Linfócitos de T auxiliar CD4+

Imunolog ia LINFÓCITO S T A UXILIAR CD 4+ 1 Sumário Introdução ........................................................................................................................................... 2 Objetivos .............................................................................................................................................. 2 1. Fatores da imunidade ada ptativa me diadas por linfóc itos T ............................................... 3 1.1. Li nfócitos auxilia r TCD4 ..................................................................................................... 4 1.2. O comportamen to dos linfócitos TCD 4+ em i nfecções virais ....................................... 6 Exercícios ............................................................................................................................................. 7 Gaba rito ............................................................................................................................................... 8 Resumo ................................................................................................................................................ 8 2 Introduçã o Na apostila, Reflexo d a infecç ão patológica no sistema imune, você v iu que acontece a ativ ação dos lin fócitos T imaturos, em uma infecção comum. De modo que, a ativação desse tipo celular ocorre mediante o encontr o c om o seu an tígeno específico, que deve necessariam ente ser feito por uma célula apr esentadora de antígen o . Assi m, sabe- se que os linfócitos T não se ligam diretame nte aos a ntígenos, mas o reconhece após o seu processamento, por células apresentadoras de antígen os (APCs). Além disso, você também viu que os linfócitos T, fazem parte d a imunidade adaptativa e q ue d esenvolveram mecanismos de defesa contra microrga nismos patogênicos in tracelulares. Na presente apostila, tr ataremos d a atuação d os Lin fócitos T auxiliar CD4+ , sobretudo d a atuação dessas células em infecções causadas por vírus. Sab endo q ue, os linfócitos T são a base da im unidade adaptativa. É importante lembrar que os l infócitos T recebe ram esse nome, pelo fato de que, sofrem seleção, diferenciação e maturaç ão, no i nterior do timo, um órgão linfoide prim ário, do sistema imunológico. As respostas imun es dos linfócitos T são direciona das , sob retudo, ao combate de an tígenos que se conc entram no i nterior d as células (i ntracelulares). Isso signi fica que a i munidade m ediada pelos linfócitos T , geralm ente , apresenta melhores resultados no com bate a infecções virais. Tendo em vista que os vírus são parasitas in tracelulares obrigatório , se u desenvolvim ento condiciona- se ao parasitismo celular. Desse modo, características que realmente distingu em os vírus estão relacionadas à sua organização estrutural simples e aos seus interessantes mecani s mos de multiplicação . De maneira que, mesmo apresentando pouquíssima o u mesmo, nenhum tip o de enzima própria para o seu metabolismo, os v írus são capazes de se multiplicarem no in ter ior de cél ulas viv as , ut ilizan do a estrutur a de síntese da própr ia célula. Assim, induzem na cél ula infectad a, a síntese de estrutura s especializadas q ue p odem transferir o material genético viral (DNA ou RNA) para as demais células. Objetivos • Compreender os aspectos de atuação dos linfócitos TCD4+. • Perceber as ações dos linfócitos TCD4+ direcion adas contra in fecções virais. 3 1. Fatores da imunidad e ada ptativa mediada s por linfóc i tos T Em uma resposta imune adaptativa, há rec eptores antígeno -esp ecíficos altamente variáveis, presentes nos linfócitos T, de maneira que antígenos intra celulares são apresentados e reconhecidos nas superfícies celular es de células apresentadores de antí genos (APCs) . A s p rincipai s APCs são as células dendríti cas imaturas, os linfócitos B e os macrófagos. Nesse aspecto, os antígenos que gera lmen te, são ori undos de microrgan ismos patogênicos , são processados no meio intracelular, após serem intern alizados (fagocitados), a partir d o f luido extracelular, cab endo as APCs, fagocitar, processar e apresentar tais antígenos como fragmentos pe ptídicos antigên icos aos linfócitos T. As APCs que internalizaram os antígenos, por meio da exp ressão de glicoproteína s, denominadas moléculas de M HC (C omplexo Pr incipal de Histocompatibilidade), f azem a apresentação dest es em suas sup erfícies, os antígen os intracelulares podem assim, ser detectados por linfócitos T. As moléculas do MHC são codificadas em u m grande grupo de genes, primei ramente identificados por seus fortes efeitos na resposta imune contra tecidos transplantados. Por esse motivo, o c omplexo gênico foi cha mado de complexo de histocompati bilidade principal (MHC). No sistema imune são encontrados diferentes tipos de linfócitos T, c om funções distintas, apresentando uma gra nde variedade de receptores de antíg e nos, presentes na