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Títulos dos Sermões 
SERMÃO 1 - O SHEMÁ: A REVELAÇÃO DA SOBERANIA DE DEUS
SERMÃO 2 - PRIMEIRO DEUS
SERMÃO 3 - RESTAURANDO A IMAGEM DE DEUS
SERMÃO 4 - SAÚDE FINANCEIRA
SERMÃO 5 - SOMOS EMBAIXADORES DO CÉU?
SERMÃO 6 - COMO OBTER UMA VIDA VITORIOSA
SERMÃO 7 - MORDOMIA DO AMOR
SERMÃO 8 - AS TRÊS RIQUEZAS DE JÓ
SERMÃO 9 - BÊNÇÃOS DA OBEDIÊNCIA
SERMÃO 10 - A PROSPERIDADE NÃO VEM POR ACASO
SERMÃO 11 - ALIANÇA DE AMOR
SERMÃO 12 - OFERTA DA GRAÇA
Coordenação e Produção Editorial: Pr. Herbert Boger Júnior
Tradução: Departamento de tradução da Divisão Sul-Americana
Diagramação e capa: Erika Miike
Líderes de Mordomia Cristã da América do Sul:
União Argentina – Jethler Aduviri
União Boliviana – Efrain Choque
União Central Brasileira – Cesar Guandalini
União Chilena – Alberto Ocaranza
União Centro-Oeste Brasileira – Jim Galvão
União Equatoriana – Cornélio Chinchay
União Leste Brasileira – Luciano Salviano de Oliveira
União Norte Brasileira – Ozéias de Souza Costa
União Nordeste Brasileira – Josanan Alves Jr
União Noroeste Brasileira – Waldony Fiuza
União Paraguaia – Sidnei Roza
União Peruana do Norte – Roger Mera
União Peruana do Sul – Edinson Vasquez
União Sul Brasileira – José dos Santos Filho
União Sudeste Brasileira – Elmir Pereira dos Santos
União Uruguaia – Evaldino Ramos
EXPEDIENTE
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SERMÃO 01
O SHEMÁ: A REVELAÇÃO DA SOBERANIA DE DEUS
INTRODUÇÃO
1. Roi Klein era subcomandante da Brigada Golani. Este herói judeu morreu quando 
sua unidade sofreu uma emboscada em Bint Jbail. Dois de seus colegas combaten-
tes estavam com Roi quando ele gritou: “Granada!”. As testemunhas dizem que Roi 
recobrou o ânimo antes de seus últimos segundos para recitar: “¡Shemá Yisrael, 
Adonai eloheinu, Adonai Ekjad!”. Então, ele se lançou sobre o dispositivo. Seus ami-
gos não têm dúvida de que esse valente ato salvou suas vidas.
2. Rabí Akiba, o grande erudito judeu do segundo século, continuava ensinando sobre 
a Torá (Gênesis a Deuteronômio) apesar da proibição romana contra ele. Quando 
suas atividades foram descobertas, os romanos o condenaram a uma morte horrí-
vel. Durante os últimos momentos de sua agonia, o grande mestre recitou o Shemá: 
“¡Shemá Yisrael, Adonai eloheinu, Adonai Ekjad!”, que significa “Escuta, ó Israel, 
Adonai nosso Deus é Um” (Dt 6:4). 
3. Recitar o Shemá para o judeu é falar da principal oração em sua liturgia; faz parte de 
sua identidade; é o lema para a nação judaica. Para eles, é uma oportunidade diária 
de declarar que Deus é soberano em suas vidas. 
4. Uma vez perguntaram a Jesus: “Qual mandamento é o mais importante de todos?” 
Ele respondeu dizendo: “Ouça, ó Israel: O SENHOR, o nosso Deus, é o único SE-
NHOR” (Mc 12:28, 29). 
5. Então, o que o Shemá declara sobre a soberania de Deus?
I. REVELA QUE TENHO UM SÓ DEUS VERDADEIRO (DT 6:4)
1. A estrutura do texto começa com: “Ouça, ó Israel”. É um imperativo, um mandato 
divino. Implica ouvir com atenção, agir de acordo com o ensino. Deus diz: “Ouça. 
Então, aja”.
PR. EFRAÍN CHOQUE
Deuteronômio 6:4-7
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2. O que devemos ouvir? Que “o Senhor é nosso Deus, é o único Senhor”. A partir 
dessa perspectiva, acreditamos no monoteísmo. Não há outros deuses, apenas Um, 
Jeová dos exércitos.
3. A intenção do texto aponta o monoteísmo (Um só Deus manifestado em três pes-
soas), mas também o verdadeiro Deus em oposição a outros deuses falsos. De fato, 
a palavra hebraica YHWH significa: o Eterno, o Único.
4. Por esta razão, para os judeus recitar o shemá assume um significado. Eles o repe-
tem de manhã, à tarde e à noite. Suas vidas fazem sentido, pois é uma adoração 
teocêntrica. Para o judeu, YHWH é o inefável nome de Deus. Eles até se abstêm 
de pronunciá-lo. Muitas vezes, preferem dizer Adonai (meu Senhor) ou HaShem (o 
Eterno). Assim, Israel se diferenciava de outras nações como Egito e Mesopotâmia 
que eram politeístas.
5. O shemá tem grandes lições para nós.
a. Há apenas um Deus soberano, e o shemá descreve que é o mesmo Deus que foi 
adorado por Abraão, Isaque e Jacó.
b. Esse Deus tem atributos naturais: é eterno, imutável, onipresente, onisciente e 
onipotente.
c. Tem atributos morais: amor, justiça, santidade, misericórdia, entre outros. É um 
reconhecimento de quem Deus é para mim.
6. Se Moisés estivesse conosco, ele pregaria o mesmo sermão e com a mesma ênfase: 
“Ouça, ó Israel: O SENHOR, o nosso Deus, é o único SENHOR”.
a. Primeiro, porque não somos capazes de conhecer em profundidade o verdadei-
ro Deus. Para muitos, Deus é uma “palavra”, uma “ideia”, e não uma pessoa com 
os atributos que acabamos de mencionar. Quem é Deus para você?
b. Segundo, assim como os israelitas eram suscetíveis à idolatria (Ex 32), nós tam-
bém somos suscetíveis à idolatria da pós-modernidade, do individualismo, da 
relatividade das crenças fundamentais. Certamente, temos nossos próprios 
deuses. O que você fará com as novas filosofias do relativismo, da recuperação 
da cosmovisão andina, da magnitude da tecnologia que substituiu nosso tempo 
com Deus? Aqui você terá que pensar sobre o que fazer com o primeiro man-
damento, que diz: “Não terás outros deuses diante de mim” (Dt 5:7). Jesus en-
sinou: “Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, 
ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao 
Dinheiro” (Mt 6:24).
c. Se Jesus entrasse em nossa igreja, pode ser que pronuncie outra vez: “Este povo 
me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim” (Mc 7:6).
7. Portanto, o Shemá deve assinalar com precisão que há apenas um Deus verdadeiro.
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II. REVELA QUE MINHA ENTREGA A DEUS DEVE SER COMPLETA (DT 6:5)
1. A primeira linha do Shemá é seguida por: “Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de 
todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças”. Isso é uma entre-
ga total, é consagração, é fidelidade a um Deus soberano.
2. A palavra hebraica para coração se refere ao assento das emoções, do pensamento 
interior, ao sentimento da necessidade de Deus. O Shemá é um forte chamado à 
lealdade, ao compromisso e a um pacto de inter-relação entre Deus e o homem. De 
toda a Torá, Deuteronômio é o primeiro livro que fala sobre amor a Deus e enfatiza 
a reverência. O amor e a reverência se unem neste livro como motivação para que 
os israelitas obedeçam a Deus. “Agora, pois, ó Israel, que é o que o Senhor, teu Deus, 
pede de ti, senão que temas o Senhor, teu Deus, e que andes em todos os seus ca-
minhos, e o ames, e sirvas ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração e com toda 
a tua alma, para guardares os mandamentos do Senhor e os seus estatutos, que 
hoje te ordeno, para o teu bem?” (Dt 10:12, 13).
3. Quando se lê a palavra “alma”, refere-se ao ser, à vida… tudo o que sou. Minha ado-
ração é com o que tenho: alma, vida e coração.
4. O termo “de todas as tuas forças” significa literalmente “com todo o teu máximo 
esforço”. Em outras palavras, na prática:
a. Devemos ter uma profunda motivação interna para estar ligados a YHWH, ado-
rá-Lo e glorificar Seu nome. Uma adoração de todo o coração deve incluir tam-
bém todas as nossas ambições, esperanças, desejos e planos. Não há lugar para 
a apatia e uma aproximação casual. Não há lugar para um cristianismo superfi-
cial. Pertencemos a Ele e somos chamados a estar conectados a Ele 24 horas por 
dia.
b. Isso significa: #PrimeiroDeus em meu tempo; em minha família, no cuidado de 
minha saúde, em meu orçamento e no cumprimento da pregação.
5. O shemá me lembra que Deus exige minha entrega total (amor) das profundezas de 
meu coração, meu ser e minhas forças, submetidos à Sua vontade.
III. REVELA QUE TENHO UMA MISSÃO COM AS NOVAS GERAÇÕES (DT 6:7)
1. Este projeto pedagógico do Shemá se completa com uma missão: “e as ensinarás 
a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao dei-
tar-te e ao levantar-te”. Nos tempos patriarcais, a primeira escola de uma criança 
era sua casa. Entre os hebreus, jamais se perdia a função educacional das crianças 
e dos adolescentes. Os pais, como professores,faziam parte da carreira acadêmica 
de todo cidadão. Esta era cuidar das novas gerações.
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2. A partir da cosmovisão hebraica… para manter vivo este pacto, cada um devia ensi-
nar seus próprios filhos, de geração em geração. Assim, cada criança também podia 
experimentar o significado e a sabedoria das palavras de Deus. Era um verdadeiro 
gozo ver em Jerusalém como os pais caminhavam cada sábado com seus filhos para 
a sinagoga. Então, as ruas ressonavam com as vozes infantis clamando “abba” (pa-
pai) quando toda a família passeava e desfrutava juntos o dia de descanso. Parecem 
os adventistas?
3. Norman Lamm disse: “Se a Torá não é ensinada a uma criança, é como se lhe fosse 
dado um ídolo”. O propósito do Shemá era estender o conhecimento de Deus nas 
novas gerações até alcançar a eternidade (Dt 6:10-12). 
4. Qual é o legado do Shemá para as novas gerações?
a. De que há um Deus único, digno de ser reconhecido, o único a quem deve-
mos dar toda a honra e toda a glória. Ensinar que podem adoráLo de agora em 
diante e para sempre.
b. O legado é deixar uma herança de princípios e valores cristãos cujo centro seja 
#PrimeiroDeus na vida das novas gerações. Essa não é uma alternativa, é um 
estilo de vida dependente de um Deus supremo.
c. A pergunta é: Seus filhos estão na igreja? É nosso dever salvar nossos filhos.
CONCLUSÃO
1. O Shemá me revela quem é meu Deus, diferente de outros deuses;
2. O Shemá me revela como devo honrar e adorar o Eterno;
3. O Shemá me revela que o legado mais importante para as novas gerações é estender 
e perpetuar o conhecimento de Deus para dar-Lhe honra e glória.
4. Em consequência: “Faria muito bem para nós passar diariamente uma hora refle-
tindo sobre a vida de Jesus. Deveríamos tomá-la ponto por ponto, e deixar que a 
imaginação se apodere de cada cena, especialmente as finais” (O Desejado de Todas 
as Nações, p. 50).
5. Chamado: Podemos sair deste lugar, consagrando nossas vidas? Reafirmando nossa 
fidelidade ao único Deus verdadeiro? Expressando como Paulo: “quem pode me 
separar do amor de Deus”? Dispostos a salvar nossos filhos?
6. Oração.
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SERMÃO 02
PR. CÉSAR GUANDALINI
Mateus 6
Primeiro Deus
INTRODUÇÃO
Mateus 6:25 “Portanto eu lhes digo: não se preocupem com suas próprias vidas, quanto 
ao que comer ou beber; nem com seus próprios corpos, quanto ao que vestir. Não é a 
vida mais importante do que a comida, e o corpo mais importante do que a roupa?”
Ilustração: Um relógio começou a calcular o trabalho que teria que fazer no ano seguin-
te. – Eu tenho que tiquetaquear duas vezes por segundo, isso quer dizer que terei que 
tiquetaquear 120 vezes a cada minuto. Numa hora, serão 7.200 vezes. Ora, em um ano 
precisarei tiquetaquear 63 milhões de vezes. Misericórdia, isso é demais até para um 
relógio forte como eu! Assim, de cifra em cifra, imaginando o imenso trabalho que teria 
pela frente, o relógio teve um “colapso e pifou”.
a. Jesus “começa assinalando que Deus nos deu a vida, e que se tal foi a magnitude 
de Seu dom, bem podemos confiar nEle com respeito às coisas menores. Se Deus 
nos deu a vida, certamente também nos dará o alimento que necessitamos para 
seu sustento. Se nos deu corpos, certamente podemos confiar que terá que nos dar 
também roupa para que os cubramos e abriguemos” (Comentário de Barclay). 
b. Confiar em Deus não é “abrir mão” do planejamento (Pv 6:6-8). “O importante, diz 
Jesus, aquilo que deve receber mais atenção. É a vida em si. O alimento não é um 
fim em si mesmo, mas um meio para manter a vida. Aquele cujo principal objetivo é 
assegurar alimento e vestimenta perde o que é mais importante na vida. A comida 
é um meio para se viver, não o contrário” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo 
Dia, p. 365).
PARTE A. DEUS PROVIDENCIA O SUSTENTO DA VIDA. 
Esse fato é ilustrado por Cristo com três figuras da natureza.
Verso 26 “Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam 
em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que 
elas?” 
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1. As aves do céu. 
a. As aves não vivem ansiosas. Elas estão alegres cantando desde cedo.
b. “Jesus não quer dar ênfase ao fato de que as aves não trabalham; tem-se dito 
que provavelmente o pardal seja um dos seres viventes que mais trabalha 
para comer; no que insiste é em que estão desprovidos de afã. Não se poderia 
encontrar nos animais esse afã do homem por vigiar um futuro que não pode 
ver” (Comentário de Barclay).
c. Deus está dizendo: “Eu sei que você tem que trabalhar arduamente, como 
os passarinhos. Você tem, muitas vezes, que caminhar horas, acordar às 5 da 
manhã, pegar ônibus lotado e chegar cedo no serviço, a fim de trazer o sustento 
de casa. Mas, você não pode se desesperar. Você pode dormir e acordar 
louvando o Meu nome, cantando, como as aves do céu, porque Eu suprirei as 
suas reais necessidades”.
2. A Idade Humana.
Verso 27 “Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora 
que seja à sua vida?” (algumas versões dizem: um côvado).
a. A palavra grega helikia, significa “idade”. O côvado é aproximadamente meio 
metro. O sentido original é que ninguém passa, nem por meio metro, o 
comprimento de sua vida.
b. Há coisas nesta vida que você não pode mudar. Por que estar ansioso por elas? 
Jesus está ensinando o fato de que há coisas na vida que tem que ser aceitas e 
que a ansiedade com respeito a elas é tolice. A preocupação se torna inútil.
3. As Flores do Campo.
Verso 28 “Por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem os lírios 
do campo. Eles não trabalham nem tecem”.
a. Salomão construiu um império rico em ouro e poder, mas nem mesmo assim 
pode se comparar com as flores do campo. Elas são belas sem ansiedade, sem 
plástica, sem academias caras de ginástica, sem dietas, sem cosméticos ou 
roupas caras. Não que essas coisas são erradas, mas as flores são belas porque 
Deus as fez assim.
b. Não fique preocupado demais ou ansioso com a roupa ou a aparência. Lembre-
se das flores do campo e das aves do céu.
Verso 30 “Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada 
ao fogo, não vestirá muito mais a vocês...?”.
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a. “As flores do campo viviam um só dia, e depois somente serviam para ser queima-
das e ajudar à mulher que queria passar algo e tinha pressa. Entretanto, Jesus as 
vestia de uma beleza que o homem, em seus melhores intentos, nem sequer pode 
imitar. Se Deus outorga tanta beleza a uma flor, que somente viverá umas poucas 
horas, quanto mais fará a favor do homem? Certamente uma generosidade que é 
tão pródiga com uma flor de um dia, não deve esquecer do homem, que é a coroa 
de toda a criação” (Comentário de Barclay).
b. “A vida é mais importante que o alimento, mas o reino de Deus é mais importante” 
(Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, p.366).
PARTE B. AS PRIORIDADES QUE O SER HUMANO DEVE TER.
Verso 33 “Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão 
acrescentadas”. 
1. Primeiro Deus. 
Essas três ilustrações feitas por Jesus apresentam os tipos de necessidade humanas:
a. A comida das aves é uma necessidade básica. A primeira coisa que as aves do 
campo fazem ao nascer um novo dia é cantar. É verdade que você tem que 
comer, estudar e trabalhar, mas, ao acordar dedique seus primeiros momentos 
a Deus, orando, lendo a bíblia, cantando, meditando nEle. Deus deve ocupar o 
primeiro lugar em sua agenda. Antes de pensar no tempo para você pensar no 
tempo de Deus: o sábado é para descanso e para adoração. Antes de pensar em 
seu apetite pense em ter uma mente clara para adorar a Deus. Antes de usar 
seus talentos e seus tesouros para você, pense em usá-los para Deus.
b. Ter uma hora a mais de vida é uma necessidade imaginária. O ser humano não 
estica sua vida fazendo força desesperadamente ou vivendo ansioso por isso. A 
lógica da vida é que a gente se alimenta e a idade vem, automaticamente. Jesus 
é o “pão da vida”. “Buscai primeiramente o Reino de Deus”.O resto é conse-
quência, pois Ele disse que “o básico para a vida será acrescentado”.
c. O belo vestuário das flores é uma necessidade secundária. Primeiro nasce uma 
folha que busca o sol, depois aparecem suas belas flores. Jesus é o “sol da jus-
tiça”. “O grande Artista, o Artista-Mestre, teve pensamentos para os lírios, fa-
zendo-os tão bonitos que ultrapassam a glória de Salomão. Quanto mais cuida 
Ele do homem, a imagem e glória divinas! Anela ver Seus filhos revelarem um 
caráter à Sua semelhança. Como a luz solar comunica às flores seus múltiplos e 
delicados matizes, assim transmite Ele à alma a beleza de Seu próprio caráter” 
(O Desejado de Todas as Nações, p. 215).
