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Centro Universitário Leonardo Da Vinci Curso Bacharelado em Serviço Social ADRIANA MARINHO TELES (410) PROJETO DE INTERVENÇÃO: EMPODERAMENTO DA MULHER VITIMA DE VIOLENCIA PAIÇANU 2019 CIDADE ANO 2 ADRIANA MARINHO TELES EMPODERAMENTO DA MULHER VITIMA DE VIOLÊNCIA Projeto de intervenção apresentado à disciplina de Estágio II do Curso de Serviço Social do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI, como requisito parcial para avaliação. Nome do Tutor Externo – Orientador Local Ana Cristina da Silva Nome do Supervisor de Campo – Orientador Edmara de Oliveira Venci PAIÇANDU 2019 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 2 CONTEXTUALIZAÇÃO, JUSTIFICATIVA E PROBLEMATIZAÇÃO............................. 3 OBJETIVOS ................................................................................................................... 3.1 OBJETIVO GERAL ..................................................................................................... 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................................... 4 PÚBLICO-ALVO ............................................................................................................ 5 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS ........................................................................... 6 METAS ........................................................................................................................... 7 AVALIAÇÃO E CONTROLE .......................................................................................... 8 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ................................................................................ 9 RECURSOS (VALORES APROXIMADOS) .................................................................. 9.1 GASTOS COM PESSOAL .......................................................................................... 9.2 GASTOS COM MATERIAL ......................................................................................... 9.3 GASTOS COM DESLOCAMENTO ............................................................................. 9.4 ORÇAMENTO TOTAL ................................................................................................. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 1 1 INTRODUÇÃO A Fundamentação desse projeto e com base na Lei Maria da Penha Lei n. 11.340 de 07 de agosto de 2006, o nome da Lei homenageia uma vítima de violência doméstica e familiar, cearense Maria da Penha Maia Fernandes uma biofarmacêutica que lutou durante vinte anos para ver seu agressor, condenado, e virou símbolo contra esta violência em 1983, o marido de Maria da Penha, um professor universitário tentou matá- la duas vezes, na primeira tentativa a deixou paraplégica. Ao elaborar este Projeto de Intervenção, por meio da disciplina de Estagio Supervisionado II, foi possível visualizar na prática as formas de intervenção e acompanhamento da equipe técnica do CREAS no município de Paiçandu – Pr, a maior demanda atendida são mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. A proposta de intervenção é desenvolver, Palestras, roda de conversas e entrevistas, com as Mulheres vítimas de violência doméstica e familiar que são atendidas, no Centro de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS) de Paiçandu, onde realizo o estágio e participo das ações que a equipe técnica desenvolve. O segundo estágio estou realizado com a Equipe técnica III, a qual é composto por uma Assistente Social e uma Psicóloga, que atendem somente as Mulheres Vítimas de Violência doméstica e familiar e Adolescentes que estão cumprimento de medidas Socioeducativas. As atividades de grupo socioeducativas citado neste projeto é apenas uma das formas de fortalecimento de vínculos familiares, e sociais e resgate da autoestima, porém evidencio que seja a menos dolorosa as vitimadas. O trabalho desenvolvido pelo o assistente social, na instituição é de vital importância para essas mulheres, pois muitas sofrem constantemente com a violência física e psicológica praticada pelos seus companheiros. Essas mulheres que recebem esse atendimento pelos profissionais são orientadas sobre os seus direitos, e encorajando a enfrentar sua realidade vivida, tornando a menos sofrida, O projeto tem o objetivo de elevar a autoestima dessas mulheres. A violência doméstica e familiar é um problema que atinge milhares de crianças, adolescentes e mulheres, é uma das ocorrências que mais estimulam crianças e adolescentes a abandonar o lar e viver nas ruas, como forma de fugir dos maus tratos corporais, castigo físicos, violência sexual e conflitos de que são vítimas, muitos desses casos a vítima é agredida pelo companheiro na frente dos filhos traumatizando a criança ou o adolescente. Muitas vezes a mulher não denúncia o agressor por medo e falta de informações e encorajamento. 