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 A Utilização do Supply Chain Management no Gerenciamento Logístico no Brasil
INTRODUÇÃO
O termo em inglês SCM - Supply Chain Management  (gerenciamento da cadeia de produção) surge no processo logístico das empresas nacionais caracterizado por um novo conceito de gestão de toda a cadeia produtiva. Com o advento da qualidade total e produção enxuta, algumas técnicas e procedimentos como o JIT, Kabam e engenharia simultânea foram amplamente adotadas por várias empresas, contribuindo para um significativo avanço da qualidade e produtividade.
O uso do SCM em empresas nacionais é recente, porém seus resultados têm alcançado índices cada vez maiores, um exemplo prático dessa evolução é o resultado demonstrado na redução significativa dos custos logísticos, tempos do fluxo de produtos no canal de suprimentos, maximização dos lucros, ampliação e penetração em novos mercados. Na definição do Council of Logistics Management (CLM, 1998), logística é o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e economicamente eficaz de matérias-primas, estoque em processo, produtos acabados e informações relativas desde o ponto de origem até o de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes. Este conceito substitui outras definições anteriores, em função da progressiva evolução dessa ciência e a inclusão da noção de cadeia de suprimento, da qual a logística passa a ser um componente. Um dos conceitos mais primitivo de logística é definido como: o processo de entregar o produto certo, no lugar certo, com um nível de serviço esperado, ao menor custo possível.  
LA LONDE (1994) destacou esse desafio colocado pela terminologia em rápida mutação, quando examina a evolução do conceito de logística integrada. Ele apresenta esse tema em três estágios:
1. Distribuição física;
2. Suprimento, operação e distribuição física; e
3. Vendedor de insumos aos fornecedores, suprimento e distribuição física.
A empresa que busca sucesso sustentável no ambiente competitivo atual, deve observar com grande atenção a ponta de rede de suprimentos (o cliente final), parece óbvio para muitos, mas a grande realidade é que esse aspecto se perde quando as crises aparecem. A procura incessante por sua satisfação e fidelidade é recompensada pela confiabilidade e fortalecimento dos elos da cadeia.
Após a chamada década perdida caracterizada pela queda nos investimentos e no crescimento do PIB, a indústria nacional dos anos 90 apresentou um grande avanço. O segmento logístico tomou um novo rumo em desenvolvimento, com o advento da implementação de novas tecnologias na produção industrial, utilização de novas ferramentas de gestão e a necessidade de adequação aos padrões da globalização da economia mundial.
A importância do Supply Chain Management no desenvolvimento das Empresas Brasileiras ressalta que o envolvimento das empresas ainda é uma barreira nas empresas brasileiras, onde é muito comum encontrarmos estruturas muito departa mentalizadas e com má comunicação interna.
Alguns fatores inibem o desenvolvimento do mercado de SCM no Brasil, segundo a analista de Supply Chain Management da IDC, LATHROP (2001) destaca entre elas: a pouca confiança nos fornecedores nesse tipo de solução, altos custos de implementação e a falta de um claro entendimento sobre os benefícios das ferramentas. 
Baseando-se em elementos freqüentemente sobrepostos e de alta dependência entre si, algumas características são muito importantes para condução dessa nova visão como: 
-   Confiança;
-   Relações de longo prazo;
-   Compartilhamento de Informações e
-   Forças individuais da organização.
A otimização dessa cadeia torna-se cada vez mais importante, principalmente por motivo das inovações no ambiente de negócios, um exemplo é a expansão do business to business na Internet.  Com isso, as empresas brasileiras enfrentam os seguintes desafios e oportunidades:
-  Incentivar mecanismos de logística integrada (intermodal)
-  Focar o modelo de gestão na redução de estoque
-  Melhorar a comunicação em todos os elos da cadeia de suprimentos.
A adequação a estes pontos fortalece a participação mútua entre todos os participantes da cadeia, desenvolve o compartilhamento das informações específicas aumentando o elo entre empresas incorporando qualidade aos produtos e serviços e apresentando melhores maneiras de servir aos mercados.
GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS (SUPPLY CHAIN MANAGEMENT)
Cadeia de Suprimentos pode ser definida de duas formas:
Os processos que envolvem fornecedores-clientes e ligam empresas desde a fonte inicial de matéria-prima até o ponto de consumo do produto acabado. As funções dentro e fora de uma empresa que garantem que a cadeia de valor possa fazer e providenciarprodutos e serviços aos clientes. 
A cadeia de suprimentos está baseada em basicamente quatro processos:
Planejar – Abastecer- Fazer – Entregar;
Como este tema pode ter várias definições corretas, podemos resumir todas as possíveis definições em apenas uma, sendo uma rede de companhias autônomas ou semi-autônomas, que são efetivamente responsáveis pela obtenção, produção e liberação de um determinado produto e/ou serviço ao cliente final.
Uma cadeia de suprimentos (SC) pode ser exemplificada da seguinte forma:
Dois Fornecedores abastecendo a Organização, sendo um de Primeira Chamada e o outro de Segunda Chamada.
O Distribuidor como primeiro “cliente” direto da empresa principal.
O Varejista que recebe o produto (no caso de produto e não serviço) para efetuar a venda. Enfim o cliente final, que usufrui do produto.
Abaixo, encontramos os dois sentidos da SC:
Sentido Montante – No sentido de seus fornecedores
Sentido Jusante – No sentido do cliente final
Os fluxos de informações podem ocorrer nos dois sentidos, montante ou jusante, porém, informações como demandam, ocorrem principalmente no sentido montante, sendo do cliente final até o fornecedor. Já materiais, o fluxo está presente nos dois sentidos, com predominância no sentido jusante.
REDES DE SUPRIMENTOS E CADEIAS DE SUPRIMENTOS
Alguns autores, especialmente britânicos, preferem utilizar o termo Redes de Suprimentos (Supply Network) ao invés de Cadeias de Suprimentos (Supply Chain), pois o termo SC não é uma cadeia de negócios e relacionamentos um a um, mas uma rede de trabalho com múltiplos negócios e relacionamentos.
A principal diferença entre o termo Cadeia e o termo Rede, está no formato em que ambas se apresentam: Cadeia remete-se a um formato linear, onde o contato com o cliente final está exclusivamente ligado ao elo anterior, podendo ser em um exemplo o Varejista. Já o termo Rede, proporciona uma visão mais complexa, onde os contatos não estão ligados apenas ao elo anterior da “cadeia”, e sim interligados com toda a “rede”.
O exemplo perfeito que sustenta essa preferência pelo termo “rede” é quando o cliente adquiri um pacote turístico, com passagem aéreo, hospedagem e aluguel de automóvel. Cada um destes serviços é prestado por uma empresa diferente, porém todas elas estão ligadas a companhia que forneceu o pacote turístico.
CADEIAS PRODUTIVAS E CADEIA DE SUPRIMENTOS
No entanto entender de cadeia de suprimentos, muitas vezes pode ser comparado ou realizado de modo indiferente com o processo de conceito de cadeias produtivas ou cadeias de produção. Como entender claramente uma cadeia de produtiva? Ainda não foi estabelecida a existência de um padrão, para fazer-se uso desses termos, de modo especial em português, no entanto alguns modos de utilização são relativamente considerados sólidos.
Cadeia produtiva é um conjunto de etapas consecutivas, ao longo das quais os diversos insumos sofrem algum tipo de transformação, até a constituição de um produto final (bem ou serviços) e sua colocação no mercado. Trata-se, portanto, de uma sucessão de operações (ou de estágios técnicos de produção e de distribuição) integradas realizadas por diversas unidades interligadas como uma corrente, desde a extração e manuseio da matéria-prima até a distribuição do produto.
A Associationfrançaise de Normalisation (AFNOR) adota um conceito mais amplo, considerando a cadeia produtiva como um encadeamento de modificações da matéria-prima, com finalidade econômica, que inclui desde a exploração dessa matéria-prima, em seu ambiente natural, até o seu retorno à natureza, passando pelos circuitos produtivos, de consumo, de recuperação, tratamento e eliminação de afluentes e resíduos sólidos.
