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Políticas Públicas em Saúde da Mulher
Curso: Especialização em Enfermagem Obstétrica
Professora: Dra. Priscila Orlandi Barth
O que são Políticas Públicas??
Políticas Públicas
Governo – interfere – produz efeito
Resolver os problemas da sociedade 
Poder em saúde 
Estabelecimento de diretrizes, planos de programas de saúde.
Princípios, propósitos, diretrizes e decisões 
Conjunto de ações do governo que irão produzir efeitos específicos.
São elaboradas para que se resolvam os problemas da sociedade, e por repercutirem na economia e na sociedade são de interesse do governo e dos pesquisadores que trabalham junto para encontrar explicações e planos de ações para resolução desses problemas.
A expressão Política de Saúde abrange tanto as questões relativas ao poder em saúde como as que dizem respeito ao estabelecimento de diretrizes, planos de programas de saúde.
Um conjunto de princípios, propósitos, diretrizes e decisões de caráter geral voltados para a questão saúde;
B) Uma proposta de distribuição do poder no setor; e
C) As formas de intervenção do Estado sobre a organização social das práticas de saúde e sobre os problemas de saúde da população
3
Histórico das Políticas Públicas em Saúde no Brasil
Sanitarismo companhista (até 1945): a principal estratégia de atuação estava nas campanhas sanitárias.
Período de transição (1945 – 1960)
Modelo médico assistencial privatista (início dos anos 80)
Modelo plural (vigente): inclui como sistema público o SUS.
Antes do modelo campanhista – era da república – (1889 – 1930) predomínio das doenças transmissíveis: Febre amarela; Varíola; Tuberculose; sífilis; Endemias rurais. Instalação do capitalismo no Brasil  excedente econômico  primeiras indústrias  investimento estrangeiro. - Precárias condições de trabalho e de vida das populações urbanas  surgimento de movimentos operários que resultaram em embriões de legislação trabalhista e previdenciária; Acesso da população: medicina liberal e hospitais filantrópicos; IDEOLOGIA LIBERAL: o Estado deveria atuar somente naquilo que o indivíduo sozinho ou a iniciativa privada não pudesse fazê-lo. Saúde Pública: prevenção e controle das doenças - coletiva; Previdência Social: medicina individual (assistência) - exclusiva.
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Sanitarismo Campanhista (1945)
Período de Transição (1945 – 1960)
Modelo médico assistencial privatista (início anos 80)
Modelo Plural (vigente)
Era da República (1889-1930)
Histórico das Políticas Públicas em Saúde da Mulher
Décadas de 30, 40, 50, 60 e 70 – qual a visão do mundo para com a mulher??
asicamente como mãe e “dona de casa”. 
O enfoque central dos programas de saúde materno-infantil estava em intervir sobre os corpos das mulheres-mães, de maneira a assegurar que os corpos dos filhos fossem adequados às necessidades da reprodução social. 
Atenção restrita à mulher durante o ciclo gravídico-puerperal (chamado Programa Materno-Infantil) - baseada em sua especificidade biológica e no seu papel social de mãe e doméstica, responsável pela criação, pela educação e pelo cuidado com a saúde dos filhos e dos demais familiares. 
o debate internacional entre neomalthusianos e natalistas, capitaneados por setores da Igreja, os movimentos de mulheres postulavam direito à escolha autônoma e individual no número de filhos, não aceitando determinações que atendessem a qualquer política econômica ou demográfica
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Histórico das Políticas Públicas em Saúde da Mulher
Programa Materno Infantil
Especificidade biológica e papel social de mãe e doméstica
Proteção aos grupos de risco e em situação de maior vulnerabilidade
Verticalidade e a falta de integração 
Baixo impacto nos indicadores de saúde da mulher
uma visão restrita sobre a mulher, baseada em sua especificidade biológica e no seu papel social de mãe e doméstica, responsável pela criação, pela educação e pelo cuidado com a saúde dos filhos e demais familiares.
programas preconizavam as ações materno-infantis como estratégia de proteção aos grupos de risco e em situação de maior vulnerabilidade, como era o caso das crianças e gestantes. Outra característica desses programas era a verticalidade e a falta de integração com outros programas e ações propostos pelo governo federal. As metas eram definidas pelo nível central, sem qualquer avaliação das necessidades de saúde das populações locais. Um dos resultados dessa prática é a fragmentação da assistência (COSTA, 1999) e o baixo impacto nos indicadores de saúde da mulher.
6
Histórico das Políticas Públicas em Saúde da Mulher
Movimento Feminista: engloba questões referentes a desigualdades de vida e relações; problemas associados a sexualidade e á reprodução; dificuldades relacionadas á anticoncepção e a prevenção de DST´s e sobrecarga de trabalho.