2 2 CONTEXTUALIZAÇÃO, JUSTIFICATIVA E PROBLEMATIZAÇÃO Iniciar a temática do Projeto de Intervenção, no Centro de Referência Especializada de Assistência Social – CREAS do município de Paiçandu-Pr, onde semanalmente é realizado as aulas práticas do Estágio Curricular II, foi possível graças as atividades que são desenvolvidas pela equipe técnica, os atendimento diariamente as mulheres que chegam a procura do Serviço, visitas realizadas e escuta qualificada, algumas mulheres vítimas de violência vieram encaminhadas por outros serviços para serem acompanhadas. O trabalho realizado pela equipe técnica nasceu a partir da necessidade de atender as mulheres que sofreram algum tipo de violência bem como: física, psicológica, patrimonial, moral, sexual e de ameaças sendo estas as mais comuns atendidas pelo setor. Estudos apontam que o Brasil é um dos países com maior número de mulheres vitimadas, esta prática se apresenta de diversas formas, trazendo para a mulheres vitimadas consequências graves: (...) a violência contra a mulher produz consequências emocionais devastadoras, muitas vezes irreparáveis, e impactos graves sobre a saúde mental sexual e reprodutiva da mulher. (...) mais de 40% das ações violentas resultam em lesões corporais graves decorrentes de socos, tapas, chutes, amarramentos, queimaduras, espancamentos e estrangulamentos. (Cartilha Direito da Mulher. Pag. 05 ano 2006). Na prática o trabalho realizado pela equipe técnica do CREAS não se resume somente em organizar os temas e as atividades de grupo, mas também realizar a busca ativa para a participação efetiva das mulheres vitimadas sendo que os temas abordados são diversos de caráter educativo por suas particularidades e social por estar agregada a Política Nacional de Assistência Social, pensando nisso surgiu à ideia junto com a equipe desenvolver este projeto de EMPODERAMENTO DA MULHER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA através da participação social das mulheres, garantindo que possam estar cientes sobre a luta pelos seus direitos, como a total igualdade. Palestras sobre a Lei Maria Da Penha, rodas de conversas, entrevistas e dinâmicas com as Mulheres vítimas de violência que são atendidas no CREAS. Segundo a Tipificação Nacional de Serviços Sócio assistenciais (2009), as mulheres vítimas deviolência devem ser atendidas através do Serviço de Proteção e 3 Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos – PAEFI. (Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. Repressão l 2014 pg.45). A equipe técnica do CREAS realiza as intervenções de grupo socioeducativo, abordando temas pertinentes ao convívio sócio familiar, envolvendo ajuda dos profissionais das áreas: Saúde, educação e demais políticas, para que as mulheres possam resgatar sua autoestima, recebendo orientações sobre seus direitos, bem como fortalecendo os vínculos familiares/sociais. Nesta perspectiva justifica-se a relevância deste projeto, que pretende atuar junto às mulheres vítimas de violência e estimular as mulheres a participarem de oficinas de formação profissional; possibilitar momentos de divertimento e integração entre as mulheres e familiares; desenvolver ações no sentido de promover o bem estar físico e psicológico; incentivar as mulheres a elevaram sua autoestima com propostas a ter mais cuidados com a aparência; romper com o ciclo de violência anterior da família, oferecer condições para reparar danos e interromper a violação de seus direitos. Ao problematizar as situações de violência contra as mulheres participantes do grupo desenvolvido pelos técnicos do CREAS, devo ressaltar que são diversas as formas do qual ela se apresenta, e que vem ao longo de uma construção histórica sendo vivenciada, porém que são tratadas pelos profissionais de Serviço Social como sendo fruto de uma relação de desigualdade de gênero, compreendendo o contexto entre vítima e agressor. O Brasil é um dos países que mais sofre com a violência contra mulher: a sociedade, cada vez mais entregue a hipocrisia política e populista daqueles que estimulam a violência, como resposta publica ao medo e ao crime, ignora que não há lugar seguro para as mulheres no país. A violência compõe cotidiano perverso sustentado por relações sociais profundamente magistrais. As experiências de vida postas em grupo se referem à superação das formas de violência e enfrentamento aos problemas, oportunizando as escolhas de mudança dos hábitos que antes a oprimiam. Todos os aspectos de violência, como: ameaças, denúncias de agressões diversas, danos a vida e ao patrimônio cabem autuação de medida protetiva e afastamento do agressor, as vítimas são atendidas pela equipe técnica do Creas individualmente por meio de uma escuta qualificada com orientação jurídica. 