Compreende, portanto, os setores de fornecimento de serviços e insumos, máquinas e equipamentos, bem como os setores de produção, processamento, armazenamento, distribuição e comercialização (atacado e varejo), serviços de apoio (assistência técnica, crédito, etc.).
CADEIAS DE VALOR E CADEIAS DE SUPRIMENTO
Cadeia de valor (também conhecido como cadeia de commodities). Uma rede com funções integrada as atividades de produção, comércio e serviços, que abrange todas as etapas da cadeia de produção, a partir da transformação de matérias-primas, através de etapas de fabricação intermediários, para a entrega de um produto acabado de um mercado. A cadeia é conceituada como uma série de nós, ligados por vários tipos de transações, como vendas e transferências. Cada nó sucessivo dentro de uma cadeia produtiva envolve a aquisição de insumos ouorganização com a finalidade de valor agregado.
As cadeias de valor são, portanto, um processo sequencial usado por corporações dentro de um sistema de produção para reunir recursos, transforma-los em peças e produtos e, por fim, distribuir bens manufaturados aos mercados. Cada sequência é única e depende de tipos de produtos, a natureza dos sistemas de produção, onde as atividades de valor agregado são executadas, comercializa requisitos, bem como o atual estágio do ciclo de vida do produto. As cadeias de valor permitem uma sequencia de entradas e saídas entre uma gama de fornecedores e clientes, principalmente a partir de um produtor e orientado para o comprador ponto de vista. Eles também oferecem adaptabilidade às condições de mudança, ou seja, um ajuste de produção para se adaptar às mudanças de preço, quantidade e até mesmo especificação do produto. Isso significa que as cadeias de valor estão constantemente atualizadas para atender tecnológicos, custos e mudanças do mercado. A flexibilidade de produção e distribuição torna-se particularmente importante, com uma redução de custos de produção, de transação e distribuição como o resultado lógico. Os três principais tipos de cadeias de valor envolvem: matéria prima, produtos semi-acabados e os manufaturados.
GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS (SUPPLY CHAIN MANAGEMENT).
A gestão da cadeia de suprimentos é cada vez mais importante para a vantagem competitiva das empresas. As principais expectativas relacionadas ao desempenho na cadeia produtiva, almejadas pelas organizações são: redução no ciclo de tempo na reposição de estoques, precisão na automatização das reposições contínuas, a redução dos impactos na capacidade dos fornecedores de acordo com a demanda dos clientes e a redução do efeito chicote de demanda nos clientes para os fornecedores. Segundo Chopra e Meindl (2004) “o efeito chicote distorce as informações na cadeia de suprimentos levando estágios diferentes a fazer análises muito distintas sobre a demanda”. 
Atualmente, o gerenciamento da cadeia de suprimentos é um tópico importante nas agendas de muitas organizações. Um mercado global competitivo em rápida transformação, combinado com maiores expectativas de clientes cada vez mais sofisticados, forçou as empresas a avaliar criticamente o desempenho de sua cadeia de suprimentos. A prioridade básica da gerência de relacionamentos é que a cooperação entre todos os participantes num canal resulta, em última instância, em sinergia, que, consequentemente, propicia maior nível de desempenho conjunto.
Na visão do fornecedor, uma parceria de risco deve representar, da mesma maneira, um ótimo negócio. Além de tornar o relacionamento mais transparente, a parceria pode trazer enormes benefícios para ás partes. O conhecimento mútuo das duas empresas gerará compartilhamento de novas tecnologias pela interação entre os parceiros, tornando-se, efetivamente, uma relação onde todos ganham.
GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS E LOGÍSTICA
A gestão da cadeia de suprimentos é um conjunto de métodos que são utilizados para harmonizar uma melhor integração e uma melhor gestão de todos os critérios da rede: transportes, estoques, custos, etc. Esses parâmetros estão presentes nos fornecedores, na sua própria empresa e finalmente nos clientes. A gestão adequada da rede permite uma produção otimizada para oferecer ao cliente final o produto correto, na quantidade certa. O objetivo é, evidentemente, reduzir os custos ao longo da cadeia, tendo em conta as exigências do cliente – afinal, isso é qualidade: entregar o que o cliente quer, no preço e nas condições que ele espera.