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d. “Quando aprendermos o poder de Sua palavra, não seguiremos as sugestões 
de Satanás para obter alimento ou salvar a vida. Nossa única preocupação será: 
Qual é o mandamento de Deus? Qual Sua promessa? Sabendo isso, obedecere-
mos ao primeiro, e confiaremos na segunda” (O Desejado de Todas as Nações, 
p. 75).
2. O Reino de Deus
Verso 33 “... o Seu reino e a Sua justiça...”. 
a. Esse é o reino que Cristo veio estabelecer entre os homens, nos corações, nas 
vidas, na experiência, que coloca Cristo acima de tudo. Os homens que não co-
nhecem a Deus correm como loucos à procura de coisas que se veem, comida, 
vestuário e posses. “Os gentios é que procuram todas estas coisas” (v. 32). Os 
gentios têm uma vida egoísta de “meu tempo” e “meu dinheiro”. O cristianismo 
tem outro estilo de vida, pois, busca primeiro as coisas de Deus, dando a Ele o 
primeiro lugar em sua vida.
b. “A maioria está preocupada em trabalhar ‘pela comida que perece’ (João 6:27), 
pela água da qual voltará a ter sede (João 4:13). A maioria gasta dinheiro ‘na-
quilo que não é pão’ e suor ‘naquilo que não satisfaz’ (Is 55:2). A melhor cura 
para a preocupação é confiança em Deus. Se fizermos nossa parte fielmente, se 
colocarmos o reino dos Céus em primeiro lugar no pensamento e na vida, Deus 
cuidará de nós. Ele ungirá nossa cabeça com óleo, e nosso cálice transbordará 
de coisas boas (Sl 23:5).” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, p. 366)
c. “Abri o coração para receberdes este reino, e tornai o serviço do mesmo o vosso 
principal interesse. Conquanto seja um reino espiritual, não temais que vossas 
necessidades quanto a esta vida não sejam consideradas. Se vos entregais ao 
serviço de Deus, Aquele que tem todo o poder no Céu e na Terra proverá o que 
necessitardes” (O Maior Discurso de Cristo, p. 99).
d. “A razão pela qual um cristão não deve dedicar sua vida a buscar bens materiais. 
Deus sabe do que precisamos e Ele o providenciará” (Comentário Bíblico Adven-
tista do Sétimo Dia, p. 366).
CONCLUSÃO
a. “Bem-aventurados os que tomam o Senhor como seu Deus, e dão plena prova 
disto, confiando-se totalmente à sua sábia disposição… Não andeis inquietos 
por vossa vida, nem pela extensão dela... Nossos tempos estão em Suas mãos, 
e estão em boas mãos.” (Comentário M. Henry)
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b. “Jesus afirma que a preocupação pode ser derrotada, aprendendo a arte de 
viver um dia de cada vez (v. 34).” (Comentário de Barclay)
c. Daniel Lüdtke escreveu uma linda música, chamada “Muito mais”, onde ele diz: 
“Não ande ansioso pela vida. Quanto ao que comer, beber ou vestir. A vida é 
mais que isso. E Deus dará o que for preciso”.
APELO
Ty Cobb tinha 20 anos de idade e era muito distraído. No jogo de abertura do campeo-
nato de basebol, Ty Cobb ficou comendo pipoca enquanto a bola veio para o seu lado 
e ele a perdeu. Recebeu uma bronca do treinador e isso mudou sua visão. Ele pôs suas 
prioridades em ordem e se tornou uma estrela do esporte. Parou de brincar com coisa 
séria e finalmente, foi o melhor jogador de basebol que já existiu. Você está disposto 
a ajustar suas prioridades? Então diga a Deus: “Ajuda-me a colocar o Seu reino em pri-
meiro lugar, ensina-me a viver para o Senhor. Toma meu tempo, meus talentos, meu 
corpo e meus recursos. Enfim, toma minha vida toda em Suas mãos, em nome de Jesus, 
amém”.
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SERMÃO 03
Restaurando a imagem de Deus
INTRODUÇÃO 
Maranata! O Senhor logo vem. É uma leitura devocional (matutina), a qual foi criada a 
partir de uma compilação de citações de Ellen White. Seu objetivo é fortalecer nossa 
fé no esperançoso tema da Segunda Vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Dentro dos 
muitos temas e citações que aparecem ali, eu gostaria de convidá-los a refletir sobre 
o seguinte: 
“Com anelante desejo, Cristo aguarda ver-Se manifestado em Sua igreja. Quando o ca-
ráter de Cristo for perfeitamente reproduzido em Seu povo, então Ele virá a requerer os 
Seus” (Maranata – O Senhor Vem!, 14 de abril, p. 110).
Muitas vezes dizemos que a única coisa que levaremos ao Céu é nosso caráter. Então, 
se queremos ir ao Céu com Cristo, Seu caráter deve ser reproduzido em nossas vidas, 
mas como isso pode acontecer? O que a Bíblia e os escritos de Ellen White nos dizem 
sobre isso?
Para responder a essas perguntas, convido você a viajar para o início da Bíblia justamen-
te no momento em que este caráter foi danificado, e veremos qual é a solução que o 
Céu nos dá para esse problema real.
DESENVOLVIMENTO
Leiamos Gênesis 1:26
“Então disse Deus: ‘Façamos o homem à nossa imagem, conforme nossa semelhança. 
Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de 
toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão” (NVI).
Nesse versículo, encontramos dois princípios fundamentais.
Primeiro Princípio: “O homem é Mordomo de toda a criação”.
PR. ALBERTO OCARANZA
Gênesis 1:26
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Quando o escritor hebraico usava as palavras céu, terra, ele se referia ao universo e 
quando usava as palavras céu, terra e mar, ele fazia referência ao planeta Terra. Portan-
to, em Gênesis 1:26, o domínio entregue ao homem é sobre as aves dos céus, os peixes 
do mar e os animais em toda a terra. Somos mordomos não só do tempo, talento, 
tesouro e templo, mas de TUDO.
Céu + Terra = Universo
Céu + Terra + Mar = Planeta Terra
Segundo Princípio: “O homem não pode ser mordomo de nada se não for através da 
imagem de Deus no homem”.
Em outras palavras, essa imagem permite ao homem responder às exigências de Deus.
1. Deus cria o homem à sua imagem.
2. Dá-lhe o domínio sobre tudo.
De acordo com isso, é possível concluir o seguinte:
a) Somente através da imagem de Deus no homem se está habilitado para respon-
der a todos os requerimentos divinos (administrar a Terra como seus mordo-
mos).
b) O grande desafio de Adão e Eva era conservar a imagem e semelhança com a 
que Deus os criou.
c) Se o inimigo queria tomar controle de tudo, devia começar por danificar a ima-
gem de Deus no homem. (Poderíamos chamar isso, o começo do conflito aqui 
na Terra).
Com base nisso, desenvolveremos a seguinte estrutura:
A. Deus criou o homem à Sua imagem.
B. Satanás danificou essa imagem.
C. Cristo restaurou a imagem.
D. O Espírito Santo restaura a imagem no homem.
E. A comunhão é o meio pelo qual o Espírito Santo restaura a imagem no homem.
F. Para que exista comunhão deve haver tempo e lugar.
G. Para que exista tempo e espaço, devemos decidir.
A) Como o primeiro ponto já foi mencionado (Deus cria o homem à Sua imagem), 
sendo o fundamento sobre o qual se constrói todo o resto, começaremos desde o 
momento em que o inimigo danifica essa imagem.
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B) Satanás danifica a imagem de Deus no homem.
“Tão logo o Senhor criou nosso mundo por intermédio de Jesus Cristo e colocou Adão 
e Eva no Jardim do Éden, Satanás anunciou seu propósito de conformar à sua própria 
natureza o pai e a mãe de toda a humanidade, e de uni-los às suas próprias fileiras de 
rebelião. Estava decidido a apagar da posteridade humana a imagem de Deus, e a traçar 
sobre a alma a sua própria imagem no lugar da imagem divina. Adotou métodos de en-
gano através dos quais realizaria seu propósito. É chamado o pai da mentira, acusador 
de Deus e daqueles que mantêm sua lealdade a Ele, um homicida desde o princípio.Exerceu todas as faculdades ao seu dispor para induzir Adão e Eva a cooperarem com 
ele na apostasia, e foi bem-sucedido em trazer a rebelião para o nosso mundo” (Cristo 
Triunfante, 4 de janeiro, p. 5).
Aqui podemos fazer duas perguntas que precisam de respostas
Teve êxito o plano de Satanás?
Se a resposta para a primeira pergunta for sim, como é que isso foi possível?
A resposta para a primeira pergunta é lamentavelmente um SIM sonoro.
“Aos 130 anos, Adão gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem; e deu-
lhe o nome de Sete” (Gênesis 5:3, NVI).
• Sete nasceu à imagem de Adão.
A resposta para a segunda pergunta é: “Através do pecado”.
Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos 
e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o 
e o deu a seu marido, que comeu também. (Gênesis 3:6, NVI)
“Com o pecado a semelhança divina se deslustrou, obliterando-se quase. Enfraqueceu-
-se a capacidade física do homem e sua capacidade mental diminuiu; ofuscou-se-lhe a 
visão espiritual. Tornou-se sujeito à morte” (Educação, p. 15).
Desde que isso aconteceu até que Jesus veio para resgatar a raça humana, haviam pas-
sado 4.000 anos. A condição em que o homem se encontrava dá a conhecer o ponto em 
que a degradação da imagem de Deus no homem havia chegado.
“O engano do pecado atingira sua culminância. Todos os meios para depravar a alma 
dos homens haviam sido postos em operação. Contemplando o mundo, o Filho de Deus 
viu sofrimento e miséria. Viu, com piedade, como os homens se tinham tornado vítimas 
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da crueldade satânica. Olhou compassivamente para os que estavam sendo corrom-
pidos, mortos, perdidos. Estes tinham escolhido um dominador que os jungia a seu 
carro como cativos. Confundidos e enganados, avançavam, em sombria procissão rumo 
à ruína eterna — para a morte em que não há nenhuma esperança de vida, para a noite 
que não tem alvorecer. Agentes satânicos estavam incorporados com os homens. O 
corpo de criaturas humanas, feito para habitação de Deus, tornara-se morada de de-
mônios. Os sentidos, os nervos, as paixões, os órgãos dos homens eram por agentes 
sobrenaturais levados a condescender com a concupiscência mais vil. O próprio selo 
dos demônios se achava impresso na fisionomia dos homens. Esta refletia a expressão 
das legiões do mal de que se achavam possessos. Eis a perspectiva contemplada pelo 
Redentor do mundo. Que espetáculo para a Infinita Pureza!” (O Desejado de Todas as 
Nações, p. 21)
Este foi o contexto em que Jesus, nosso Salvador, veio a esta Terra.
Porém, para que Ele veio? Esta é outra pergunta que precisa de uma resposta.
C) Cristo veio para restaurar a imagem de Deus no homem.
“Satanás rejubilava por haver conseguido rebaixar a imagem de Deus na humanidade. 
Então veio Cristo, a fim de restaurar no homem a imagem de Seu Criador. Ninguém, 
senão Cristo, pode remodelar o caráter arruinado pelo pecado. Veio para expelir os 
demônios que haviam dominado a vontade. Veio para nos erguer do pó, reformar o 
caráter manchado, segundo o modelo de Seu divino caráter, embelezando-o com Sua 
própria glória” (O Desejado de Todas as Nações, p. 22).
Aquele que pratica o pecado é do diabo, porque o diabo pecou desde o princípio. 
O Filho de Deus foi enviado precisamente para destruir as obras do diabo. (Ver 1 João 3:8.)
“Jesus via sempre diante dEle o resultado da Sua missão. Sua vida terrena, tão cheia 
de trabalhos e sacrifícios, era iluminada pelo pensamento de que não seria em vão 
todo o Seu trabalho. Dando a vida pela vida dos homens, restauraria na humanidade 
a imagem de Deus. E havia de nos levantar do pó, reformar nosso caráter segundo o 
modelo de Seu próprio caráter, e torna-lo belo com Sua própria glória” (A Ciência do 
Bom Viver, p. 227).
Cristo venceu no terreno onde Adão havia perdido. Só podemos exclamar: “Bem-
aventurado, Jesus!”
- 18 -
D) O Espírito Santo restaura a imagem no homem.
É importante destacar que, embora Cristo tenha recuperado o que o homem perdeu, 
isso não é eficaz no homem automaticamente. Nesse contexto, enfatiza como funda-
mental a pessoa e a obra do Espírito Santo.
“No plano de restaurar nos homens a imagem divina, foi estipulado que o Espírito Santo 
atuasse na mente humana e fosse, como a presença de Cristo, uma influência modela-
dora no caráter humano” (E Recebereis Poder, p. 46).
O apóstolo Paulo entendia muito bem esse conflito. Escreveu-o em sua carta aos Co-
ríntios. “Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória 
do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo 
Espírito do Senhor” (2 Coríntios 3:18).
No entanto, a esta altura, surge outra pergunta transcendental.
Como o Espírito Santo restaura a imagem de Deus no homem?
A resposta se encontra na Palavra de Deus.
E) A comunhão é o meio pelo qual o Espírito Santo realiza a obra de restaurar a 
imagem de Deus no homem. (Se não há comunhão, não há a possibilidade de isso 
acontecer.)
“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a COMUNHÃO do Espírito Santo 
sejam com vós todos. Amém!” (2 Coríntios 13:14).
Sendo a comunhão o lugar onde começa o processo de restauração, devemos saber que 
Satanás atacará sempre a comunhão. 
“Fundamente interessado, observava ele os sacrifícios oferecidos por Adão e seus fi-
lhos. Discernia nessas cerimônias um símbolo de comunhão entre a Terra e o Céu. Apli-
cou-se a interceptar essa comunhão” (O Desejado de Todas as Nações, p. 70).
Como adventistas, temos muita informação:
• Sábado
• Educação dos filhos
• Reforma de saúde, etc.
A pergunta é: Nosso estilo de vida está relacionado com a informação que temos?
Se a resposta é NÃO, a pergunta é: POR QUÊ?
- 19 -
Aparentemente não é por falta de informação. Então, por quê?
Eu os convido a dar uma olhada na seguinte FÓRMULA.
Informação correta + Comunhão incorreta = Estilo de Vida Incorreto
Informação correta + Comunhão correta = Estilo de Vida Correto
F) Para que exista comunhão, deve haver tempo e lugar.
Como posso ter comunhão?
Provavelmente você esteja pensando que, para ter comunhão, você precisa ler a Bíblia 
e orar. No entanto, você pode ter muitos desejos de estudar a Bíblia, mas o que precisa 
não é sempre uma Bíblia. Você precisa de tempo para ler a Bíblia.
Você poderá ter muitos desejos de orar, mas o que você precisa nem sempre é saber o 
que dizer. Você precisa de tempo.
Então, poderíamos responder da seguinte forma: Para que você tenha companheiris-
mo, você precisa INDISCUTIVELMENTE de tempo e espaço. Caso contrário, isso nunca 
acontecerá. Pensando nisso, podemos ver essa citação novamente:
“Fundamente interessado, observava ele os sacrifícios oferecidos por Adão e seus fi-
lhos. Discernia nessas cerimônias um símbolo de comunhão entre a Terra e o Céu. Apli-
cou-se a interceptar essa comunhão” (O Desejado de Todas as Nações, p. 70).
Em outras palavras, a maneira pela qual o inimigo intercepta a comunhão é removendo 
os ingredientes da comunhão, ou seja, ele nos tira o tempo e os espaços para que isso 
aconteça.
 Tempo Lugar
G) Para que haja tempo e espaço, devemos decidir.
É aqui que eu gostaria de formular meu apelo de acordo com o que vimos. Deus criou o 
homem à Sua imagem. Através do pecado, o inimigo a danificou. Com Sua maravilhosa 
graça, Cristo a recuperou. O Espírito Santo e Sua obra restauram a imagem de Deus no 
homem. O contexto no qual isso acontece é através da comunhão. Para que tenhamos 
comunhão, precisamos de tempo e espaço, o que só será real se você e eu decidirmos.
- 20 -
O tempo não chegará porque só sabemos. Ele virá quando tomarmos uma atitude de-
cidida diante disso. O tempo não virá porque aparecem dias de 25 horas. Se não temos 
tempo nas 24 horas que sempre temos, é porque provavelmente entregamos nosso 
tempo a muitas outras coisas e não priorizamos o tempo que devemos dar a Deus. 
Sejamos corajosos. Se não conseguimos nos levantar o mais cedo possível, provavelmenteé porque fomos dormir tarde. Por que fomos dormir tarde? Talvez porque escolhemos 
assistir TV até tarde. Então, se quisermos ter comunhão, teremos que fazer mudanças.
Se não decidirmos, nada acontecerá. Porém, se o fizermos, teremos tempo. E se tivermos 
tempo, poderemos ter comunhão. Se tivermos comunhão, o Espírito Santo poderá restau-
rar a imagem de Deus em nós e se isso acontecer, nossos pés estarão rumo a Jerusalém.
Ou seja, o caráter de Cristo será reproduzido em nós. Isso é o que mencionamos ao 
começar este tópico.
“Com anelante desejo, Cristo aguarda ver-Se manifestado em Sua igreja. Quando o ca-
ráter do Salvador for perfeitamente reproduzido em Seu povo, então Ele virá a requerer 
os Seus” (Maranata – O Senhor Vem!, 14 de abril, p. 110).
Mordomia é RESTAURAR A IMAGEM DE DEUS no homem; é preparar um povo para a 
segunda vinda.
“A verdade achou caminho para o coração e ali está implantada pelo Espírito Santo, que 
é a verdade. Quando a verdade se apossa do coração, dá o homem segura evidência 
disso, tornando-se um mordomo da graça de Cristo” (Testemunhos para Ministros e 
Obreiros Evangélicos, p. 121).
Efésios 4:24
“E vos revistais do novo homem, que, segundo Deus, é criado em verdadeira justiça e 
santidade.”
Salmos 17:15
“Quanto a mim, contemplarei a tua face na justiça; eu me satisfarei da tua semelhança 
quando acordar.”
Você quer ir para o Céu?
Então você quer ser parte daqueles nos quais Deus reproduzirá Seu caráter.
Devemos decidir hoje!
- 21 -
SERMÃO 04 3 João 2
SAÚDE FINANCEIRA
I. INTRODUÇÃO
O texto bíblico expressa o desejo de Deus de que sejamos prósperos em tudo. Será que 
isso inclui a prosperidade na questão financeira? Ou será que Deus não está interessado 
em nossa economia? Será que Deus percebeu quão importante é a questão financeira 
para os seres humanos?
Observe o quanto a Bíblia fala de dinheiro, coisas materiais ou ouro:
- Há 2.342 versículos que falam disso.