Desigualdades de gênero = sofrimento/problema de saúde na população feminina
Contribuiu para introduzir na agenda política nacional questões, até então, relegadas ao segundo plano, por serem consideradas restritas ao espaço e às relações privadas. 
Revelar as desigualdades nas condições de vida e nas relações entre os homens e as mulheres, os problemas associados à sexualidade e à reprodução, as dificuldades relacionadas à anticoncepção e à prevenção das DST’s, à sobrecarga de trabalho das mulheres, responsáveis pelo trabalho doméstico e de criação dos filhos. 
As mulheres organizadas reivindicaram, portanto, sua condição de sujeitos de direito, com necessidades que extrapolam o momento da gestação e parto, demandando ações que lhes proporcionassem a melhoria das condições de saúde em todas os ciclos de vida. 
Naquele momento tratava-se de revelar as desigualdades nas condições de vida e nas relações entre os homens e as mulheres, os problemas associados à sexualidade e à r
Ações que contemplassem as particularidades dos diferentes grupos populacionais e as condições sociais, econômicas, culturais e afetivas, em que estivessem inseridos. 
As mulheres organizadas argumentavam que as desigualdades nas relações sociais entre homens e mulheres se traduziam também em problemas de saúde que afetavam particularmente a população feminina. Por isso, fazia-se necessário criticá-los, buscando identificar e propor processos políticos que promovessem mudanças na sociedade e conseqüentemente na qualidade de vida da população.
Posteriormente, a literatura vem demonstrar que determinados comportamentos, tanto dos homens quanto das mulheres, baseados nos padrões hegemônicos de masculinidade e feminilidade, 
7
Programa de Assistência Integral á Saúde da Mulher (PAISM)
Criado em 1984 - formação de uma comissão no Senado para redação do programa (3 médicos e 1 socióloga). 
Ruptura conceitual com os princípios norteadores da política de saúde das mulheres e os critérios para eleição de prioridades neste campo.
Princípios e diretrizes as propostas de descentralização, hierarquização e regionalização dos serviços, bem como a integralidade e a eqüidade da atenção.
Formado por profissionais médicos com formação sanitarista e com ampla prática assistencial e discussão acadêmica.
estivessem inseridos.
Em 1984, o Ministério da Saúde elaborou o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), marcando, sobretudo, uma ruptura conceitual com os princípios norteadores da política de saúde das mulheres e os critérios para eleição de prioridades neste campo (BRASIL, 1984).
O PAISM incorporou como princípios e diretrizes as propostas de descentralização, hierarquização e regionalização dos serviços, bem como a integralidade e a eqüidade da atenção, num período em que, paralelamente, no âmbito do Movimento Sanitário, se concebia o ar
aproximação com o movimento organizado de mulheres. 
- médicos com formação sanitarista e com ampla prática assistencial e discussão acadêmica em aspectos da área hoje denominada de saúde reprodutiva. 
8
1984
1989
1990
O novo programa para a saúde da mulher incluía ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação, englobando a assistência à mulher em clínica ginecológica,no pré-natal, parto e puerpério, no climatério, em planejamento familiar, DST, câncer de colo de útero e de mama, além de outras necessidades identificadas a partir do perfil populacional das mulheres (BRASIL, 1984).
O processo de construção do SUS tem grande influência sobre a implementação do PAISM. O SUS diretrizes.
O processo de implantação e implementação do PAISM apresenta especificidades no período de 84 a 89 e na década de 90, sendo influenciado, a partir da proposição do SUS, pelas características da nova política de saúde, pelo processo de municipalização e principalmente pela reorganização da atenção básica, por meio da estratégia do Programa Saúde da Família. Estudos realizados para avaliar os estágios de implementação da política de saúde da mulher demonstram a existência de dificuldades na implantação dessas ações e, embora não se tenha um panorama abrangente da situação em todos os municípios, pode-se afirmar que a maioria enfrenta ainda dificuldades políticas, técnicas e administrativas.
9
Atenção ginecológica, pré-natal, parto e puerpério, climatério, planejamento familiar, DST, CA mama e colo de útero
Educação
Prevenção
Diagnóstico
Tratamento e Recuperação
Programa de Assistência Integral á Saúde da Mulher (PAISM)
Objetivos da comissão: definir normas programáticas, especificando quais seriam as bases doutrinárias do programa que se estava propondo e normas técnicas, descrevendo e especificando os procedimentos médicos que seriam adotados. 
O Ministério partia da constatação de que o cuidado da saúde da mulher pelo sistema de saúde, até então, limitava-se ao ciclo gravídico-puerperal. E, mesmo aí, era deficiente. Esse quadro era agravado face à “...crescente presença da mulher na força de trabalho, além do seu papel fundamental no núcleo familiar” (MS, 1984:5). 
