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Magistratura 350 Questões Discursivas

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Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br 
 
 
 
 3 
ÍNDICE
DIREITO CIVIL -5 
 Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - 5  Busca e Apreensão - 5  Contratos - 5  Direitos das Sucessões -8  Direitos de Família - 10  Direitos Reais - 15  Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - 20  LINDB -20  Pessoa Jurídica - 20  Pessoa Natural - 21  Prescrição e Decadência - 21  Responsabilidade Civil - 21 
DIREITO PENAL - 24 
 Aplicação da Lei Penal - 24  Aplicação da Pena - 27  Crime Eleitoral - 28  Crimes - 28  Crimes contra a Administração Pública - 31  Crimes contra a Dignidade Sexual - 33  Crimes contra a Fé Pública- 34  Crimes contra a Ordem Tributária - 34  Crimes contra a Vida - 35  Crimes contra o Patrimônio - 36  Crimes Financeiros - 36  Crimes Hediondos - 36  Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - 36  Estatuto do Desarmamento - 37  Imputabilidade - 37  Lei de Drogas - 38  Pena - 38  Prescrição e Decadência - 38  Princípios do Direito Penal - 38  Tipicidade – 38 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL - 39 
 Ação Civil Pública - 39  Ação Popular - 39  Atos Judiciais - 40  Busca e Apreensão - 40 
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 4 
 Citação - 40  Competência - 40  Direitos Reais - 41  Execução -41  Extinção do Processo - 42  Juizado Especial Cível (JEC) - 42  Mandado de Segurança - 42  Partes e Procuradores - 43  Prescrição e Decadência - 43  Princípios do Processo Civil - 43  Processo e Procedimento - 43  Provas - 48  Recursos - 48  Sentença – 49  Teoria do Processo -95 
DIREITO PROCESSUAL PENAL - 96 
 Ação Penal - 96  Arquivamento -96  Competência - 96  Delação Premiada - 97  Denúncia - 97  Detração Penal - 98  Execução Penal - 98  Inquérito Policial - 99  Liberdade Provisória - 99  Pena - 99  Princípios do Processo Penal - 100  Prisão - 100  Processo e Procedimento - 103  Provas - 112  Recursos - 113  Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) - 116  Sentença - 116  Sequestro - 177  Tribunal do Júri - 177 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 5 
DIREITO CIVIL 
Magistratura Estadual - TJMG - Ano: 2009 - Banca: 
EJEF - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e 
Negócios Jurídicos - José Costa Manso foi a uma loja 
especializada em relógios comprar um que fosse 
completamente de ouro. Lá chegando, avistou um que 
o satisfez. Comprou-o, de imediato, sem indagações. 
Dias depois, ao mostrá-lo a um especialista, descobriu 
que o relógio não era de ouro, como pensava, já que 
relógio de ouro é apenas uma designação ao relógio 
recoberto ou banhado a ouro. Frustrada essa sua 
vontade, ou seja, não sendo o relógio completamente 
de ouro, como imaginava, e tendo-o comprado 
somente por isso, vê vício na coisa e quer ajuizar ação 
redibitória. Pergunta-se: teria ele sucesso na demanda? 
Responda justificadamente. 
Magistratura Federal - TJDFT - Ano: 2009 - Banca: 
TJDFT - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e 
Negócios Jurídicos - Discorra soďƌeà oà ͞PƌiŶĐípioà daà
CoŶveƌsĆoà “uďstaŶĐialà doà NegſĐioà JuƌídiĐo͟?à Foià
acolhido pelo legislador civil? Justifique. 
Magistratura Federal - TJDFT - Ano: 2009 - Banca: 
TJDFT - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e 
Negócios Jurídicos - Há distinção entre Dolo Eventual e 
Culpa Consciente? Justifique a resposta. 
Magistratura Estadual - TJAP - Ano: 2006 - Banca: TJAP 
- Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e 
Negócios Jurídicos - Vícios sociais do ato jurídico. 
Defina-os. Indique-os. 
Magistratura Estadual - TJRJ - Ano: 2008 - Banca: TJRJ - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Busca e Apreensão - 
Em ação de busca e apreensão de bem objeto de 
alienação fiduciária convertida em ação de depósito, o 
Réu regularmente citado, ofereceu contestação, 
alegando que o bem foi furtado e requerendo a 
extinção do processo sem apreciação do mérito, tanto 
mais que não fora formulado pedido alternativo de 
condenação ao pagamento do equivalente em 
dinheiro. Sendo você o juiz, como solucionaria a 
controvérsia? Dispensa-se a adoção da forma de 
sentença. 
Magistratura Estadual - TJMS - Ano:2012 - Banca: PUC-
PR - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Contratos - 
Discorra fundamentadamente sobre a violação positiva 
do contrato, contemplando as concepções doutrinárias 
a respeito de seu conceito no Direito Brasileiro, bem 
como sua relação com os conceitos de mora e 
inadimplemento das obrigações. 
- Resposta: Espera-se do candidato a definição de 
violação positiva do contrato que contemple o 
descumprimento de deveres laterais derivados da 
boa-fé (COSTA, Jorge Cesa Ferreira da. A boa-fé e a 
violação positiva do contrato. Rio de Janeiro: Renovar, 
2002, p. 273), bem como a posição doutrinária que 
afirma configurar-se a violação positiva na hipótese 
em que a obrigação não é cumprida no modo 
pactuado, qualificando-seĐoŵoà ͞ĐuŵpƌiŵeŶtoà ƌuiŵà
ouà iŶexatoà doà ĐoŶtƌato͟à ;PONTE“àDEàMI‘áNDá,à JosĠà
Cavalcanti. Tratado de Direito Privado. Tomo XXVI. 