superfície das cél ulas e os q ue são responsáveis pel o reconhecimento e ligação ao a ntígeno. Os l infócitos T, por meio dos mecani smos pe los quais os antígenos intra celulares são reconhecidos , estabe lecem ligações estáveis com as moléculas do MHC. De modo que, os do is tipos de linfócit os , TCD 8 e TC D4, respectivamente, reconhecem e forma m um c omplexo de ligação com moléculas do MHC de classe I e moléculas de MHC classe II, presentes na s APCs. 4 FIQ U E A TEN T O ! Esses dois grupos de linfócitos, TCD8 e TCD4, ativam - se para iniciar a destruição do s antígenos intracelulares. Alg uns linfócitos TCD4, são també m capazes de sen sibilizar linfócitos B virgens ( que ainda não tiveram o primeiro encontro com o antígeno) a produzirem antic orpos. Nesse se ntido, os lin fócitos TCD4, além de coordenar a resposta imune , auxiliam outras células a pa rticiparem da resposta e por isso, sã o também chamados de linfócitos T auxili ares. 1.1. Linfócito s auxilia r TCD4 Os linfócitos TCD4, possuem e m sua s uperfície um receptor de reconhecim ento d enominado CD4. O receptor CD4 reconhece proteínas de antígen os q ue est ão ligadas a moléculas do M HC de c lasse II. Nesse aspecto, por meio de contato dir eto com a cél ula apresentadora de an tígeno, que passa a ser uma célula alvo para os linfócitos T, ocorre a ativ ação da resposta imune m ediada por células. Ao receber sinai s químicos, indicando a presença de infecção in tracelular, pois o recon hecimento do antígeno estimula uma resposta imune específica, o linfócito TCD4, passa a se r um a célula ef etora, se nd o representada com o linfócito TCD4+ , significan do que e ssa cél ula se encontra ativada p elo complexo de ligação APC + MHC classe II+ antígeno. Há duas classes diferentes d e moléculas do MHC, classificadas como MHC de classe I e MHC de c lasse II. F oi verificado, que cada c lasse dessa molécula a presenta antígen os à receptores ce lulares diferentes. Os linfócitos TCD8 se ligam às moléculas d e MHC classe I, en quanto os linfócitos TCD4 se ligam às moléculas de MHC classe II. 5 02 O complexo d e ativaçã o do linfócito depend e da ap resenta ção do a ntígeno feit o pela cé lula apresentad ora de antígeno q ue expre ssa MHC. F onte: Biologi a2bachcamp (2 019). O linfócito TCD4+ que irá estimular uma resposta imun e específica, começa a estabelecer vários ciclos sucessivos de divisão celular. E os efeitos protetores desses são exercidos pel a ativação dos l infócitos B, dos macr ófagos , no local da infecç ão e pela l iberação de interleucinas inflamatórias, in terferon e quimiocinas q ue atraem mais células de defesa até o local da infecção. Esse mecanismo d e ati vação do linfócito B, que estimulado a sintetizar anticor pos, p ode barrar os antígenos q ue a inda se encontram no mei o extracelular é uma estratégia de defesa que, maxi miza a destruição do antígeno, de maneira que , se o antíg en o se encontra internalizado (fagocitado), por uma APC ele será reconhecido por um l infócito T e se el e ainda não foi fagoc itado ele será d estruído pelos anticorpos. Além d isso, os l infócitos T CD4, f unciona m c omo c élulas indutoras de inflamações, ao atrair para o local d a i nfecção macrófagos e outras células fagocitária s , f unciona m também, como células regulador as e supressor as , como no caso d os l infócitos T reguladores, que libe ram mediadores químicos supressores d as respostas imun ológicas 6 SA I B A M AI S ! 1.2. O comportament o dos linfó citos T CD4+ e m infecções v irais Os vírus apresentam u ma organização estrutu ral consi derada simples. Suas dimensões de tamanh o est ão entre 100 e 1000 vezes menores que as b actérias. Os víru s que podem infectar uma grande variedade de tipos cel ulares, apresentam em seu materi al genético de ácido nucleico que p ode ser de D NA ou R NA. Em sua estrutura, os vírus p ossuem um revestimento proteico, de nominado capsídeo, que envolve o m aterial genético (o áci do nucleico), que por vez es, pode ser recoberto por um envelope de lipídeos, proteínas e car boidratos . A replicação do s víru s realiza-se somente no interior de células viv as , pois el es precisam utili zar a s estruturas da célula hospedeira, p ara si nte tizar s uas pa rtículas virais. Após replicarem-se na célula hospedeira, os v írus são transferidos para outras células. Essas células, que são ago ra o local de replicação viral, in iciam um intenso processo de sintetização d e estruturas vira is, que se multiplicam rapidam ente. Uma célula infectada, tem seu fu ncion amento altera d o. 02 Os vírus co mo para sitas intrac el ulares ob rigatório s neces sitam invadi r células vivas pa ra se reproduzi r em. Você sabia que a função das moléculas do MHC de c lasse II é ligar os peptídeos p roduzidos nas ve sícu las intra celulares as células apresentadoras de a ntígenos (APCs)? Os p eptídeos, são fragmentos proteicos, d e microrgan ismos, co mo vírus e bactérias, q ue são processados e cél ulas de ndrítica s imaturas, de c élulas B e de outras células apresentadoras de antígeno s e apresentá-los às células TCD4. 