Apresentar um programa que se justificasse também filosoficamente perante a sociedade em geral, atendendo os anseios que estavam se evidenciando, e que fosse considerado tecnicamente correto, dispensando grandes reformulações. 
O Ministério da Saúde divulgou oficialmente o PAISM em 1984, através do documento preparado pela referida comissão: “Assistência Integral à Saúde da Mulher: bases de ação programática”. 
10
Programa de Assistência Integral á Saúde da Mulher (PAISM)
“...o conceito de assistência integral, aqui preconizado, envolve a oferta de ações globalmente dirigidas ao atendimento de todas as necessidades de saúde do grupo em questão, onde todo e qualquer contato que a mulher venha a ter com os serviços de saúde seja utilizado em benefício da promoção, proteção e recuperação de sua saúde” (MS, 1984:15). 
Objetivos do PAISM
Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, mediante a garantia de direitos legalmente constituídos e a ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde em todo território brasileiro. 
Contribuir para a redução da morbidade e da mortalidade femininas no Brasil, especialmente por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais, sem discriminação de qualquer espécie. 
Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no Sistema Único de Saúde. 
Objetivos específicos PAISM
Proposta de atendimento integral e autonomia corporal na assistência: 
- ao ciclo gravídico puerperal - pré-natal (baixo e alto risco), parto e puerpério; 
- ao abortamento; 
- à concepção e anticoncepção; 
- na prevenção do câncer de colo uterino e detecção do câncer de mama (Portaria 3040 de 21 de junho de 1998 do MS que instituiu o Programa Nacional de Combate ao Câncer do Colo Uterino); 
- ao climatério; 
- às doenças ginecológicas prevalentes; 
- à prevenção e tratamento das DST/AIDS;
à mulher vítima de violência. 
Significado Social do PAISM
A criação do PAISM representou um novo ciclo na saúde da mulher brasileira, rompendo décadas de visão materno-infantil (mãe x cuidados com o bebê). 
Momento de grande efervescência no Brasil, com intensa atuação de movimentos sociais e da sociedade civil. 
Constituiu-se num evento socialmente relevante capaz de mobilizar muitos setores da sociedade para discuti-lo, aprovando-o ou não. 
As reações contrárias ou suspeitosas com relação ao lançamento do Programa estiveram pulverizadas em diferentes setores da sociedade. 
De modo geral, essas reações estavam vinculadas a uma possível contradição entre o conteúdo explícito do Programa e às suspeitas de que o PAISM poderia ser um instrumento do governo para o controle de natalidade da população (Porque a exclusão do homem no programa? O conceito de integralidade estaria adequado? Seriam apenas ações controlistas?). 
As mulheres deixaram de ser vistas apenas como parideiras e o cuidado de sua saúde não deveria mais restringir-se à atenção pré-natal, ao parto e puerpério. 
14
Relevância do PAISM
A relevância fica clara ao se evidenciar o seu significado social, destacando-se a sua singularidade enquanto uma proposta de mudança na maneira como até então a saúde das mulheres era tratada, bem como a incorporação em seu conteúdo dos princípios de integralidade e universalidade da atenção à saúde. 
A implementação efetiva do PAISM em todo o território nacional não aconteceu - morosidade, o descompasso entre a discussão, o planejamento e as medidas práticas, traduziu a falta de compromisso político. 
As ações voltadas à regulação da fecundidade passaram a ser concebidas como parte da atenção completa à saúde que as mulheres deveriam receber, e não mais como fins em si mesmas. 
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Alguns problemas do PAISM
Algumas questões ainda necessitavam de mais discussões e ampliações: 
acesso aos serviços de saúde, 
qualidade e humanização do serviço prestado, 
vínculo entre o pré-natal e parto e 
taxas de mortalidade materna e perinatal. 
São problemas daquela época ou atuais????
Normas Operacionais de Assistência à Saúde (NOAS/2001)
Na área da saúde da mulher, a NOAS estabelece para os municípios a garantia das ações básicas mínimas de pré-natal e puerpério, planejamento familiar e prevenção do câncer de colo uterino e, para garantir o acesso às ações de maior complexidade, prevê a conformação de sistemas funcionais e resolutivos de assistência à saúde, por meio da organização dos territórios estaduais (COELHO, 2003).
1998 – 2002 – resolução de problemas – foco na saúde reprodutiva; mortalidade materna – comprometimento da transversalidade de gênero e raça – lacunas - atenção ao climatério/menopausa; queixas ginecológicas; infertilidade e reprodução assistida; saúde da mulher na adolescência; doenças crônico-degenerativas; saúde ocupacional; saúde mental; doenças infecto-contagiosas.
