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Violência policial e criação da ONU

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19/11/2019 Unicesumar - Ensino a Distância
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Protocolo de Finalização Nº 000016213579
O aluno DEBORA LETICIA ALVES DE SANTANA com RA 1868821-5 
finalizou a atividade ATIVIDADE - SEMANA DE CONHECIMENTOS GERAIS - 2019D
em 18/11/2019 19:12:01
ATIVIDADE - SEMANA DE CONHECIMENTOS GERAIS - 2019D
Período:12/11/2019 08:00 a 01/12/2019 23:59 (Horário de Brasília)
Status:ABERTO
Nota máxima:1,00 Nota obtida:
1ª QUESTÃO
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Os dados divulgados pelo Monitor da Violência indicam que a letalidade produzida pelas polícias estaduais
cresceu 4,3% no primeiro semestre deste ano em comparação com o primeiro semestre de 2018.
Considerando os dados das 26 UFs que responderam aos pedidos via assessoria ou à solicitação de LAI,
foram 2.886 mortes neste ano, contra 2.766 no ano passado.
O único estado que não enviou as informações foi Goiás, alegando que são sigilosos. Em uma postura
deplorável, o estado vai na contramão da transparência e esconde dados que são de interesse público e que
vinham sendo publicados pelo menos desde 2013, quando o Fórum Brasileiro de Segurança Pública passou
a incluí-los em seu Anuário estatístico.
O crescimento na letalidade policial se deve, principalmente, pela alta dos registros no Rio de Janeiro e no
Pará. Apesar do aumento, 15 unidades da federação conseguiram êxito no controle do uso da força policial,
resultando em menos confrontos e menos mortos em intervenções policiais. Um número ainda maior de
estados teve também menos policiais assassinados.
Em um contexto de redução da violência letal, que vem sendo observada desde 2018, o quadro para a
grande maioria dos estados merece comemoração e indica que é possível enfrentar o crime e a violência
com inteligência, respeito à lei e integração de esforços.
Os dados também revelam o quão distintos são os cenários estaduais, e que padrões de uso da força
policial são muito influenciados por culturas organizacionais. Via de regra, as mortes provocadas por
intervenções das polícias civis são raras na maioria dos estados, o que se deve em parte ao próprio trabalho
que desenvolve, focado na investigação.
Mas no caso da Polícia Militar, responsável por 96% dos casos que resultam em morte, é necessário
reconhecer que cada polícia revela padrões diferentes em relação ao uso da força. As polícias militares de
Pernambuco, Paraíba, Espírito Santo e Distrito Federal, por exemplo, produzem pouca ou nenhuma
letalidade em suas intervenções.
Por outro lado, Pará e Rio de Janeiro preocupam por aparecem novamente como recordistas em relação ao
número de mortos em intervenções policiais, com crescimento expressivo entre 2018 e 2019. Não parece ser
coincidência, portanto, que ambos concentrem também mais de 1/3 dos policiais assassinados no país (31
dos 85 mortos neste ano).
 
BUENO, Samira; LIMA, Renato Sérgio de. O perigo da milicianização das polícias. Fórum Brasileiro de
Segurança Pública. Disponível em: <https://glo.bo/2NGw0bo > Acesso em: 05 nov. 2019.
Considerando as informações apresentadas, analise as afirmações a seguir.
I. Rio de Janeiro, Pará e Goiás são os estados brasileiros com os maiores índices de violência oficial, sendo
também os estados com menores índices de assassinato de policiais.
II. Mais da metade dos estados brasileiros conseguiu diminuir o número de confrontos e mortes de civis
pelas mãos de policiais no primeiro semestre de 2019.
III. A maioria dos estados brasileiros apresentou queda no número de policiais assassinados no primeiro
semestre de 2019.
É correto o que se afirma em:
RESPOSTA: II e III, apenas.
2ª QUESTÃO
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Depois da II Guerra Mundial, que devastou dezenas de países e tomou a vida de milhões de seres humanos,
existia na comunidade internacional um sentimento generalizado de que era necessário encontrar uma
forma de manter a paz entre os países.
Porém, a ideia de criar a ONU não surgiu de uma hora para outra. Foram necessários anos de planejamento
e dezenas de horas de discussões antes do surgimento da Organização.
No fim do século 19, países começaram a criar organismos internacionais para cooperar em assuntos
específicos. Por exemplo, já em 1865 foi fundada a União Telegráfica Internacional, conhecida hoje como
União Internacional de Telecomunicações (ITU) e, em 1874, surgiu a União Postal Universal (UPU). Hoje,
ambas são agências do Sistema das Nações Unidas.
Em 1899, aconteceu a primeira Conferência Internacional da Paz, em Haia (Holanda), que visava elaborar
instrumentos para a resolução de conflitos de maneira pacífica, prevenir guerras e codificar as regras de
guerra.
A organização que podemos chamar de predecessora da ONU é a Liga das Nações, uma instituição criada
após o fim da I Guerra Mundial, em 1919, sob o Tratado de Versalhes. Em 1946, a Liga das Nações deixou de
existir, devido à impossibilidade de cumprir seu papel de evitar a II Guerra Mundial.
O nome Nações Unidas foi concebido pelo presidente estadunidense Franklin Roosevelt e utilizado pela
primeira vez na Declaração das Nações Unidas, de 1º de janeiro de 1942, quando os representantes de 26
países assumiram o compromisso de que seus governos continuariam lutando contra as potências do Eixo
durante a II Guerra Mundial.
 