Rio de Janeiro: Borsoi, p. 15) - Quanto à relação entre 
mora e inadimplemento, espera-se do candidato a 
demonstração de que, enquanto na mora e no 
inadimplemento ocorre inexecução da obrigação, na 
violaçãoà positivaà doà ĐoŶtƌatoà ͞teŵà lugaƌà uŵaà ͚açãoà
positiva͛à doà devedoƌ,à poƌĠŵà seŵà satisfazeƌà
adeƋuadaŵeŶteà oà iŶteƌesseà doà Đƌedoƌ͟.à ;TEPEDINO,à
Gustavo et al. Código Civil Interpretado Conforme a 
Constituição da República. Volume I. Rio de Janeiro: 
Renovar, 2004, p. 693). Admite-se, alternativamente, 
resposta em que se afirme que a violação positiva 
pode se enquadrar no conceito de mora ou de 
inadimplemento, haja vista o teor do artigo 394 do 
Código Civil que também qualifica como mora o 
ĐuŵpƌiŵeŶtoàƋueàŶãoàĠàƌealizadoàŶaà͞foƌŵaàƋueàaàleià
ouà aà ĐoŶveŶçãoà estaďeleĐeƌ͟à ouà Ƌueà aà violaçãoà
positiva, como inexecução de deveres laterais, é uma 
forma de inadimplemento que não se refere à 
prestação principal (COSTA, Jorge Cesa Ferreira da. 
Op. Cit., p. 273). - QUESITO AVALIADO NOTA - 1) 
APRESENTAÇÃO E ESTRUTURA TEXTUAL (legibilidade, 
respeito às margens, paragrafação, coerência, 
concisão, clareza, propriedade vocabular); ASPECTOS 
GRAMATICAIS (morfologia, sintaxe de emprego e 
colocação, sintaxe de regência e pontuação); 
ASPECTOS FORMAIS (erros de forma em geral e erros 
de ortografia); CAPACIDADE DE INTERPRETAÇÃO E 
EXPOSIÇÃO 2) DESENVOLVIMENTO DO TEMA: a) 
Referência expressaàăàŶoçãoàdeà͞adiŵpleŵeŶtoàƌuiŵ͟à
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 6 
ou expressão equivalente. b) Referência expressa à 
violação de deveres laterais derivados da boa-fé. c) 3 
Possibilidades de resposta: a) Afirmação de que a 
violação positiva do contrato é uma categoria que não 
se confunde com a mora e com o inadimplemento 
absoluto/definitivo, uma vez que, enquanto estes 
ocorrem mediante inexecução da obrigação, a 
violação positivaconsiste em execução que não 
atende adequadamente ao interesse do credor. OU b) 
Alternativamente, admite-se como resposta a 
afirmação de que a violação positiva do contrato pode 
qualificar-se como modalidade de mora ou de 
inadimplemento definitivo que se configura pelo não 
ĐuŵpƌiŵeŶtoà daà oďƌigaçãoà Ŷaà ͞foƌŵaàƋueà aà leià ouà aà
ĐoŶveŶçãoàestaďeleĐeƌ͟à ;aƌt.à ϯϵϰàdoàCſdigo Civil) OU 
c) ainda, que violação positiva, como inexecução de 
deveres laterais, é uma forma de inadimplemento que 
não se refere à prestação principal. 
Magistratura Federal - TRF4 - Ano:2007 - Banca: TRF4 - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Contratos - No atual 
sistema jurídico brasileiro, a mera onerosidade 
excessiva autoriza a revisão judicial dos contratos ou 
esta revisão depende da ocorrência de fatos 
imprevisíveis (aplicação da teoria da imprevisão)? 
Magistratura Estadual - TJMG - Ano: 2007 - Banca: 
EJEF - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Contratos - 
Joelson Silva, brasileiro, divorciado, residente e 
domiciliado em Contagem (MG), empresário individual, 
devidamente registrado na JUCEMG, explorando o 
ramo de hortifrutigranjeiros, desenvolvia o seu negócio 
em imóvel próprio, na cidade de Belo Horizonte (MG), 
Ƌueà edžiďiaà oà títuloà ͞“áCOLÃOà VENDáà NOVá͟.à
Endividado, celebrou com um determinado banco 
comercial um contrato de mútuo. Os recursos obtidos 
com este contrato foram suficientes para que ele 
quitasse as dívidas então existentes. Contudo, sem 
capital de giro, ajustou com um banco uma operação 
de abertura de crédito em conta corrente, no limite de 
R$ 100.000,00 (cem mil reais), que, por sua vez, foi 
documentada por uma Cédula de Crédito Bancário 
emitido por ele em favor da respectiva instituição 
financeira. Joelson Silva não conseguiu honrar as 
obrigações contraídas nos respectivos prazos. Assim, 
ele ingressou com uma ação revisional do contrato de 
mútuo, invocando a aplicação do Código de Defesa do 
Consumidor, citando uma série de cláusulas contratuais 
que, supostamente, seriam abusivas. Entre as cláusulas 
Đitadas,à JoelsoŶà destaĐouà asà seguiŶtes:à ;iͿà ͞FiĐaà
estipulado expressamente e aceito pelo MUTUÁRIO 
que a taxa de juros será definida pelo Banco de acordo 
com os parâmetros utilizados para operações desta 
Ŷatuƌeza.͟à ;iiͿà ͞Eŵà Đasoà deà iŶadiŵplġŶĐia,à alĠŵà dosà
juros moratórios à razão de 1% a.m, será devida multa 
moratória equivalente a 2% por mês até a efetiva 
quitação daà dívida.͟à ;iiiͿà ͞Oà BaŶĐoà fiĐaà autorizado a 
debitar nas contas correntes do MUTUÁRIO as quantias 
devidasà eŵà viƌtudeà doà pƌeseŶteà ĐoŶtƌato.͟à
Concomitantemente, o banco ajuizou em desfavor de 
Joelson uma execução por quantia certa lastreada na 
Cédula de Crédito Bancário, instruindo a inicial com os 
extratos da conta corrente, discriminando as parcelas 
utilizadas do crédito aberto. a) Quanto à ação revisional 
noticiada, na qualidade de Juiz (íza), avalie as supostas 
abusividades do contrato de mútuo apontadas pelo 
autor. Limite a análise em, no máximo, dez linhas. b) 
Uma vez citado na noticiada execução, Joelson opôs 
embargos, arguindo, tão-só, a carência de ação do 
exequente face à iliquidez do seu crédito e ao disposto 
na súmula 233 do STJ. Como você, na qualidade de 
Juiz(íza), decidiria estes embargos. Justifique, 
abordando os aspectos 
Magistratura Estadual - TJRJ - Ano: 2008 - Banca: TJRJ - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Contratos - Dário 
D͛áŶtas,àĐasadoàĐoŵàMaƌiaàIŶez,àosteŶtavaàpƌoĐuƌaçĆoà
por instrumento particular com amplos poderes, 
outorgada pela mulher, para a gerência dos negócios e 
patrimônio desta. Desfeita a sociedade conjugal, Maria 
Inez revogou o mandato e notificou o ex-marido. 