Normas Operacionais de AA delimitação das ações básicas mínimas para o âmbito municipal é resultante do reconhecimento das dificuldades para consolidação do SUS, e das lacunas que ainda existem na atenção à saúde da população. Porém, essa proposta não abrange todo o conjunto de ações previstas nos documentos que norteiam a Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher, que passa a contemplar, a partir de 2003, a atenção a segmentos da população feminina ainda invisibilisados e a problemas emergentes que afetam a saúde da mulher (BRASIL, 2003d).
O nível federal de administração também apresentou, na última década, dificuldades e descontinuidade no processo de assessoria e apoio para implementação do PAISM, observando-se mudanças a partir de 1998, quando a saúde da mulher passa a ser considerada uma prioridade de governo.ssistência à Saúde 
O balanço institucional das ações realizadas no período de 1998 a 2002, elaborado por Correa e Piola, indica que, nesse período, trabalhou-se na perspectiva de resolução de problemas, priorizando-se a saúde reprodutiva e, em particular, as ações para redução da mortalidade materna (pré-natal, assistência ao parto e anticoncepção). Segundo os autores, embora se tenha mantido como imagem-objetivo a atenção integral à saúde da mulher, essa definição de prioridadesdificultou a atuação sobre outras áreas estratégicas do ponto de vista da agenda ampla de saúde da mulher. Essa perspectiva de atuação também comprometeu a transversalidade de gênero e raça, apesar de se perceber um avanço no sentido da integralidade e uma ruptura com as ações verticalizadas do passado, uma vez que os problemas não foram tratados de forma isolada e que houve a incorporação de um tema novo como a violência sexual (CORREA; PIOLA, 2002).
Nesse balanço são apontadas ainda várias lacunas como atenção ao climatério/menopausa; queixas ginecológicas; infertilidade e reprodução assistida; saúde da mulher na adolescência; doenças crônico-degenerativas; saúde ocupacional; saúde mental; doenças infecto-contagiosas e a inclusão da perspectiva de gênero e raça nas ações a serem desenvolvidas.
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Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN)
Foi lançado em 2000 para aprimorar o PAISM. 
Objetivou concentrar esforços na redução das taxas de mortalidade materna, peri e neonatal, no Brasil. 
Prioridades: adoção de medidas que assegurassem a melhoria do acesso; da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré-natal; da assistência ao parto, puerpério e período neonatal. 
Perspectiva dos direitos de cidadania! 
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Ampliar as ações já adotadas pelo Ministério da Saúde na área de atenção à gestante, como os investimentos nas redes estaduais de assistência à gestação de alto risco, o incremento do custeio de procedimentos específicos e outras ações, como o Projeto de Capacitação de Parteiras Tradicionais, do financiamento de cursos de especialização em Enfermagem Obstétrica e a realização de investimentos nas unidades hospitalares integrantes destas redes. 
19
PHPN
Investimentos nas redes estaduais de assistência à gestação de alto risco 
Incremento do custeio de procedimentos específicos 
Cursos de especialização em Enfermagem Obstétrica
Projeto de Capacitação de Parteiras Tradicionais
Fundamentou-se nos preceitos da humanização do cuidado e na autonomia do usuário durante todo o processo de cuidado.
Humanização = postura ética e solidária.
Acolhimento aos usuários nos serviços de saúde.
Respeito e dignidade.
Intervenções benéficas e necessárias, sem acarretar riscos para o binômio mãe-bebê. 
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Humanização
Acolhimento
Respeito e Dignidade
Estratégias de Ação PHPN
Facilitar o acesso, aumentando a cobertura e garantindo a melhoria da qualidade da assistência pré-natal, parto e puerpério e ao bebê: 
captação precoce das gestantes (1ª consulta de pré-natal até o 4º mês de gestação); 
realização de, no mínimo, 6 consultas de pré-natal (1 no 1º trimestre, 2 no 2º trimestre e 3 no 3º trimestre); 
aplicação da vacina antitetânica (dose imunizante ou de reforço); 
Estratégias de Ação PHPN
exames laboratoriais básicos (tipagem sanguínea, fator Rh, sífilis, urina, glicemia, hemograma e anti-HIV); 
atividades educativas; 
classificação de risco gestacional e referência ao pré-natal de alto risco; 
consulta de puerpério até 40 dias após o parto. 
Componentes do PHPN
1º: Incentivo à assistência pré-natal (SISPRENATAL) - 6 consultas de pré-natal, 1 ABO-Rh, 2 VDRL, 2 urina, 2 glicemia de jejum, 1 Hb/Ht, vacina antitetânica, parto e puerpério 
2º: Organização, regulação e investimento na assistência obstétrica e neonatal. 
3º: Nova sistemática de pagamento da assistência ao parto. 
Problemas da PHPN
PHPN apresentou-se como uma estratégia de saúde singular. 
No entanto, desde a sua criação até os dias atuais, ainda apresenta uma abrangência muito aquém do esperado, obtendo reduzido cumprimento de todo o conjunto de metas propostas, com nítidas variações em cada região do Brasil. 