Disponível em: <https://nacoesunidas.org/conheca/historia/ > Acesso em: 12 set. 2019.
 
Considerando as informações apresentadas, analise as afirmações a seguir.
I. Os esforços para a construção de instrumentos de cooperação e pacificação entre as nações são notados
desde o século XIX, embora a ONU tenha surgido apenas após a II Guerra Mundial.
II. A Liga das Nações, surgida no fim do século XIX, falhou em seu papel de mediadora de conflitos
internacionais, por isso ocorreu a II Guerra Mundial, o que levou à desativação da instituição em menos de
uma década.
III. Os distúrbios causados pela II Guerra Mundial motivaram novamente a comunidade global a buscar
mecanismos que pudessem coibir conflitos entre nações, ao passo que coube à ONU assumir tal função.
 
É correto o que se afirma em:
RESPOSTA: I e III, apenas.
3ª QUESTÃO
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A teoria predominante de desenvolvimento econômico o define como um processo que faz aumentar as
possibilidades de acesso das pessoas a bens e serviços, propiciadas pela expansão da capacidade e do
âmbito das atividades econômicas. O desenvolvimento seria medida qualitativa do progresso da economia
de um país, refletindo transições de estágios mais baixos para estágios mais altos, por meio da adoção de
novas tecnologias que permitem e favorecem essa transição. Cresce nos últimos anos a assimilação das
ideias desenvolvidas por Amartya Sen, que abordam o desenvolvimento como liberdade e seus resultados
centrados no bem estar social e, por conseguinte, nos direitos do ser humano.
São essenciais para o desenvolvimento as liberdades e os direitos básicos como alimentação, saúde e
educação. As privações das liberdades não são apenas resultantes da escassez de recursos, mas sim das
desigualdades inerentes aos mecanismos de distribuição, da ausência de serviços públicos e de assistência
do Estado para a expansão das escolhas individuais. Este conceito de desenvolvimento reconhece seu
caráter pluralista e a tese de que a expansão das liberdades não representa somente um fim, mas também o
meio para seu alcance. Em consequência, a sociedade deve pactuar as políticas sociais e os direitos coletivos
de acesso e uso dos recursos. A partir daí, a medição de um índice de desenvolvimento humano veio
substituir a medição de aumento do PIB, uma vez que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) combina
a riqueza per capita dada pelo PIB aos aspectos de educação e expectativa de vida, permitindo, pela
primeira vez, uma avaliação de aspectos sociais não mensurados pelos padrões econométricos.
Disponível em: <https://pndh3.sdh.gov.br/portal/sistema/entenda-as-estrategias> Acesso em: 12 set. 2019.
Considerando as informações apresentadas, assinale a opção correta.
RESPOSTA:
O conceito de desenvolvimento está intrinsecamente ligado à ideia de acessibilidade a bens e serviços por parte
dos cidadãos, sendo que a garantia das liberdades e dos direitos básicos é crucial para esse processo.
4ª QUESTÃO
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Artigo 1
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência
e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.
Artigo 2
1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração,
sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra
natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. 
2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país
ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem
governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.
 
UNICEF. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em:
<https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos> Acesso em: 06 set. 2019.
 
Considerando as informações apresentadas, analise as afirmações a seguir.
I. Liberdade e igualdade são valores intrínsecos à identidade de todos os sujeitos, independentemente das
diferenças sociais e culturais existentes entre os povos.
II. Nenhuma nação ou indivíduo pode discriminar um cidadão por conta de sua origem sob alegações como
problemas políticos enfrentados pelo país de onde este veio.
III. Cidadãos originários de territórios sem a presença de um governo próprio têm as mesmas garantias que
aqueles advindos de nações estruturadas.
 