Este gerenciamento é dificultoso, em particularmente para uma estrutura que não tenha controle sobre toda a cadeia. Por exemplo, uma empresa que terceiriza uma parcela da produção ou da logística, deixou de ter controle sobre uma parte importante do processo. É difícil também porque a demanda do cliente é desconhecida na maioria das vezes e varia substancialmente de um mês ao outro, o que implica um planejamento da produção mais complexo. Os produtos a serem fabricados também podem mudar (nova estação, moda, modelos, melhorias), o que colocará em evidência a necessidade de uma estratégia de preços e cálculos de custos de fornecimento e estoque.
O problema aparece também em produtos completamente novos, inovadores, onde os modelos prontos não podem ser aplicados e exigem, assim, novas soluções. Por exemplo, projetar uma nova fábrica na China: os produtos seriam entregues para os clientes, após a fabricação, em 6 semanas (por navios). O problema: não se considerou que ambientes salinos podem enferrujar os produtos. Embora neste caso a questão de mudar o tipo de transporte não seja colocada em discussão (pois multiplicaria o custo por 10), é preciso levar em consideração os fatores inerentes ao tipo de transporte e acondicionamento. Para maiores informações sobre a situação dos portos no Brasil e no mundo veja Portos mais movimentados no Brasil e no Mundo e Movimento dos portos brasileiros; para mais detalhes do transporte de cargas no Brasil, veja Custo Brasil – situação do transporte de cargas, Infraestrutura das rodovias no Brasil, e Logística brasileira: qual nossa situação?
Vários níveis de planejamento também podem (e devem) ser considerados: estratégico, tático e operacional. Trata-se de conhecer sua própria rede de distribuição já existente com os controles de estoques sendo utilizados e de iniciar uma primeira estratégia de coordenação da entrega dos produtos, iniciada antes mesmo da fabricação dos mesmos. Além disso, devem-se utilizar os modelos de tomada de decisão baseados em programação linear e modelos de transporte, que tornam mais evidentes os custos e as interdependências entre as etapas (veja a Série Pesquisa Operacional – uma visão geral). Passamos, por fim, para as fórmulas e cálculos complicados que um software especializado (ERP) se encarregará de gerir no dia-a-dia.
DEFINIÇÃO DA GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS (SCM)
Existe diversas definição de SCM, praticamente todas complementares e concebidas sob a perspectiva e background de seus autores. A SCM é claramente multifuncional e abrangente interessante de diversas áreas tradicionais da empresa industrial. Por essa perspectiva podemos considerar a SCM como uma área contemporânea que, certamente, tem mais de uma origem. Isso significa que ela pode ser considerada um ponto de convergência na expansão de outras áreas tradicionais no ambiente empresarial, em especial nas atribuições dos quatros representadas como gestão de produção, marketing, logística e compras.
Nessa linha de raciocínio podemos dizer que a SCM tem pelo menos quatros vertentes e que hoje ela representa um pouco dos interesses e da atuação profissional dessas áreas originais.Vamos um pouco mais sobre o caminho trilhado por essas áreas no sentido da SC.
As quatros expansões da SCM são:
SCM como uma expansão da Gestão da Produção
A SCM ela pode ser vista como uma expansão natural e necessária da produção e de materiais para além dos limites físicos da empresa. Grandes partes das nossas fronteiras aserem exploradas estão posicionadas fora dos muros da emprese e existe uma clara necessidade de se gerenciar a SC com uma visão do todo e não apenas dentro dos limites de umas empresas individual. Uma boa parte dos profissionais que atuam na área já entendeu essa mudança e tem procurado adequar-se a ela.
SCM como uma expansão da Logística
O processo de globalização da economia e de expansão da TIC trouxe um novo conjunto de desafios e de oportunidades a logística no geral. Para poder entender e responder de forma satisfatória a essas novas necessidades, muitos profissionais das áreas da logística tem expandido seu campo de atuação. Esses movimentos muitas vezes ele remete-os ao contexto da SCM e os profissionais tem a plena consciência do papel fundamental da logística no escopo da SCM e da necessidade de conhecer melhor a SCM para poder realizar os processos logísticos da SCM. E para a logística em toda a emergência e a expansão da SCM representa sobre tudo grandes oportunidades de negócios que favorecem em diversas fretes.