ápesaƌà daà ŶotifiĐaçĆo,à DĄƌioà D͛áŶtasà Đeleďƌouà eŵà
nome do ex-cônjuge contrato de empréstimo com o 
ďaŶĐoàL͛OĐasiuŶit.à“eŵàsaďeƌàdoàĐoŶtƌatoàďaŶĐĄƌio,àƋueà
por isso não foi adimplido conforme o pactuado, Maria 
Inez se viu citada em execução por título extrajudicial, 
defendendo-se, por meio de embargos, com base no 
argumento de ineficácia do negócio jurídico tendo em 
vista que o contrato foi celebrado após a notificação do 
mandatário acerca da revogação do mandato. A seu 
turno, o banco ressaltou sua condição de terceiro de 
boa-fé, já que não possuía meios de saber sobre a 
revogação do mandato, além do fato de que Dário 
D͛áŶtasà haďitualŵeŶteà Đeleďƌavaà eŵà Ŷoŵeà deà Maƌiaà
Inez diversas operações bancárias. Considerando os 
fatos provados e dispensando-se o relatório, decida o 
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 7 
conflito na forma de sentença, com abordagem das 
questões e regras jurídicas inerentes ao tema. 
Magistratura Estadual - TJMT - Ano: 2006 - Banca: 
VUNESP - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Contratos 
- Disserte sobre os dois questionamentos. a) A 
propositura da ação declaratória negativa inibe o 
aforamento da ação de execução relativamente ao 
mesmo crédito? (Justifique a sua resposta) É possível a 
propositura de ação declaratória visando à 
interpretação de cláusulas contratuais? Justifique a sua 
resposta. 
- Resposta: a) É possível nos termos do disposto no 
artigo 585, § 1.º do Código de Processo Civil. Os 
argumentos dos candidatos deverão levar à conclusão 
do disposto no artigo mencionado. b) O candidato 
deverá dissertar interpretando literalmente o artigo 
4.º, I do CPC. Em primeiro plano, não seria possível 
concluir que sim, pois a cláusula contratual não se 
ĐoŶfuŶdeà Đoŵàaà ƌelaçãoà juƌídiĐa.à ͞Esseà eŶteŶdiŵeŶtoà
não se harmoniza, porém, com a finalidade do 
iŶstituto,à Ƌueà ͞està laà foƌŵeà laà plus élevée et la plus 
dĠliĐateà d͛exeƌĐiĐeà duà pouvoiƌà judiĐiaiƌe,à età doità ġtƌeà
considerée comme très utile aux litigants et à la vie 
sociale. Da interpretação de uma única cláusula 
contratual depende, muitas vezes, a solução de todo o 
litígio, o que autoriza o ajuizamento da declaratória, 
presente o interesse processual. É a orientação mais 
liďeƌal,à seguidaà pelaà doutƌiŶaà eà pelaà juƌispƌudġŶĐia.͟à
(João Batista Lopes. Ação Declaratória. EditoraRT. 4.ª 
edição. São Paulo: 1995, p.71). 1 Tradução livre do 
Elaborador: é a forma mais elevada e a mais delicada 
de exercício do Poder Judiciário. E deve ser 
considerada como muito útil aos litigantes e à vida 
social. 
Magistratura Estadual - TJMG - Ano: 2009 - Banca: 
EJEF - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Contratos - 
José dos Anzóis realizou com Antônio Prometeu 
contrato de promessa de compra e venda, com cláusula 
de arrependimento, sobre uma gleba de terras na 
periferia da cidade. A promessa de compra e venda não 
foi registrada, mas foi quitada devidamente. Após a 
quitação, o promitente vendedor se nega a passar a 
escritura definitiva. Então, o promitente comprador 
ajuíza ação de outorga de escritura, onde sustenta que 
a promessa de compra e venda quitada, independente 
de registro imobiliário, gera-lhe direito à escritura, e 
requer que, após processamento do pedido, seja-lhe 
outorgada a escritura definitiva do imóvel pelo 
promitente vendedor, em prazo determinado na 
sentença, sob pena de esta lhe suprir a vontade. 
Contestado o pedido, o promitente vendedor sustenta 
a invalidade do contrato de promessa de compra e 
venda, pela ausência do registro e, em mérito, diz-se 
arrependido e que quer fazer uso da cláusula de 
arrependimento, indenizando o promitente comprador 
do valor pago, corrigido. Decida. 
Magistratura Estadual - TJGO - Ano: 2010 - Banca: 
TJGO - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Contratos - A 
função social do contrato prevista no artigo 421 do CCB 
é matéria de ordem pública?Tal disposição legal se 
aplica às relações de consumo reguladas pela Lei nº 
8.078/90? 
Magistratura Estadual - TJSP - Ano: 2007 - Banca: TJSP 
- Disciplina: Direito Civil - Assunto: Contratos - 
DISSERTAÇÃO-Plano de Saúde. Contratos que o 
estabelecem. Sua natureza e elementos característicos. 
Atos normativos que regulam as relações entre os 
contratantes. Coberturas obrigatórias e exclusões 
permitidas pela lei. Regras a serem obedecidas nas 
cláusulas restritivas e na interpretação dos contratos. 