7 A ação viral pode fazer c om que a célula morr a ou mesmo, que essa cé lula se multiplique descontroladamente, até se transformar e m uma c élula tumoral . Após essa i nfecção ini cial, alguns tipos de v írus m ul tiplicam-se lentamente e levam ao desenvolvim ento de uma infecção persistente . Já outros ví rus permanecem em estado l atente, quando param de se m ultiplicar , p erman ecendo na cél ula, mas e m quantidades mí nimas. Todas as células infect adas por vírus são um emin ente perigo para o organ ismo, dessa maneira o siste ma imune tentará removê -la o mais rápido possível. Como p atógenos in tracelulares, os ví rus, est ão pa rcialmente, protegido s dos ataques dos anticorpos e dos linfócitos TCD8 citotóxicos. Entretan to , ele s são eliminados, quando os linfócitos TCD4+, liberam citocinas infl amatór ias, que atraem anticorpos e outras células para o local da infecção viral. Anticorpos de alt a afinidade vir al, neutralizam os víru s q ue se rão remov idos , por outras cé lulas. D entre essas cél ulas, podemos citar os macrófagos e os neutrófilos, que ingerem células infectadas por vírus. Desse modo, os linfócito TCD4+, que são vistos como cél ulas auxi liares sinaliz adoras (T - helper, que si gnifica ajuda, em inglês), a judando as demais células do sistema i mune a direcionar a resposta contra os v írus, secretam diversas interleucin as que, e stimulam o crescimento e p roliferação de linfócito T -citotóx icos (CD8), que atacam as cé lulas infectadas e o crescimento e d ife renciação dos Linfócitos B, para produzirem anticorpos contra os ví rus. Além disso, estimulam a ativação de m acrófagos, que trabalham na fagocitose e eliminação dos vírus. Chegamos ao f inal do conteúdo dessa apostila, mas agora é a sua v ez de colocar em p rática todo o seu conhecimento sob re linfócitos T CD4, resolvendo os exercícios propostos. Finalize, com uma leitura bem atenta do resum o . Exerc ícios 1) Caracteriz e a relação entre linfócitos TCD4 e moléculas de MHC. 2) Por que os vírus são considerados parasitas intracel ulares obriga tórios? 3) Quai s são os efeitos protetores dos linfócitos TCD 4? 8 Gabari to 1. O recep tor CD4, presente nos l infócitos T au xiliares, reconhecem proteínas de antígen os que estão l igadas a moléculas do MHC de classe II. Assim, por meio de contato direto com a célula apresentadora de a ntígeno, q ue p ossui o MHC cl asse II, a APC, passa a ser uma cé lula alvo para os linfócitos T CD4, ocorre a ativação da resposta imune mediada por células. Isso s ignifica que o linfócito TC D4, ativa- se mediante o complexo de ligação A PC + MHC c lasse II+ an tígeno. 2. A replicação dos vírus realiza- se somente no inte rior de c élulas viv as, pois e les precisam utilizar as estruturas da célula ho sped eira, para s intetizar sua s partículas virais. Após replicarem-se na célula h ospedeira, os vírus são l iberados para o m eio extracelular e podem infectar outras células. 3. Os lin fócitos TCD4, quando são ativa dos (TCD 4+), in iciam os mec anismos de resposta q ue l evarão a destruição dos antígenos intracelulares, pel a ati vação de outras células, sendo por isso, chamados de linfócitos T auxi liares. Os linfócitos TCD4+ estimulam a ati vação dos l infócitos B v irgens, q ue co meçam a produzir anticor pos, libe ram i nterleucinas, atra indo o utras células para o local da inflamação e ati vam os mac rófagos que são uma das pr incipais cé lulas fagocitária s . Resumo Em uma resposta imune adaptativa, há rece ptores antígeno -espec íficos, como por exemplo o C D4, presentes nos lin fócitos auxi liares. Nesse aspecto, antígen os intracel ulares são apresentados e reconhecidos nas s uperfícies c elulares de células apresentadores de antígenos (APCs) , por l infócitos T . Linfócitos TC D4 reconhecem proteínas de antígenos que estão l igadas a moléculas do MHC d e classe II. Ao receb er sinais q uími cos, indicando a prese nça de infecção intracelular, o reconhecim ento do an tígeno e stimula u ma resposta imune específica e o linfócit o TCD4, passa a ser uma célula efetora (T CD 4+). Esse tipo cel ular, ativa-se median te a ligação com o complexo de APC + MHC classe II+ antíg eno. De modo que, todas as células infectadas por vírus são um e minen t e perigo para o organismo, que o sistema imune tentará r emover o mai s rápido possív el. Como patógenos intra celulares, os ví rus, estão p arcialm e nte, protegidos dos a taques dos anticorpos e dos linfócitos T citotóxicos C D8. Entretanto, eles são eliminados, quando o s linfócitos TCD4+, liberam ci tocinas in flamatóri as, que atraem anticorpos e outras células para o local da infecç ão viral. Desse mod o, os linfócito s T CD4+, que são vistos 9 como células auxiliar es sinalizadoras, ajudam as demais células do sistema imun e a direciona r a resposta contra os vírus.

Linfócitos de T auxiliar CD4+

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