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Resumo do Filme Gandhi

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Faz-se jus à desobediência civil em um Estado onde estão presentes alguns aspectos: força, coerção, violência. Tais aspectos precisam ser usados de uma determinada forma para justificar a desobediência civil. A força é o emprego de força física para concretizar uma mudança no mundo material ou imaterial. Coerção é o uso da força física ou intangível para compelir uma ação contrária à vontade do indivíduo, ou de um grupo, que estão sujeitos à força. Violência é a aplicação da força de um modo que fere a pessoa ou o grupo contra o qual é aplicado.
A coerção, não excluindo os demais aspectos, quando usada para obrigar os sujeitos a fazer algo contra a sua vontade de uma forma que não seja benéfica a eles, passa então a dar espaço a desobediência civil. Esta observação é necessária pois se a coerção for benéfica, trará bons resultados, será útil àqueles que obriga, não causando prejuízo, logo, não sendo necessária uma revolta contra ela, pois seria traduzido como a vontade dos indivíduos ou grupos de permanecer em um estado inferior de justiça, o que não faria nenhum sentido.
O poder, por mais que digam que pertença ao povo, pertence àqueles que o povo elege, ou àqueles que o tomam para si arbitrariamente. Ao possuir esse poder, pode editar leis que afetam a população do estado que detém tal poder de uma maneira ruim, como por exemplo a supressão dos direitos inerentes à pessoa humana e diminuição da liberdade. A desobediência civil entra em cena nestes casos, onde aquele que deveria zelar pela melhoria de vida, social e economicamente falando, atua de maneira que degrada a vida de sua população.
O filme "Mandela: Longa caminhada até a liberdade" começa mostrando os espectadores a aldeia onde Nelson Mandela nasceu, com sua cultura africana, e então passa a mostrar uma cidade "europeia" com Mandela já adulto e advogado, onde nos apresenta a situação de segregacionismo presente naquele país. A população majoritariamente negra sendo marginalizada, tratadas com desprezo e inferioridade. No filme, quando o amigo de Mandela é preso por estar sem o "passe" necessário para os negros e, na delegacia, morre sem maiores explicações, é possível perceber a indignação do protagonista quando tenta conversar com um juiz sobre a inconsistência do acontecimento e tudo o que recebe é a indiferença dele por se tratar de um negro contra a palavra da polícia. Com isto e outros pequenos acontecimentos no filme, percebemos a situação de vulnerabilidade que a população negra se encontrava, e o pior de tudo, tal situação era defendida pela lei e pelas instituições de controle do Estado. Cansado de defender seu povo dentro dos parâmetros permitidos pelos seus opressores nos tribunais comandados por eles, Nelson se passa a fazer parte da ANC para resistir às deliberações do governo que nada fazia para proteger os interesses de seu povo.
Nas palavras de Thoreau, o Estado não pode ter o puro direito sobre a pessoa e a propriedade desta senão no alcance que ela concede ao Estado. Neste aspecto, o cerceamento da liberdade, de privacidade, exigências chulas, restrição de acesso a determinados locais, com certeza não foram direitos concedidos para que aquele Estado determinasse. Portanto, Mandela faz aquilo que é não se emprestar àquilo que de errado ele condena, indo no sentido contrário com a intenção de mudar.
Dentre os atos de desobediência civil de Nelson, ele queima o passe que era obrigatório para a população africana e promove discursos nas cidades para incitar a desobediência da população, para que enxergassem aquilo que de errado estava acontecendo e se insubordinassem contra aquilo. No protesto de Sharpeville contra os passes, 56 africanos foram mortos, incluindo mulheres e crianças, e 162 foram feridos (segundo notícias da época). Este acontecimento faz com que Mandela mude sua estratégia de desobediência e então a ANC passa a realizar atentados contra fábricas e prédios. Tais ataques são feitos para mostrar a insatisfação com o que acontecia, uma vez que só manifestações não eram ouvidas, assim como também eram feitas para dar maior visibilidade (tanto para a população que precisava se revoltar contra como para o próprio governo) para tal insatisfação e para os próprios erros do governo.
Quando Nelson Mandela e seus companheiros são presos, percebemos a ideia de Thoreau de que em um Estado injusto, a cadeia é o local de encontro dos justos, de que ali seria o único lugar que tais pessoas pertenceriam. Nesta fase do filme, a segunda mulher de Mandela, Winnie, lidera os movimentos de transgressão da ANC, e Mandela permanece paciente em sua prisão perpétua, servindo de exemplo da resistência pacífica contra a segregação racial. Após ser solto, realiza diálogo entre a minoria branca para promover a igualdade racial de forma justa que vá de encontro com o interesse de toda a população e não apenas da parcela detentora do poder e com interesse de exploração econômica. Na eleição seguinte se torna presidente da África do Sul e assina uma nova Constituição para o país, trazendo igualdade forma para seu povo.
Já o filme Gandhi se passa na Índia como colônia da Inglaterra, se inicia com uma cena, na África do Sul, de preconceito no trem envolvendo Gandhi.
Gandhi protesta contra o passe, queimando o documento de porte obrigatório imposto pela Inglaterra, mostra assim já a desobediência, sendo agredido fisicamente e preso, repercutindo tanto na África do Sul quanto na Índia, pais de origem de Gandhi. o seu esforço, no entanto, estava voltado para chamar a atenção da imprensa local e da opinião pública mundial contra os abusos cometidos pelo governo inglês com a politica do apartheid.
Ao ser liberto, Gandhi retorna a Índia como um ícone da resistência e oposição ao reino da Inglaterra, partindo para uma longa luta pacífica buscando a liberdade da Índia. Se a Inglaterra não atendesse seus pedidos à estratégia de Gandhi baseava-se no uso da desobediência civil e todo o tipo de sacrificio físico.