Magistratura Estadual - TJMG - Ano: 2007 - Banca: 
TJMG - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Contratos - 
Em 1 º/02/2006, FRANCISCO, na qualidade de 
vendedor, celebrou um contrato de compra e venda de 
maquinário industrial com JOÃO, na qualidade de 
comprador. Na cláusula referente ao pagamento, as 
paƌtesà ajustaƌaŵà oà seguiŶte:à ͞JOÃOà à eŵitirá um 
cheque, no valor de R$ 100.000,00, em favor de 
FRANCISCO, avalizado por WALDÍRIO. No ato da 
entrega do cheque nas condições ora entabuladas, 
FRANCISCO dará plena e geral quitação a JOÃO, 
ŵediaŶteàoàƌespeĐtivoàƌeĐiďo͟.àássiŵ,àeŵàϬϮ/ϬϮ/ϮϬϬϲ,à
JOÃO emitiu o cheque, colheu a assinatura de 
WALDÍRIO, na qualidade de avalista, e o entregou, 
contra recibo, para FRANCISCO. Em 03/02/2006, o 
beneficiário apresentou o cheque ao banco-sacado, 
tendo este último, todavia, devolvido o cheque por 
insuficiência de fundos. Irresignado, após algumas 
tentativas frustradas de solucionar o impasse de forma 
amigável, FRANCISCO encaminhou o cheque ao 
Cartório de Protesto em 24/07/2006, tendo sido o 
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 8 
protesto devidamente lavrado em 27/07/2006. 
Pergunta-se: a) Ante as circunstâncias narradas, poderá 
FRANCISCO pleitear a resolução do contrato de compra 
e venda ajustado com JOÃO com o fito de reaver o 
maquinário industrial? Justifique em, no máximo, cinco 
linhas. b) Supondo que, em 15/12/2006, o beneficiário 
tenha ajuizado uma execução lastreada no referido 
cheque em face de JOÃO e WALDÍRIO, poderia ser 
pronunciada a prescrição? Justifique 
Magistratura Estadual - TJAP - Ano: 2006 - Banca: TJAP 
- Disciplina: Direito Civil - Assunto: Contratos - 
Proposta uma ação de despejo por falta de 
pagamento e por descumprimento do contrato 
quanto à destinação do imóvel c/c cobrança dos 
aluguéis que se vencerem no curso da ação, o réu, 
regularmente citado, purgou a mora integralmente e 
ofertou contestação em relação aos demais 
fundamentos, argumentando que o imóvel estava 
sendo usado para a finalidade não residencial 
estabelecida no contrato (escritório de representação), 
requerendo inclusive inspeção judicial, que foi 
realizada, mas constatou foi a sublocação do prédio 
para uso residencial, como alegado na petição inicial. 
Por fim, estando os autos conclusos para sentença, o 
autor noticiou ao Juízo que o imóvel se encontrava 
abandonado e que o réu ficou devendo os aluguéis dos 
dois últimos meses anteriores ao abandono. Pergunta-
se: se o candidato fosse o Juiz da causa, que 
providência adotaria no respeitante ao mencionado 
abandono e como decidiria os três pedidos aduzidos 
na petição inicial? 
Magistratura Federal - TRF2 - Ano: 2011 - Banca: 
CESPE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Contratos - 
Empresa pública federal celebra contrato com empresa 
brasileira contendo cláusula compromissória. A 
empresa privada descumpre o acordado e a empresa 
pública ajuíza ação judicial. A empresa privada requer a 
extinção do processo sem julgamento do mérito face à 
existência de convenção de arbitragem. Analise a 
questão, à luz da legislação, jurisprudência e doutrina. 
Magistratura Federal - TRF2 - Ano: 2011 - Banca: 
CESPE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Contratos - 
Distinguir boa-fé objetiva de boa-fé subjetiva. Justifique 
a resposta. 
Magistratura Estadual - TJMS - Ano: 2010 - Banca: 
TJMS - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direito de 
Família - Maria e Hélio se conheceram em 2006 e, em 
seguida, iniciaram relacionamento amoroso, sendo que 
ambos eram solteiros. Hélio, com 25 anos de idade, 
havia conseguido seu primeiro emprego como 
consultor em uma multinacional. Já Maria, aos 22 anos 
de idade, não possuía nenhuma fonte de renda, estava 
desempregada e atravessava inúmeras dificuldades 
financeiras, tanto que havia abandonado o curso 
supeƌioƌàƋueàfƌeƋueŶtavaàeàŵoƌavaà͞deàfavoƌ͟àŶaàĐasaà
de parentes. Alguns meses depois, o casal passou a 
viver em união estável e Hélio adquiriu um imóvel 
comercial em nome de Maria, cuja quitação efetuou 
mediante pagamento de 20 prestações mensais e 
consecutivas. Ao longo dos anos, Maria concluiu a 
faculdade e curso de pós-graduação, com o auxílio 
exclusivo do companheiro, o único a trabalhar para 
prover o custeio das despesas do lar. Ainda durante o 
convívio, Hélio também conseguiu comprar em seu 
próprio nome dois automóveis e uma chácara de lazer. 
Em 20 de janeiro de 2010, Maria foi contemplada em 
uŵàsoƌteioàdaà͞ŵega-seŶa͟,àviŶdoàaàƌeĐeďeƌàaàƋuaŶtiaà
de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). Em seguida, 
diante da perspectiva de mudar de vida, rompeu o 
relacionamento com Hélio, pondo fim à união. Hélio 
concordou com a separação, mas os conviventes não 
chegaram a um consenso em relação à divisão do 
patrimônio. Diante da situação fática acima narrada e 
considerando a inexistência de contrato escrito entre 
as partes, pergunta-se: a) Algum dos bens adquiridos 
está sujeito à partilha? b) Em caso positivo, qual deles? 
E qual seria a proporção da divisão? Fundamente. 
Magistratura Estadual - TJMT - Ano: 2010 - Banca: 
TJMS - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direito de 
Família - A mudança de regime de bens é um direito 
potestativo dos cônjuges ? Em face do que dispõem os 
artigos 1.639 parágrafo 2º e 2.039 do Código Civil 
vigorante e, ainda, considerando o entendimento do 
STJ, exponha sobre a possibilidade de alteração desse 
regime nos casamentos celebrados na vigência do 
Código Civil de 1916. Fundamente. 
Magistratura Estadual - TJMG - Ano: 2007 - Banca: 
EJEF - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direito das 
Sucessões - Desdêmona Machiaveli manteve 
concubinato (more uxorio) com Pedro Colombo 
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Pizarro, por quase 35 anos, não obstante este não 
haver se separado de sua mulher. Com a morte do Sr. 