O Programa não valorizava as questões de gênero, raça, etnia e diversidade. 
Relembrando....
https://www.youtube.com/watch?v=eAgxI3bynbk
Política Nacional de Atenção Integral á Saúde da Mulher (PNAISM)
A PNAISM foi instituída pelo Ministério da Saúde em 2004. 
Foi formulada com a parceria de diversos setores da sociedade. 
É voltada às mulheres durante todo o ciclo vital, considerando as especificidades das diferentes faixas etárias e dos distintos grupos populacionais que constituem o universo feminino brasileiro. 
Diretrizes da PNAISM
Política de Atenção à Saúde da Mulher deverá atingir as mulheres em todos os ciclos de vida, resguardadas as especificidades das diferentes faixas etárias e dos distintos grupos populacionais (mulheres negras, indígenas, residentes em áreas urbanas e rurais, residentes em locais de difícil acesso, em situação de risco, presidiárias, de orientação homossexual, com deficiência, dentre outras).
– A elaboração, a execução e a avaliação das políticas de saúde da mulher deverão nortear-se pela perspectiva de gênero, de raça e de etnia, e pela ampliação do enfoque, rompendo-se as fronteiras da saúde sexual e da saúde reprodutiva, para alcançar todos os aspectos da saúde da mulher.
– A gestão da Política de Atenção à Saúde deverá estabelecer uma dinâmica inclusiva, para atender às demandas emergentes ou demandas antigas, em todos os níveis assistenciais.
As políticas de saúde da mulher deverão ser compreendidas em sua dimensão mais ampla, objetivando a criação e ampliação das condições necessárias ao exercício dos direitos da mulher, seja no âmbito do SUS, seja na atuação em parceria do setor Saúde com outros setores governamentais, 
27
Diretrizes da PNAISM
A atenção integral à saúde da mulher refere-se ao conjunto de ações de promoção, proteção, assistência e recuperação da saúde, executadas nos diferentes níveis de atenção à saúde (da básica à alta complexidade).
Percepção ampliada de seu contexto de vida - determinada demanda -singularidade e de suas condições enquanto sujeito capaz e responsável por suas escolhas.
O atendimento deverá nortear-se pelo respeito a todas as diferenças, sem discriminação de qualquer espécie e sem imposição de valores e crenças pessoais.
HUMANIZAÇÃO
SUS deverá garantir o acesso das mulheres a todos os níveis de atenção à saúde, no contexto da descentralização, hierarquização e integração das ações e serviços. Sendo responsabilidade dos três níveis gestores, de acordo com as competências de cada um, garantir as condições para a execução da Política de Atenção à Saúde da Mulher. A atenção integral à saúde da mulher compreende o.
– A atenção integral à saúde da mulher implica, para os prestadores de serviço, no estabelecimento de relações com pessoas singulares, seja por razões econômicas, culturais, religiosas, raciais, de diferentes orientações sexuais, etc.. Esse enfoque deverá ser incorporado aos processos de sensibilização e capacitação para humanização das práticas em saúde.
As práticas em saúde deverão nortear-se pelo princípio da humanização, aqui compreendido como atitudes e comportamentos do profissional de saúde que contribuam para reforçar o caráter da atenção à saúde como direito, que melhorem o grau de informação das mulheres em relação ao seu corpo e suas condições de saúde, ampliando sua capacidade de fazer escolhas adequadas ao seu contexto e momento de vida; que promovam o acolhimento das demandas conhecidas ou não pelas equipes de saúde; que busquem o uso de tecnologias apropriada a cada caso e que demonstrem o interesse em resolver problemas e diminuir o sofrimento associado ao processo de adoecimento e morte da clientela e seus familiares.
28
Objetivos Gerais da PNAISM
Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, mediante a garantia de direitos legalmente constituídos e ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde em todo território brasileiro. 
Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade feminina no Brasil, especialmente por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais, sem discriminação de qualquer espécie. 
Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no Sistema Único de Saúde. 
Prioridades da PNAISM
Foram priorizadas outras problemáticasnão tratadas (ou pouco trabalhadas) em Programas e Políticas anteriores, tais como: 
a mortalidade materna; 
as condições precárias da atenção obstétrica; 
a assistência ao aborto em condições de risco; 
a assistência em relação à anticoncepção, às DSTs e ao HIV/AIDS; 
 a infertilidade e a reprodução assistida; 
a violência doméstica e sexual; 
a saúde mental das mulheres sob o enfoque de gênero; 
o planejamento familiar para homens e mulheres, adultos e adolescentes; 
as doenças crônico-degenerativas; 
o câncer na população feminina; 
a saúde da mulher na adolescência e no climatério; 
a saúde das mulheres lésbicas; 
a saúde das mulheres negras; 
a saúde das mulheres indígenas; 
a saúde das mulheres residentes e trabalhadoras na área rural; 
a saúde das mulheres trabalhadoras da cidade e, 
a saúde da mulher em situação prisional. 