É correto o que se afirma em:
RESPOSTA: I, II e III.
5ª QUESTÃO
TEXTO 1
Sobre o Brasil, a Comissão tomou conhecimento de uma ação judicial sem fundamento contra Daniel Biral,
advogado e membro dos “Advogados Ativistas”, uma organização que trabalha para promover e defender o
direito à liberdade de expressão. Ele foi acusado em um processo iniciado após um evento em 01 de julho
de 2014, quando o advogado e sua colega Silvia Daskal foram detidos e agredidos pela polícia militar de
São Paulo, em virtude de haver perguntado a uma policial o porquê de não portar a identificação requerida
dos agentes durante operações de manutenção da ordem pública. Os advogados estavam participando
junto com aproximadamente 500 pessoas de uma manifestação pacífica para debater sobre os abusos
praticados pelas polícias militar e civil da cidade de São Paulo durante recentes manifestações contra a Copa
do Mundo, e para protestar contra tais abusos. Daniel Biral foi ainda agredido fisicamente, até perder a
consciência, por agentes da polícia durante o translado até a Delegacia. Uma vez lá, o Delegado negou-se a
registrar a denúncia do advogado contra os policiais, e apenas registrou a declaração da policial militar.
Daniel Bira foi solto nessa mesma tarde, mas foi objeto de uma investigação por desacato, por ter feito a
referida pergunta. O inquérito policial foi arquivado.
 
 Inter-American Commission on Human Rights. Criminalização do trabalho das defensoras e dos
defensores de direitos humanos. OEA. /Ser.L/V/II.Doc. 49/15, 2015. Disponível em:
<http://www.oas.org/pt/cidh/docs/pdf/Criminalizacao2016.pdf > Acesso em: 15 set. 2019.
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TEXTO 2
 LAVADO, Joaquín Salvador
Quino
. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
 
Considerando as informações apresentadas, analise as afirmações a seguir considerando V para Verdadeiro
e F para Falso.
 
I. O Texto 2 realiza uma crítica à opressão praticada pelo Estado contra o povo através do uso da força
policial, corroborando com os fatos apresentados no Texto 1.
II. O caso de Daniel Biral relatado no Texto 1 revela práticas do Estado que violam não apenas a liberdade
de expressão mas também a garantia da integridade física dos cidadãos.
III. A partir da “deixa” dada pela fala presente no primeiro quadro da tira, Mafalda faz uso da ironia para
expressar sua percepção sobre a coerção do Estado via uso da força policial.
IV. As atitudes atribuídas a Daniel Biral justificam a opressão praticada pela polícia, haja vista que o
advogado incorreu em prática de desacato a autoridade ao exigir a identificação dos policiais.
   
As afirmações I, II, III e IV são, respectivamente
RESPOSTA:V, V, V, F.
6ª QUESTÃO
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Disponível em: <https://bit.ly/2xHzaXv > Acesso em: 12 set. 2019.
Considerando o infográfico apresentado, avalie as afirmações a seguir.
 
I. As três capitais brasileiras com os maiores índices de criminalidade pertencem às regiões Norte e
Nordeste.
II. União, Municípios e Unidades da Federação apresentaram redução nos gastos com políticas de segurança
pública em 2016 em comparação ao ano anterior.
III. As principais contravenções praticadas por menores de idade são roubo e tráfico de drogas.
IV. Enquanto o Governo diminuiu os gastos com segurança pública e políticas antidrogas, houve aumento
em gastos com o Fundo Penitenciário Nacional.
 
É correto o que se afirma em:
RESPOSTA: I, III e IV, apenas.
7ª QUESTÃO
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A edição do Atlas da Violência deste ano mostra que a taxa de homicídio de mulheres cresceu acima da
média nacional em 2017. O estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e pelo
Fórum Brasileiro de Segurança Pública revela que, enquanto a taxa geral de homicídios no país aumentou
4,2% na comparação 2017-2016, a taxa que conta apenas as mortes de mulheres cresceu 5,4%. Apesar disso,
o indicador continua bem abaixo do índice geral (31,6 casos a cada 100 mil habitantes), com 4,7 casos de
mortes de mulheres para cada grupo de 100 mil habitantes. Ainda assim, é a maior taxa desde 2007.
Em 28,5% dos homicídios de mulheres, as mortes foram dentro de casa, o que o Ipea relaciona a possíveis
casos de feminicídio e violência doméstica. Entre 2012 e 2017, o instituto aponta que a taxa de homicídios
de mulheres fora da residência caiu 3,3%, enquanto a dos crimes cometidos dentro das residências
aumentou 17,1%. Já entre 2007 e 2017, destaca-se ainda a taxa de homicídios de mulheres por arma de
fogo dentro das residências que aumentou em 29,8%.
O Ipea mostra ainda que a taxa de homicídios de mulheres negras é maior e cresce mais que a das mulheres
não negras. Entre 2007 e 2017, a taxa para as negras cresceu 29,9%, enquanto a das não negras aumentou
1,6%. Com essa variação, a taxa de homicídios de mulheres negras chegou a 5,6 para cada 100 mil,
enquanto a de mulheres não negras terminou 2017 em 3,2 por 100 mil.
 