Pizarro, Desdêmona ajuíza ação de reconhecimento de 
sociedade de fato e meação nos bens adquiridos 
enquanto durou o concubinato. Antes de morrer, 
Pizarro e Desdêmona firmaram contrato, em 
18/03/1995, recebendo esta, por conta de serviços 
prestados, uma indenização em dinheiro. No período 
posterior a este ajuste, mantido o concubinato, foram 
adquiridos três imóveis urbanos. O espólio de Pedro 
Colombo Pizarro contesta, dizendo que, nos termos dos 
artigos 1º e 3º da Lei 8.971/1994, só faz jus à meação 
de bens a companheira de homem solteiro, separado 
judicialmente, divorciado ou viúvo, o que não é o caso 
dos autos, pois o de cujus permaneceu casado sem 
jamais ter intenção de constituir família com a autora. 
Não houve esforço comum para a aquisição dos bens, e 
o acordo realizado entre os companheiros resultou na 
quitação das mútuas obrigações constituídas até 
aquela data. Decidir à luz do direito aplicável. 
Magistratura Estadual - TJMG - Ano: 2009 - Banca: 
EJEF - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direito das 
Sucessões - Como donatário de um imóvel, constituído 
por um apartamento residencial, situado em região 
nobre da cidadede Belo Horizonte, Carla Maria, que 
reside em outro imóvel de sua propriedade, quer 
vendê-lo, a despeito de estar o imóvel gravado com 
cláusula de inalienabilidade e, consequentemente, de 
impenhorabilidade e incomunicabilidade. O gravame 
decorreu de vontade do doador, seu pai, encerrada em 
cláusula testamentária, instituída e cumprida, 
devidamente, no correr do ano de 2003, ano da 
moléstia e morte dele, pai. Não cogita a donatária e 
proprietária do apartamento converter o produto da 
venda em outro bem, fazendo incidir sobre ele as 
restrições apostas ao apartamento vendido, porque 
está acometida de grave doença hereditária, que lhe 
impõe tratamento de alto custo, compatível com o 
valor da venda do bem, que será, por isso e para tanto, 
gasto. Após provocação do Poder Judiciário, onde se 
sustentou a possibilidade do cancelamento do gravame 
e a venda incondicionada do bem, sobreveio parecer 
do custos legis, opondo-se à venda tal como requerida, 
alegando falta de previsão legal para a hipótese contida 
no pedido. Decida. 
Magistratura Estadual - TJPA - Ano: 2011 - Banca: 
CESPE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos das 
Sucessões - Manoel, solteiro, pai de Cláudia e Pedro, 
faleceu em agosto de 2011, deixando a casa n.º 50, 
situada na rua São Silvestre, em Belém – PA, registrada 
em seu nome no X Ofício do Cartório de Imóveis de 
Belém. A referida casa havia sido emprestada, em 
2005, a um casal de amigos, Carlos e Cristina, pelo 
prazo de dois anos, necessários à conclusão da obra de 
imóvel que haviam comprado. Passados três anos, não 
tendo sido restituído o imóvel, Manoel, em 
10/10/2008, notificou extrajudicialmente o casal para 
que deixasse o imóvel no prazo de trinta dias. O casal 
não atendeu a notificação, tendo permanecido no 
imóvel. Manoel, em 10/3/2011, novamente notificou 
extrajudicialmente o casal, que continuou inerte. Em 
junho de 2011, Manoel foi internado com complicações 
de saúde, tendo falecido dois meses depois. O espólio, 
representado por sua inventariante, mãe dos dois 
herdeiros que representa legalmente, ajuizou, ainda no 
curso do inventário, ação reivindicatória, em face de 
Carlos e Cristina, com o fim de reaver o imóvel 
ocupado. A escritura do imóvel e cópia das notificações 
recebidas pelos réus foram juntadas aos autos. Na 
ação, foram narrados os fatos e feito o pedido de 
imissão na posse do imóvel e de condenação dos réus 
em indenizar a quantia correspondente ao valor do 
aluguel do imóvel, desde 10/11/2008 até a sua efetiva 
desocupação, que seria apurado em liquidação de 
sentença por arbitramento. Citados, Carlos e Cristina 
apresentaram contestação, alegando: a) a inépcia da 
inicial, ante a falta de identificação detalhada do 
imóvel, com suas confrontações e características, e a 
ausência de propriedade do imóvel, com base no 
argumento de que não houvera partilha no processo de 
inventário; b) a impossibilidade jurídica do pedido, sob 
o argumento de que não cabe pedido reivindicatório 
para a obtenção da posse do imóvel; c) a ilegitimidade 
do espólio para figurar no polo ativo, sob o 
fundamento de que a legitimidade seria dos herdeiros; 
d) o direito à usucapião urbana por estarem na posse 
do imóvel por mais de cinco anos ininterruptos, 
utilizando-o como sua moradia, não possuírem outro 
imóvel e por medir o imóvel ocupado área de 180 m2; 
e) o direito de serem indenizados no valor de R$ 
15.000,00 por benfeitorias realizadas no imóvel, a 
saber: colocação de armários nos quartos e 
substituição do piso da cozinha, tendo juntado notas 
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fiscais comprobatórias datadas de maio de 2011; f) a 
falta de amparo para o pedido de indenização pelo 
aluguel, sob o argumento de que utilizavam a casa a 
título de empréstimo, e de que, em momento algum, 
Manoel lhes impusera a cobrança de qualquer valor 
nem tomara qualquer medida judicial para retirá-los do 
imóvel, o que demonstrava a aceitação tácita da 
continuidade do empréstimo. Ao final, pediram a 
extinção do processo sem resolução do mérito, ou a 
declaração de usucapião do imóvel em seu favor, ou, 
ainda, a condenação do autor a pagar-lhes a 
indenização referente ao gasto efetuado. Em réplica, o 
autor alegou: o não cabimento das preliminares; o não 
cabimento da alegação de usucapião aventada em 
contestação, sob o argumento de que não restara 
configurada a usucapião; o não cabimento do pleito de 
indenização, pois não fora provada a data da realização 
das benfeitorias; a pertinência da cobrança do aluguel 
pela utilização do imóvel após a notificação para sua 
devolução. O autor reafirmou os pedidos, requerendo a 
improcedência dos pedidos dos réus. Não havendo 
provas para produzir em audiência, os autos seguiram 
conclusos para sentença. Considerando os fatos 
hipotéticos acima relatados, profira, na condição de 
juiz substituto, a sentença, dando solução à lide. 