- 2 vezes mais do que sobre acreditar (1.716) 
- 138 vezes mais do que graça (161)
- 3 vezes mais do que amor (789) 
- 7 vezes mais do que oração
Por que Deus fala tanto de dinheiro e bens materiais? Porque a maneira como lidamos 
com isso está intimamente relacionada com nossa salvação e nossa felicidade. Jesus 
disse: “[…] Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Mt 
6:19-21). “Pois, se nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadei-
ras?” (Lc 16:11)
Agora, se Deus está tão interessado em termos uma boa saúde financeira, por que não 
estaríamos nós? É importante que estejamos. Por isso, apresentamos-lhes conselhos 
chaves que nos ajudarão a fazer nossa parte e Deus fará Sua parte na medida em que 
somos fiéis e esforçados.
II. FAZER UM ORÇAMENTO FAMILIAR
Em Lucas 15:28, nosso Senhor Jesus Cristo menciona a importância de se sentar para 
fazer contas, calcular, ver se temos os recursos necessários para realizar os projetos. 
Agora, para ter uma saúde financeira, é necessário fazer nosso orçamento familiar. A 
seguir, os benefícios que a saúde financeira traz:
PR. ROGER MERA
- 22 -
• É de suma importância. Deus deseja que o dinheiro bem utilizado seja uma benção 
para você mesmo e sua família.
• Nos ajuda a: 
1. Estabelecer prioridades
2. Não gastar em coisas desnecessárias. 
3. Alcançar nossas metas, sonhos e projetos.
• Nos ajuda a separar primeiro o que pertence a Deus (Primeiro Deus) em lealdade e 
gratidão a Ele.
• “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, […] e depois fazei prova de mim, diz o 
SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre 
vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança” (Ml 3:10).
Outro ponto importante é:
III. VIVER LIVRE DE DÍVIDAS
• Tentemos não nos endividar, exceto quando se trate de investir em terreno, casa ou 
algum projeto que dure a vida inteira e traga rendimento futuro.
• “O rico domina sobre os pobres, e o que toma emprestado é servo do que empres-
ta” (Pv 22:7).
• “Não estejas entre os que dão as mãos e entre os que ficam por fiadores de dívidas. 
Se não tens com que pagar, por que tirariam a tua cama de debaixo de ti?” (Pv 
22:26, 27).
E algo que nos ajudará a não ter problemas no futuro é:
IV. TER UM PLANO DE ECONOMIAS
• Vivamos com nossos olhos no Céu e nossos pés firmes na Terra. Um bom conselho é 
tentar comprar pelo menos um terreno para o futuro.
• “O dinheiro ganho com desonestidade diminuirá, mas quem o ajunta aos poucos terá 
cada vez mais” (Pv 13:11).
- 23 -
CONCLUSÃO
Como nosso Pai, Deus quer nos mostrar Seu amor, Sua proteção, atenção, apoio e 
tudo isso através do dinheiro. Porém, muitas vezes nós não lhe permitimos porque não 
atendemos aos Seus conselhos. Ele quer que o dinheiro seja uma bênção e não uma 
maldição, que sirva para nos aproximar mais dEle, ser fiel a Ele, tirar o egoísmo de nosso 
coração, alcançar a salvação.
Por isso, é necessário colocá-Lo em primeiro lugar neste tema também (devolver os 
dízimos de tudo e entregar o melhor como ofertas sistemáticas). Jesus disse: “Busquem, 
pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão 
acrescentadas” (Mt 6:33). Também é necessário disciplinar a nós mesmos fazendo um 
orçamento para não gastar mais do que temos, evitar as dívidas e ter um plano de 
poupança.
CHAMADO
Deus disse: “Tanto a prata quanto o ouro me pertencem” (Ag 2:8). Porém, Ele também 
disse: “Somente seja forte e muito corajoso! […] não se desvie dela, nem para a direita 
nem para a esquerda […]” (Js 1:8, NVI). Ele deseja que você seja próspero em todas as 
coisas, que tenha o suficiente para ser feliz, nem mais nem menos para ser uma bênção 
para os outros.
Quantos estão dispostos a se esforçar, a seguir os conselhos de Deus, a dedicar suas 
finanças a Deus? Se você quiser confiar nEle, eu o convido para orarmos juntos e dizer 
isso a Deus.
- 24 -
SERMÃO 05
SOMOS EMBAIXADORES DO CÉU?
I. INTRODUÇÃO
Texto-base: “Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo 
o seu apelo por nosso intermédio […]” (2 Co 5:20).
Propósito: O propósito da mensagem é mostrar à igreja que, em dificuldades, morte, 
perda de um ente querido, perda do trabalho ou falência, devemos ser fiéis embaixa-
dores de Deus.
O apóstolo Paulo está dizendo que somos embaixadores de Cristo e cooperamos com 
Deus na proclamação de Sua mensagem.
Muitos cristãos ainda não tomaram conhecimento do chamado que o Senhor lhes fez. 
Muitas pessoas pensam que Deus as chamou para sofrer como se Deus, através do 
sofrimento, expiasse pecados.
Muitas pessoas carregam uma cruz muito pesada! E, para piorar a situação, colocam a 
culpa em Deus.
Jesus diz: “Meu fardo é leve”. Se estamos carregando um fardo muito pesado, certa-
mente não é o de Jesus.
Muitos desses fardos foram colocados em nossos ombros por nós mesmos ou pelo pró-
prio Satanás. Nós o carregamos e tratamos como sendo a cruz de Cristo.
Moléstias, desentendimentos no casamento, perda do trabalho, situação financeira 
ruim, tudo isso não representa a cruz de Cristo.
Aceitamos esses fardos e nos tornamos derrotados.
Muitas vezes nos esquecemos o que a Bíblia nos diz: “Tudo posso naquele que me 
fortalece” (Fp 4:13). Nós esquecemos que o Senhor nos chamou, nos acolheu para ser 
Seus embaixadores.
Adaptado por PR. CORNÉLIO CHINCHAY
2 Coríntios 5:20
- 25 -
Todos aqueles que recebem a Cristo se tornam automaticamente embaixadores de 
Deus. Porém, às vezes, nem todos conhecemos a verdadeira posição de um embaixador 
de Cristo. Na realidade, muitos desconhecem a posição e as atividades de um embaixa-
dor terrestre. Portanto, é necessário que saibamos como um embaixador atua para que 
possamos representar bem a embaixada celestial.
II. O QUE É UM EMBAIXADOR?
Segundo os dicionários, um embaixador é um representante diplomático da mais alta 
categoria que um país envia a outro país.
Ele também tem a função de emissário, quando é enviado para determinada missão.
O embaixador é responsável por divulgaros interesses de seu país no país onde traba-
lha. Ele faz um juramento para fazer cumprir as leis de seu país dentro da embaixada. 
Ser embaixador é viver segundo as leis do país que se representa. O embaixador precisa 
conhecer bem os objetivos que seu país tem com relação ao país aonde é enviado. É 
necessário que ele saiba como deve transmitir os interesses de seu país aos cidadãos 
com os quais vai se relacionar.
O apóstolo Paulo diz que somos embaixadores de Cristo, que somos representantes de 
Cristo neste mundo. Estamos aqui por uma determinada missão (Jo 17:13-19). Somos 
responsáveis por divulgar os interesses do “País” que representamos.
Como embaixadores, precisamos viver de acordo com as leis do país. Somos embaixa-
dores dos Céus e é necessário que saibamos como transmitir às pessoas deste mundo 
que Deus está interessado nelas.
O embaixador de Cristo vive de acordo com as leis de seu “país”, ou seja, a lei do Céu.
III. QUAL É A LEI DA EMBAIXADA
Se um embaixador representa determinado país, o que vale nessa embaixada é a lei do 
país do embaixador, enquanto que, para um embaixador de Cristo, o que vale é a lei do 
Céu, ou seja, a lei de Deus. 
Por que muitos cristãos não são abençoados? 
Porque, por mais que digam que são embaixadores de Cristo, não utilizam a constitui-
ção do país que representam.
- 26 -
Trabalham para a embaixada do Céu, mas não usam as leis desse país.
O lugar onde a embaixada está alojada não pertence ao país onde a embaixada está 
localizada. Ela pertence ao país que essa embaixada representa. Se um estrangeiro per-
seguido busca proteção na embaixada de seu país, ele estará a salvo. Ninguém pode 
tocá-lo, porque, dentro da embaixada, é como se ele estivesse em seu país de origem.
Nem a polícia tem autoridade para entrar, a menos que o embaixador permita. Até o 
carro do embaixador se torna território de outro país. Além disso, o embaixador tem 
imunidade diplomática.
Somos embaixadores de Deus, e Satanás não pode nos tocar, a menos que permitamos. 
Temos imunidade celestial. O diabo não pode tocar nossa família, nossa casa, nosso 
carro, porque somos embaixadores do Céu.
Um embaixador tem regalias. Ele está seguro pelas leis internacionais. Nós também es-
tamos protegidos pela lei celestial, porque somos de Cristo e estamos em uma missão, 
atuando em uma embaixada celestial. 
Apesar de ter todos esses privilégios ou regalias, o embaixador também passa por mo-
mentos difíceis. Se ele está cumprindo sua missão em um país que está em conflito, 
corre o risco de perder a imunidade, as regalias e até sua própria vida. Neste caso, as 
autoridades de seu país o tiram do país em conflito.
Não é diferente com o embaixador dos céus. Estamos cumprindo a missão em um país 
em conflito. Corremos o risco de perder as regalias e até nossa própria vida. As auto-
ridades do país ao qual servimos tomaram providências para nos retirar deste lugar.
Podemos perder a vida na missão, mas teremos a certeza de que nosso Deus, a quem 
servimos, nos dará nova vida que durará para sempre em um país preparado para Seus 
embaixadores.
IV. O QUE GANHAMOS SENDO EMBAIXADORES
Quem está nos protegendo? Os anjos. Você já foi protegido por anjos? Através da Pa-
lavra de Deus, eu afirmo que sim: “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o 
temem, e os livra” (Sl 34:7).
“Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus 
caminhos” (Sl 91:11).
Quando estamos trabalhando para a embaixada celestial, Deus envia Seus anjos para 
nos proteger. “O Senhor é quem te guarda […]” (Sl 121:5).
- 27 -
Na época do rei Nabucodonosor, na Babilônia, Deus protegeu e preservou do mal os 
três hebreus que eram Seus embaixadores. Eles atuavam de acordo com a constituição 
de seu país, o Céu, adoravam a Jeová e não se ajoelhavam diante da grande estátua que 
o rei havia feito.
Eles estavam dispostos a defender a lei de seu país até com sua própria vida.
Por causa de sua ousadia e determinação, eles foram colocados na fornalha de fogo, 
mas o mesmo Deus a quem eles serviam (embaixadores) veio protegê-los. 
Assim como os amigos de Daniel foram condenados à fornalha de fogo, Daniel foi con-
denado à cova dos leões por orar três vezes ao dia (Dn 6:10).
Deus não livrou os amigos de Daniel da fornalha de fogo, nem Daniel da cova dos leões, 
mas Deus protegeu os amigos de Daniel na fornalha de fogo e Daniel na cova dos leões. 
Porque eles eram fiéis embaixadores do Céu.
Os inimigos de Daniel foram lançados na cova dos leões, mas, como eles não eram em-
baixadores de Deus, não tiveram a segurança celestial.
Imaginemos que depois da saída de Daniel da cova dos leões, o Anjo provavelmente 
comunicou aos leões que o jejum havia terminado.
Os inimigos de Daniel foram lançados na cova. O que aconteceu com os inimigos de 
Daniel? Foram todos devorados. Por quê? Porque não havia mais proteção.
Quantas vezes entramos e saímos de muitas fornalhas de fogo, covas de leões e não 
percebemos. O salmista diz: “Eles, então, nos teriam engolido vivos” (eles = nossos ini-
migos) (Sl 124:3).
O diabo já tentou nos destruir várias vezes e vai continuar querendo nos destruir, mas 
não conseguirá, porque o anjo do Senhor continuará nos protegendo dele. Sabem por 
quê? Porque somos embaixadores de Deus aqui neste mundo.
V. SALÁRIO DO EMBAIXADOR
Com respeito ao salário do embaixador, quem paga o salário do embaixador? É o país 
de origem. Mas quem paga o salário do embaixador do Céu? O salário do embaixador 
do Céu vem do país de origem – Céu – vem de Deus.
- 28 -
Mas você pode dizer: “Quem paga meu salário é a empresa para a qual eu trabalho”. Na 
verdade, a empresa para a qual você trabalha ou seu patrão é apenas um canal através 
do qual Deus envia seu salário.
Existem muitos cristãos que tomam para si mesmos a honra que pertence apenas a 
Deus.
“Quando Deus confia ao homem riquezas, é para que este possa adornar a doutrina de 
Cristo, nosso Salvador, usando seus tesouros terrestres no avanço do reino de Deus no 
mundo” (Conselhos sobre Mordomia, p. 17).
Quando nos tornamos embaixadores de Deus neste mundo, em nossos planos finan-
ceiros, precisamos reconhecer que tudo vem de Deus – autoridade máxima do país ao 
qual servimos.
Não podemos ser como Nabucodonosor, que foi escolhido por Deus para ser a vara de 
disciplina dos filhos de Israel, mas tomou a glória para si mesmo quando disse: “Não é 
esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder e 
para glória da minha magnificência?” (Dn 4:30).
Como embaixadores, como colaboradores do engrandecimento do reino de Deus, te-
mos a mesma atitude de Davi. Em 1 Crônicas 29:11-14, lemos: “Tua é, Senhor, a magni-
ficência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há 
nos céus e na terra; teu é, Senhor, o reino, e tu te exaltaste sobre todos como chefe. E 
riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e 
poder; e na tua mão está o engrandecer e dar força a tudo. Agora, pois, ó Deus nosso, 
graças te damos e louvamos o nome da tua glória. Porque quem sou eu, e quem é o meu 
povo, que tivéssemos poder para tão voluntariamente dar semelhantes coisas? Porque 
tudo vem de ti, e da tua mão to damos”.
Davi atuou como um embaixador de Deus. Nós também somos embaixadores e não 
podemos atuar de maneira diferente. Se nos esquecemos de que somos embaixadores 
de Cristo nesta Terra, perdemos a consciência de que o que recebemos vem do Senhor 
e acabamos usando as riquezas que vêm à nossa mão, sem nos preocupar com o reino 
de Deus.
CONCLUSÃO
O apóstolo Paulo se considera um embaixador de Cristo. Ele esteve preso, mas, como 
embaixador, tinha um compromisso com Cristo. Havia um motivo importante que fazia 
com que o apóstolo prosseguisse em momentos de morte. “[...] o amor de Cristo [...]” 
(2Co 5:14). Paulo não tinha riquezas, mas deu sua vida pelo evangelho.
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Deus nos colocou neste mundo como embaixadores para realizaruma tarefa especial. 
Provavelmente, Deus não está nos pedindo para dar nossa vida pelo evangelho. Ele está 
esperando que entreguemos apenas o que Ele nos abençoa, que sejamos motivados 
pelo amor de Cristo e que, como Seus embaixadores, vejamos a realidade de que Seu 
reino está muito perto de ser definitivamente estabelecido. 
APELO
Que tipo de embaixador você gostaria de ser? Quantos de nós gostaríamos de ser em-
baixadores do Céu? Posso ver suas mãos? Vocês podem vir à frente para eu orar por 
aqueles que desejam ser embaixadores do Céu. Parabéns! Que Deus os abençoe. Va-
mos orar!
- 30 -
SERMÃO 06 Josué 6 e 7
COMO OBTER UMA VIDA VITORIOSA 
INTRODUÇÃO
Se eu pedisse agora aos que desejam ou gostam de sofrer derrotas na vida, que levan-
tassem a mão, eu creio que ninguém o faria. 
Você pode dizer que aprende com as derrotas, tira lições das derrotas, se conforma com 
as derrotas, aceita as derrotas; mas gostar de ser um derrotado ou lutar para ser um 
fracassado, até hoje não encontrei ninguém.
Em Josué, capítulo 6, encontramos o episódio da vitória do povo de Israel sobre Jericó, 
uma cidade guardada por um exército fortemente armado e protegida e cercada por 
gigantescas muralhas, que humanamente falando seria impossível de obter o triunfo 
contra ela. Contudo, os israelitas saíram vencedores.
No capítulo 7, deparamo-nos com uma situação inversa. Ai era uma cidade que aos 
olhos humanos seria bem mais fácil de conquistar, porém o exército de Israel amargou 
uma vergonhosa derrota.
A grande pergunta é: O que levou a nação de Israel a vencer uma batalha onde a vitória 
parecia impossível de ser alcançada e a sofrer uma derrota onde o desafio parecia ser 
bem mais fácil?
Três fatores foram preponderantes para os resultados em ambas as ocasiões:
1º FATOR (que levou o povo a ser vitorioso em Jericó e derrotado em Ai)
I – DEPENDÊNCIA DE DEUS (Josué 5:13-15; 6:2)
 X
 AUTOCONFIANÇA (Josué 7:2-5)
a) EM JERICÓ – DEPENDÊNCIA DE DEUS
A Bíblia revela que Josué antes da batalha em Jericó demonstrou dependência de 
Deus buscando a direção e confirmação divinas (ler Josué 5:13-15; 6:2).
PR. LUCIANO SALVIANO
- 31 -
Veja o que diz a revelação profética sobre essa passagem bíblica:
“Submeter Jericó era considerado por Josué o primeiro passo na conquista de Canaã. 
Mas antes de tudo procurou certeza da guia divina; [...]. Retirando-se do acampamento 
a fim de meditar e orar para que o Deus de Israel fosse adiante de Seu povo, viu um 
guerreiro armado, de grande estatura e presença imponente, [...]. Era Cristo, o exaltado 
Ser, que estava em pé diante do chefe de Israel” (Patriarcas e Profetas, p. 356, grifos 
acrescentados).
Deus Se revelou a Josué quando este O procurou retirando-se do acampamento para 
meditar e orar (5:13-15). E o Senhor lhe garantiu a vitória afirmando: “entreguei na 
tua mão Jericó, o seu rei e os seus valentes” (6:2). Note que Deus não conjuga o verbo 
“entregar” no futuro: “entregarei”. Mas no pretérito perfeito “entreguei”. Ou seja, no 
que depender de Deus, o crente não entra numa batalha para lutar “pela vitória”, mas 
“em vitória”. Amém?
Na busca por uma vida vitoriosa, existem três grupos de pessoas com três diferentes 
maneiras de agir:
1. Os que fazem os melhores planos de que são capazes e esperam que sejam bem-su-
cedidos.