Embora a PNAISM tenha sido elaborada para abranger a saúde da mulher conforme suas especificidades, infelizmente, o sistema de saúde ainda enfrenta dificuldades em atender as mesmas, excluindo determinados segmentos da sociedade como as mulheres lésbicas e presidiárias e reproduzindo situações de discriminação, frustração e violação dos direitos femininos.
31
Plano Nacional de Saúde da Mulher (PNSM)
PNPSM # PNAISM
De caráter permanente;
Aspectos gerais/globais de ações direcionadas a saúde da mulher;
Fornece linhas gerais para os planos;
Permanente construção.
Traça linhas de atuação de urgência do governo em erradicar a desigualdade contra a mulher, ele é criado a partir dos debates da Conferência Nacional de Políticas de Saúde da Mulher.
PNPSM
I PNPSM 2004 - 4 linhas de atuação:
1 Autonomia, Igualdade no mundo do Trabalho e Cidadania
2 Educação Inclusiva e Não Sexista
3 Saúde das Mulheres, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos
4 Enfretamento a violência contra a mulher
O Plano é uma base para as ações ( traça linhas de atuação de urgência) do governo em erradicar a desigualdade contra a mulher, ele é criado a partir dos debates da CNPM.
Depois de identificarem as linhas a serem traçados, eles desenvolvem os objetivos de cada linha, os primeiros passos, as prioridades.
Finalmente para que essas ações do PNPM funcione a Secretária Especial de Políticas para as Mulheres junto com os ministérios e órgãos do governo promovem a Gestão e Monitoramento do Plano.
33
II PNPSM - 2008
Autonomia econômica e igualdade no mundo do trabalho, com inclusão social;
Educação inclusiva, não-sexista, não-racista, não-homofóbica e não-lesbofóbica;
Saúde das mulheres, direitos sexuais e direitos reprodutivos;
Enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres;
Participação das mulheres nos espaços de poder e decisão; 
Desenvolvimento sustentável no meio rural, na cidade e na floresta, com garantia de justiça ambiental, soberania e segurança;
Direito à terra, moradia digna e infra-estrutura social nos meios rural e urbano, considerando as comunidades tradicionais;
Cultura, Comunicação e Mídia igualitárias, democráticas e não discriminatórias
Enfrentamento do racismo, sexismo e lesbofobia;
Enfrentamento das desigualdades geracionais que atingem as mulheres, com especial atenção às jovens e idosas
III PNPSM – 2013-2015
Surgiu pela 3ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres (CNPM) de 2011.
Dividido em 10 capítulos: cada capítulo tem objetivos gerais e específicos, metas, linhas de ações e ações
1-Igualdade no mundo do trabalho e autonomia econômica
2-Educação para igualdade e cidadania
3-Saúde integral das mulheres, direitos sexuais e direitos reprodutivos
4-Enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres
5-Fortalecimento e participação das mulheres nos espaços de poder e decisão
6-Desenvolvimento sustentável com igualdade econômica e social
7- Direito à terra com igualdade para as mulheres do campo e da floresta
8-Cultura, esporte, comunicação e mídia
9-Enfrentamento do racismo, sexismo e lesbofobia
10-Igualdade para as mulheres jovens, idosas e mulheres com deficiência
PNPM é coordenado de forma horizontal pela Secretaria
Especial de Políticas para as Mulheres, cuja função é articular os
órgãos competentes, organizar as atividades e avaliar os resultados
de sua implementação. Introduz-se assim, no âmbito das políticas,
a responsabilidade compartilhada, não cabendo apenas à SPM
promover a igualdade de gênero, mas sim a todos os órgãos da
administração pública em todos os níveis federativos. Para a SPM,
o PNPM deve ser implementado com base na transversalidade, seja
do ponto de vista horizontal entre os ministérios, seja no vertical,
entre os níveis estadual, distrital e municipal, porque ele responde
às conferências realizadas nestes âmbitos. Além disso, a SPM precisa
da parceria dos governos estaduais, municipais e distrital para obter
melhores resultados.
35
Princípios que orientam o PNPSM
Autonomia das mulheres em todas as dimensões da vida;
Busca da igualdade efetiva entre mulheres e homens, em todos os âmbitos;
Respeito à diversidade e combate a todas as formas de discriminação;
Caráter laico do Estado;
Universalidade dos serviços e benefícios ofertados pelo Estado;
Participação ativa das mulheres em todas as fases das políticas públicas; e
Transversalidade como princípio orientador de todas as políticas públicas.