4 3 OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL Elevar a autoestima das vítimas de violência familiar e doméstica, promover seu bem-estar físico, mental, social, econômico, e sobre tudo fortalecer os vínculos familiares. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Propor novas ideias que possam colaborar não somente com o CREAS, mas com todas as Unidades que prestam serviços à população independente de classes sociais. Oferecer condições para reparar danos e interromper a violação de seus direitos Romper com o ciclo de violência no interior da família Incentivar as mulheres a elevar autoestima por meio do projeto Emponderamento da Mulher vítima de Violência Orientação sobre os cuidados básicos de beleza 4 PÚBLICO-ALVO Mulheres vítimas de violência doméstica e familiar que são atendidas pelo Centro de Referência Especializada de Assistência Social CREAS de Paiçandu Pr. 5 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS O procedimento será da seguinte forma: entrega de convites para o público alvo, que serão mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, além disso será montado um espaço com o tema do projeto, apresentação com Datashow. O ambiente será decorado com balões e será servido um coffee breack. Cada ação terá duração de até 45 minutos, e serão divididos em três encontros. Primeira Ação: Roda de conversa e entrevistas, com as Mulheres vítimas de violência doméstica e familiar a qual cada uma ira se apresentar e falar um pouco de si. Segunda Ação: será feito uma dinâmica em grupo, o objetivo é interagir, desinibir, divertir, refletir, aprender, apresentar e promover o conhecimento. 5 Terceira Ação: Será uma Palestra com o tema EMPODERAMENTO DA MULHER VITIMA DE VIOLENCIA. Objetivo dessa ação é ajudar as mulheres a romperem o ciclo de violência e orienta-las 6 METAS • Metas em curto prazo. Proporcionar um momento de reflexão, conscientização e orientação. • Metas em médio prazo. Orientar sobre as possibilidades de tratamento visando a situação de cada vítima de violência. • Metas em longo prazo. Garantir a execução do projeto e atingir o número máximo de mulheres que são atendidas diariamente no Centro de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS). 7 AVALIAÇÃO E CONTROLE AÇÕES PRETENDIDAS MÉTODO DE CONTROLE MÉTODO DE AVALIAÇÃO 01- Roda de conversa Diálogo Apresentação e esclarecimento de duvidas 02- Dinâmica Observação Avaliação da postura das participantes 03- Palestra com apresentação de slide e vídeos Seguir rigorosamente o horário Refletir e dialogar 8 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ANO 2019 01 Ja 02 Fe 03 Ma 04 Ab 05 Ma 06 Ju 07 Ju 08 Ag 09 Se 10 Ou 11 No 12 De Pesquisa bibliográfica/documental X X Planejamento das atividades X Ações a serem executadas (reuniões, oficinas, encontros, palestras, seminários etc.) X Avaliação do estágio X Apresentação dos resultados da intervenção X Avaliação e controle do projeto X 6 9 RECURSOS 9.1 GASTOS COM PESSOAL QUANT. Recurso Humano HORAS/TRABALHO R$ 02 Estagiária de Serviço Social 04 0,00 01 Assistente Social (Supervisora) 06 0,00 01 Psicóloga 06 0,00 Total 0,00 9.2 GASTOS COM MATERIAL QUANT. Recurso Material R$ 10 Folhas de Papel A4 1,00 05 Bloco de rascunho de 100 folhas 5,00 01 Cartucho de tinta para impressora 50,00 02 Caderno de 100 folhas 6,00 04 Lápis 2,00 10 Canetas 10,00 01 Borracha 1,00 Total 75,00 9.3 GASTOS COM DESLOCAMENTO QUANT. RECURSO COM DESLOCAMENTO R$ 200 Litros de Combustível 100,00 Total 100,00 9.4 ORÇAMENTO TOTAL RECURSOS R$ Gastos com pessoal 0,00 Gastos com material 75,00 Gastos com deslocamento 100,00 Total 175,00 7 REFERÊNCIAS ANTUNES. Celso - Manual de Técnicas de Dinâmica de Grupo, de Sensibilização, de Ludo pedagogia. Petrópolis, Editora Vozes Ltda. 6a ed. 1993. BRASIL. Cartilha Direitos da Mulher. Prevenção à Violência e ao HIV/AIDS. Brasília – MS, 2006. 31p. BRASIL. Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. Texto da resolução n° 109, de 11 de novembro de 2009. Publicada no Diário Oficial da União em 25 de novembro de 2009 BRASIL. Tipificação Nacional de Serviços Sócio assistenciais. Repressão l 2014 pg.45). BRASIL. Presidência da República. Secretaria de Políticas para Mulheres. Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. Brasília, 2013. Disponível em: www.mds.gov/gestaodainformacao/biblioteca/secretria-nacional-de- assistencia-social-SNAS/cadernos acesso em 12 de abril 2019 Disponível em: http://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social/unidades-de- atendimento/creas. acesso em 30 de maio 2019 SILVA. Conceil Corrêa da, Ney Ribeiro Silva – A Colcha de Retalhos. São Paulo, E B Editora do BrasilS/A. 1º edição. 1995.
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