2. Os que fazem os melhores planos possíveis e pedem a Deus que os abençoe.
3. E finalmente, os que perguntam a Deus quais são os planos dEle e em seguida fazem 
aquilo que o Senhor ordena.
Deus tem um plano diário para nossa vida revelado em Sua Palavra:
1. Todas as vezes que acordamos de manhã e saímos correndo para as atividades do 
dia sem buscar a revelação desse plano diário para nossa vida, através da oração e 
da meditação na Palavra de Deus, estamos participando do primeiro grupo.
2. Sempre que despertamos pela manhã e fazemos apenas uma oração por desencar-
go de consciência, sem procurar saber o que Deus tem a nos dizer por meio de Sua 
Palavra, estamos integrando o segundo grupo.
3. Agora quando nos levantamos da cama e recorremos a Deus em sincera oração e 
buscamos Sua direção por meio das Santas Escrituras, estamos fazendo parte do 
terceiro grupo.
Deus tem um plano diário para nossa vida revelado em Sua Palavra. Ele tem vitórias 
programadas para nós a cada dia. Ele tem avisos para nos alertar dos perigos que nos 
esperam naquele dia. Mas, para sabermos quais são, precisamos buscá-Lo a cada ma-
nhã, assim como fez Josué.
Não existe vitória sem dependência diária, constante e ininterrupta de Deus.
- 32 -
OBS: Por favor, não confunda vitória com ausência de problemas. Algumas pessoas 
acham que por terem buscado a Deus pela manhã tudo tem que acontecer como elas 
esperam naquele dia. Às vezes, as vitórias vêm camufladas de aparentes “derrotas”.
b) EM AI – AUTOCONFIANÇA
Já na batalha de Ai, nós não vemos Josué buscando a Deus para receber Sua di-
reção; ele preferiu confiar no relatório dos espias e na força do seu exército. E o 
resultado foi uma derrota inesperada e vergonhosa. (7:2-5)
2º FATOR (que levou o povo a ser vitorioso em Jericó e derrotado em Ai)
II – SEGUIR AS INSTRUÇÕES DE DEUS (Josué 6:3-5)
 X
 SEGUIR AS PRÓPRIAS ESTRATÉGIAS (Josué 7:2-5)
a) EM JERICÓ – O POVO SEGUIU O PLANO DE DEUS E FOI VITORIOSO
Como resultado da busca de Josué pela direção divina, Jesus revelou Sua estratégia 
de guerra para derrotar a cidade (ler Josué 6:3-5).
Porém, o estratagema de Deus parecia no mínimo estranho: o exército de Israel deveria 
rodear a cidade uma vez por dia durante seis dias, acompanhado por um grupo de sete 
sacerdotes munidos cada um com uma trombeta de chifre de carneiro e a arca da alian-
ça junto. E no sétimo dia do cerco, o dia da batalha, dia em que os soldados deveriam 
estar mais descansados para a peleja, Deus pediu que eles rodeassem a cidade sete 
vezes. 
As instruções de Deus, às vezes, parecem estranhas, inadequadas ou até mesmo cômi-
cas; mas o detalhe é que elas sempre funcionam. Quando as tropas israelenses deram 
a sétima volta, os sacerdotes tocaram as trombetas, o povo bradou, os muros ruíram 
miraculosamente, e a nação de Israel tomou a cidade.
O povo só venceu porque seguiu as instruções do Senhor. Assim também, se quisermos 
ter uma vida de vitórias, seja no âmbito profissional, acadêmico, familiar e, sobretudo, 
espiritual, precisamos seguir as instruções de Deus descritas em Sua Palavra e na reve-
lação profética (Espírito de Profecia). Sem seguir as orientações divinas, não há como 
ser vitorioso.
Às vezes, essas diretrizes divinas parecem dispensáveis, inadequadas, ultrapassadas ou 
fora de moda para os nossos dias, mas elas permanecem e sempre funcionam porque 
são princípios de Deus para nos proteger das derrotas e de nossa autossuficiência. 
- 33 -
Exemplos: 
1. Julgo desigual. Mencione um exemplo anônimo de um(a) jovem que desobedeceu 
a essa instrução, casou com alguém de outra fé e sofreu ou sofre até hoje as conse-
quências.
2. Cuidados com a saúde. Cite como muitas pessoas, por não seguirem os princípios 
de saúde e por viver uma vida desregrada, acabam colhendo os resultados doloro-
sos de uma enfermidade grave.
3. Comunhão com Deus. “Buscai a Deus pela manhã, fazei disso vossa primeira tare-
fa”, muitos que não seguem essa instrução acabam, em nome do futuro, trabalhan-
do e estudando tanto que sacrificam seus momentos de comunhão com Deus, e 
terminam se afastando dos caminhos do Senhor para nunca mais voltar.
b) EM AI – O POVO SEGUIU SUAS PRÓPRIAS ESTRATÉGIAS E FOI DERROTADO
Como em Ai não houve uma busca pela direção divina antes de irem para a guerra, 
Deus não teve a chance de mostrar Suas instruções como aconteceu em Jericó, e o 
povo seguiu suas próprias estratégias e sofreu uma derrota vexatória (7:2-5). 
Deus tinha um estratagema definido para vencer a batalha de Ai (8:4-8). Mas, como o 
povo não parou para primeiro buscá-Lo, e preferiu se precipitar em seguir seus próprios 
planos, amargaram uma derrota com a perda de 36 vidas. Lembremosque seremos 
cobrados não só pelo que sabíamos e não fizemos, mas pelo que tivemos a chance de 
saber e desperdiçamos.
Muitas derrotas dolorosas da vida poderiam ser evitadas se tão somente parássemos 
para ouvir e seguir as orientações divinas. Deus tem uma saída para cada desafio da 
vida, mas, às vezes, recorremos a todos os meios, menos Àquele que tem a solução 
para todas as coisas.
Deus respeita o livre arbítrio, a nossa liberdade de escolha. Ele não nos revela aquilo 
que não queremos saber, não nos dá aquilo que não queremos receber. Por isso Ele nos 
incita a orar e diz: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois 
todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á” (Mateus 
7:7, 8).
3º FATOR (que levou o povo a ser vitorioso em Jericó e derrotado em Ai)
III – FIDELIDADE (Josué 6:17-19)
 X
 DESONESTIDADE (Josué 7: 20, 21)
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Após a grande conquista em Jericó, Deus pretendia continuar abençoando a nação com 
outras vitórias, mas antes a lealdade do povo deveria ser testada. O mandamento de 
Deus após o êxito em Jericó foi claro e contundente. O povo deveria destruir a tudo e a 
todos, com duas exceções (ler Josué 6:17-19):
1. Raabe e sua família que estivessem dentro de sua casa.
2. A prata, o ouro, o bronze e o ferro que deveriam ser “Consagrados ao Senhor”. E 
para não haver nenhuma dúvida a respeito do verdadeiro dono daqueles recursos, 
Deus definiu que aqueles bens deveriam ser levados para o “Seu tesouro”.
Infelizmente alguém decidiu desobedecer ao mandamento do Senhor. Acã resolveu 
ignorar o preceito divino e se apossou daquilo que pertencia a Deus. Quando Josué 
indagou a Deus por qual motivo o povo havia sido derrotado em Ai (Josué 7:7), O Senhor 
respondeu enfaticamente: “Israel pecou... tomaram das coisas condenadas (referindo-
Se à capa babilônica que deveria ter sido queimada com as outras coisas), e furtaram” 
(referindo-Se ao ouro e a prata que deveriam ter sido levados ao tesouro do Senhor) 
(Josué 7:11).
O povo foi derrotado porque roubou a Deus.
Assim também, muitos fracassam na vida porque se apossam daquilo que não lhes per-
tence.
A Bíblia diz: “Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação 
toda” (Malaquias 3:9).
A fidelidade a Deus é imprescindível para uma vida de sucesso, pois ela determina se 
somos dignos da confiança de Deus ou não. Como Deus vai nos confiar coisas maiores 
se não conseguimos ser honestos em coisas tão pequenas. O desejo de Deus é dizer a 
nosso respeito: “servo bom e fiel, fostes fiel no pouco, sobre o muito te colocarei” (Ma-
teus 25:21). Deus deseja nos fazer condutos de bênçãos, mas nosso egoísmo e deso-
nestidade nos tornam represas destas bênçãos, impedindo que elas continuem sendo 
derramadas em nossa vida.
O QUE LEVOU ACÃ A SE APOSSAR DAQUILO QUE PERTENCIA A DEUS:
O texto bíblico revela de maneira implícita o que levou Acã a apoderar-se daquilo que 
pertencia a Deus: a falta de discernimento entre o santo e o secular.
Deus havia considerado a prata, o ouro, o bronze e o ferro como sendo “Consagrados ao 
Senhor” (6:19). Quando Acã os viu, considerou-o como “despojos” (7:21).
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Muitos se apossam da propriedade de Deus porque não aprenderam a discernir entre 
o santo e o comum.
Sabe por que muitos adventistas guardam o sábado relaxadamente fazendo coisas ilíci-
tas no dia do Senhor? Por que eles olham para o sábado veem apenas mais um dia, um 
dia comum; ao invés de considerá-lo santo e sagrado.
Sabe por que muitos de nós destruímos a saúde comendo, bebendo e vivendo contra 
os princípios de saúde? Por que nos olhamos no espelho e vemos apenas um corpo hu-
mano comum; quando deveríamos enxergar algo santo e sagrado, o templo do Espírito 
Santo.
Sabe por que muitas vezes nos apossamos do dízimo do Senhor? Porque quando re-
cebemos nossas rendas a consideramos toda ela apenas dinheiro; quando na verdade 
parte dela (10%) é santo e sagrado e pertence ao Senhor.
Por não respeitar o que é santo e sagrado o povo foi derrotado em Ai.
Assim também, se quisermos obter uma vida vitoriosa, precisamos ser honestos e fiéis 
para com Deus e não nos apossarmos daquilo que Lhe pertence.
CONCLUSÃO
Deus é dono de tudo, e não precisa de nada. A grande pergunta é: se Deus é dono de 
tudo e não precisa de nada, por que Ele nos pede coisas?
Resposta: Tudo que Deus nos pede, não é para Ele, mas para o nosso próprio benefício.
Deus não quer coisas, Ele quer você; mas para não perder você, Ele pede coisas.
Mordomia é Deus querendo nos fazer vitoriosos em todos os segmentos da vida, acima 
de tudo o espiritual. Mas para isso Ele prova nossa lealdade. 
Se é dono do meu tempo, eu preciso provar isso, dedicando as primícias de meu tempo 
a Ele todos os dias na primeira hora da manhã.
Se Deus é o Senhor da minha vida, eu preciso provar isso, seguindo todas as Suas ins-
truções contidas em Sua Palavra.
Se Deus é dono de minhas posses, eu preciso provar isso, sendo honesto, e devolvendo 
aquilo que Lhe pertence: o dízimo fiel e as ofertas voluntárias.
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Fazendo assim, seremos vitoriosos, construiremos um caráter semelhante ao de Cristo, 
provaremos nossa lealdade ao Senhor, e ouviremos de Sua melodiosa voz um dia: “Mui-
to bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo 
do teu Senhor” (Mateus 25:21).
Quantos gostariam de ouvir de Jesus essas palavras?
ILUSTRAÇÃO PARA APELO FINAL
A Flor da Honestidade
Conta-se que por volta do ano 250 a.C., na China antiga, um príncipe da região norte do 
país estava às vésperas de ser coroado imperador mas, de acordo com a lei, ele deveria 
se casar. ... Sabendo disso, ele resolveu fazer uma “disputa” entre as moças da corte ou 
quem quer que se achasse digna de sua proposta. ... No dia seguinte, o príncipe anun-
ciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um de-
safio.... Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários 
sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria 
um sentimento de profundo amor pelo príncipe... Ao chegar à casa e relatar o fato à 
jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia ir à celebração, e indagou incrédula: 
“Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças 
da corte. Tire essa ideia insensata da cabeça, eu sei que você deve estar sofrendo, mas 
não torne o sofrimento uma loucura”. ... E a filha respondeu: “Não, querida mãe, não 
estou sofrendo e muito menos louca, eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é 
minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe; isso já 
me torna feliz”. À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais 
belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas joias e com as mais deter-
minadas intenções. Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio: Darei a cada uma 
de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, 
será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China. A proposta do príncipe não 
fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de 
“cultivar” algo. O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas 
artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia 
que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se 
preocupar com o resultado. Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo ten-
tara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Por fim, os seis 
meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e dedicação a 
moça comunicou a sua mãe que, independente das circunstâncias retornaria ao palácio, 
na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na 
companhia do príncipe. Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como to-
das as outras pretendentes, cada uma com uma flormais bela do que a outra, das mais 
variadas formas e cores. Ela estava admirada, nunca havia presenciado tão bela cena. 
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Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretenden-
tes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o 
resultado e indica a bela jovem como sua futura esposa. As pessoas presentes tiveram 
as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justa-
mente aquela que nada havia cultivado. Então, calmamente o príncipe esclareceu: Esta 
foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz: A flor da 
honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.
APELO FINAL
Um dia, “O Príncipe do exército do Senhor” (Josué 5:15) virá para escolher Seus súdi-
tos que morarão com ele nos palácios celestiais. Ele não escolherá pelas aparências, 
mas pela integridade de caráter, única coisa que levaremos desta Terra. “porque o SE-
NHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração” 
(1 Samuel 16:7).
“Não é dos fortes a vitória, nem dos que correm melhor, mas dos fiéis e sinceros, como 
nos diz o Senhor”.
Se você crê nisso, cante comigo as estrofes do Hino 74 – “Sempre Vencendo”.
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SERMÃO 07
MORDOMIA DO AMOR
INTRODUÇÃO
1. Somos ensinados desde criança que Deus é amor. Verdade pura!
2. Quero iniciar minha mensagem com este sublime pensamento encontrado no livro 
Caminho a Cristo: “A natureza e a revelação dão testemunho do amor de Deus. 
Nosso Pai celestial é a fonte de vida, sabedoria e felicidade. Olhe para as coisas 
maravilhosas e lindas que há na natureza” (p. 9, Nova Edição). 
3. “‘Deus é amor’ está escrito em cada botão de flor que se abre e em cada folha que 
cresce no campo. Os belos pássaros, que alegram o ar com seus alegres cantos, as 
flores, perfeitas e delicadamente coloridas, que perfumam o ar, as árvores frondo-
sas da floresta, com sua exuberante e viçosa folhagem — tudo dá testemunho do 
cuidado paternal do nosso Deus e do desejo que Ele tem de tornar os Seus filhos 
felizes” (Idem, p. 9).
I. DEUS É AMOR
1. O amor parece ser usado na Bíblia para definir ou descrever a essência de Deus. 
A afirmação de João, “Deus é amor” (1 João 4:7, 8), é uma das mais importantes 
descrições da natureza de Deus nas Escrituras. 
2. De fato, não há necessidade de nenhuma motivação externa, porque amar é a ver-
dadeira natureza de Deus.
3. “O amor de Deus é qualquer coisa mais que simples negação; é um princípio po-
sitivo e ativo, uma fonte viva, brotando sempre para beneficiar outros. Se o amor 
de Cristo habita em nós, não somente não nutriremos nenhum ódio contra nossos 
semelhantes, mas buscaremos por todos os modos manifestar-lhes amor” (O Maior 
Discurso de Cristo, p. 58).
PR. CARLOS CARDOSO PINHEIRO
1 João 4:7 e 8
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II. AÇÕES DIVINAS MOTIVADAS PELO AMOR
1. Deus é amor, significa que todas as Suas ações são originadas e motivadas pelo 
amor. A escolha está baseada em Seu amor (Deuteronômio 7:7, 8), assim como na 
redenção (Isaías 43:4, 63:9). 
2. Ele ama não apenas Seu povo (Deuteronômio 33:3), mas também o estrangeiro 
(10:18). A revelação do amor de Deus alcança sua mais profunda dimensão de sig-
nificado na encarnação, ministério, morte e ressurreição de Jesus.
3. Seu amor pelos pecadores não é motivado pela miséria de sua condição pecami-
nosa, mas pelo fato de que Deus é amor, esse é o grande fato que O faz amar os 
pecadores apesar de seus pecados.
4. “É o amor de Cristo que faz o nosso Céu. Mas quando procuramos falar desse amor, 
a linguagem nos falha. Pensamos em Sua vida na Terra, em Seu sacrifício por nós; 
pensamos em Sua atuação no Céu como Advogado nosso; nas mansões que está 
preparando para os que O amam; e só podemos exclamar: ‘Oh, as alturas e profun-
dezas do amor de Cristo!’” (Mente, Caráter e Personalidade, v. 1, p. 251).
5. O amor ocorre entre indivíduos que recebem, dão e correspondem. Isso levanta a 
importante questão da natureza do amor de Deus antes da criação. O amor altruísta 
é uma possibilidade somente se existir outra pessoa com quem possa ser comparti-
lhado. 
6. Antes da criação, quando Deus “era”, Ele estava sozinho. Seu amor então, era egoís-
ta? A natureza de Deus foi alterada depois dEle criar criaturas inteligentes, capazes 
de receber e dar amor? 
7. Teólogos cristãos dão um ressonante “não” como resposta a essas perguntas. A Bí-
blia fala de somente um Deus que é amor. Amor altruísta, portanto, pertence a Ele, 
que não experimentou mudança; Ele é aquilo que Ele sempre foi: “amor”.
III. AMOR ALTRUÍSTA
1. Teólogos têm argumentado fortemente que o amor altruísta encontra expressão 
eternal dentro de Deus, no mistério da Trindade. 
2. As relações entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo foram condicionadas pela essência 
do amor altruísta, que era comum a cada um deles.
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3. O amor altruísta requer um encontro de pessoas distintas, e é exatamente isso que 
encontramos no mistério de um Deus triúno. Através da eternidade, o Pai amou o 
Filho e o Espírito, o Filho amou o Pai e o Espírito, e o Espírito amou o Pai e o Filho.
4. “Por mais que um pastor ame as suas ovelhas, ama ainda mais a seus próprios filhos 
e filhas. Jesus não é somente o nosso Pastor; é nosso ‘eterno Pai’. E Ele diz:‘Conheço 
as Minhas ovelhas, e das Minhas sou conhecido. Assim como o Pai Me conhece a 
Mim, também Eu conheço o Pai.’ João 10:14 e 15” (Mente, Caráter e Personalidade, 
v. 1, p. 250).