Analise toda a matéria de direito processual e material 
pertinente ao julgamento, fundamente suas 
explanações, dispense o relatório e não crie fatos 
novos. 
- Resposta: ASPECTOS MACROESTRUTURAIS - 
Sentença Cível - Quesito avaliado Faixa de valor Nota 
- 1 Capacidade de expressão na modalidade escrita e 
uso das normas do registro formal da língua - 2 
Conhecimento do tema - 2.1 Preliminares não 
prosperam / Petição inicial atende aos requisitos 
previstos no art. 282 do CPC / Imóvel identificado / 
Inventário em andamento não há óbice / Legitimidade 
do espólio / Inventário não encerrado / Art. 12, V, do 
CPC / Possibilidade jurídica do pedido 0,00 a 1,50 - 
1,25 - 2.2 Possibilidade de usucapir em contestação: 
Súmula n.° 237/STF / Requisitos não configurados / 
Oposição após a notificação 0,00 a 1,50 1,00 - 2.3 
Benfeitorias / Ausência de direito / Realização quando 
a posse não era mais de boa-fé / Art. 333, II, do CPC 
0,00 a 1,00 0,83 - 2.4 Aluguéis devidos pela utilização 
do imóvel após 30 dias da notificação até a 
desocupação / Liquidação por arbitramento / Art. 
475-C do CPC 0,00 a 1,50 1,50 - 2.5 Direito à imissão 
na posse do imóvel: requisitos preenchidos 0,00 a 2,00 
1,00 - 2.6 Dispositivo: afastar as preliminares; 
extinção consoante o art. 269, I, do CPC; julgar 
procedentes os pedidos, para imitir o espólio na posse 
do imóvel; condenar os réus a indenizar da quantia 
correspondente ao valor do aluguel do imóvel, desde 
10/11/2008 até a sua efetiva desocupação, a ser 
apurado em liquidação de sentença por arbitramento 
/ Condenação em custas e honorários em percentual 
sobre a condenação no valor referente indenização 
pelo pagamento do aluguel (art. 20, § 3.°, do CPC) 0,00 
a 1,50 
Magistratura Estadual - TJAP - Ano: 2006 - Banca: TJAP 
- Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos das 
Sucessões - NOÉ, magistrado aposentado, divorciado, 
quando contava a idade de sessenta e cinco (65) anos, 
casou-se com INGRA, de trinta e cinco (35), 
advogada, solteira. O casal, desde o enlace, passou a 
morar em casa de alto luxo pertencente ao marido e 
seu único bem. INGRA não possuía bens ao casar. 
Nenhum bem foi adquirido na constância do 
casamento, que também não gerou filhos. NOÉ 
morreu seis meses após o casamento. Ao casar com 
INGRA, NOÉ já possuía os filhos COSME e DAMIÃO, 
ambos advogados. Antes mesmo do inventário de NOÉ, 
INGRA casou-se com ODAIR, que foi morar com ela na 
casa deixada por NOÉ, residência do novo casal. 
INGRA morreu seis meses após o casamento, sem 
deixar ascendentes, descendentes ou parentes de 
sangue.À luz do vigente ordenamento jurídico, que 
direitos hereditários ou de sucessão tem ODAIR? 
Justifique. 
Magistratura Estadual - TJAC - Ano: 2006 - Banca: 
CESPE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos de 
Família - Ana ajuizou ação de investigação de 
paternidade contra Carlos, e a sentença decidiu pela 
procedência do pedido, isto é, reconheceu a 
paternidade do investigante e transitou em julgado em 
12/12/2000. Em virtude da recusa injustificada do réu 
em submeter-se a exame pericial, consistente no 
exame de DNA, a paternidade foi reconhecida sem a 
referida prova técnica, valendo-se o juiz de outros 
meios de prova, testemunhais e documentais, 
existentes nos autos. Em 15/11/2006, Carlos ajuizou 
ação negatória de paternidade contra Ana, alegando 
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que deseja submeter-se ao exame DNA, para que se 
estabeleça a verdade real e não presumida quanto à 
paternidade questionada. Diante dessa situação 
hipotética, elabore um texto dissertativo acerca da 
decisão judicial a ser proferida na ação proposta por 
Carlos, incluindo, se for o caso, elementos que 
poderiam ser apresentados por Ana em sua defesa. 
Magistratura Estadual - TJMG - Ano: 2007 - Banca: 
EJEF - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos de 
Família - M.V. ajuíza ação de reparação de danos 
contra H.C.V., sob o fundamento de que se casaram, 
após longo período de namoro e noivado, no entanto, 
passados 45 (quarenta e cinco) dias do casamento, 
ocorreu a separação do casal. Sustenta que o 
desfazimento de seu casamento ocorreu por culpa 
exclusiva do requerido, que, pretextando haver perdido 
o emprego, culminou por abandonar o lar, sem 
qualquer explicação, deixando-a na mais completa 
carência e abandono, pois, até então, ela era apenas 
estudante e dependente de seu genitor. Diz a autora 
que realizou despesas diversas, tais como igreja, 
vestidos de noiva, fotógrafos, buffet e outras. Viu-se 
obrigada a cancelar a viagem de lua-de-mel, 
programada para dois meses depois do enlace, sendo 
ressarcida apenas em parte pelos gastos efetuados com 
a agência de turismo contratada. Haviam combinado, 
enquanto noivos, que as despesas com a celebração e 
comemoração do casamento seriam divididas 
proporcionalmente. O ex-marido não honrou o 
compromisso assumido, tendo a autora que arcar, 
sozinha, com todas as despesas, graças a empréstimo 
contraído com seu genitor. Conclui que faz jus à 
indenização pelos prejuízos materiais sofridos, além do 
dano moral suportado, já que tudo isso lhe causou os 
maiores transtornos e forte abalo emocional. 