SCM como uma expansão do Marketing
A SCM ela tem a função básica de entender como um escopo da área de marketing de identificar as necessidades dos mercados e do desdobramento. Durante muito tempo esse trabalho foi tratado exclusivamente dentro do escopo dos chamamos canais de distribuição, o detalhe é que na atualidade o marketing continua desempenhando essas funções básicas nãobasta apenas interagir com a empresa foco SC e de distribuição. E sim tem que muitas vezes tem que interagir com a SC toda, tendo que se envolver com a cadeia de abastecimentos das empresas, é preciso avançar em direção ao escopo da SCM, ou seja, avançar mais no sentido montante da SC.
SCM como expansão de Compras
Sua expansão de compras pode ser entendida natural, uma vez que cresce significamente o volume de material comprado pela empresa. No processo de concentração em suas atividades centrais de transferência de custos fixos para variáveis e de abastecimentos sob uma lógica global muitas empresas ela viram-se forçadas a mudar devido a seus procedimentos de compras. Atualmente as empresas que temo processo de outsourcing são muitas e acentuadas como é o caso da Nike o seu trabalho de compras quase se confunde com o trabalho de SCM, dada a abrangência do envolvimento da área. 
SCM COMO UM CONJUNTO DE PROCESSO DE NEGÓCIOS GERENCIAIS
Os Processos de Negócios podem ser entendidos como um conjunto de atividades estruturadas, concebidas para produzir um resultado específico para um determinado cliente ou mercado. É um arranjo específico de atividades de trabalho, com um começo, um fim e entradas e saídas claramente identificadas. Os processos de negócios da cadeia de suprimentos podem cruzar fronteiras intra e Inter organizacionais, independentemente da estrutura formal da empresa.
• Gestão do relacionamento com clientes: envolve identificar mercados-alvo dos clientes-chave e, depois, desenvolver e implementar programas com eles. O primeiro passo em direção da SCM integrada é identificar os clientes-chave ou grupos de clientes que a empresa entende como críticos para sua missão de negócios e, então, estabelecer com eles acordos de produtos e serviços, especificando níveis de desempenho;
• Serviços ao cliente: cria uma interface para o cliente usando sistemas de informação on-line com dados atuais sobre o pedido, bem como a situação de produção e de distribuição. Esse processo também alimenta o cliente com informação em tempo real sobre datas prometidas de embarque e disponibilidade do produto, por meio de interfaces com a produção e de operações de distribuição da organização;
• Gestão da demanda: reconhece que o fluxo de materiais e produtos está entrelaçado com a demanda do cliente, que é a maior fonte de variabilidade. Fazer previsões e reduzir a variabilidade é preocupações- chave desse processo. O processo de gestão da demanda precisa balancear as necessidades dos clientes com a capacidade de suprimento da empresa. Parte da gestão da demanda envolve determinar o que e quando os clientes vão comprar;
• Order Fulfillment: responde pela entrega precisa e no tempo correto dos pedidos dos clientes, com o objetivo de atender às datas das necessidades dos clientes. Para se ter um processo de order fulfillment eficaz, é necessária a integração dos planos de manufatura, distribuição e transporte da empresa;
• Gestão do fluxo de manufatura: está relacionada com fazer os produtos que os clientes querem. Isso significa que os processos de manufatura precisam ser mais flexíveis para responder às mudanças de mercado e é necessário um esforço para ter o mix correto de produtos. Éessencial ter flexibilidade para realizar mudanças rápidas para acomodar a customização em massa. Os produtos devem ser processados just-in-time;