5. “Que declaração esta! É Ele o Filho unigênito, aquele que Se acha no seio do Pai, 
Aquele que Deus declarou ser ‘o Varão que é o Meu companheiro’ (Zacarias 13:7), 
e apresenta a união entre Ele e o eterno Deus como figura da que existe entre Ele e 
Seus filhos na Terra!” (O Desejado de Todas as Nações, p. 483).
A criação é boa, porque foi trazida à existência por um Deus amoroso (Gênesis 1:31). A 
realidade altruísta é assim evidenciada pelo cuidado mantenedor do nosso Pai amoroso.
CONCLUSÃO
Um entendimento claro sobre o amor de Deus protege a mordomia de cair no legalismo.
Um mordomo fiel não é aquele que procura forçar Deus a amá-lo. 
O fiel mordomo, que ama a Deus e reconhece Seu amor, cuida dos negócios de maneira 
a não envergonhar seu Mestre.
Veja o que diz Ellen White: “Deus Se desgosta com a maneira negligente, frouxa em que 
muitos dos que professam ser Seu povo dirigem seus negócios mundanos. Parecem ter 
perdido todo o senso de que a propriedade que estão usando pertence a Deus, e Lhe 
devem prestar contas de sua mordomia” (TS1, 69, 70 ).
“Alguns têm os negócios seculares em total confusão. Satanás observa tudo isto, e dá o 
golpe no momento oportuno, tirando, por seu mau uso, muitos recursos das fileiras dos 
observadores do sábado” (TS1, 71).
“Foi-me mostrado o terrível fato de que Satanás e seus anjos têm tido mais que ver 
com o uso da propriedade do povo que professa ser de Deus, do que o próprio Senhor. 
Os mordomos dos últimos dias são imprudentes. Permitem que Satanás lhes controle 
as questões de negócios, e leve para as próprias fileiras aquilo que pertence à causa 
de Deus, e nela deveria estar. Deus vos observa, mordomos infiéis; Ele vos chamará a 
contas” (TS1, 71).
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SERMÃO 08
AS TRÊS RIQUEZAS DE JÓ
“No cemitério Rock Creem, em Washington D.C., está uma famosa estátua da dor feita 
por Augustus Saint-Gaudens. Ele pretendia que ela fosse uma personificação de toda 
dor humana. A Bíblia tem sua própria personificação da dor, na pessoa de Jó” (Comen-
tário Bíblico Adventista, v. 3, p. 555).
A Bíblia começa descrevendo Jó como um homem, é interessante notar que ele não é 
descrito como um super-homem. Isso significa que ele era feito do mesmo material que 
nós, isso quer dizer que ele não tinha vantagens em sua formação, isso quer dizer que as 
suas vitórias podem ser as nossas vitórias, que as suas dores podem ser as nossas dores, 
que o seu Deus pode ser o nosso Deus.
O relato Bíblico começa da seguinte maneira:
JÓ 1:1-3
Esses três versosdescrevem as três riquezas de Jó
1ª RIQUEZA ESPIRITUAL
No verso 1 ele é descrito como um homem que possuía riqueza espiritual: integro (não 
significa ausência de pecado, mas plenitude, maturidade, um homem irrepreensível), 
justo (reto, correto), temente a Deus (lealdade e devoção a Deus), se desvia do mal 
(evitava o mal, desviando-se dele como da presença do perigo).
2ª RIQUEZA FAMILIAR
No verso 2 ele é descrito como um homem que possuía riqueza familiar: Jó possuía uma 
família próspera de dez filhos. Os versos 4 e 5 ampliam a noção dessa riqueza, pois diz 
que os filhos de Jó gostavam de passar tempo juntos frequentemente. A maneira como 
ele cuidava dos filhos mostra que era uma família piedosa.
3ª RIQUEZA MATERIAL
“Naquele tempo, a riqueza era medida principalmente em termos de terras, animais e 
servos; e Jó possuía os três em abundância” (Comentário Bíblico Expositivo, v. 3, p. 9).
PR. JOSANAN ALVES
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AS RIQUEZAS QUE DEUS ABENÇOA
Talvez você não tenha tido nenhuma dificuldade de descrever os desejos para a vida es-
piritual e familiar, mas muitas vezes temos dificuldade, principalmente em um ambien-
te espiritual, de pensar em riquezas materiais. Muitas vezes imaginamos essa riqueza 
como algo secular que não tem que com a vida espiritual, mas o livro de Jó nos mostra 
que Deus não tem nada contra essas três riquezas: espiritual, familiar e material. Ape-
sar de a Bíblia descrever que nem todos os filhos de Deus recebem a riqueza familiar 
e a riqueza material, Deus muitas vezes concede essas riquezas aos Seus filhos como 
ofereceu a Jó (Eclesiastes 5:19). A grande questão da riqueza de Jó é a ordem em que 
ela está descrita: Primeiro espiritual, depois familiar e por fim material. Essa é a visão 
bíblica da riqueza abençoada. O grande problema da humanidade é buscar riquezas 
começando pelo material ou mesmo familiar e não pelo espiritual. Foi isso que Jesus 
quis ensinar ao dizer: “Portanto, não se preocupem, dizendo: ‘Que vamos comer?’ ou 
‘Que vamos beber?’ ou ‘Que vamos vestir?’, pois os pagãos é que correm atrás dessas 
coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas. Busquem, pois, em primeiro 
lugar o Reino de Deus e a Sua justiça, e todas essas coisas serão acrescentadas a vocês” 
(Mateus 6:31-33).
Jó possuía riqueza material em abundância. Porém, sua riqueza não o afastou de Deus. 
Ele reconheceu que o Senhor havia lhe dado todos os seus recursos (Jó 1:21) e usou sua 
riqueza com generosidade para beneficiar outros (Jó 4:1-4; 29:12-17; 31:16-32). “Na 
Bíblia as riquezas materiais não são antagônicas nem isoladas da vida espiritual, mas 
positiva e intimamente ligadas a ela” (Dinheiro, sexo e poder, p. 52).
Quando a prioridade da minha vida é ser rico espiritualmente, Deus me dará a capaci-
dade de honrá-Lo com as outras riquezas que Ele deseja colocar em minhas mãos. Então 
a pergunta a ser respondida neste momento é: EM QUE ORDEM ESTÃO AS RIQUEZAS 
EM SUA VIDA? Será que você não está correndo tanto atrás da riqueza material que não 
está tendo tempo para a comunhão pessoal?
Será que você não está correndo tanto atrás da riqueza material que não está tendo 
tempo para o culto familiar e para um contato íntimo com os membros da sua família?
Se não buscarmos a riqueza na ordem em que a riqueza de Jó é descrita, podemos ter 
o nosso relacionamento com Deus e nosso relacionamento familiar ameaçados. Quan-
do Jesus fez advertências quanto às riquezas, podemos perceber, pelo contexto, que 
sempre estavam relacionadas ao fato de as riquezas estarem tomando o lugar da vida 
espiritual:
“Mas ai de vocês, os ricos” (Lucas 6:24).
“Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Lucas 16:13). 
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“Não acumulem para vocês tesouros na terra” (Mateus 6:19).
“Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo tipo de ganância” (Lucas 12:15).
O autor Richard Foster diz:
“Quando Jesus usa o termo aramaico mammon para referir-se às riquezas, está confe-
rindo a elas natureza pessoal e espiritual. Ao declarar: ‘Vocês não podem servir a Deus 
a ao dinheiro’ (mammon no original, Mateus 6:24), Ele está personificando Mamom 
como um deus rival. Ao dizer isso, Jesus deixa inequivocamente claro que o dinheiro 
não é um meio impessoal de troca. O dinheiro não é algo moralmente neutro... Mamom 
é um poder que busca dominar-nos” (Dinheiro, sexo e poder, p. 41).
Ao colocar a riqueza espiritual de Jó em primeiro plano, a Bíblia está descrevendo que 
ela dominava as outras duas riquezas. 
AS PERDAS DE JÓ
Quando é permitido a Satanás atacar Jó, o texto descreve os acontecimentos assim:
JÓ 1:14-22
Não sei se você consegue perceber, mas quando as perdas de Jó são descritas, a ordem 
das riquezas se inverte: Primeiro Jó perde as riquezas materiais, depois ele perde a 
riqueza familiar, mas a riqueza espiritual não é abalada pois a Bíblia diz: “Em tudo isso 
não pecou Jó”. 
É como se a Bíblia estivesse nos dizendo: na ordem de prioridade temos o: Espiritual, 
familiar e material. E se tiver que perder, perca na seguinte ordem: material e familiar, 
mas nunca perca a espiritual “Pois que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e 
perder a sua alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma?” (Mateus 
16:26).
Na verdade, todo o livro de Jó é uma defesa de sua riqueza espiritual. Em nenhum 
momento ele está disposto a abrir mão da riqueza espiritual pelas outras riquezas. Essa 
deve ser a nossa busca também.
MORDOMIA DAS PERDAS
No capítulo 1, Jó é apresentado como um bom mordomo das boas dádivas de Deus, 
riqueza, muitos filhos, etc.
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Mas no capítulo 2 versos 9 e 10, depois que Jó é atacado pelo inimigo sua mulher sugere 
que ele amaldiçoe a Deus. Ele, porém, responde: “receberemos o bem de Deus, e não 
receberíamos também o mal?”
O argumento de Jó para a esposa era: nos bons momentos fui um bom mordomo de 
Deus e o serei também nos maus momentos. 
Nesse mundo de pecado, às vezes temos que ser mordomos dos momentos de dores e 
perdas. A maior realidade da vida é que os maus momentos chegam e é nesses momen-
tos em que os fiéis brilham com mais intensidade. 
A teologia da prosperidade nunca pregaria isto: SER UM BOM MORDOMO DAS PERDAS, 
HONRAR A DEUS EM MEIO A DOR, mas a teologia bíblica da fidelidade tem que pregar 
isso. 
Muitas vezes “temos que confiar em Deus em meio à escuridão até que volte a luz” (A. 
W. Tozer).
Precisamos ter a certeza de que “a dolorosa tesoura de podar está nas seguras mãos de 
Deus” (Jonh Stott).
E que “a masmorra com Cristo é um trono, e um trono sem Cristo é um inferno” (Mar-
tinho Lutero). 
E ainda: ”mesmo não sabendo por quais caminhos Deus nos conduz, podemos confiar 
em nosso guia” (Martinho Lutero). UM BOM MORDOMO NA DOR! Que Deus nos ajude 
a honrá-Lo como bons mordomos nos bons e maus momentos.
DEUS RESTITUI
O livro de Jó termina com a restituição. Esta também é dividida em três partes:
A riqueza espiritual foi ampliada: “Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas 
agora os meus olhos te viram” (Jó 42:5).
A riqueza material foi dobrada: “O Senhor abençoou o final da vida de Jó mais do que o 
início. Ele teve catorze mil ovelhas, seis mil camelos, mil juntas de boi e mil jumentos” 
(Jó 42:12).
A riqueza familiar não foi devolvida (pois seus 10 filhos permaneceram mortos) nem foi 
dobrada (pois no final do livro ele tinha dez filhos e não vinte), mas Jó teve outros “Sete 
filhos e três filhas” (Jó 42:13).
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A VERDADEIRA RIQUEZA DE JÓ
A verdadeira reposição de Jó será feita no céu, lá ele receberá as riquezas eternas os fi-
lhos em dobro (na esperança da ressurreição dos seus filhos), mas conservará a riqueza 
eterna pois o nosso caráter, que é a maior riqueza espiritual, deve ser moldado por Deus 
aqui, e será levado para a glória.
“Muitos estão enganando a si mesmos por pensar que o caráter será transformado na 
vinda de Cristo, mas não haverá conversão de coração em Seu aparecimento. Temos 
que nos arrepender de nossos defeitos de caráter aqui, e pela graça de Cristo preci-
samos vencê-los enquantodura a graça. Este é o lugar para nos prepararmos para a 
família do Alto”. (O Lar Adventista, p. 319)
APELO
Onde está o seu tesouro?
Qual é a ordem de prioridade das suas riquezas?
Peça a Deus, neste momento, para priorizar em sua vida, o que é prioridade para Ele. 
Gostaria de convidá-los a pegar o adesivo que receberam para, neste momento, reno-
var nosso compromisso de fidelidade e generosidade para com a causa de Deus.
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SERMÃO 09 1 Reis 17:8-16
BÊNÇÃOS DA OBEDIÊNCIA
 
INTRODUÇÃO
Talvez o casal de reis mais conhecido da Bíblia seja Acabe e Jezabel. Um rei moralmente 
fraco e uma rainha dominadora, mergulharam a nação de Israel na mais profunda apos-
tasia. O povo se afastou de Deus. Buscavam somente os prazeres do mundo e uma vida 
de idolatria. A obediência a Deus era um artigo raro. 
Nesse tempo viveu Elias, cujo nome já era uma pregação: “meu Deus é Jeová ou o SE-
NHOR é o meu DEUS”. Enquanto o nome da realeza estava relacionado a baal ou mo-
loque, deus fenício da fertilidade, o nome Elias estava relacionado com a adoração ao 
Deus de Israel. O nome do filho de Deus precisa estar conectado com o Deus verdadeiro.
Depois de anunciar um período de seca, fugir da presença do rei e encontrar refúgio 
no ribeiro de Querite, cujas águas se secaram (1 Rs 17:1-7), por indicação de Deus, vai 
agora até a cidade de Sarepta, cidade costeira da Fenícia, situada a 14,4km ao sul de 
Sidón e a 21,6km ao norte de Tiro. Conhecida hoje como Tsarafand.
A palavra sarepta significa crisol ou fornalha de fundição, nome dado provavelmente 
devido à atividade de fundição de metais existente nesse local à época do relato bíblico. 
A essa cidade – mesmo no coração de um país governado por reis propícios a Baal – 
Deus enviou Elias para ser sustentado por uma viúva que não era israelita. Certamente 
Acabe nunca o encontraria ali. 
Elias foi a Querite por indicação divina. Quando seguimos o que Deus ordena não quer 
dizer que o céu será sempre azul e o sol sempre brilhante. Há dias de trevas. Pode ser 
que o ribeiro seque. Mas Deus não deixa Seus filhos nas trevas. Imediatamente veio a 
Palavra do SENHOR a Elias, enviando-lhe agora ao crisol. Do ribeiro seco à fornalha da 
aflição, Deus nunca abandona aqueles que Lhe são fiéis. 
I. DEUS VÊ A NECESSIDADE
“Então, lhe veio a palavra do SENHOR...” (1 Rs 17:8).
Quando o ribeiro secou, Deus não Se demorou. Viu a necessidade de Elias. O profe-
ta atendeu à voz de Deus. A Palavra de Deus guia todo aquele que decide escutá-la. 
PR. IVANCY ARAÚJO
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A. Viu a necessidade de Elias
1. “Dispõe-te, e vai a Sarepta…” (v. 9). Deus convida Elias a sair do seu país e a ir 
a um lugar chamado crisol. Ali Deus iria provar o profeta, mas principalmente a 
alguém que estava também em necessidade.
2. “Onde ordenei a uma mulher […] (v. 9). Uma mulher! Nessa época havia muito 
preconceito em relação a elas. Porém, Deus desconhece os preconceitos e não 
trabalha de acordo com os complexos humanos.
3. “[…] Viúva que te dê comida […]”(v. 9) – Quem? O prefeito da cidade? Um rico 
comerciante? Um grande empresário? Não! Não foi tampouco uma rica viúva. 
Naquela época haviam muitas viúvas e a tendência era serem esquecidas pela 
comunidade. A mulher a quem Deus enviou Elias estava falida financeiramente. 
Havia perdido tudo. Estava mesmo a ponto de morrer de fome. Era a pessoa 
menos indicada para ajudá-lo. No entanto, Deus tem um propósito em todas as 
Suas ações. Basta ao ser humano crer e permanecer dentro do plano de Deus. 
B. Viu a necessidade da mulher (1 Rs 17:10-12)
1. Porque Deus escolheu essa mulher? A preocupação inicial não era Elias? Parece 
que Deus estava preocupado com um profeta faminto e uma viúva desamparada!
2. Nos dias de hoje Deus vê a necessidade de Sua obra avançar e o evangelho 
alcançar todo o mundo. Ele sabe que para isso é necessário dinheiro. Para que 
o evangelho seja pregado a todas as pessoas são necessários recursos. Mas, 
ao mesmo tempo, Deus está preocupado com suas necessidades. Ele vê. Ele 
provê. Deus dá a oportunidade de você participar porque Ele quer abençoá-lo 
também. Se você não se envolver, a obra não vai parar. Deus não está limitado 
à ação de uma pessoa, embora prefira contar com ela.
3. Os pedidos de Elias (versos 10, 11, 12)
a) Água
b) Alimento
c) Ganhou também a dormida. Quase fez como o colportor: “Dê-me um copo 
de água, porque estou com tanta fome que não tenho onde dormir”.
d) A mulher apresentou a Elias o último alimento que tinha (verso 12). Deus 
sabia que aquela viúva estava perto de morrer de fome. O pedido era uma 
prova de fé.
II. DEUS FAZ UM PEDIDO
A. Antes do pedido, temos uma palavra de ânimo.
1. “Não temas…” (v. 13). Gosto dessa expressão. Ela aparece 365 vezes na Bíblia. 
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Uma vez para cada dia do ano. “Não tenha medo, não se preocupe. Eu sei que 
você não é da mesma religião que a minha, nem é israelita, é possível que nem 
seja batizada ainda. Mas não tema. Eu conheço um Deus maravilhoso”, talvez 
Elias tivesse dito isso à viúva. Quem sabe, se fosse você, teria pensado: “Quem 
é esse estranho que já começou pedindo?”. Porém, a certeza de Deus é: NÃO 
TEMAS.
2. “…Vai e faze o que disseste; mas primeiro faze dele para mim […] Depois, fa-
rás para ti mesma e para teu filho” (v. 13 – ênfase acrescentada). Elias, como 
representante de Deus, pediu que fizesse primeiro para ele. Quem é esse des-
conhecido que se põe como preferência, até sobre meu filho e minha família? 
Por que primeiro para Deus?
3. Quando Deus faz um pedido, Tem a prioridade. Os pedidos de Deus são para 
provar nossa fé. “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, 
e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6:33). Esse verso está no 
contexto do sermão da montanha. Jesus falava da preocupação com necessi-
dades básicas: comer, beber e vestir (Mt 6:31, 32). Deus pede que separemos 
a primeira hora da manhã para comunhão com Ele. Pede que observemos o 
sábado exclusivamente para adoração. Ele pede que separemos em primeiro 
lugar o santo dízimo e uma oferta percentual, planejada e que represente nossa 
gratidão. As janelas do céu se abrem quando exercitamos nossa fé nAquele que 
é o dono da prata e do ouro (Ag 2:8).