Objetivo Geral do PNPSM
Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres em todas as fases do seu ciclo vital, garantindo os direitos sexuais e os direitos reprodutivos, bem como os demais direitos legalmente constituídos; e ampliar o acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção e assistência da saúde integral da mulher em todo o território brasileiro, sem discriminação de qualquer espécie, resguardadas as identidades e especificidades de gênero, raça, etnia, geração, classe social, orientação sexual e mulheres com deficiência.
Relembrando...
https://www.youtube.com/watch?v=RueWzKAwSt4&t=27s
Trabalho em dupla – estudo de caso
Em um município da região noroeste do estado do Rio Grande do Sul, residem aproximadamente 25.000hab., destes, 17.500 são do sexo feminino. O município possui algumas informações sobre esta população, como, alto índice de mulheres grávidas em idade escolar entre (12 – 16 anos); índice elevado de violência doméstica; alto índice de cesáreas; aumento do número de casos de sífilis e HPV em mulheres entre (19 – 30 anos); alto índice de mulheres com transtornos mentais; aproximadamente 34% das mulheres residindo em área rural.
Diante desses dados, utilize o Plano Nacional de Políticas de Saúde da Mulher e aponte objetivos, descritores, indicadores e base de dados, que poderão serem utilizados para planejar as ações em saúde á essa população específica.
Política Nacional de Atenção Obstétrica e Neonatal
Portaria da Política (nº 1067/2005) - 2005 pelo Ministério da Saúde. 
Objetiva desenvolver ações de prevenção e assistência à saúde de gestantes, parturientes e recém-nascidos, promovendo a ampliação do acesso a essas ações, o incremento da qualidade da assistência obstétrica e neonatal, bem como sua organização e regulação no Sistema Único de Saúde. 
Considerando a proposta para melhoria da qualidade da atenção obstétrica e neonatal no País, elaborada pelo referido grupo técnico;
Considerando a necessidade de ampliar os esforços para alcance das metas estabelecidas pelo Pacto Nacional pela redução da Mortalidade Materna e Neonatal, lançado pelo Ministério da Saúde no ano de 2004; Considerando que a atenção obstétrica e neonatal humanizada e de qualidade é direito da mulher e do recém-nascido; Considerando a necessidade de adotar medidas destinadas a assegurar a melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré-natal, da assistência ao parto e puerpério e da assistência neonatal; Considerando a necessidade de estimular o aprimoramento do sistema de atenção à saúde da mulher e do recém-nascido, integrando e regulando o atendimento à gestação, ao parto e ao nascimento, nos níveis ambulatorial básico e especializado, o atendimento pré e interhospitalar,o atendimento hospitalar e ainda o controle de leitos obstétricos e neonatais, como forma de garantir a integralidade da atenção; Considerando a necessidade de adotar medidas que possibilitem o avanço da organização e a regulação do sistema de atenção à gestação e ao parto, estabelecendo ações que integrem todos os níveis de complexidade, definindo mecanismos de regulação e criando os fluxos de referência e contra referência que garantam o adequado atendimento à gestante, à parturiente, à puérpera e ao recém-nascido,
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A Atenção Obstétrica e Neonatal, prestada pelos serviços de saúde deve ter como características essenciais a qualidade e a humanização. É dever dos serviços e
profissionais de saúde acolher com dignidade a mulher e o recém-nascido, enfocando-os como sujeitos de direitos.
A humanização diz respeito à adoção de valores de autonomia e protagonismo dos sujeitos, de co-responsabilidade entre eles, de solidariedade dos vínculos estabelecidos,
de direitos dos usuários e de participação coletiva no processo de gestão.
O principal objetivo da atenção obstétrica e neonatal é acolher a mulher desde o início
da gravidez, assegurando, ao fim da gestação, o nascimento de uma criança saudável e o
bem-estar da mulher e do recém-nascido.
A atenção com qualidade e humanizada depende da provisão dos recursos necessários, da organização de rotinas com procedimentos comprovadamente benéficos, evitando-se intervenções desnecessárias e do estabelecimento de relações baseadas em princípios éticos, garantindo-se a privacidade, a autonomia e compartilhando-se com a mulher e sua família as decisões sobre as condutas a serem adotadas.