• Procurement: pode ser entendido como o processo de gestão de compras da empresa. É quase uma imagem especular do processo de order fulfillment do fornecedor, com praticamente as mesmas quantidades de tarefas e de dados (Hammer, 2002). Focaliza no gerenciamento das relações com fornecedores estratégicos, em vez de no tradicional sistema de fazer cotação e comprar. O objetivo é apoiar o processo de gestão do fluxo de manufatura e desenvolvimento de novos produtos. Na gestão desse processo, a função de compras pode desenvolver mecanismos de comunicação rápida, como o intercâmbio eletrônico de dados( Electronic Data Interchange -EDI) e conexões via internet, para velozmente transferir as necessidades da empresa para o fornecedor;
desenvolvimento do produto e comercialização: são importantes na medida em que novos produtos são uma parte crítica do sucesso da empresa. Clientes e fornecedores-chave precisam ser integrados ao processo de desenvolvimento do produto, para reduzir o time to market; 
• Retornos / Devoluções: a gestão das devoluções como um processo de negócio oferece a oportunidade de se atingir vantagem competitiva sustentável. Em muitos países, isso pode ser uma questão ambiental, mas nem sempre o é. A gestão eficaz das devoluções permite identificar oportunidades de melhorias da produtividade e de projetos. Em trabalhos mais recentes, outros processos de negócios-chave são identificados. Um deles é o Gerenciamento do Relacionamento com o Fornecedor. Ele é quase uma imagem especular da Gestão do Relacionamento com Clientes, pois considera o fato de que há determinados fornecedores (chave) que são mais importantes para o sucesso da empresa, seja pela tecnologia que incorporam ao produto, seja pelo volume de fornecimento. Outro é o Gerenciamento do Relacionamento com Parceiros. O PRM se ocupa do canal de distribuição. É um dos braços do comércio colaborativo, conceito que ganha cada vez mais força na economia movida a informação. A ideia é fazer o fabricante e seus distribuidores compartilharem informações. A empresa fornece ao distribuidor dados sobre como ela e seu setor opera. Em troca, o distribuidor a abastece com informações sobre o consumidor final. O objetivo é obter a máxima eficiência no relacionamento com os canais de distribuição. Um conjunto de tecnologias viabiliza o contato em tempo real e estrutura as informações trocadas entre as duas partes, possibilitando a rápida tomada de decisões. Aqui, vale destacar que, sendo o distribuidor um cliente, o PRM pode e deve ser considerado como parte do processo de negócio Gestão do Relacionamento com Clientes. Deve-se observar que o número críticoou benéfico de processos de negócios para integrar e gerenciar entre empresas varia de caso a caso.
EIXOS DE ABRANGÊNCIA DA SCM
Processos de negócios – diz respeito aos processos de negócios-chave a serem executados, efetivamente, ao longo da cadeiade suprimentos, ou seja, representa a existência e a finalidade principal da SCM;
Tecnologia, iniciativas, práticas e sistemas- contemplam a TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), as práticas, as iniciativas e os sistemas utilizados na execução da SCM, ou seja, representa os meios atuais e inovadores que viabilizam os processos de negócios-chave da SCM;
Organização e pessoas – refere-se à estrutura organizacional, à capacitação institucional e pessoal, as quais são capazes de viabilizar uma cadeia de suprimentos efetiva, ou seja, representa as transformações em termos de estrutura organizacional e de capacitação da empresa e de seus colaboradores, a fim de estender, viabilizar e implementar o modelo gerencial de SCM.
O modelo tridimensional expõe a inter-relação entre os eixos, salientando a dinamicidade e a importância em operar nas três direções, simultaneamente, bem como a escala evolutiva do eixo convergindo para o alcance dos objetivos principais da SCM, que, segundo Pires (2004), consistem na redução de custos e aumento do valor percebido do produto perante o consumidor final, uma vez que os projetos em SCM são de cunho estratégico e gerencial.
CADEIAS DE SUPRIMENTOSENXUTAS E CADEIAS DE SUPRIMENTOS ÁGEIS
Produção Enxuta;
A "Produção Enxuta" defende a perfeição: custos continuamente decrescentes, qualidade tendendo a zero defeito, zero excesso de inventários e variedade ilimitada de produtos. Na prática, esta é uma "terra prometida" a ser alcançada.