4. O princípio bíblico da primazia é: Deus tem a preferência. Ele deve ocupar o 
primeiro lugar em nossa vida. Escolher prioridades é a chave das mudanças.
III. DEUS FAZ UMA PROMESSA
A. “Porque assim diz o SENHOR, Deus de Israel […]” (v. 14):
1. Um Deus que talvez você desconheça o Seu poder. Que você nunca tenha pro-
vado. É possível até que você O veja distante. Quem sabe, nem O tenha buscan-
do frequentemente em oração e comunhão através de Sua Palavra.
2. Seria um Deus exigente? Que pede 10% de suas rendas? Mas o que você ganha 
é realmente seu? A Bíblia diz: “Ao SENHOR pertence a terra e tudo o que nela 
se contém, o mundo e os que nele habitam” (Sl 24:1). 
B. A promessa de Deus foi: “A farinha da tua panela não se acabará, e o azeite da tua 
botija não faltará, até ao dia em que o SENHOR fizer chover sobre a terra” (v. 14). 
1. Deus faz uma promessa maravilhosa. Na Bíblia temos 3.573 promessas. A mais 
importante é a do segundo advento. Aparece mais de 300 vezes no Novo Tes-
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tamento. E o apóstolo Paulo nos dá uma segurança: “Porque quantas são as 
promessas de Deus, tantas têm nEle o sim” (2 Co 1:20).
2. Que teria acontecido a essa mulher se houvesse duvidado? Se não tivesse obe-
decido? Será que a botija teria permanecido cheia e a panela com o trigo? Teria 
Jesus feito menção a ela no Novo Testamento? (Lc 4:25, 26). Teria permanecido 
viva para contar a história? 
3. Se não houvesse acreditado, talvez pudesse ser escrito o seguinte epitáfio em 
seu túmulo: “Aqui jaz uma mulher que não quis acreditar em Deus!” Diz Ellen G. 
White: “Há os que acham difícil exercer fé e se colocam do lado da dúvida. Estes 
perdem muito por causa de sua incredulidade” (O Desejado de Todas as Nações, 
p. 819). Porém, ela se demonstrou uma crente. Fiel ao pedido do profeta!IV. DEUS CUMPRE A PROMESSA
A. A promessa é condicional 
1. “Foi ela e fez segundo a palavra de Elias […]” (v. 15). Podemos ver aqui dois 
aspectos: crer e obedecer. Esta é a condição que Deus espera de Seus filhos para 
que Ele possa cumprir Suas promessas em nossa vida. 
B. A promessa é certa 
1. “[...] Assim, comeram ele, ela e a sua casa muitos dias. Da panela a farinha 
não se acabou, e da botija o azeite não faltou, segundo a palavra do SENHOR, 
por intermédio de Elias” (vs. 15, 16). Uma decisão feliz que resultou em bênção 
para todos.
2. Deus nos faz outro pedido: “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para 
que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos 
Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bên-
ção sem medida” (Ml 3:10). Devemos obedecer a Deus não somente para obter 
Suas bênçãos, pois seria uma obediência interesseira. Devemos obedecer por 
amor e porque já fomos abençoados.
3. Provar não é provocar. Provocar é presunção. Provar é fé. “Mas a fé não é de 
maneira nenhuma aliada à presunção. Somente o que tem verdadeira fé está 
garantido contra a presunção. Pois presunção é a falsificação da fé, operada 
por Satanás. A fé reclama as promessas de Deus, e produz frutos de obediência. 
A presunção também reclama as promessas, mas serve-se delas como fez Sata-
nás, para desculpar a transgressão” (O Desejado de Todas as Nações, p. 126).
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CONCLUSÃO
a) Mesmo nos momentos de crise, quando o ribeiro seca ou passamos pela fornalha, 
Deus está nos guiando através de Sua Palavra. Obedecer é ouvir. 
b) Deus conhece a sua necessidade e a minha. Sabe o que nos falta. Mas, Ele nos 
faz um pedido: separe primeiro o que Me pertence, antes de pagar as dívidas, de 
gastar, de fazer qualquer outra coisa. Ele diz: “não temas”. Com o pedido vem a 
promessa. Ele é fiel. O mesmo Deus de Elias e da viúva é o mesmo de hoje e será 
eternamente! (Hb 13:8)
c) Gostaria você de continuar recebendo as ricas bênçãos de Deus? Aceite o convite de 
Deus para colocá-Lo em primeiro lugar em sua vida sempre? 
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SERMÃO 10 3 João 2
A PROSPERIDADE NÃO VEM POR ACASO
I. INTRODUÇÃO
a. Ilustração: Isidoro ficou órfão de pai e mãe quando criança. Não conheceu os ir-
mãos e parentes próximos. Ele ficou sob a responsabilidade de uma família que era 
os melhores amigos de seus pais.
Isidoro não teve uma infância feliz. A família que o acolheu vivia próxima da cidade e 
cultivavam uma variedade de frutas e produziam leite, pois possuíam um estábulo gran-
de. A Isidoro coube a responsabilidade de vender o leite. Isso ele fazia a cada manhã, 
quando ia à cidade para frequentar a escola. Toda vez que a venda não ia bem ou se ele 
derramava o leite, era castigado.
Certo dia, todo o leite caiu no chão e o Isidoro, com muito medo, esperava ser castigado, 
mas nunca imaginou que naquele dia receberia o pior castigo que já lhe tinha sido dado. 
Naquela tarde, o Isidoro, sem dinheiro e sem leite, foi levado para longe da casa e, no 
silêncio do entardecer, ele foi amarrado’ pelos pés e o prenderam a uma árvore. Ali ele 
foi deixado à sua sorte, possivelmente para morrer, com apenas treze anos.
Para a bênção de Isidoro, depois de algumas horas, já noite, alguém passou por perto e 
ouviu os gritos dilacerantes de um adolescente que pedia ajuda e, imediatamente, ele 
foi resgatado.
Essa terrível experiência fez com que o Isidoro se visse obrigado a não voltar para aque-
la casa e, com pouca idade e falta de experiência, assumiu o grande desafio de ir para 
Lima (capital do Peru) para enfrentar a dureza da vida em tenra idade.
Os dias de sua juventude se converteram em dias de sofrimento, de muitas lutas, mas 
sempre com uma fé inquebrantável em Jesus, fé que adotou e desenvolveu na esco-
la, através dos ensinos de sua professora. Isidoro entregou a vida a Jesus e decidiu se 
manter fiel no lugar para onde migraria. Sem se afastar da igreja, Isidoro superou os 
obstáculos, não se deixou levar pelas circunstâncias e, pelo contrário, com a ajuda de 
Deus, venceu toda a adversidade.
PR. EDINSON VASQUEZ
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Com seus próprios esforços, cursou o ensino médio no período noturno, visto que du-
rante o dia trabalhava para se sustentar. Ele estava disposto a prosseguir com os estu-
dos, pois seu objetivo era prosperar.
No entanto, sentiu o chamado de Deus para entregar sua vida ao serviço da salvação 
dos demais e decidiu se preparar no Centro de Estudios Superiores Unión (Hoje Univer-
sidad Peruana Unión) onde concluiu os estudos em Teologia.
Hoje, Isidoro, pastor jubilado, ao lado da esposa e com três filhos missionários e ta-
lentosos, nos diz, com sua própria vida, que a prosperidade não é fruto do acaso. A 
prosperidade é um milagre que Deus permite apenas na vida daqueles que se atrevem 
a vencer as circunstâncias, pondo Deus em primeiro lugar.
b. Texto Bíblico: Gênesis 39:2, 3
“O SENHOR era com José, que veio a ser homem próspero; e estava na casa de seu 
senhor egípcio. Vendo Potifar que o SENHOR era com ele e que tudo o que ele fazia 
o SENHOR prosperava em suas mãos”.
c. Ao considerar a vida de José, um jovem fiel, podemos ver como o Senhor permite 
o sofrimento a Seus fiéis, mas nunca a derrota daqueles que vivem pela fé; e, por 
outro lado, podemos notar que Deus tem Seu tempo e que, quando age, as circuns-
tâncias mudam, porque ocorrem milagres.
d. No capítulo 39 de Gênesis, encontramos cinco vezes a frase: “o Senhor era com 
José”. Três vezes a frase: “homem próspero”. Não obstante, na história de José, en-
contramos três grandes milagres de prosperidade operados por Deus na vida desse 
jovem.
II. PRIMEIRO MILAGRE: DE ESCRAVO A MORDOMO (Gênesis 39:1-6)
a. José iniciou sua nova vida da pior forma.
“Enquanto isso, José com seus detentores estava a caminho do Egito. Jornadeando 
a caravana para o Sul, em direção das fronteiras de Canaã, o rapaz podia discernir a 
distância as colinas entre as quais se achavam as tendas de seu pai. Chorou amar-
gamente à lembrança daquele pai amoroso, em sua solidão e aflição” (Patriarcas e 
Profetas, p. 147).
b. José nasceu e cresceu no conforto que todo jovem gostaria de ter; sem necessida-
des econômicas, desfrutando de liberdade, dono de suas próprias decisões, cuidan-
do da fazenda e dos negócios de seu pai, fazendo projetos de vida para o futuro.
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c. Pouco tempo antes, José olhava de perto a boa administração de seu pai, Jacó, e a 
forma bondosa como tratava os servos. Mas, ao chegar ao Egito, a história mudou 
radicalmente, ele foi vendido como escravo. Agora era administrado como se fosse 
um objeto, ou seja, um escravo, sem liberdade e sem direitos, exposto a um futuro 
incerto e escuro.
d. Essas circunstâncias adversas, para um jovem fiel como José, não o impediram de 
tomar a melhor decisão: “José acreditava que o Deus de seus pais seria o seu Deus. 
Ali mesmo se entregou então completamente ao Senhor, e orou para que o Guarda 
de Israel estivesse com ele na terra do exílio. Sua alma fremiu ante a elevada resolu-
ção de mostrar-se fiel a Deus — de agir, em todas as circunstâncias, como convinha 
a um súdito do Reino do Céu” (Patriarcas e Profetas, p. 147, 148).
e. Potifar viu nesse escravo um jovem diferente, sábio, talentoso, com perfil nobre, 
respeitoso, saudável e líder a quem confiar seus bens e escravos. José, em pouco 
tempo, deixou seus dias de escravidão e se tornou mordomo.
f. Deus nunca abandona a Seus fiéis. Ele não promete que Seus fiéis não sofrerão, mas 
sim Ele promete acompanhar e mudar as más circunstâncias daqueles que decidem 
ser-Lhe fiéis em todas as circunstâncias. Deus permite que Seus fiéis sofram, mas 
não que sejam derrotados. (Gn 39:1-6)
g. APELO
Nesta história podemos ver que a prosperidade não ocorre por acaso; a mudança 
repentina de deixar de ser escravo para se tornar mordomo é o fruto de uma vida 
fiel.
1. Quando você decide ser fiel, pode sofrer as piores circunstâncias, mas Jesus, o 
Guarda de Israel, promete estar ao seu lado e fazer prosperarseus caminhos no 
momento preciso.
2. Você se sente escravo das circunstâncias, e parece que Satanás controla sua 
vida. Entregue seu coração a Jesus e Ele poderá operar um grande milagre para 
mudar a sua condição de escravo para mordomo. De governado por sua infide-
lidade para mordomo de todas as circunstâncias.
III. SEGUNDO MILAGRE: DE PRESO A CHEFE DOS PRESOS (Gênesis 39:20-23)
a. Deus não Se restringe a um lugar ou a uma circunstância para criar as condições e 
dar oportunidade a um jovem fiel como José. Para Deus, o grande impedimento 
para operar grandes milagres é o coração humano que não abre as portas para a 
atuação do Espírito Santo.
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b. A calúnia de uma mulher pagã, guiada por Satanás, conseguiu pôr na prisão um 
jovem íntegro, cujos princípios foram maiores que a tentação; e o respeito a Deus e 
a seu amo, Potifar, estava acima da beleza da mulher que não lhe pertencia.
c. A vida de José na prisão, longe de ser uma maldição, acabou sendo uma grande 
bênção. Quando José chegou a sua nova residência, o chefe da prisão o colocou 
como chefe dos presos. (Gn 39:22)
Uma vez mais, os privilégios mostrados na vida de José não são produtos do acaso. 
A prosperidade é o resultado da companhia de Deus e do esforço humano. A fide-
lidade pode sofrer, mas chega o dia em que o fiel vencerá a crueldade, a infâmia, a 
calúnia ou a maldade.
d. Assim como na casa de Potifar, José teve privilégios e não dormia como um preso 
comum. Não comia dos alimentos dos presos comuns. Ele era homem de confiança 
do chefe da prisão e, pouco a pouco, ganhou o respeito dos presos.
e. A prosperidade não era por acaso. Não havia circunstância adversa que impedisse o 
desenvolvimento do jovem José. Deus estava com José e tudo o que ele fazia pros-
perava.
Em sua primeira residência, na casa de Potifar, ele administrava um pequeno grupo 
de escravos. Agora, administrava uma grande quantidade de pessoas, de todas as 
classes econômicas e culturais.
f. José agora tinha de enfrentar novos desafios, não decepcionar seu novo chefe, ad-
ministrar corações e ganhar o respeito e a confiança dos presos. Coisa que não era 
fácil, devido à sua pouca idade, ao fato de ser estrangeiro, à sua religião e porque 
tinha de demonstrar que a acusação que lhe fora feita pela mulher caluniadora era 
falsa.
g. As noites na prisão, José passou muito tempo em oração, rogando sabedoria para 
permanecer firme aos princípios e demonstrar que ele era diferente. Mas a vida no 
cárcere também foi de oportunidade para seguir aprendendo e alimentando sua 
liderança. Ele teve de aprender a se comunicar com pessoas de diferentes costumes 
e idiomas.
h. Não há registro de momentos adversos enquanto esteve na prisão, mas podemos, 
sim, notar que José se desenvolvia onde, certamente, muitos se frustrariam, porque 
os fiéis crescem onde outros definham, triunfam onde outros fracassam, olham as 
oportunidades onde outros enxergam a vida com pessimismo.
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i. APELO:
Quando você decide ser fiel, pode sofrer as piores circunstâncias, mas Jesus, o 
Guarda de Israel, promete estar a seu lado e fazer prosperar os seus caminhos no 
momento exato.
1. Você se sente preso ou encarcerado às terríveis circunstâncias de onde não 
pode sair? Podem ser dívidas, compromissos não cumpridos, vícios, etc. e pare-
ce que Satanás controla a sua vida?
2. Sua vida está presa à realidade da infidelidade? Permita que Jesus rompa as 
cadeias e comece a viver a alegria da fidelidade. A infidelidade escraviza; a fide-
lidade liberta. Você deseja ser livre? Viva com fidelidade.
IV. TERCEIRO MILAGRE: DE INTÉRPRETE DE SONHOS À GOVERNADOR (Gênesis 41:39-
44)
a. A permanência de José na prisão não significou frustração para ele; mas o contrário, 
foi a oportunidade para demonstrar que Deus estava com Ele. Em duas ocasiões 
José despertou expectativas, ao adivinhar o sonho de dois presos: do padeiro e do 
copeiro. Essas experiências respaldaram a liderança que Deus estava produzindo 
nesse jovem.
b. A prisão foi ocasião para demonstrar e confirmar que José desenvolveu sua perso-
nalidade, com base na espiritualidade, no manejo da administração e no bom uso 
dos talentos. Embora as paredes da prisão encerrassem o jovem fiel, elas não en-
carceraram as aspirações de alguém que sofria. Portanto, não havia portas fechadas 
às esperanças de José e aos sonhos de Deus para seu jovem fiel.
c. Deus preparava, em silêncio, o sucesso de José ali, no lugar onde Satanás desfrutava 
o mal que causou a José, desde sua tenra idade.
“José considerou o ser vendido para o Egito como a maior calamidade que lhe pode-
ria haver sobrevindo; viu, porém, a necessidade de confiar em Deus como nunca o 
fizera quando protegido pelo amor de seu pai. José levou Deus consigo para o Egito, 
e isto se tornou patente pela sua atitude animosa em meio da aflição” (E Recebereis 
Poder, p. 256).
A desgraça produzida pela injustiça é a melhor escola que prepara o fiel para desfru-
tar de imediato os milagres produzidos pela graça de Deus.
“Tanto na casa de Potifar como na prisão, José recebeu uma educação e ensino que, 
com o temor de Deus, o prepararam para a sua elevada posição de primeiro-ministro 
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da nação. Do palácio dos Faraós foi sentida a sua influência por todo o país, e o conhe-
cimento de Deus propagou-se larga e extensamente” (Patriarcas e Profetas, p. 236).
d. Ali onde a maldade ri da desgraça do fiel, um dia o bem triunfa, porque o fiel nunca 
é abandonado.
José não estava preparado apenas para adivinhar o sonho do rei, mas também es-
tava preparado para governar a terra. A experiência de administrar um grupo pe-
queno de escravos na casa de Potifar, havia-o preparado para administrar o cárcere. 
Na casa de Potifar, José aprendeu a governar uma casa; e, na prisão, aprendeu a 
governar um povo, mesmo encarcerado, e que era difícil por seu contexto. Na casa 
de Potifar ele conheceu a vida de um militar; no cárcere, a vida de muitos políticos.
E todas essas experiências somente o haviam preparado para administrar as rique-
zas que em breve teria no Egito.
e. Depois de ouvir a interpretação de seu sonho, faraó somente pôde dizer: “Acharía-
mos, porventura, homem como este, em quem há o Espírito de Deus?” (Gn 41:38).
Imediatamente, faraó o constituiu como o segundo em autoridade e governador 
do Egito.
f. Os fiéis nunca mudam. São os mesmos na crise ou na bênção.
“O caráter de José não se modificou quando ele foi elevado a uma posição de con-
fiança. Foi conduzido aonde sua virtude brilharia de maneira distinta, em boas 
obras” (E Recebereis Poder, p. 256). 
“Como a arca de Deus trouxe descanso e prosperidade a Israel, assim esse jovem 
amante de Deus e a Ele temente levou uma bênção ao Egito. [...] O propósito de 
Deus é que aqueles que amam e honram o Seu nome também sejam honrados, 
e que a glória dada a Deus por seu intermédio seja refletida sobre eles mesmos” 
(E Recebereis Poder, p. 256).
g. APELO:
Quando consideramos a vida de José, podemos resumi-la em uma frase: “A fidelida-
de pode sofrer, mas um dia triunfará”. 
Por ser fiel e entregar tudo a Deus, você pode sofrer. As pessoas podem zombar de 
você por respeitar os princípios, mas não podem impedir que você receba as bênçãos.
