Fichamento 2

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Fichamento
Avaliação Parcial A2
Semana de 04 a 09 de outubro de 2021
CURSO DE DIREITO - 2º SEMESTRE DE 2021
MODELO PADRÃO PARA ELABORAÇÃO DO FICHAMENTO
(folha ____/____)
	NOME DISCENTE
	RGM n.
	TURMA 
	Rita de Cássia Senna Sugiyama 
	26447291
	1-C Noturno
	
	
	
	
	
	
	DISCIPLINA
	DATA DA ENTREGA
	Direito Privado
	04/10/2021
ORIENTAÇÃO GERAL AOS ALUNOS
ORIENTAÇÃO BÁSICA PARA ELABORAÇÃO DO FICHAMENTO
O fichamento é um trabalho intelectual e individual, que visa registrar os elementos mais importantes e relevantes (conceitos, fatos, ideias, informações) do conteúdo de um tema, com título e subtítulos destacados. Ou seja, o fichamento consiste na transcrição de trechos do texto estudado. As transcrições literais devem vir entre aspas, as que contêm apenas uma síntese das idéias principais dispensam as aspas. Porém, ambas exigem a indicação completa da fonte (autor, título da obra, cidade, editora, data, página). Por fim, o fichamento deve conter uma análise textual, ou seja, é o momento do entendimento do texto como um todo, a fim de compreender a lógica, o esquema de exposição das idéias, assim como o raciocínio do autor.
Instruções: 
1. O trabalho avaliativo composto por fichamentos é individual e se constitui em avaliação parcial da nota A2.
2. Deverão ser entregues 02 (dois) fichamentos.
3. O Aluno deverá escolher dois temas dentre os temas sugeridos na aula inaugural da disciplina, os quais estão disponíveis na pasta conteúdo no BlackBoard.
4. A entrega do fichamento será feita através de links com as denominações fichamento 1 e fichamento 2 disponível na pasta conteúdo no BlackBoard no período de 04 a 09 de outubro.
5. Para cada fichamento entregue, será atribuído nota de 0 (zero) a 1,0 (um) ponto.
6. O fichamento deverá ter no mínimo 04 páginas e no máximo 08 páginas, contadas a partir do tema até a conclusão.
7. O fichamento devera ser entregue digitado, com espaçamento entre linhas: 1,5 linhas, Letra Fonte: Times New Roman ou Arial, tamanho 12.
8. Indique ao final do trabalho a bibliografia pesquisada, trabalhos sem indicação de bibliografia não serão aceitos, trabalhos com indicação de pesquisa bibliográfica realizada exclusivamente em sítios da internet sofrerão desconto de 0,5 (meio) ponto na atribuição da nota de cada trabalho entregue.
9. Trabalhos copiados (plágiados) de sítio da internet não serão aceitos.
10. Ao final do trabalho e antes da indicação bibliográfica o aluno deverá apresentar sua conclusão. 
Bibliografia Sugerida:
· DINIZ, M. H. Curso de direito civil brasileiro: teoria geral.34.ed. São paulo: Saraiva, 2017
· MONTEIRO, W. B. Curso de direito civil: parte geral.45.ed.São Paulo: Saraiva, 2016. v.1. (e-book)
· VENOSA, S. de S. Direito civil: parte geral. 17.ed. SãoPaulo: Saraiva, 2016. (e-book).
· GAGLIANO,P. S.; PAMPLONA FILHO, R. Novo curso de direito civil: parte geral. 19. ed. rev.ampl São Paulo: Saraiva. 2017.(e-book)
· GONÇALVES, C. R. Direito civil brasileiro: parte geral. 15.ed. São Paulo: Saraiva, 2017.v.1. (e-book)
· NADER, P. Curso de direito civil: parte geral.10.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.v.1. (e-book)
· PEREIRA, Caio Mário da Silva, Instituições de direito civil. 30. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2017. v.1 (e-book)
· TARTUCE, Flávio. Direito civil: lei de introdução e parte geral.13.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016. v.1 (e-book)
Tema: Extinção da pessoa natural: morte real, morte civil, morte presumida.
1. Introdução
 A morte põe fim a personalidade. Alguns direitos do morto permanecem, diante da possibilidade de os lesados indiretos (os parentes do morto que estão legitimados para requerer a tutela jurídica de seus direitos da personalidade) pleitearem indenização por lesão a honra ou imagem do falecido cujo bens estão no inventario. O morto tem resquícios de personalidade civil. 
 Nesse sentido, passa-se a tratar dos casos de morte civil previstos no ordenamento jurídico, a morte real, a morte presumida sem declaração de ausência e a morte presumida com declaração de ausência.
2. Morte real
 O fim da personalidade da pessoa natural, como presume o Art. 6º do Código Civil, se dá pela morte. A lei exige então, que para que aconteça o fim da existência exista a morte cerebral, ou seja, quando o cérebro da pessoa para de funcionar. Isso consta no Art. 3º da Lei 9.434/1997, que trata a morte para fins de remoção de órgãos para transplante. 
