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05 - EXTINÇÃO DA PESSOA NATURAL _ DA MORTE

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Especialista: Carlos Eduardo Ferreira de Souza 
Disciplina: Direito Civil 
souza.carlosadv 
 
AULA 05 
DIREITO CIVIL I – PARTE GERAL 
Olá, pessoal! Meu nome é Carlos e eu sou especialista em Direito Civil do Passei Direto. 
O objetivo dessa sequência de materiais é tentar explicar tudo sobre a disciplina de um jeito 
objetivo, completo e acessível, então faremos assim: vou trazer o assunto, citar o dispositivo legal, 
explicar um resumo do que isso significa, então vamos ver a jurisprudência mais recente sobre o tema 
e resolver questões extraídas de concursos públicos, ou seja, tudo para ajudar na graduação, na pós-
graduação e concursos públicos. 
Tudo certo? Então vamos começar! 
RELEMBRANDO... 
Já vimos, até agora, que a pessoa natural se inicia do nascimento com vida, passando a ter 
personalidade jurídica e capacidade de direito, sendo possível titularizar direitos e contrair 
obrigações, ora com assistência ou representação, ora direta e pessoalmente, sendo este último caso 
a hipótese em que se possui a capacidade de fato e, consequentemente, capacidade civil plena. 
Vimos, ainda, que a menoridade civil cessa aos 18 anos, quando a pessoa passa a ter 
capacidade para exercer os atos da vida civil e que essa capacidade pode ser antecipada pela 
emancipação, que pode ser voluntária, judicial ou legal. 
Lembramos que o Direito Civil regula toda a vida da pessoa, desde momentos antes de seu 
início até situações posteriores, mas, em respeito à ordem estabelecida pelo Código Civil, hoje 
trataremos do fim da pessoa natural, ressaltando que ainda estamos bem no comecinho do Direito 
Civil. Então hoje falaremos da morte e da extinção da pessoa natural. 
DISPOSITIVO LEGAL 
REFERÊNCIA: arts. 6º e 7º do Código Civil (LEI 10.406 /02) 
Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, 
nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. 
Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: 
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; 
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após 
o término da guerra. 
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois 
de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. 
Especialista: Carlos Eduardo Ferreira de Souza 
Disciplina: Direito Civil 
souza.carlosadv 
 
EXTINÇÃO DA PESSOA NATUTAL: DA MORTE 
Como visto, a personalidade civil se extingue com a morte e, consequentemente, se extingue 
também a pessoa natural, que nada mais é que aquele sujeito que adquiriu personalidade civil. 
Entretanto, devemos ter em mente que a morte no Direito Civil nem sempre será como a 
conhecemos no dia-a-dia, pois podemos tratar da morte real, presumida sem decretação de ausência 
e presumida com decretação de ausência. 
Quando falamos em morte real, estamos diante daquela morte conhecida pelo senso comum, 
que é a morte natural, por meio da qual pode ser efetivamente comprovado o falecimento. Assim, 
exemplificando, se Beltrano padece de enfermidade grave, é internado e falece, teremos morte real. 
Qual o critério para estabelecer a morte real? É a morte física, existindo corpo que a comprove. 
Diversas são as situações em que a morte é presumida, ou seja, não se pode afirmar que a 
morte é real, mas o Direito Civil presumirá, em razão das circunstâncias, que a pessoa faleceu. 
Há casos em que a morte será presumida sem decretação de ausência, ou seja, circunstâncias 
indicarão a alta probabilidade de ter havido o falecimento da pessoa natural, razão pela qual o Direito 
Civil a considerará morta, independentemente do procedimento judicial para declaração de ausência. 
O Código Civil de 2002 trouxe duas hipóteses expressas de presunção de morte que independe 
de decretação de ausência: morte extremamente provável de pessoa que estava em perigo de vida e 
pessoa desaparecida em campanha ou feita prisioneira, quando não for encontrada até dois anos após 
o término da guerra. 
Nesses casos, enquadrando-se determinado sujeito nessas hipóteses, devem ser feitas buscas 
e averiguações e, após encerrada, o processo judicial não decretará ausência, mas será necessário para 
que haja fixação judicial da provável data do falecimento, que importará para diversos casos, tais 
como efeitos sucessórios e previdenciários. 
Exemplificando, Fulano estava na calçada quando uma enchente acometeu seu bairro. Foi 
visto por vizinhos, pela última vez, sendo arrastado pelas correntezas e sumindo nas águas. É certo 
que, após intenso trabalho das autoridades e dos moradores, seu corpo não foi encontrado. Estaremos 
diante de morte presumida sem decretação de ausência, pois Fulano estava em situação de perigo e 
sua morte é extremamente provável. 
Por fim, temos a morte presumida com decretação de ausência, que demanda procedimento 
longo e complexo, que é tratado entre os arts. 22 e 39 do Código Civil e, com intuito de não tornar 
Especialista: Carlos Eduardo Ferreira de Souza 
Disciplina: Direito Civil 
souza.carlosadv 
 
esse material extenso, deixaremos para a aula seguinte e que será enviada ao Passei Direto em mesmo 
momento do presente. 
Esclarecemos, contudo, que a morte presumida com decretação de ausência se dá quando 
alguém desaparece de seu domicílio sem deixar notícia, representante ou procurador a quem caiba a 
administração dos bens, perdurando essa situação por longa data, que enseja as sucessões provisória 
e definitiva, nesta ordem. 
JURISPRUDÊNCIA & QUESTÕES 
Conforme destacado, deixamos de tratar da morte presumida com decretação de ausência por 
questões didáticas e de apresentação, sobretudo porque as dúvidas sobre morte muitas vezes não 
alcançavam a profundidade do processo de declaração de ausência. 
Entretanto, jurisprudência e questões não estabelecem distinção tão clara, tratando muitas vezes 
de forma conjunta, razão pela qual abrangeremos este tópico em conjunto, no próximo material.

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