1. Você se sente preso ou encarcerado às terríveis circunstâncias de onde não 
pode sair? Podem ser dívidas, compromissos não cumpridos, vícios, etc. e pare-
ce que Satanás controla a sua vida.
- 57 -
2. Sua vida está presa à realidade da infidelidade? Permita que Jesus rompa as 
cadeias e comece a viver a alegria da fidelidade. A infidelidade escraviza; a fide-
lidade liberta. Você deseja ser livre? Viva com fidelidade.
V. APELO:
a. No mundo moderno, há coisas que não mudaram: uma sociedade opressora que 
criou condições para que os filhos de Deus busquem a prosperidade, não com base 
na fidelidade, mas na facilidade.
As coisas fáceis não necessitam de esforço e de fé, mas sua prosperidade é débil.
Não obstante, a fidelidade é esforço, entrega e renúncia ao egoísmo eao conforto; 
e esse esforço por ser fiel irá construir a verdadeira prosperidade.
b. Satanás nos quer escravizar a uma vida de infidelidade aos princípios de Deus. Infi-
delidade conjugal, infidelidade na guarda do sábado, infidelidade nos dízimos e nas 
ofertas, infidelidade na comunhão diária. Satanás sabe que ser infiel é não alcançar 
a graça e a salvação. 
c. Talvez você nunca venha a ser escravo ou a ser preso em uma prisão literal, porém, 
o mais terrível que pode ocorrer a alguém é ser preso pelas teorias humanas, pelas 
doutrinas libertinas; preso pelo egoísmo e pelo conforto.
d. APELO:
Em meio a toda a adversidade, Deus espera que hoje você tome a decisão de ser 
fiel, que você aposte naquilo que lhe dará o eterno e não o temporal; que você po-
nha Deus em primeiro lugar. Primeiro em seu casamento. Primeiro em seu tempo. 
Primeiro no sábado. Primeiro nos dízimos e nas ofertas.
Talvez sua experiência e suas lutas não sejam iguais às enfrentadas por José, mas 
mesmo assim sua grande luta é o manter-se fiel a Deus em tudo.
A prosperidade da família, a prosperidade econômica, a prosperidade profissional 
ou outra na vida de um filho fiel não é acaso, mas o produto de observar os princí-
pios de Deus.
Fortaleça a fidelidade, e tudo o mais se restabelecerá. Você deseja prosperar em 
tudo, assim como é próspera a sua alma? Tome hoje a decisão de ser fiel. Permita 
que o Anjo de Israel, Jesus Cristo, siga à sua frente e o liberte da escravidão ou das 
prisões do pecado, do egoísmo e venha e entregue tudo a Deus no altar.
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SERMÃO 11
ALIANÇA DE AMOR
INTRODUÇÃO
Os temas bíblicos têm como pano de fundo o conceito da aliança. Você certamente 
já ouviu falar na Antiga Aliança ou na Nova Aliança. Quando estudamos a Bíblia, não 
importa qual tema, todos os ensinamentos bíblicos têm, de certa forma, alguma ligação 
com o conceito da aliança. Sendo assim, entender a aliança nos ajuda a entendermos 
melhor a revelação bíblica como um todo. 
Hoje vamos aprender um pouco sobre a aliança e, na sequência, estudaremos um tema 
cuja compreensão será completamente diferente daquela que normalmente se tem 
quando ligado ao conceito da aliança na Bíblia.
Para iniciarmos nosso estudo, precisamos primeiro compreender o porquê a Bíblia foi 
escrita. Muito embora a Bíblia tenha sido escrita para revelar o plano da salvação, para 
nos educar a fim de que vivamos de acordo com a vontade de Deus, para nos preparar 
para a volta de Jesus, etc. Deus nos deixou a Sua Palavra escrita com o objetivo principal 
de revelar-nos quem Ele é. O Criador faz esta autorrevelação através dos escritos profé-
ticos, de Jesus e também da natureza (Hb 1:1; Rm 1:20). 
ARGUMENTAÇÃO
I. QUEM É DEUS?
1. Deus é Eterno
A primeira pergunta que levantamos então é: quem é Deus? Neste tema vamos estu-
dar três atributos do Seu ser. O primeiro deles encontramos em Jeremias 10:10 onde 
diz que Deus é eterno. Ou seja, a divindade jamais teve início e jamais terá fim. Isso é 
incompreensível para nós que somos seres finitos, que temos uma data de nascimento.
2. Deus é Amor Eterno
O segundo atributo do caráter de Deus que queremos destacar aqui está descrito em 
1 João 4:8 onde diz que “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”. 
Três simples palavrinhas: “Deus é amor”. Note, a Bíblia não revela simplesmente que 
PR. ANDRÉ FLORES
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Deus é amoroso, embora a Bíblia diga que Deus é misericordioso, poderoso, etc., Ele 
não é somente amoroso, e sim amor. Amoroso é somente um adjetivo que qualifica o 
ser. Você pode dizer que seu pai é amoroso, que seu filho é amoroso, ou que sua mãe é 
amorosa, mas nunca dirá que seu pai, filho ou mãe é amor. Por quê? Porque a palavra 
amor é um substantivo, algo que evidencia a substância ou essência. Assim como somos 
seres humanos, “Deus é amor”. Amor revela a essência do ser de Deus: Deus é amor 
e o amor é Deus. Dessa forma podemos concluir que: (1) Deus é eterno; (2) o amor é 
eterno como é o próprio Deus e; (3) o amor não é alguma coisa, não é algo ou mero 
sentimento, o amor é Alguém, é a essência da Divindade, o próprio Deus. 
Você deve lembrar que na Bíblia encontra-se um capítulo conhecido como o capítulo do 
amor, Coríntios 13. Nesse capítulo, dos versos quatro a oito, ao Paulo descrever o que é 
o amor, temos na verdade uma descrição do próprio Deus. Vejamos somente algumas 
características desse amor: (1) o amor (Deus) é paciente. Um paciente é alguém que 
sofre enquanto espera, isto é: Deus como um Pai de Amor sofre enquanto espera por 
Seus filhos rebeldes. (2) O amor (Deus) não se ufana, não se ensoberbece. Se há um 
ser neste universo que poderia se ensoberbecer de algo, este é Deus. Ele é Deus, o Rei 
Eterno, o Todo-Poderoso, etc. Mas não Se ufana nem Se ensoberbece por isso. Nós, no 
entanto, como meros seres criados e mortais achamos que somos algo e que fazemos 
algo como se fossemos os “tais”. Você certamente já ouviu algo como: “eu fiz isso”, ou 
“eu construí aquilo”, “eu conquistei...”, eu, eu, eu... Na verdade não somos nada além 
de pó. Só somos o que somos e fazemos o que fazemos porque Ele é! (3) Outra caracte-
rística de Deus que encontramos em 1 Coríntios 13 é que o Amor “não procura os seus 
interesses” (v. 5). Amém! Deus, porque é amor, não procura os Seus próprios interesses. 
É por esse motivo que Ele enviou Seu Filho para nos salvar e a cruz é a revelação da es-
sência desse amor. (4) E por último, “O amor jamais acaba” (v.8), porque Deus é Eterno!
3. Deus é Aliança Eterna
Do substantivo amor deriva o verbo amar. E, ao descrevermos o que significa amar, 
entendemos que amar é dar, compartilhar, doar, entregar, respeitar, etc. Todas essas 
ações são feitas em relação a alguém. Agora, imagine comigo o tempo da eternidade no 
passado quando não havia nenhum ser criado, quando existia somente a Divindade. A 
Bíblia nos revela que existe somente um Deus (Dt 6:4). Como esse único Deus pode ser 
amor em essência desde a eternidade quando não havia nenhum ser criado, sendo que 
amor (amar) significa, como vimos, fazer algo a alguém? Como pode esse único Deus 
ser Amor Eterno quando não havia nenhuma criatura para Ele compartilhar, entregar, 
doar, respeitar, servir, etc.? A resposta é simples, de acordo com a Revelação Especial 
(Bíblia), esse único Deus é um Deus Triúno, Ele se manifesta nas pessoas do Pai, Filho e 
Espírito Santo. Ou seja: desde a eternidade o Pai ama, compartilha, Se entrega, Se doa, 
etc., ao Filho e ao Espírito; o Filho faz o mesmo com o Pai e com o Espírito; e o Espírito 
com o Pai e com o Filho. Cada membro da divindade compartilha com dois e recebe 
de dois. Aqui chegamos à conclusão de mais um atributo divino, o Deus Eterno, que é 
Amor Eterno, é também uma Aliança Eterna. Note, o Pai não fez uma aliança com o Fi-
- 60 -
lho e com o Espírito, o Espírito não fez uma aliança com o Pai e com o Filho, e nem tam-
pouco o Filho fez uma aliança com o Pai e com o Espírito. Pai, Filho e Espírito são uma 
Aliança Eterna de Amor. O nosso Deus em Sua essência é um ser pactual. A essência de 
uma aliança é o relacionamento entre pelo menos duas partes, sendo que a essência da 
Divindade é o relacionamento eterno entre um Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo, 
esse Deus, portanto é uma Aliança Eterna de Amor.
II. CRIAÇÃO E ALIANÇA
Por Deus ser um Ser pactual, quando Deus resolve criar Ele estende a Sua Aliança Eterna 
de Amor aos seres criados, que é o mesmo que estender atributos do Seu próprio Ser. 
Isso pode ser claramente visto no relato da criação em Gênesis 1 e 2. Deus no primeiro 
dia criou a luz, no segundo o céu atmosférico, no terceiro fez surgir a terra e as árvores, 
no quarto Ele criou o sol, a lua e as estrelas, no quinto as aves e os peixes, no sexto os 
animais que povoavam a terra e por último o homem. E ao criar o ser humano a primei-
ra coisa que fez foi abençoá-los dizendo: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra 
e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animalque rasteja sobre a terra. E Deus disse ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que 
dão semente e se acham na superfície da terra e todas as árvores em que há fruto que 
dê semente; isso vos será para mantimento” (Gn 1:28, 29). Em outras palavras, Deus 
está dando, compartilhando, doando, entregando tudo que estava criando ao homem. 
Muito embora uma aliança nos leve à ideia de um contrato ou pacto entre pelo menos 
duas pessoas, mais que um contrato entre duas partes, a aliança bíblica tem que ver 
com relacionamento. Vimos primeiro que por ser Deus Amor Eterno, Ele é Aliança Eter-
na. A Aliança Eterna é resultado de Ele ser Amor Eterno. E essa Aliança Eterna é fruto 
de um relacionamento de Amor entre: (1) as pessoas da divindade, e (2) a divindade 
com os seres criados. 
Sendo a aliança bíblica relacionamento entre pelo menos duas partes, olhando agora 
sob a figura de um pacto ou contrato, na Aliança Eterna de Deus com o ser humano 
levantamos duas perguntas: (1) qual é a parte de Deus nesse contrato, e (2) qual é a 
responsabilidade do homem? A parte de Deus não é outra senão: dar, compartilhar, 
entregar, doar. Em outras palavras: amar! Ou seja, estender os atributos do Seu próprio 
Ser. Qual seria então a parte que corresponde ao homem? O papel que corresponde 
ao homem seria tão somente aceitar tudo que Deus lhe estava dando, reconhecer que 
tudo vinha de Deus, agradecer pelas dádivas e presentes, e por fim cuidar de tudo que 
lhe estava sendo conferido. Em outras palavras: reconhecer que tudo pertence a Deus!
Um claro exemplo bíblico sobre a aliança de Deus com os seres humanos é encontrado 
no chamado de Abrão em Gênesis 12:1-4: “Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, 
da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma 
grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoa-
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rei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas 
todas as famílias da terra. Partiu, pois, Abrão, como lho ordenara o Senhor, e Ló foi com 
ele. Tinha Abrão setenta e cinco anos quando saiu de Harã”. Em outras palavras Deus 
está dizendo: “Abrão, eu vou lhe dar isso, e aquilo, e mais aquilo outro, e vou fazer isso e 
mais isso...”, e na sequência: “Partiu, pois, Abrão [...]”. Quando Abrão atende ao chama-
do é como se ele estivesse dizendo: “Ok, Senhor, eu creio, eu aceito, muito obrigado!” 
III. CRIAÇÃO E MORDOMO FIEL
Aqui chegamos ao princípio básico da mordomia cristã. O mordomo fiel (ou filho fiel 
de Deus) é aquele que reconhece que tudo que ele é, tudo que ele tem, e tudo que ele 
faz, vem de Deus! Absolutamente tudo! Você é o que é, faz o que faz, e tem o que tem, 
porque Deus tem feito de você o que você é, tem dado a você o que você tem, e tem 
dado forças para você fazer o que você tem feito. Lógico que esse é o princípio que rege 
a vida do mordomo cristão, daquele que administra os bens que lhe foram conferidos 
pelo seu Senhor. Ao confiarmos que tudo que somos, temos e fazemos vem de Deus, 
nossos bens e talentos se transformarão em dons para o ministério em prol da pregação 
do evangelho. 
Mas esse pensamento nos leva a refletir no seguinte aspecto: será que tudo que somos, 
temos e fazemos realmente vem de Deus? Se assim não o for é porque temos servido 
a outro senhor e não Deus. Pense na sua vida neste momento, pense nos seus bens, na 
sua vestimenta, nas suas palavras, enfim, em tudo que você é, tem e faz. Tudo agrada a 
Deus? Tem você sido um mordomo fiel do teu Criador e Mantenedor?
Outra conclusão que chegamos aqui é que, se tudo que somos, temos e fazemos vem 
de Deus, isso significa que Deus não é nosso sócio, Ele é o dono de tudo! Você pode 
estar se perguntando: “mas o que significa então os 10% que devolvo a Deus de tudo 
que Ele me dá? Não seria isso uma sociedade de 90/10?” À primeira vista parece que 
sim, porque em nossos relacionamentos humanos fazemos esse tipo de sociedade, no 
entanto com Deus é um pouco diferente. Pense comigo, quando você faz uma socie-
dade com alguém, você entra com uma parte, a outra pessoa entra com outra parte, 
e o percentual da sociedade dependerá do investimento que cada um fez no negócio, 
certo? Sim, mas com Deus é diferente, Ele entrou com tudo! Ele entrou com os 100%! 
Ele nos deu tudo e nosso papel é tão somente aceitar o presente, reconhecer que tudo 
vem dEle, e sobretudo agradecer e cuidar dos bens e dons que Ele nos confiou. Assim 
compreendemos que de fato não fazemos uma aliança com Deus, nós temos somente 
a capacidade de aceitar ou rejeitar a aliança que Ele estende a nós, lembrando que esta 
Aliança é o Seu próprio Ser, o Seu próprio Amor. 
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IV. SÍMBOLOS OU SINAIS DA ALIANÇA
No relato da criação do nosso mundo, após Deus criar todas as coisas e colocar o ho-
mem como administrador de tudo, Deus então passa a instituir alguns sinais ou símbo-
los da Aliança que Ele estava estendendo ao ser humano. O objetivo de Deus ao instituir 
esses símbolos era fazer com que eles servissem como uma constante lembrança para o 
homem de que: (1) tudo que ele era; (2) tudo que ele possuía; e (3) tudo que ele fazia, 
vinha de Deus e pertencia a Deus. Deus entendia que no momento em que o homem 
deixasse de reconhecê-Lo como a fonte de todas as dádivas, a humanidade estaria per-
dida. 
Outro ponto que temos que entender aqui é que os símbolos da aliança não têm valor 
intrínseco neles mesmos, mas no que eles representam. Vejamos abaixo alguns desses 
símbolos.
1. Sábado
O sábado é o primeiro símbolo da aliança que gostaríamos de destacar. Após criar todas 
as coisas em seis dias e ver que tudo era muito bom (Gn 1:31), Deus criou o sábado, o 
sétimo dia. Este dia serviria de sinal entre Deus e Seu povo, conforme Ezequiel 20:12 e 
20: “Também lhes dei os meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles, para 
que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica. Santificai os meus sábados, pois 
servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que eu sou o Senhor, vosso Deus”. 
Note que muito embora esses textos de Ezequiel se refiram primariamente ao povo 
de Israel, o sábado foi instituído na criação para todos os descendentes de Adão e Eva 
(Gn 2:1-3). Em Êxodo 20:8-11 também temos a referência do sábado ligado à criação 
da humanidade.
Outro ponto que precisamos ressaltar aqui é que o sábado é o único mandamento em 
que há uma referência explícita ao “estrangeiro”. Entende-se por “estrangeiro” aqui, 
todo aquele que não era diretamente descendente de Abraão. Vejamos como diz o 
texto de Isaías 56:6: “Aos estrangeiros que se chegam ao Senhor, para o servirem e para 
amarem o nome do Senhor, sendo deste modo servos seus, sim, todos os que guardam 
o sábado, não o profanando, e abraçam a minha aliança” [grifo nosso]. Primeiro deve-
mos lembrar que o chamado que Deus fez a Abraão era para que através dele a bênção 
fosse estendida a todos os povos, ou seja, aos estrangeiros. Segundo, todos aqueles que 
guardam o sábado “abraçam a aliança”, ou seja, o sábado é um símbolo de aceitação 
da aliança. 
Conforme mencionamos anteriormente, os símbolos ou sinais da aliança não têm valor 
em si mesmo, mas sim no que eles representam. Isso vale também para o sábado. O 
sábado não tem valor intrínseco em si mesmo, mas no que ele representa. O ar que 
respiramos no sábado não é diferente do ar que respiramos nos outros dias da semana. 
O sol que brilha e aquece, o frio que faz, a chuva que cai, etc. Não há nada de diferente 
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nesses elementos dos demais dias da semana. No entanto, o sábado tem valor sim no 
que ele representa. Aqueles que guardam o sábado, estão dizendo com esse gesto que 
reconhecem que tudo que eles são, tudo que eles possuem, e tudo que eles fazem 
devem completamente a Deus. Isso significa “abraçar a aliança”! Como nosso Deus é a 
Aliança Eterna de Amor, ao guardarmos o sábado é como se estivéssemos dando um 
abraço de gratidão ao nosso Pai do Céu por tudo que Ele é e faz por nós.
2. CasamentoEm nossa cultura no Brasil, aqueles que são casados normalmente usam um anel de 
ouro na mão esquerda conhecido como aliança de casamento. Por mais que esse anel 
ou aliança tenha custado muito ou pouco dinheiro, o valor real não está nele mesmo, 
mas no que ele representa. Essa aliança representa que no dia tal, do ano tal, ele e ela 
se uniram em matrimônio. Ambos prometeram um ao outro diante de Deus, parentes 
e amigos que iriam amar, respeitar, tratar com respeito e ternura, quer tivessem muito 
ou pouco, quer vivessem em uma mansão ou pequenino apartamento, na saúde e na 
doença, na adversidade e na prosperidade até que seu coração parasse de bater! Uauh! 