Defendendo-se o réu alega que não há prova de sua 
culpa pelo fim do casamento, visto que a autora 
fundamenta o pedido nos arts. 186 e 927 do Código 
Civil. A ruptura da união se deu consensualmente, com 
a plena aquiescência da requerente. Jamais fez acordo 
com a autora no sentido de responsabilizar-se pelo 
pagamento de metade das despesas realizadas com o 
casamento, mesmo porque estavam fora de seu padrão 
econômico. O fim da união ocorreu em razão da perda 
de seu emprego, o que acabou por abalar a relação 
conjugal. Não se pode falar em responsabilidade 
contratual ou extracontratual. Para configuração de sua 
responsabilidade civil, deveria ter sido comprovado não 
somente o dano alegado, mas também a conduta 
culposa e o nexo causal entre esta e aquele, 
salientando que o simples aborrecimento pela 
dissolução da sociedade conjugal é insuficiente para 
caracterizar a responsabilidade civil, consoante 
entendimento doutrinário e jurisprudencial dominante. 
Decida. 
Magistratura Estadual - TJMG - Ano: 2008 - Banca: 
EJEF - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos de 
Família - ELIZIÁRIO VERNE e sua esposa ANAZILDA 
SANTUZA SANTOS ajuízam ação visando alterar o 
regime de bens adotado para o patrimônio do casal, 
realizado em julho de 2001, de comunhão parcial para 
separação total. Esclarecem que não possuem 
quaisquer bens a serem partilhados. Dizem, ainda, que 
já haviam, mesmo antes do casamento, manifestado o 
desejo de adotarem o regime de separação total, que 
restou frustrado pelo fato de não disporem, à época, 
de condições financeiras para arcar com as despesas da 
indispensável escritura de pacto antenupcial. Realizada 
audiência de instrução, as testemunhas inquiridas 
confirmaram os fatos alegados pelos requerentes. O 
Ministério Público opinou pelo deferimento do pedido. 
DECIDA. 
Magistratura Estadual - TJMG - Ano: 2008 - Banca: 
EJEF - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos de 
Família - ALEXANDRINA VESCHER e HELMUT VESCHER 
separaram-se consensualmente em 05/03/1995, 
ocasião em acordaram manter em comunhão os 
direitos patrimoniais sobre o apartamento de n. 72 do 
edifício Sabiá, integrante do condomínio Parque das 
Aves, situado à rua Marechal Rondon, n. 145/297, 
bairro Santa Amália, nesta cidade, dividindo-se em 
partes iguais os frutos advindos do aluguel do imóvel. 
Posteriormente, em 27/04/1997, autora e réu 
firmaram instrumento particular de cessão de direitos 
de meação e extinção do condomínio, por meio do qual 
cedia ela ao réu a parte que lhe pertencia no referido 
bem imóvel, mediante o pagamento de R$ 120.000,00 
(cento e vinte mil reais), em 60 (sessenta) parcelas, das 
quais foram solvidas apenas as 15 (quinze) primeiras. 
Diante do inadimplemento e, decorridos 7 (sete) anos, 
pleiteia a resolução do instrumento particular de 
cessão de direitos, assim como a condenação do réu ao 
pagamento das perdas e danos , incluindo os frutos da 
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coisa comum. Na contestação, o réu arguiu a prescrição 
(CC/1916, art. 178, §§ 8º e 9º, inciso V) e a 
improcedência do pedido inicial. Reconveio, 
pretendendo haver da autora reconvinda indenização 
pela conservação e manutenção do imóvel durante o 
período, reembolso das quantias relativas ao IPTU e às 
taxas condominiais e, ainda, das importâncias 
emprestadas para que ela pudesse adquirir o 
apartamento onde reside. A autora reconvinda rebateu 
a pretensão do réu reconvinte. Os litigantes concordam 
com o julgamento antecipado, visto que a matéria 
controvertida é de direito e os documentos necessários 
estão nos autos. DECIDA. 
Magistratura Estadual - TJMG - Ano: 2008 - Banca: 
EJEF - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos de 
Família - ͞á͟à afoƌouà açĆoà deà iŶdeŶizaçĆoà ĐoŶtƌaà ͞B͟,à
pretendendo receber a importância de R$1.000.000,00. 
A pretensão foi atendida e a intimação da sentença 
ocorreu em 15.10.2007. Os honorários advocatícios 
foram fixados em 10% sobre o valor da condenação. O 
vencido não interpôs recurso e, no dia 12.11.2007, 
efetuou o pagamento no importe de R$300.000,00 
mais R$30.000,00 a título de honorários advocatícios. 
Em 14.12.2007, o vencedor requereu o cumprimento 
da sentença, na modalidade de execução, e apresentou 
planilha contendo os seguintes valores: a) 
R$700.000,00 pelo principal; b) R$70.000,00 pelos 
honorários advocatícios; c) R$70.000,00 pela multa 
prevista no art. 475-J do CPC. Requereu, ainda, fosse 
feito arbitramento de honorários advocatícios para a 
execução. O juiz, antes de decidir o pedido, preferiu 
ouvir o devedor. Este asseverou que a verba não é 
devida porque: a) os honorários advocatícios fixados na 
sentença abrange as fases de conhecimento e 
execução: b) a multa abrange a remuneração pelos 
eventuais serviços do advogado na fase de execução. 