Na mentalidade Enxuta, cinco princípios são definidos como fundamentais na eliminação das perdas:
Especifique - atividade que cria Valor apenas sob a perspectiva do Cliente;
Identifique - todos os passos necessários para projetar, requisitar e produzir produtos em todo Fluxo de Valor para destacar as perdas sem valor agregado;
Faça ações que criem Fluxo de valor sem interrupções, desvios, retrocessos, esperas ou refugos;
Apenas produza o que é Puxado pelo Cliente no tempo certo;
Busque a Perfeição pela eliminação continuada das perdas.
Produção Ágil;
Agilidade é um conceito emergente, focalizado na pronta resposta a mercados turbulentos e dinâmicos. Agilidade implica integração de todas as operações logísticas relacionadas, e ainda na perspectivada cadeia de abastecimento.
Assim, o termo agile significa um foco na obtenção de um sistema produtivo que se adapte e responda rapidamente às mudanças no mercado, ou seja, um sistema mais responsivo. Uma característica chave de uma SC ágil é a flexibilidade e o critério ganhador de pedido em questão é a disponibilidade.
Sensibilidade no mercado - capaz de identificar e responder às demandas reais em oposição à demanda prevista baseada em dados históricos, ou compras oportunas.
 Então, fundamental para a filosofia da "Produção Enxuta" é a formação de parcerias de longo prazo na Cadeia de Abastecimento. Este funciona melhor em situações de produtos e demandas estáveis. Contudo, estas parcerias podem limitar potencialmente a flexibilidade e toda a Cadeia de Abastecimento. Para empresas ágeis, parcerias tendem a ser mais dinâmicas e focalizam as relações em um fornecedor particular, ao invés do desenvolvimento de estratégias enxutas centralizadas no alinhamento das necessidades do mercado com a competência das empresas de manufatura.  
Uma constatação interessante na trajetória de implementação desses conceitos é que muitas empresas que adotaram práticas da produção enxuta também se tornaram ágeis.
As empresas estão descobrindo que para se tornar competitiva tendem a aderir ao novo modelo de gestão,e que a integração e o gerenciamento bem sucedidos dos processos de negócio-chave entre os membros dessa cadeia é que determinará o sucesso final de suas organizações. Essa integração e esse gerenciamento são entendidos como Gestão da Cadeia de Suprimentos, uma nova maneira de administrar o negócio e as relações com outros membros da cadeia de suprimentos.
Seu objetivo é maximizar a competitividade e a lucratividade para a empresa e para a cadeia de suprimentos como um todo. A correta gestão na cadeia de suprimentos deve ser efetuada em ampla abordagem e medidas de controle devem ser implementadas pela empresa. A cadeia de suprimentos tem que estar no mesmo nível de evolução e a relação cliente-fornecedor tenha um sincronismo total.
Conclusão
Neste contexto, a gestão integrada da cadeia de abastecimento -Supply Chain Management - é reconhecida como uma resposta adequada, juntamente com o apoio do comércio eletrônico em ampla ascensão atualmente. As ferramentas de Supply Chain Management permitem que a empresa possa proporcionar a seus clientes produtos e serviços de uma forma mais rápida e com maior qualidade e competência, gerando maiores lucros.
Hoje, o novo enfoque das atividades logísticas e de gestão de informação exigem trabalhar em equipe, valorizando a integração de todos os departamentos da empresa, e estabelecendo alianças com outras organizações, o que ainda é uma barreira nas empresas brasileiras, onde é muito comum encontrarmos estruturas muito departa mentalizadas e com má comunicação interna.
Dessa maneira, o Supply Chain Management surge para aprimorar e desenvolver todas as atividades relacionadas com o fluxo e transformação de produtos e serviços associados, desde a obtenção de matérias primas, até a chegada do produto ao usuário final, bem como os fluxos de informação relacionados e a geração de valor para todos os componentes da cadeia. Com a crescente preocupação da redução de custos das empresas brasileiras, estas estão sendo obrigadas a levar em conta alguns pontos importantíssimos que abrangem o conceito de Supply Chain Management, e muitas vezes essas empresas não se dão conta da importância de um estudo mais detalhado e cauteloso.