Disponível em: <https://bit.ly/36ZSDAu > Acesso em: 10 nov. 2019.
 
Considerando as informações apresentadas, analise as afirmações a seguir.
 
I. De acordo com o levantamento realizado pelo Ipea, mulheres negras estão mais vulneráveis à violência
que mulheres não negras.
II. No comparativo entre os  dados dos anos 2017-2016, o crescimento da taxa de homicídios de mulheres
foi inferior ao da taxa geral de assassinatos. 
III. Pouco mais de ¼ dos assassinatos de mulheres em 2017 ocorrem  dentro de suas casas, o que pode
configurar situações de violência doméstica e feminicídio.
 
É correto o que se afirma em:
RESPOSTA: I e III, apenas.
8ª QUESTÃO
TEXTO 1
 
Comida - Titãs
  
Bebida é água
Comida é pasto
Você tem sede de quê?
Você tem fome de quê?
A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte
A gente não quer só comida
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A gente quer bebida
Diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida
Como a vida quer
TITÃS. Comida. Disponível em: < https://www.letras.mus.br/titas/91453/ > Acesso em: 05 nov. 2019. 
     
TEXTO 2
Disponível em: < https://br.pinterest.com/pin/655696026976385494/?lp=true> Acesso em: 05 nov. 2019.
    
A partir da leitura dos textos apresentados, analise as afirmações a seguir.
     
I. Os textos 1 e 2 dialogam com as concepções apresentadas na Constituição Federal no tocante a garantia
dos direitos fundamentais dos cidadãos.
II. A repetição da expressão coloquial “a gente” no Texto 1 remete a ideia de que a voz da canção é coletiva,
representando o grito do povo na reivindicação pela garantia de seus direitos.
III. O Texto 2 apresenta de maneira crítica a compreensão de que os direitos dos cidadãos são respeitados
tal como pressupõe nossa Constituição.
     
É correto o que se afirma em:
RESPOSTA: I e II, apenas.
9ª QUESTÃO
TEXTO 1
Em relatório divulgado, o Brasil aparece na liderança do ranking mundial de assassinatos a ambientalistas e
mortes em disputas de terra. O levantamento foi feito pela ONG Global Witness, que trabalha há mais de 20
anos analisando as ligações entre a exploração de recursos naturais e abusos aos direitos humanos.
O relatório mostra que o ano de 2016 teve um aumento no número de mortes ao redor do mundo,
atingindo a marca de 200 ativistas assassinados. Deste valor, o Brasil é responsável por quase um quarto: 49
mortes.
 
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Disponível em: <https://bit.ly/2kPosbL > Acesso em: 16 set. 2019. (adaptado)
 
TEXTO 2
 
Para Ben Leather, ativista sênior da Global Witness, o aumento do desmatamento registrado até agora em
2019 no Brasil, combinado às invasões de terras indígenas por grileiros armados, indicam que pode haver
um crescimento dos conflitos neste ano. Na opinião do ativista sênior da Global Witness, o discurso de que
comunidades rurais e populações indígenas representam um entrave ao desenvolvimento econômico arrisca
estimular o ressentimento contra elas.
— Isso cria uma situação em que os ataques aos ativistas parecem legítimos, e inevitavelmente os tornarão
mais prováveis — considera.
Mas a criminalização do ativismo é um problema global, afirma Leather, com os sistemas judiciais do Reino
Unido e dos EUA indo atrás de ativistas e manifestantes, impondo sentenças desproporcionais a defensores
do meio ambiente.
Leather cita como exemplo o caso de Red Fawn Fallis, ativista indígena americana sentenciada a 57 meses
de prisão em julho do ano passado. Ela foi presa em 2016, depois que policiais invadiram um acampamento
de protesto contra a construção de um oleoduto no estado de Dakota. Fallis foi acusada de disparar um
revólver enquanto era imobilizada no chão pelos policiais. Ela afirma que o disparo foi acidental e só estava
com a arma porque ela lhe foi dada pelo namorado, que depois se descobriu ser um agente do FBI, a polícia
federal americana, infiltrado no grupo de manifestantes.
Disponível em: <https://glo.bo/32ZwjVx > Acesso em: 12 set. 2019. (adaptado).
 
