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VINCULAÇÃO E DISCRICIONARIEDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS Disciplina: Direito Administrativo. Por conta do princípio da legalidade, a atuação da Administração Pública deve sempre respeitar os limites da lei. Em alguns casos, os atos administrativos são vinculados, pois a lei estabelece uma única solução possível de atuação para a Administração, não lhe concedendo nenhum grau de liberdade para manifestação de sua vontade. Em outras hipóteses, a lei deixa certa margem de liberdade de decisão diante do caso concreto, de tal modo que a autoridade poderá optar por uma dentre várias soluções possíveis, podendo também decidir o momento mais apropriado para agir. Nesses casos, os atos administrativos são discricionários, e são editadas em decorrência do poder discricionário que a Administração detém. Nos atos administrativos vinculados, todos os elementos (competência, finalidade, forma, motivo e objeto) são vinculados, não restando ao agente público nenhuma liberdade para avaliá-los, justamente porque estão todos rigidamente previstos na legislação. Por outro lado, nos atos administrativos discricionários somente são estritamente vinculados os elementos competência, finalidade e forma. Quanto ao elemento forma, há de se ressalvar que algumas leis permitem certo grau de discricionariedade, admitindo mais de uma forma possível para praticar o mesmo ato. Por exemplo, a comunicação de determinado ato ao interessado pode, quando a lei permite, ser dada por meio de publicação ou de notificação direta; nesse caso, existe discricionariedade com relação à forma. Já motivo e objeto serão discricionários. Assim, pode-se afirmar que não existe ato administrativo inteiramente discricionário, afinal, nos atos discricionários os elementos competência, finalidade e forma são sempre vinculados; a discricionariedade ocorre apenas no motivo e no objeto, elementos que, juntos, constituem o chamado mérito administrativo.
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