Alguns fatores já são facilmente visualizados nas empresas, como : a revolução da informação, tecnologias de gestão, o comércio eletrônico, tanto da empresa, como da empresa consumidora, as exigências dos clientes nas áreas de custos, qualidade, entrega, e serviços. Fatores imprescindíveis para um estudo eficiente de Supply Chain Management.
Os executivos e empresários brasileiros no manejo e aplicação de conceitos estratégicos, instrumentais e operacionais, deveriam prestar maior atenção a esse ramo que cresce a cada dia em maiores proporções nas empresas globais.
Embora os resultados estejam aquém das expectativas, quando comparados com números internacionais, é inegável que a cadeia de suprimentos continuará revolucionando os processos de gestão da logística. A realidade das empresas nacionais mostra com evidente clareza que não é possível imaginar a condução de um planejamento estratégico nesse segmento sem o conhecimento dessa ferramenta.  
Observa-se nesse tema um vasto campo de estudos, podendo destacar importantes aspectos nessa evolução como o avanço de novos recursos tecnológicos, aumento de competitividade reduzindo o ciclo de vida dos produtos com a utilização das ferramentas abaixo relacionadas:
- EDI -  (Intercâmbio Eletrônico de Dados – Electronic Data Interchange) : ligação direta entre a base de dados do produtor e a de seus fornecedores;
- RR - programa de Respostas Rápidas: sistema de reposição Just-in-time com fornecedores, baseado na utilização de código de barras e de EDI. Este sistema possui a intenção de criar um Just-in-time entre fornecedores e empresas;
- ECR - Sistema de Resposta Eficiente ao Consumidor - (Efficient Consumer Response): é um sistema usado como estratégia de negócio onde distribuidor, fornecedores, e comerciantes trabalham próximos e em conjunto para levar produtos aos seus clientes;
Considerando que o Brasil possui dimensões continentais, grande potencial de mão-de-obra e rápida adequação aos avanços tecnológicos, a tendência das linhas de suprimento e distribuição demonstra um futuro promissor.
Estas tendências rumam para uma economia mundial integrada. Empresas estão buscando, ou têm desenvolvido, estratégias globais nas quais os seus produtos são projetadospara o mercado mundial e produzidos onde os baixos custos de matéria-prima, componentes e mão-de-obra possam se encontrados ou simplesmente a produção local é mantida e vendida para o mercado internacional.  Essa tendência não vem ocorrendo somente de forma natural, através de empresas que buscam reduzir custos e expandir seus mercados, sendo fortemente encorajadas por arranjos políticos que promovem grandes negócios entre economias globais.
REFERENCIA BIBLIOGRAFIA
PIRES, SÍLVIO R. I., Gestão da Cadeia de Suprimentos ( Supply Chain Management). São Paulo. Ed. Atlas S.A. 2004. Pág 47 a 81.
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- BALLOU,  Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organizações e logística empresarial. São Paulo: BOOKMAN, pp 26, 2001. 
- BONFIM, M.; FOGAROLLI  A. A cadeia de   suprimentos como vantagem competitiva. In , 2001, São Paulo. Anais eletrônicos...  São Paulo, 2001. Disponível em: <htpp:// www.tec.abinee.org.br/2001/p11.htm>. Acesso em 28 dez 2002.
- CECATTO, C. A importância do Supply Chain Management  no desenvolvimento das Empresas Brasileiras, 2002, São Paulo, Anais eletrônicos... São Paulo, 2002. Disponível em: <htpp://www.guialog.com.br/artigo302.htm>. Acesso em 03 jan 2003.
- DAVIS, Mark M. Fundamentos da administração da produção / Mark M. Davis, Niccholas J. Aquilano e Richard B. Chase; trad. Eduardo D’Agord Schaan. São Paulo: BOOKMAN, pp 392-399, 2001.
VIEIRA. HIAMARA APARECIDA. melhoria no desempenho da cadeia de suprimentos com apoio do modelo SCOR em: www.aedb.br/seget/artigos07/1076_Melhoria%20no%20desempenho%20da%20Cadeia%20de%20Suprimentos.pdf. Visualizado em 26/04/2014
http://www.guialog.com.br/ARTIGO302.htm

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