Considerando as informações apresentadas, analise as afirmações a seguir considerando V para Verdadeiro
e F para Falso.
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I. A criminalização da ação dos ativistas defensores do meio ambiente é um problema enfrentado apenas
por países em desenvolvimento, como o Brasil, que enxerga a ação desses indivíduos como um entrave ao
desenvolvimento do país.
II. A disseminação de pensamentos como, por exemplo, que a demarcação de terras indígenas atrapalha o
progresso país, pode ser um estímulo ao tratamento hostil para com os ativistas ambientais.
III. O caso da ativista Red Fawn Fallis é uma mostra de como, muitas vezes, os agentes do Estado podem
fazer uso dos aparatos legais visando punir e limitar a ação dos ambientalistas. 
IV. O Brasil tem agido de maneira efetiva em prol da defesa dos ambientalistas, combatendo de forma
enfática a violação dos direitos desses agentes, bem como tem punido aqueles que cometem crimes contra
o meio ambiente.
 
As afirmações I, II, III e IV são, respectivamente
RESPOSTA:F, V, V, F.
10ª QUESTÃO
TEXTO 1
 
A liberdade de expressão e a liberdade de pensamento possuem uma relação intrínseca. Não há sentido em
assegurar-se o direito de liberdade de pensamento se não nos for garantido também o direito de expressar
esses pensamentos.
Seguindo essa lógica, vemos que o direito à liberdade de expressão é pressuposto para a liberdade de
pensamento. A liberdade de expressão é assegurada para que nós consigamos externar nosso pensamento,
de forma a concretizar o direito que foi assegurado de termos uma opinião. Assim, podemos perceber que
as duas liberdades confundem-se de tão parecidas e interdependentes.
. . .
Porém, a liberdade de expressão não é um direito absoluto, sendo que nas hipóteses em que o exercício da
liberdade de pensamento e expressão fere direito constitucionalmente consagrado de outrem, há de existir
a devida limitação e punição. Aplica-se essa lógica também na expressão intelectual e artística, de modo
que se um livro prega o preconceito contra uma minoria, tal livro deve ser retirado de circulação e os
responsáveis por ele devidamente punidos. Vê-se que apesar de ser proibida a censura e dispensada a
licença, deve haver a responsabilização daqueles que praticarem abuso no exercício do seu direito de
liberdade de expressão.
 
Disponível em: < https://bit.ly/2Nh5yGc > Acesso em: 05 nov. 2019.
 
TEXTO 2
 
. . .
as redes sociais, têm se tornado um meio de formadores de opiniões odiosas e, local de externalização de
preconceitos que cada indivíduo carrega consigo mesmo. Assim, aduz Bob Vieira da Costa, “
. . .
As redes sociais fazem nada mais que amplificar esse ódio, reafirmar os preconceitos que as pessoas já têm”.
Com efeito, o discurso de ódio ocorre sem que as pessoas se importem com incitações ao crime, violência e
possíveis danos morais e materiais, comprovando apenas que, nossa sociedade é extremamente intolerante
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a determinadas ideologias, gênero, raça, condição sexual, dentre outros fatores que sejam distintas ao seu
modo de pensar.
 
CARDOSO, Sarah Corrêa; ZAGO, Camila; SILVA, Bianca Vieira da. Discurso de ódio nas redes sociais.
Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/71639/discurso-de-odio-nas-redes-sociais > Acesso em: 08 nov.
2019.
 
TEXTO 3
Disponível em: < https://bit.ly/2PZgCtB > Acesso em: 05 nov. 2019.
 
A partir da leitura dos textos 1,  2 e 3, analise as afirmações a seguir.
 
I. Por vezes, as redes sociais são utilizadas por pessoas para expressar preconceitos e proferir discursos de
ódio, tal como demonstrado pelos textos 2 e 3, o que revela um perfil intolerante de parte da sociedade.
II. A liberdade de expressão atinge seu limite quando são proferidos comentários que violem outros direitos,
cabendo punições a quem pregar discursos de ódio direcionados a determinada pessoa ou a grupos sociais
específicos.
III. O texto 1 reflete sobre a tênue linha que separa liberdade de pensamento e liberdade de expressão,
explicando que a expressão de discursos de ódios só é válida no âmbito das artes e da intelectualidade.  
 
É correto o que se afirma:
RESPOSTA: I e II, apenas.

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