Gandhi faz jejuns, caminhadas, organiza motins e viagens tudo pacificamente e visando a conscientização da desobediência e da não violência, o que gera uma repercussão geral, pois há grande número de pessoas sendo agredidas, mortas e presas, mas não revidam, apenas aceitam e repetem sempre quando possível.
Um cena marcante, é quando a policia abre fogo contra protestante pacíficos, incluindo mulheres e crianças, gerando uma revolta popular imensa e desprestigiando a monarquia inglesa. Ficando conhecido como massacre de Amristar 
Outra cena marcante é quando Gandhi caminha até a praia e faz sal - na data que acontecerá o massacre - símbolo de poder e riqueza da época, monopólio de produção da Inglaterra, pois era utilizado para preservar alimentos, permitindo melhor qualidade de vida. Com esse ato, Gandhi mostra que a população também tem o poder de gerar e provir seus próprios meios para sobrevivência, ato pacífico que desencadeou grande movimentação do mercado negro no sal, sendo assim mais um dos atos que aumentou o senso de liberdade da Índia. Desobedecia assim a “Lei do Sal”
Outra estratégia eficiente de Gandhi foi o boicote a todos os produtos produzidos na Inglaterra, conjuntamente, sua proposta era de que todos os indianos deveriam vestir o khadi , uma espécie de panos caseiros, ao invés de comprar os produtos têxteis britânicos. Gandhi usava o tear e fazia suas próprias roupas.
Gandhi se tornou um líder, não podendo assim ser assassinado, pois haviam chances altas de virar um Martin 
O filme apresenta com excelentes detalhes, a vida de Gandhi, seus princípios e ideais
O filme também mostra que muitas vezes a filosofia de Gandhi não era entendida pelas massas e atos de violência estouravam em vários lugares. Preocupando Gandhi, por ser problemas internos que afetavam a própria Índia
A prisão de Gandhi foi decretada diversas vezes por autoridades inglesas, o que sempre geravam revolta e protesto pacíficos, mas nenhuma resistência de Gandhi, conseguindo muitas vezes a liberdade pelo pacifismo e a não violência, não revidando ataques.
Porfim, a Índia foi dividida em dois estados, criando assim a Índia dos hindus e o Paquistão dos muçulmanos, conquistando assim a independência, fazendo com que Gandhi não celebrasse como o resto da Índia, mas lamentasse sozinho a partilha do país.
A violência entre hindus e muçulmanos aumentou e houve uma guerra civil.
No fim, ao sair para a sua oração matinal, Gandhi levou dois tiros de um hindu radical, falecendo assim e dando fim a sua história.
No filme “O Grande Desafio”, filmado em 2007, dirigido e estrelado pelo grande ator norte americano Denzel Washington, produzido pela Metro-Goldwyn-Mayer, aborda uma história real, datada dos anos 30, baseada na vida de Melvin B. Tolson, personagem interpretado por Washington, o qual era professor da universidade de Wiley, na cidade de Marshall, Texas.
Wiley College, durante o período era uma faculdade marginalizada, majoritariamente para alunos negros, que eram vistos como inferiores especialmente em estados como o Texas, estado sulista, de população majoritariamente branca e que durante o período em que se passa a trama abrigava uma das maiores células da Ku-Klux-Klan dos Estados Unidos, além de outros grupos racistas. Também no período eram comuns o linchamento de negros, cena inclusive que foi presenciada pela equipe de Wiley em uma de suas viagens para realizar um debate, e a segregação.
Professor Tolson era responsável pela equipe de debates de Wiley e tinha como principal missão preparar seu time para concorrer em igualdade com as faculdades para estudantes brancos, no intuito de demonstrar que seus alunos eram tão bons e bem preparados como os alunos das faculdades renomadas. A equipe de debate sob comando de Tolson era formada por três membros: Samantha Brooks, Henry Lowe e James Farmer Jr., este era um garoto de apenas 14 anos que ingressou na equipe de debates após ter concluído o ensino médio.
A equipe de debates obteve um score perfeito quando competia contra as universidades que também eram destinadas aos alunos negros, além de outras como a de Oklahoma, a qual o debate é demonstrado no filme, tornando-os conhecidos no país, tanto que o professor Tolson enviou à famosa universidade de Harvard uma carta contando sua história e a de seus alunos, e pediu que fosse agendado um debate entre as duas faculdades, o que era algo inimaginável, visto que a Wiley College não podia participar dos encontros da liga principal de debatedores e Harvard era a campeã. Mas para a surpresa da equipe de Wiley eles foram convidados para um embate com os alunos da universidade de Harvard. 
Quando iam partir para este embate, os alunos tiveram uma surpresa: professor Tolson não os acompanharia na jornada, visto que ele era réu na justiça por suas opiniões políticas e por isso estava impedido de sair do estado. Chegando em seu destino, os jovens foram acolhidos em Harvard e descobriram que o tema do debate seria desobediência civil como arma moral na luta por justiça e teriam 48 horas para montar seus argumentos.
Os debatedores escolhidos para representar Wiley foram Samantha e James, que desenvolveram muito bem os temas de desobediência civil e moral, mas foi um monólogo emocionante de Farmer Jr. Relatando sobre o fato que havia presenciado junto com sua equipe sobre um homem que foi enforcado e incendiado por uma multidão simplesmente por ser negro e de apontar falhas no regime de leis que vigorava no Texas e em outros estados do sul, que impediam os negros de alcançar uma melhor educação e outros privilégios que garantiu à Wiley a vitória no debate contra a campeã nacional Harvard.

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