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Atenção especial á adolescentes (10 a 19 anos)
Qualidade e Humanização
Rede de atenção obstétrica e neonatal
Autonomia e protagonista dos sujeitos
Garantia de atendimento a intercorrências
Organização de rotinas - condutas
Garantia de acesso a gestantes, RN e puerpério
Acolhimento (inicio da gestação ao puerpério)
Princípios e diretrizes para a estruturação da Política de
Atenção Obstétrica e Neonatal:
I - toda gestante tem direito ao acesso a atendimento digno e de qualidade no decorrer da gestação, parto e puerpério;
II - toda gestante tem direito ao acompanhamento pré-natal adequado de acordo com os princípios gerais e condições estabelecidas no Anexo I desta Portaria;
III - toda gestante tem direito de conhecer e ter assegurado o acesso à maternidade em que será atendida no momento do parto;
IV - toda gestante tem direito à assistência ao parto e ao puerpério e que essa seja realizada de forma humanizada e segura, de acordo com os princípios gerais e condições estabelecidas no Anexo I desta Portaria;
V - todo recém-nascido tem direito à assistência neonatal de forma humanizada e segura;
VI - toda mulher e recém-nascido em situação de intercorrência obstétrica e neonatal tem direito a atendimento adequado e seguro de acordo com os princípios gerais e condições estabelecidas no Anexo I desta Portaria;
VII - as autoridades sanitárias dos âmbitos federal, estadual e municipal são responsáveis pela garantia dos direitos enunciados nos incisos acima; e
VIII toda gestante tem o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto e pós-parto imediato de acordo com a Lei nº 11.108/05.
Video – CORENSP - https://www.facebook.com/pribarth
Rede Cegonha
Portarias lançadas em 2011 pelo Ministério da Saúde (nº 1459 e nº 650). 
É um pacote de ações que visa garantir o atendimento de qualidade, seguro e humanizado para todas as mulheres. 
Busca oferecer assistência desde o planejamento familiar, perpassando pela confirmação da gestação, pré-natal, parto, puerpério e atendimento até os 2 anos de vida da criança. 
Princípios da Rede Cegonha
Respeito, proteção e realização dos direitos humanos. 
Respeito à diversidade cultural, étnica e racial. 
Promoção da equidade. 
Enfoque de gênero. 
Garantia dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, homens, jovens e adolescentes. 
Participação e mobilização social. 
Compatibilização com as atividades das redes de atenção à saúde materna e infantil em desenvolvimento nos Estados. 
Objetivos da Rede Cegonha
Fomentar a implementação de novo modelo de atenção à saúde da mulher e à saúde da criança com foco na atenção ao parto, ao nascimento, ao crescimento e ao desenvolvimento da criança de zero aos vinte e quatro meses. 
Organizar a Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil para que esta garanta acesso, acolhimento e resolutividade. 
Reduzir a mortalidade materna e infantil com ênfase no componente neonatal. 
	Componentes da Rede Cegonha
I - Pré-natal (captacão precoce, acolhimento e acesso, exames, vinculação ao local de parto, etc). 
II - Parto e nascimento (leitos, ambiência, acompanhante, acolhimento com classificação de risco, ect). 
III - Puerpério e atenção integral à saúde da criança (aleitamento materno e alimentação, acompanhamento na rede básica, visita domiciliar, busca ativa, prevenção e tratamento de DSTs/HIV/AIDS, métodos contraceptivos, etc). 
IV - Sistema logístico (transporte-SAMU Cegonha, “Vaga Sempre”-local do parto, regulação de leitos obstétricos e neonatais). 
Recursos oferecidos pela Rede Cegonha
Ampliação de exames de pré-natal, teste rápido de gravidez e de detecção de sífilis e HIV. 
Ampliação e qualificação de leitos de UTI adulto, UCI e UTI neonatal, leitos de gestação de alto risco. 
Adequação da ambiência das maternidades. 
Construção e custeio de Centros de Parto Normal e Casas de Gestantes, Bebês e Puérperas. 
A proposta é do Governo Federal, mas compete aos estados e municípios sua aplicação (até 2014 serão disponibilizados mais de 9 bilhões em investimentos). 
A Rede Cegonha deve ser implementada, gradativamente, em todo território nacional respeitando-se critérios epidemiológicos, tais como taxa de mortalidade infantil, razão de mortalidade materna e densidade populacional. 
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Operacionalização da Rede Cegonha
A operacionalização da Rede Cegonha dar-se-á pela execução de cinco fases: 
- I - Adesão e diagnóstico; 
- II - Desenho Regional da Rede Cegonha; 
- III - Contratualização dos Pontos de Atenção; 
- IV - Qualificação dos componentes e 
- V - Certificação 
Leis, Portarias e Decretos relacionados á saúde da mulher
Trabalho em dupla: elaborar um estudo de caso que contemple a legislação de saúde da mulher. Realizar a troca entre os grupos e apontar qual a legislação que rege apontando e o objetivo. 
Para refletir
Acredita-se que pensar em saúde da mulher remete a reflexões que envolvem desde concepções puramente biológicas até, e especialmente, ideias que abranjam aspectos mais amplos, incluindo questões relacionadas à cidadania e às dimensões singulares de gênero. 
Dessa forma, quanto mais crítico o pensamento, mais nos afastamos de conceitos puramente reprodutivos, relacionados apenas em função da maternidade. 
Referências
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Contato: priscilabarth@yahoo.com.br

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