Não há como mensurar o valor desse voto, ele excede a qualquer soma de dinheiro que 
possa ter sido paga pelas alianças. Elas são somente um símbolo de todo amor dedicado 
um ao outro. 
O casamento por sua vez não é somente um símbolo da aliança, mas a imagem da alian-
ça. O Deus Eterno, Amor Eterno e Aliança Eterna, esse Deus que é Pai, Filho e Espírito 
Santo, quando criou o ser humano disse: “Façamos o homem à nossa imagem, confor-
me a nossa semelhança [...]” (Gn 1:26). Uma imagem é como um reflexo por espelho. 
Quando você acorda pela manhã e se olha no espelho você vê a sua imagem. Primeiro, 
a imagem não é você, mas reflete aquilo que você é, e segundo, você é muito mais do 
que sua imagem. 
Quando Deus criou Adão, Ele começou a formar a Sua imagem. Ele criou Adão, depois 
criou Eva, e em seguida Deus os abençoou dizendo: “Sede fecundos, multiplicai-vos, 
enchei a terra [...]” (Gn 1:27, 28). A imagem que Deus criou de Si mesmo foi a família. 
Assim como a Família do Céu, a família da terra deveria estar unida por toda eternidade 
em amor eterno e aliança eterna. O maior desejo de Satanás era poder destruir a Deus 
e usurpar Seu trono, mas como isso lhe é impossível, seus maiores esforços estão em 
destruir a imagem de Deus que é a família. Quando o inimigo consegue destruir um 
casamento ele não somente está destruindo a vida dele, dela ou dos filhos que possam 
ter, mas está destruindo a própria imagem de Deus. Ao nos depararmos com casais que 
estejam passando por dificuldades no relacionamento familiar, há somente uma saída 
para a restauração, e esta é a reconciliação com a Família Celeste através do sangue do 
Cordeiro.
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3. Arco-Íris 
O arco-íris é outro símbolo da aliança (Gn 9:8-17), e como símbolo da aliança não tem va-
lor em si mesmo, mas no que ele representa. Dizem que no final dele há um pote de ouro, 
mas ninguém jamais conseguiu chegar lá, pois quanto mais próximo você chega a ele 
mais distante ele se projeta. O arco-íris representa que temos um Deus que estabeleceu 
uma aliança com todos nós, e que Ele não mais destruiria a Terra em um dilúvio de águas. 
4. Batismo
O quarto símbolo da aliança que destacamos aqui é o batismo nas águas. Não há tam-
bém nenhum valor intrínseco nele, no sentido de que as águas do tanque não têm qual-
quer poder para lavar os pecados e nem tampouco são abençoadas. Mas o batismo tem 
valor no que ele representa. Quando um pastor, ministro do evangelho eterno entra em 
um tanque batismal com um candidato e invoca o nome do Pai, do Filho e do Espírito 
Santo, está nada mais nada menos do que invocando o Deus Eterno, Amor Eterno e 
Aliança Eterna. O batizando por sua vez está “abraçando a aliança”, dizendo com esse 
gesto a Deus que se entrega a Ele de todo coração. Conforme disse o apóstolo Paulo, 
aqueles que foram batizados em Cristo, foram batizados na Sua morte, foram sepulta-
dos com Ele nas águas, e ressurgiram em Cristo para novidade de vida (Rm 6:3-5). 
5. Santa Ceia
Semelhantemente ao batismo, o pão e suco de uva sem fermento, símbolos do corpo 
e sangue de Jesus não têm nenhum poder mágico para perdoar os pecados, mas têm 
valor no que eles representam. Aqueles que participam da ceia estão “comendo” e “be-
bendo” de Cristo (João 6:47-56), estão dizendo com esse gesto que aceitam a Jesus 
como seu Salvador pessoal, que o perdão dos pecados, a reconciliação com Deus e a 
vida eterna devem a Ele. Estão também testificando da Sua morte até que Ele venha 
(1 Co 11:26).
6. Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal
No livro Conselhos Sobre Mordomia, página 65, encontramos a seguinte declaração de 
Ellen G. White: “O Senhor colocou nossos primeiros pais no Jardim do Éden. Cercou-os 
de tudo aquilo que lhes poderia trazer felicidade, e lhes ordenou que O reconheces-
sem como o possuidor de todas as coisas. Fez crescer, no jardim, toda a árvore agradá-
vel à vista ou boa para comer; mas, dentre elas, fez uma reserva. De todas as demais, 
Adão e Eva poderiam comer livremente; mas, sobre essa única árvore, disse Deus: ‘Dela 
não comerás.’ (Gn 2:17). Aí estava a prova de sua gratidão e lealdade a Deus.” [grifo 
nosso]. Nesse texto, podemos ver claramente os elementos da aliança da criação pre-
sentes: (1) “Cercou-os de tudo aquilo que lhes poderia trazer felicidade”, aqui vemos a 
parte de Deus na aliança, o Deus Amor entregando, doando ao homem tudo que ele 
precisaria para ser feliz; (2) “ordenou que O reconhecessem como possuidor de todas 
as coisas”, e “prova de sua gratidão e lealdade a Deus”; neste segundo elemento vemos 
a resposta que Deus espera do homem ao Ele estender a Sua Aliança Eterna de Amor: 
reconhecimento, gratidão e lealdade. 
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O fruto daquela árvore não tinha nenhum “veneno” ou algo que literalmente fizesse 
com que eles se tornassem sujos ou impuros (pecadores). Não, como os demais símbo-
los da aliança, a árvore e seu fruto não possuíam valores intrínsecos em si mesmos, mas 
no que eles representavam. Ao decidirem não comer do fruto Adão e seus descenden-
tes estariam reconhecendo que tudo que eram, tudo que possuíam e tudo que faziam 
deviam única e exclusivamente a Deus. Essa era uma “prova de gratidão e lealdade a 
Deus”. Infelizmente não foi assim, eles deixaram de reconhecer a Deus como o provedor 
de todas as coisas e desejaram ser como Ele (Gn 3:5). Comendo do fruto eles estavam 
decretando sua completa independência do Criador, e essa é a raiz de todo pecado. 
Vejamos na tabela abaixo o paralelo existente entre os princípios que envolviam o sába-
do e a árvore do conhecimento:
SÁBADO ÁRVORE
Seis dias para eles, 
o sétimo dia do Senhor
Todas as árvores para eles, 
esta árvore era do Senhor
Pertence a Deus Pertencia a Deus
Símbolo da Aliança Símbolo da Aliança
Prova de reconhecimento, 
gratidão e lealdade a Deus
Prova de reconhecimento, 
gratidão e lealdade a Deus
 
7. Dízimos
O sétimo e último símbolo da aliança que vamos tratar é o dízimo. O dízimo tem os 
mesmos significados, propósitos e princípios do sábado e da árvore do conhecimento. 
Quando devolvemos o dízimo ao Senhor não estamos fazendo uma sociedade com Ele, 
um pacto de 90/10, não, como vimos, Ele é o provedor e dono de todas as coisas. Nós 
não fazemos uma aliança com Deus, somente aceitamos ou rejeitamos a Aliança que 
Ele estende a nós. Nesse pacto de aliança Deus entra com 100% e a nossa parte é tão 
somente aceitar, receber, agradecer e sermos leais reconhecendo que tudo que somos, 
temos e fazemos devemos a Ele! 
Os 10% que devolvemos a Deus de tudo que Ele nos dá é simplesmente um símbolo da 
aliança. E como todos os demais símbolos da aliança, o dízimo não tem valor em si mes-
mo, mas no que ele representa. Ou seja, o dízimo não é dinheiro, assim como o fruto 
da árvore não era o pecado. O dízimo envolve dinheiro, da mesma forma que comer do 
fruto envolvia o pecado. Deus escolheu o dinheiro, pois o dinheiro tem o poder de nos 
levar a independência de Deus, e quando isso acontece estamos em pecado. Foi para 
exercitarmos a nossa completa dependência dEle que Deus instituiu o dízimo, e fazendo 
assim, o Senhor ainda nos faz colaboradores dEle na obra da pregação do evangelho 
eterno em todo mundo. 
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Quando devolvemos ao Senhor a décima parte de tudo que Ele nos dá, estamos dando 
uma prova de gratidão e lealdade a Ele, estamos reconhecendo quetudo que somos, 
temos e fazemos devemos a Ele, e essa é a essência do que é ser um verdadeiro mor-
domo fiel!
CONCLUSÃO E APELO
No estudo de hoje aprendemos que: (1) o nosso Deus é uma Aliança Eterna de Amor. 
(2) Como um Deus Eterno de Amor Eterno e Aliança Eterna, ao criar Ele estende Sua 
Aliança de Amor aos Seus filhos. (3) A parte de Deus na Aliança é estender atributos do 
Seu próprio Ser, que é dar, compartilhar, prover tudo (100%) que precisássemos para 
sermos felizes. (4) A parte do ser humano na Aliança é tão somente aceitar, reconhecer, 
agradecer e ser em tudo leal a Ele. (5) Nós damos prova de que aceitamos (abraçamos) 
a Aliança quando somos fiéis aos símbolos da Aliança que Deus instituiu. 
O apelo que o Senhor faz a nós hoje é para abraçarmos a Sua Aliança Eterna de Amor. 
E fazemos isso: (1) dedicando nossos talentos para que se transformem em ministé-
rios; (2) cuidando dos maiores bens que Ele nos confiou, primariamente nossa família e 
também nossa saúde, nosso corpo como habitação do Espírito Santo; (3) guardando o 
sábado; (4) devolvendo o dízimo. Ao fazermos isso estamos reconhecendo em gratidão 
de que TUDO QUE SOMOS, TUDO QUE TEMOS E TUDO QUE FAZEMOS, DEVEMOS AO 
NOSSO DEUS AMOR!
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SERMÃO 12 Gênesis 4:3 e 4
OFERTA DA GRAÇA
INTRODUÇÃO
O ano de 2008 iniciou como qualquer outro ano, e as expectativas pareciam cada dia 
melhor, até que um grande banco dos EUA anunciou sua perda financeira e seu fecha-
mento. Ele faliu; já não havia confiança e muitos que não queriam acreditar no que es-
tava acontecendo, tiveram que aceitar que não apenas o banco, mas também o sistema 
financeiro dos EUA estava deteriorado. Esse foi o início da conhecida crise mundial, que 
afetou cada morador deste planeta.
Diante da crise do pecado, cada indivíduo deve tomar sua decisão, porque o “salário do 
pecado é a morte”. Porém, há solução, a única solução, a única direção: aceitar a graça 
de Deus, pois “o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”.
TEXTO
Gênesis 4:1-5: “Coabitou o homem com Eva, sua mulher. Esta concebeu e deu à luz a 
Caim; então, disse: Adquiri um varão com o auxílio do SENHOR.
Depois, deu à luz a Abel, seu irmão. Abel foi pastor de ovelhas, e Caim, lavrador. Acon-
teceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. 
Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o 
SENHOR de Abel e de sua oferta; ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou”.
 
O texto de hoje é precioso e rico em detalhes. Iremos interpretá-lo rapidamente e nos 
concentraremos no contexto revelado pela Bíblia.
I. UMA OFERTA ESPECIAL, ÚNICA E ETERNA
Iremos nos deter por um momento para fazer uma interpretação rápida do texto bíblico:
A) O verso 4, na última parte diz que: Deus Se agradou de Abel e de sua oferta; mas o 
início do verso 5 diz que: Deus não Se agradou de Caim e de sua oferta. 
PR. EVALDINO RAMOS
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Considerando ambos os textos, vemos que Deus Se agradou da oferta de Abel, mas 
não da de Caim. Então, por que Deus Se agradou da oferta de um e não do outro? 
É necessário entender que aqui se vê claramente o que podemos chamar de “men-
talidade semítica”, ou seja, como o povo daquela cultura semita sempre buscava 
uma causa para o efeito, e quando a escreve, o efeito vem antes da causa, como sua 
razão. E aqui encontramos ainda outro elemento: uma “linguagem consequencial”. 
B) Que tipo de oferta agrada a Deus? Certamente, Caim e Abel, orientados por seus 
pais, conheciam a oferta de Deus para a solução do pecado. Ele iria enviar “seu des-
cendente” (Gn 3:15), enviaria “um Salvador” (EGW), de modo que quando Caim e 
Abel nasceram, os pais conversaram e questionaram: “Será este o nosso Salvador?” 
Deus enviaria Sua oferta da graça, Jesus, e no antigo concerto isso era pedagogica-
mente lembrado, além de revelar a fé do crente no sacrifício do cordeiro, que sig-
nificando Jesus, como a oferta de Deus, seria a oferta do ser humano que aceitasse 
Sua graça. 
C) A consequência de oferecer algo a Deus. O que Deus pede é o motivo de Seu agrado 
e, como consequência natural dessa relação entre Deus e o homem, Deus oferece 
e Se agrada do que a pessoa faz em resposta à Sua graça, resultando na bênção da 
salvação em sua vida. Deus Se alegra e Se compraz em ver a pessoa ter êxito em 
sua vida espiritual, pois sabe que isso resultará na vida eterna, uma relação eterna 
Consigo.
D) A consequência de oferecer a Deus algo que Ele não pediu, algo que nasceu no 
coração humano, embora bonito, perfeito, é que Ele não se agrada disso. Não é a 
indicação de Deus; é um caminho, mas não é o caminho correto; é um caminho a 
mais, mas não é a direção correta, porque está fora do plano de Deus. O resultado é 
que Deus não Se agrada dessa oferta e Se entristece pela pessoa que a dá, pois sabe 
que não haverá bênção em seu caminho e resultará na perdição final.
E) Caim = Frutas: Porque ele as apreciava, lhe agradavam, etc. Sim, Deus criou as frutas 
e nos diz para comê-las; suas cores são agradáveis, têm um cheiro bom e seu sabor 
é delicioso, mas como “sacrifício” Deus não pediu frutas. Ele pediu um cordeiro.
F) Abel = Cordeiro: Se o compararmos com as frutas, seu cheiro não é tão bom; não há 
cores agradáveis, mas isso SIM, Deus havia orientado através de seus pais, como a 
oferta indicada pelo pecado, o sacrifício de um cordeiro. Oferta da graça.
“Por Sua humanidade, Cristo estava em contato com a humanidade; por Sua divindade, 
firma-Se no trono de Deus. Como Filho do homem, deu-nos um exemplo de obediência; 
como Filho de Deus, dá-nos poder para obedecer.” (MG, 74).
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II. REAÇÃO À GRAÇA
A) O que Deus pedira? Todos sabemos: Um cordeiro. Para expiar o pecado era neces-
sário derramar sangue, pois “o preço do pecado é a morte”, Paulo diz aos romanos 
(Rm 6:23), e o próprio Deus procura Adão e Eva, depois do pecado, e fala em Gêne-
sis 3:15 sobre o “Descendente”.
B) O que a graça faz na vida humana? Oferece perdão, transforma, muda, salva. Quan-
do alguém vê, reconhece e aceita a graça de Cristo, não há como se perder, pois 
viverá pela graça, viverá pela fé e viverá em Cristo.
C) Na vida cristã, Deus é o Senhor e por isso Ele conduz a vida humana.
1. Deus fala e o ser humano ouve.
2. Deus ensina e o ser humano aprende.
3. Deus oferece e o ser humano aceita.
4. Deus ama.
5. Deus criou.
6. Deus mantém.
7. Deus salva.
Não é Caim, você ou eu quem irá decidir o que devemos ou não fazer. Não é o pastor, o 
ancião, o marido ou a mulher, o membro da igreja, muito menos os críticos, os cépticos 
ou os dissidentes na vida cristã que dizem, falam, conduzem e mostram o caminho, mas 
sim Deus, o grande Deus que diz: “Eu Sou”; Ele ontem, hoje e sempre. 
D) Na vida cristã não se faz o que quer ou deseja, mas sim o que Deus quer e diz. Isso 
revela que a pessoa aceitou a oferta de Deus, Sua graça revelada em Cristo Jesus, 
que passa de Salvador a Senhor. 
III. VIVER NA GRAÇA
O que Deus nos ensina? Como devemos viver? Como vive a pessoa que encheu o cora-
ção com a graça de Deus?
A) Guardar Seus mandamentos – Êxodo 20:3-17; João 15:10 – Guardar os mandamen-
tos não é uma opção no caminho ou uma direção, mas “a direção”. Jesus diz ao 
jovem rico: “Você quer ganhar a vida eterna? Guarde os mandamentos”.
B) Guardar o sábado – Ezequiel 20:12 e 20 – Guardar o sábado não é uma opção no 
caminho ou uma direção, é “a direção”. A Bíblia diz: “Aquele que diz: Eu o conheço 
e não guarda os seus mandamentos é mentiroso” e nós bem sabemos que o pai da 
mentira é o inimigo.
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C) Ser batizado – Marcos 16:16 – Ser batizado não é uma opção no caminho ou uma 
direção, é “a direção”, e Jesus mesmo afirmou a Nicodemos que era necessário nas-
cer da água... 
D) Ser fiel nos dízimos e nas ofertas – Malaquias 3:10, 2 Coríntios 9:6-8 – Devolver os 
dízimos e entregar as ofertas não é uma opção no caminho ou uma direção, é “a 
direção”.
CONCLUSÃO
A) Deus não aceitou as frutas. Não porque nãogostasse delas, mas porque não era 
uma oferta da graça. Não ouvir a Deus e não Lhe obedecer é pecado e isso destrói e 
mata o ser humano. É rejeitar a graça, a oferta de Deus.
B) Hoje é o dia de consagração. Consagre-se agora. Declare que você será fiel até o fim, 
fiel em tudo e, especialmente, naquilo que Deus diz: guardar o sábado, devolver o 
dízimo e as ofertas, e você receberá a coroa da vida, pois Deus há de lhe dizer: “Ve-
nha servo bom e fiel, entre no gozo de seu Senhor”.
C) Aceite a graça de Deus e viva em Sua graça. A inspiração afirma: “Se queremos ser 
salvos afinal, teremos de aprender ao pé da cruz a lição de arrependimento e humi-
lhação” (O Desejado de Todas as Nações, p. 50).
APELO
Hoje é um dia de ajuste, porque hoje existe a oportunidade de se arrepender, de deixar 
o caminho que nos pode parecer agradável e que sem nos darmos conta não é a direção 
de Deus. Peçamos perdão, entreguemos nossa vida a Ele e busquemos Seu poder para 
viver uma vida santa e fiel.
Deus o chama para consagrar sua vida.
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