sua visão, essa seria uma das principais características da sociedade moderna que se desenhava.
Ato contínuo, o alemão Karl Marx, baseou o seu estudo científico com a junção de diversas ciências, como a filosofia, a sociologia, o direito e a história, para construir a sua linha de pensamento.
Marx foi adepto da chamada teoria do conflito, e baseou seus estudos no materialismo histórico dialético. Em outras palavras, ele se preocupava com as condições matérias da sociedade, bem como entendia que todo fato social tem uma explicação histórico e uma razão de existir.
Para muitos estudiosos, Marx seria um denominado “sociólogo utópico”, já que idealiza uma sociedade com uma igualdade de condições materialistas considerada distante da realidade se comparada com o capitalismo e com o liberalismo predominantes nos tempos modernos.
Para Marx, a história da sociedade humana passa pela chamada “luta de classes”, na qual se estabeleceu a atual conjuntura social moderna e todas as suas peculiaridades e ramificações.
Neste ínterim, o marxismo aflora a já conhecida discussão entre classe dominante x proletariado, alegando que a única forma da população apoiar as reformas sociais objetivados pela ideologia socialista é a influência manipuladora da imprensa e dos demais meios de comunicação disponíveis.
Assim, os referidos meios tornam-se o instrumento para a construção de uma nação socialista de sucesso. Por outro lado, a influência dos meios de comunicação nos países capitalistas seria negativa, pois estaria sempre em defesa dos interesses dos poderosos e da classe dominante, deixando de lado o bem estar social.
Por fim, o francês Augusto Comte, considerado o “pai da sociologia”, as ciências naturais influenciam diretamente as ciências sociais. Além disso, Comte exerceu papel fundamental para levar a sociologia do pensamento cientificista para o pensamento positivista.
O positivismo nada mais é do que o estabelecimento de princípios reguladores do mundo e da sociedade como um todo. Sendo assim, o positivismo se configura como o primeiro pensamento sociológico sistemático, definindo um objeto, estabelecendo conceitos e adotando um método para o estudo das ciências sociais.
Para Comte, o objeto central do estudo da sociologia seria a sociedade, e os conceitos e métodos adotados para seu estudo advém das ciências da natureza. Nesse sentido, as leis são utilizadas para explicar o sentido da sociedade, bem como suas problemáticas subjacentes.
Sendo assim, com base na análise da ideologia dos sociólogos ora abordados, vê-se que a atual conjuntura da sociedade brasileiro recebe influências de segmentos de cada uma das ideologias em questão.
Vemos grande influência das ideias de Durkheim e de Comte na atual conjuntura política/social brasileira, e, em menor escala, de certa forma, as ideias de Weber e Marx.
A aplicação prática da ideia de uma luta de classes e da desigualdade social contra o capitalismo dominante tem encontrado resistência nos tempos modernos, inclusive em países subdesenvolvidos. Muito disso é consequência das inúmeras tentativas fracassadas de impor essas ideologias ao redor do mundo.
O Brasil, embora seja um país segmentado e com grande segregação racial e ideológica, tem sucumbido quando o assunto é a ideologia socialista da diminuição da desigualdade social, bem como da explicação acerca das problemáticas socioeconômicas enfrentadas.
A grande influência capitalista americana pode ser parte do problema, no entanto, não é a única causa da resistência. A inexistência de um pensamento uniforme acerca da linha sociológica weberiana e marxista impede que essas ideologias ganhem força e apoio social.

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