 Para a extinção da pessoa natural, é necessário laudo médico visando atestado de óbito, a ser registrado no Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais nos termos do Art. 9, I, da codificação. 
 A lei de Registros Públicos (Lei 6.015/1973) fixa os parâmetros para a elaboração de tal documento. A sua exigência está contida no Art. 77 da referida norma, alterado pela Lei 13.484/2017, segundo o qual nenhum sepultamento será feito sem certidão do oficial de registro do lugar do falecimento ou do lugar de residência do falecido. Essa certidão será extraída após a lavratura do assento de óbito, em vista do atestado de um médico, se houver no lugar. No caso da ausência de um médico, são permitidas as declarações de duas pessoas qualificadas que tiverem presenciado ou verificado a morte. 
 Presume o Art. 79 da Lei de Registros Públicos, são obrigadas a fazer a declaração de óbitos: 
· Os chefes familiares, em relação aos seus filhos, hospedes, agregados ou empregados.
· Um cônjuge em relação ao outro.
· O filho a respeito dos pais.
· O irmão a respeito dos irmãos. 
· O administrador, diretor ou gerente de pessoa jurídica de direito público ou privado, a respeito das pessoas que faleceram em sua sede, salvo se estiver presentes no momento algum dos parentes antes indicados. 
· Na falta de pessoa competente, as pessoas que tiverem assistido aos últimos momentos do falecido.
· O médico, o sacerdote ou o vizinho que tiver tido notícias do falecimento.
· A autoridade policial a respeito das pessoas encontradas mortas. 
O Art. 80 da Lei de Registros Públicos diz que o atestado de óbito deverá conter: 
· Dia, mês, ano e hora (se possível) do falecimento
· Lugar do falecimento, com indicação precisa
· Nome completo, sexo, idade, cor, estado civil, profissão, naturalidade, domicílio e residência do morto
· Sendo o falecido casado, o nome do cônjuge sobrevivente, mesmo estando os mesmos separados judicialmente. Se era viúvo o falecido, o nome do cônjuge pré-defunto, devendo constar a referência quanto ao cartório do casamento nos dois casos
· Os nomes completos, prenomes, profissão, naturalidade e residência dos pais
· Se faleceu com testamento conhecido
· Se deixou filhos, nome e idade de cada um
· Se a morte foi natural ou violenta e a causa conhecida, como o nome dos atestantes 
· O lugar do sepultamento
· Se deixou bens e herdeiros menores ou interditados
· Se era eleitor
· Pelo menos uma informação quando a documentos identificadores.
 Tais elementos são fundamentais, já que a morte real gera efeitos importantes para a orbita civil, como por exemplo, aqueles elencados por Maria Helena Diniz, a dissolução da sociedade conjugal, e do regime matrimonial, extinção do poder familiar, dos contratos personalíssimos como locação de serviços e mandato, cessação da obrigação de alimentos com o falecimento do credor, pois com o devedor, seus herdeiros assumirão os ônus até as forças da herança, da obrigação de fazer quando convencionado o cumprimento pessoal, do pacto de preempção, extinção do usufruto, doação em forma de subvenção periódica, do encargo da testamentaria e do beneficio da justiça gratuita. 
3. Morte presumida sem declaração de ausência 
O Art. 7º do CC/2002 prevê dois casos de morte presumida sem declaração de ausência:
· Desaparecimento do corpo da pessoa, sendo extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida
· Desaparecimento de pessoa envolvida em campanha militar ou feito prisioneiro, não sendo encontrado até dois anos após o término da guerra.
 O Art. 7º, inc I, do CC tem aplicação perfeita nos casos envolvendo desastres, acidentes e catástrofesnaturais, a declaração de morte presumida nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas todas as buscas e averiguações do corpo da pessoa, devendo constar da sentença a data provável da morte da pessoa natural. 
4. Morte presumida com declaração de ausência 
 A ausência pode ser considerada como hipótese de morte presumida decorrente do desaparecimento da pessoa natural sem deixar o corpo presente (morte real). Ocorre quando a pessoa está em local incerto e não sabido, não havendo indícios das razões do seu desaparecimento. 
4.1 Da curadoria dos bens do ausente 
 Desaparecendo a pessoa sem noticias e não deixando qualquer representante, é nomeado um curador para guardar seus bens, em ação especifica proposta pelo Ministério Público ou por qualquer interessado, caso dos seus sucessores. 
 Deixando o ausente um representante que não quer aceitar o encargo de administrar seus bens, também será possível a nomeação do curador, cabendo ao juiz definir os seus poderes e obrigações, devendo ser aplicadas as regras previstas para a tutela e curatela.
