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Insuficiência renal Crônica

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Sumário:
Sumário......................................................................................................................1
Insuficiência Renal....................................................................................................2
6.1 Definição................................................................................................................2
6.2 Epidemiologia........................................................................................................2
6.3 fisiopatologia..........................................................................................................2
6.4 Características clínicas/.........................................................................................3
6.5 Diagnóstico............................................................................................................4
6.6 Tratamento.............................................................................................................5
Referências Bibliográficas........................................................................................7
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA:
DEFINIÇÃO: 
A Insuficiência Renal Crônica (IRC) consiste em lesão renal e perda progressiva e irreversível da função dos rins (glomerular, tubular e endócrina). Em sua fase mais avançada, com elevação de ureia e creatinina, os rins não conseguem mais exercer suas funções básicas de excreção e manutenção da homeostasia hidroeletrolítica e acidobásica do organismo. 
EPIDEMIOLOGIA:
A IRC é responsável por 5% das admissões hospitalares e até 30% das internações em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A incidência aumenta com a idade, sendo 3,5 vezes maior nos pacientes acima de 70 anos.
A mortalidade por IRC mantém-se elevada nos dias atuais, apesar de técnicas dialíticas eficientes e complexas, mas a redução da sobrevida destes pacientes pode ser devida ao aumento na frequência de sepses e/ou a associação com disfunção de múltiplos órgãos.
Pacientes com níveis elevados de ureia, creatinina, potássio e hipervolêmicos e na maioria das vezes, sem acesso vascular necessário para hemodiálise, ficam propensos à elevada morbidade e maior risco de mortalidade. Isso tudo pode ser explicado por uma síndrome caracterizada pela redução abrupta da filtração glomerular acompanhada por distúrbios hidroeletrolíticos, ácidos e básicos e retenção de toxinas do metabolismo endógeno. 
FISIOPATPLOGIA
Define-se insuficiência renal quando os rins não são capazes de remover os produtos de degradação metabólica (creatinina, ureia e potássio) do corpo ou de realizar as funções reguladoras. As substâncias normalmente eliminadas na urina acumulam-se nos líquidos corporais em consequência da excreção renal comprometida, e levam a uma ruptura nas funções endócrinas e metabólicas, bem como a distúrbios hidroeletrolíticos e acidobásicos. A insuficiência renal é uma doença sistémica e consiste na via final comum de muitas diferentes doenças do rim e do trato urinário.
A azotemia é a anormalidade bioquímica que se refere a uma elevação dos níveis do nitrogênio da ureia do sangue (NUS) e da creatinina, e está amplamente relacionada com a taxa de filtração glomerular (TFG) diminuída. Na IRC, a TFG é menos de 20% a 25% da normal. Os rins não podem regular o volume e a composição de solutos, e os pacientes desenvolvem edema, acidose metabólica e hipercalemia. A azotemia é a consequência de muitos distúrbios renais, mas também surge de distúrbios extrarrenais. 
Quando a azotemia se torna associada a uma constelação de sinais e sintomas clínicos e anormalidades bioquímicas, é chamada de uremia. A uremia é caracterizada não somente pela falência da função excretora renal, mas também por grande número de alterações metabólicas e endócrinas que resultam em danos renais. 
A IRC é caracterizada por sinais e sintomas prolongados de uremia, é o resultado final de todas as doenças parenquimais renais crônicas. 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS/ QUADRO CLÍNICO:
O quadro clínico da IRC está relacionado, principalmente, à doença de base do paciente e às alterações metabólicas decorrentes. Em consequência dos quadros de oligúria e anúria, as funções principais dos rins, ou seja, a manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico e excreção dos produtos nitrogenados, estão comprometidas, portanto, o portador de IRC, para se submeter a tratamento dialítico, necessita, inicialmente, de um acesso vascular, o qual, habitualmente, é temporário.
SINTOMAS: 
Os sintomas mais comuns são:
Diminuição da produção de urina, embora, ocasionalmente, a urina permaneça normal;
Retenção de líquidos, causando inchaço nas pernas, tornozelos ou pés;
Sonolência;
Falta de fome;
Falta de ar;
Fadiga;
Confusão;
Náusea e vômitos;
Convulsões ou coma, em casos graves;
Dor ou pressão no peito;
Desidratação;
Hipertensão;
Esofagite, gastrite e colite;
Cor pálida;
Dermatite.
DIAGNÓSTICO:
Ao ser encaminhado a um especialista, que nesse caso seria um nefrologista, ele irá questionar sobre os sintomas, histórico médico e realizar um exame físico. Perguntará sobre as medicações que o paciente está tomando e solicitará exames de sangue e / ou urina para detectar sinais de insuficiência renal, incluindo níveis anormais de eletrólitos, ureia, nitrogênio (BUN), creatinina e glóbulos vermelhos.
A quantidade de urina produzida durante um período de várias horas também pode ser considerada para o diagnóstico, já que a insuficiência renal afeta a produção da mesma. A urina também será examinada para verificar se há cor e qualquer conteúdo incomum que possa indicar infecção. O nefrologista também pode indicar uma ultrassonografia dos rins, uma tomografia computadorizada, uma ressonância magnética ou até mesmo um exame de bexiga para detectar cálculos.
As duas principais causas que levam a insuficiência renal aguda são diabetes mellitus e hipertensão arterial. A conscientização e a vigilância são extremamente necessárias para um diagnóstico e encaminhamento precoce ao nefrologista, que assim poderá prevenir suas complicações, modificar comorbidades presentes e preparo adequado a uma terapia de substituição renal.