 Determina o Art. 25 da codificação civil, que cabe ao cônjuge do ausente a condição de curador legitimo, salvo estejam separados judicialmente ou de fato há mais de dois anos. Ausente o cônjuge, estabelece-se a ordem de preferência para a nomeação do curador, primeiro serão chamados os pais do ausente; na falta dos pais, serão chamados os descendes, não havendo impedimento, sendo certo que o grau mais próximo exclui o mais remoto; na falta de cônjuge, pais e descendentes, devera o juiz nomear um curador, entre pessoas idôneas de sua confiança. 
4.2 Da sucessão provisória 
 Um ano após a arrecadação de bens do ausente e da correspondente nomeação de um curador, poderá ser aberta a sucessão provisória, mediante pedido formulado pelos interessados. Deixando o ausente um representante, o prazo é excepcional, aumentado para três anos. O Ministério Público, somente pode requerer a abertura da sucessão provisória findo o prazo mencionado, não havendo interessados em relação à herança. A sentença de sucessão provisória somente produz efeitos após cento e oitenta dias de publicada na imprensa, não transitando em julgado no prazo geral.
 O cônjuge, descendentes e ascendentes não precisarão apresentar garantia para imitir-se na posse dos bens do ausente; já os demais titulares do direito à posse provisória terão que oferecer caução.
 Durante a fase de sucessão provisória os bens imóveis do ausente só poderão ser vendidos ou hipotecados com autorização judicial; estarão, contudo, sujeitos à desapropriação
 Se o ausente (desaparecido involuntariamente) regressar depois da abertura da sucessão provisória, mas antes de aberta a definitiva, terá mantido o direito à propriedade dos bens, mas os frutos e rendimentos destes pertencerão, totalmente ou em parte, ao titular do direito à posse provisória. Totalmente, tratando-se de cônjuge, ascendente ou descendente. Em parte, ou seja, na metade, se se tratar de outros sucessores, que serão fiscalizados pelo MP e deverão prestar contas anualmente ao juiz
 Cabe requerimento de sucessão definitiva da pessoa de mais de oitenta anos desaparecida há pelo menos cinco anos.
4.3 Da sucessão definitiva
Transcorridos 10 anos do trânsito em julgado da sentença que concedeu a abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a abertura de sucessão definitiva e o levantamento das garantias prestadas
 Os sucessores, assim deixam de ser provisórios, adquirindo o domínio dos bens. Mas esta sucessão, chamada pelo Código Civil definitiva, na verdade é quase definitiva, porque sujeita a condição resolutiva, qual seja: regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão (definitiva) deverá ter restituídos seus bens no estado em que se encontrem
Após dez anos da abertura da sucessão definitiva, aí sim, não terá mais o ausente nenhum direito sobre seus (antigos) bens
5. Morte Civil
 Antigamente, existia a Morte Civil, que acontece quando uma pessoa continua realmente viva, mas, para fins legais, é tratada como “coisa”, inapta a ter direitos e deveres, em razão de algum ato previsto e estipulado em lei. No ordenamento atual, não se admite a Morte Civil, apenas alguns resquícios, como por exemplo nos artigos 1.814 e seguintes do CC, que, ao tratar da exclusão da herança da indignidade, considera o herdeiro indigno como morto no momento da abertura da sucessão. Para todos os demais efeitos jurídicos, no entanto, ele permanece com os caracteres da personalidade jurídica intactos.
6. Conclusão
 A aquisição da personalidade jurídica se dá com a vida, e sua perda ocorre com a extinção da pessoa natural, ou seja, a morte. 
 Constatada a morte de um indivíduo, em regra, extinguem-se seus direitos da personalidade, tais direitos que são irrenunciáveis e intransmissíveis, ao mesmo tempo que os direitos de natureza não patrimonial são transmitidos aos seus sucessores. Essa morte pode ser registrada como óbito, atestada por medico, testemunhas, ou também pelo juiz nos casos que a lei considera a pessoa presumidamente morta sem declaração de ausência. 
 Nos casos de desaparecimento da pessoa natural sem vestígios de vida ou morte, o ordenamento jurídico regulamenta o destino de seus bens, que ao decorrer do tempo, como o passar das fases de ausência, passarão ao domínio dos herdeiros do ausente. 
 Quando se tem declaração de ausência, presume-se a morte somente quando a possibilidade de sua volta for quase nula, pois a presunção da morte tem eficácia contra todos, entretanto, em caso do reaparecimento do ausente, retroage todos os efeitos, considerando-se como se estivesse vivo o tempo todo, salvo algumas exceções previstas em lei.
 Os bens do ausente são protegidos até que seja presumidamente morto, mas sempre visando a possibilidade de retorno e nos direitos dos seus herdeiros. 
7. Bibliografia
• Tartuce, Flávio. Direito civil: Lei de Introdução e Parte Geral.15ª edição. Rio de Janeiro: Forense, 2019. v.1 (e-book).
• Saraiva. Vade Mecum. 29ª edição. 2020
• www.senado.leg.br – Senado Federal, Atividade Legislativa. 
• https://ambitojuridico.com.br – Âmbito Jurídico, Ausência e morte presumida – Direito Civil.
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