O diagnóstico precoce da insuficiência renal pode fazer com que se tome condutas terapêuticas para o retardamento da progressão e pode reduzir o sofrimento do paciente, além de reduzir o custo financeiro associados à doença. 
EXAMES:
Os exames mais comuns pedidos para a o diagnóstico da IRC são:
Medições da produção de urina
Exames de urina
Exames de sangue
Exames de imagem, como ultrassom e tomografia computadorizada
Remoção de uma amostra de tecido de rim para o teste (biópsia).
Creatinina: A creatinina sérica é o marcador mais usado para avaliação da função renal, ela sofre influência de fatores como massa muscular, hipercatabolismo e drogas, portanto pode superestimar ou subestimar a taxa de filtração glomerular. O aumento de pequenos valores de creatinina corresponde a grandes perdas da taxa de filtração glomerular.
Débito urinário: É o controle do volume urinário num determinado período de tempo.
TRATAMENTO:
O tratamento da IRC visa aperfeiçoar a recuperação da função renal e prevenção de novas lesões, mesmo antes da definição da causa da IRC, inicia se com a correção da volemia, restabelecimento do equilíbrio eletrolítico e controle das manifestações de uremia.
TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA E NÃO MEDICAMENTOSA:
NÃO MEDICAMENTOSA:
A nutrição é fundamental, já que os pacientes têm alto risco nutricional, pois são frequentemente hipercatabólicos e com baixa ingestão de nutrientes. A ingestão de líquidos e eletrólitos deve ser monitorada e a orientação dietética deve controlar também algumas consequências da uremia. A dieta para insuficiência renal tem como objetivo diminuir o consumo de alimentos ricos em sal, potássio, proteínas, cálcio e fósforo da dieta do paciente e aumentar a ingestão de água. O paciente deve:
Evitar alimentos ricos em sal como: linguiça, presunto
e salsichas;
Substituir o sal por limão, vinagre ou ervas aromáticas;
Evitar o consumo de refrigerantes;
Moderar ou evitar o consumo de alimentos ricos em proteínas como os ovos, peixe e carne;
Evitar os alimentos ricos em potássio como a banana, o tomate, a abóbora, a carne, a batata e o feijão;
Evitar os alimentos ricos em cálcio e fósforo como os derivados do leite, ovos, legumes e cereais.
PROCEDIMENTOS MÉDICOS:
Diálise: Apesar dos avanços tecnológicos, a diálise não substitui a função hormonal e metabólica do rim e vai haver sempre necessidade de se complementar este tratamento com fármacos.
Hemodiálise: Na hemodiálise, o sangue, carregado de toxinas e resíduos nitrogenados, é desviado do paciente para uma máquina, um dialisador, no qual é limpo e, em seguida, devolvido ao pacientes; e para que este sangue possa ser retirado, limpo e devolvido ao corpo é necessário que seja estabelecido em acesso vascular ideal pra o processo da diálise ocorrer de forma adequada. Deve ser indicada de urgência quando: hipervolemia sem resposta com terapia diurética; hipercalemia ou acidose metabólica refratária ao tratamento clínico; intoxicação por drogas ou toxinas dialisáveis quando indicado; uremia (encefalopatia, pericardite, diástase hemorrágica); e azotemia persistente sem causa específica. O momento ideal para o início da diálise e o método dialítico de escolha depende de cada paciente.
Dessensibilização: É um tratamento clínico feito em processos de transplante onde existem casos de incompatibilidade entre doador e receptor, ou de sistemas imunológicos muito agressivos. O processo visa diminuir as chances de rejeição e consiste em filtrar sangue e retirar os anticorpos permitindo assim que o transplante ocorra entre as duas partes mesmo sem compatibilidade total. 
TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA DE ACORDO COM AS COMORBIDADES:
Anemia: está presente na maioria das pessoas em diálise. O tratamento depende muito da causa. É comum administrar-se eritropoietina humana recombinante, normalmente por via endovenosa e no final de uma sessão de diálise. A administração de ferro é também usual, aumentando a resposta ao tratamento com eritropoietina. Pode ser administrado por via endovenosa no decorrer da sessão dialítica ou através de um comprimido.
Afecções relacionadas com o Fósforo e o cálcio: A IRC conduz modificações no metabolismo ósseo que progridem de acordo com o declínio da função renal. Poderá ser necessário fazer suplementos de cálcio e vitamina D. Também poderá ser preciso tomar fármacos que diminuam a absorção de fósforo no intestino. 
Alguns medicamentos que controlam a hiperfosfatémia, limitando a sua absorção a nível do tubo digestivo, são o Carbonato de Cálcio, o Hidróxido de Alumínio e o Sevelamer. O Cinacalcet bloqueia os receptores de cálcio a nível da paratiróide e o Calcitriol é usado como derivado de vitamina D.
Hipertensão Arterial: Na maioria das pessoas em diálise, a hipertensão arterial resulta da retenção de sódio e do aumento do volume intravascular. Existem uma gama enorme de medicamentos usados para o controle da tensão arterial, cabendo ao profissional escolher qual se encaixa melhor ao paciente. Isso vai depender da existência de outras doenças, além dos problemas renais, como a Diabetes, Aterosclerose ou doenças das artérias coronárias. É importante lembrar também que no início, os fármacos hipotensores podem alterar o equilíbrio hidro-eletrolítico, havendo a necessidade de um controle sanguíneo dos valores de certos eletrólitos, frequente.
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