Com base nestes dados, redigir a decisão sobre o 
derradeiro pedido formulado pelo credor, levando-seem conta a orientação do Superior Tribunal de Justiça 
em relação ao tema. Dissertar sobre o princípio da 
unirreĐoƌƌiďilidadeà eà aà fuŶgiďilidadeà ƌeĐuƌsal.à à ͞á͟à
faleĐeuàeàdeidžou,àalĠŵàdaàviúvaà͞B͟,àosàfilhosà͞C͟,à͞D͟,à
͞E͟,à eà ͞F͟,à todosà ŵeŶoƌes.à IŶiĐiadoà oà iŶveŶtĄƌio,à ͞G͟à
alegou que o falecido manteve com ela união estável 
ŶosàúltiŵosàƋuatƌoàaŶosàeàgeƌaƌaŵàaàfilhaà͞H͟, embora 
ele, simultaneamente, mantivesse a união conjugal. A 
filhaà ͞H͟à foià ƌeĐoŶheĐidaà poƌà esĐƌituƌaà púďliĐaà aiŶdaà
ŶĆoàaveƌďadaàŶoàƌegistƌoàĐivil.à͞G͟àalegou,àaiŶda,àteƌeŵà
ela e o falecido adquirido, no curso da união estável, 
um automóvel importado no valor de R$150.000,00, 
porém, registrado na repartição administrativa em 
Ŷoŵeàdeà͞á͟.à‘eƋueƌeuàfosseàadŵitidaàŶaàĐoŶdiçĆoàdeà
meeira do veículo e, na condição de representante 
legalà deà ͞H͟,à fosseà aà ŵeŶoƌà adŵitidaà Ŷoà ƌolà dosà
heƌdeiƌos.àOuvidos,àaàviúvaà͞B͟àeàos filhosà͞C͟,à͞D͟,à͞E͟à
eà ͞F͟à iŶfoƌŵaƌaŵà Ƌueà desĐoŶheĐiaŵà oà supostoà
ĐoŶvívioà siŵultąŶeoàdeà͞á͟àĐoŵà͞G͟àŶaàĐoŶstąŶĐiaàdoà
ĐasaŵeŶtoàdele,àŵasàĐoŶĐoƌdaƌaŵàƋueà͞H͟àeƌaàfilhaàdoà
falecido em decorrência de relacionamento 
extraconjugal e, portanto, poderia ser habilitada como 
heƌdeiƌa.à Oà juizà eŶteŶdeuà Ƌueà oà pedidoà deà ͞G͟,à
relacionado com a união estável sem separação de 
fato, é tese jurídica complexa. Entendeu, também, que 
aà haďilitaçĆoà deà ͞H͟,à Ŷaà ĐoŶdiçĆoà deà heƌdeiƌa,à Ġà
questão de alta indagação porque a escritura pública 
de reconhecimento da paternidade ainda não foi 
averbada e estaria sujeita a impugnação tanto pela 
viúva e quanto pelos filhos do inventariado. 
DeteƌŵiŶouàƋueà͞G͟àeàaà filhaà͞H͟àpƌoĐuƌasseŵàasàviasà
ordinárias. Analise, no aspecto estritamente 
processual, se a decisão foi correta ou incorreta, 
fundamentando a resposta. 
Magistratura Estadual - TJMG - Ano: 2009 - Banca: 
EJEF - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos de 
Família - Paula Lafaiete contraiu matrimônio com Hélio 
Vaz. Quatro meses depois, o cônjuge virago descobriu 
que seu marido havia sido condenado pelo crime de 
estupro, circunstância que tornou insuportável a 
convivência do casal e motivou o ajuizamento, por 
parte dela, de ação de nulidade do casamento. 
Magistratura Federal - TJDFT - Ano: 2009 - Banca: 
TJDFT - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos de 
Família - Maria ajuizou ação de separação judicial 
contra João objetivando o decreto de separação do 
casal com reconhecimento da culpa por parte do réu 
pela ruptura do casamento. Alegou, em síntese, que se 
casou com o réu em 2000 e que dessa união nasceram 
três filhos; que o réu não estava arcando com as 
despesas oriundas do lar; que chegava tarde a casa 
quase todos os dias; que tinha amante; que após uma 
séria briga em 2003 foi obrigada a sair de casa. A 
autora intimada não compareceu à audiência 
preliminar. O réu compareceu desacompanhado de 
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advogado e não contestou a ação. Ante a revelia do 
réu, com a consequente presunção de veracidade dos 
fatos alegados pela autora na inicial, o juiz acolheu o 
pedido e decretou dissolvida a sociedade conjugal por 
culpa do réu que, como consequência direta do seu 
comportamento, ficou sujeito a prestar alimentos à 
autora. Inconformado, apela o réu, sustentando que 
não poderia ter sido antecipado o julgamento do feito. 
Ademais, a improcedência se impõe. O juiz decidiu 
corretamente? 
Magistratura Federal - TJDFT - Ano: 2007 - Banca: 
TJDFT - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos de 
Família - Paulo move ação de prestação de contas em 
face da ex-cônjuge Maria, dando conta de que esta 
recebe a pensão alimentícia destinada à filha comum, 
menor impúbere, razão pela qual deve esclarecer a real 
destinação desses recursos, haja vista a suspeita de 
desvio. A sentença julgou extinto o processo, na forma 
do art. 267, VI, do Código de Processo Civil, 
reconhecida a inadequação da via eleita. Sobreveio 
apelação no prazo legal, sustentando, em suma, que o 
autor, responsável pelo pagamento da pensão e 
detentor do pátrio poder, ostenta legitimidade e 
interesse de agir. O recurso merece provimento? 
Magistratura Estadual - TJSP - Ano: 2007 - Banca: TJSP 
- Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos de Família 
- Dissertação- Princípios basilares do Código Civil 
brasileiro (Lei Nº 10.406,De 10.01.2002) Inovações no 
Direito de Família em relação ao Código Civil De 1916 
(Livro IV, Título I, Substituto I, Capítulos I Ao XI) 
Magistratura Estadual - TJMG - Ano: 2007 - Banca: 
TJMG - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos de 
Família - Discorra sobre a reformatio in pejus indireta e 
suas consequências nos julgamentos pelo Tribunal do 
Júri. M.V. ajuíza ação de reparação de danos contra 
H.C.V., sob o fundamento de que se casaram, após 
longo período de namoro e noivado, no entanto, 
passados 45 (quarenta e cinco) dias do casamento, 
ocorreu a separação do casal. Sustenta que o 
desfazimento de seu casamento ocorreu por culpa 
exclusiva do requerido, que, pretextando haver perdido 
o emprego, culminou por abandonar o lar, sem 
qualquer explicação, deixando-a na mais completa 
carência e abandono, pois, até então, ela era apenas 
estudante e dependente de seu genitor. Diz a autora 
que realizou despesas diversas, tais como igreja, 
vestidos de noiva, fotógrafos, buffet e outras. Viu-se 
obrigada a cancelar a viagem de lua-de-mel, 
programada para dois meses depois do enlace, sendo 
ressarcida apenas em parte pelos gastos efetuados com 
a agência de turismo contratada. Haviam 
combinado, enquanto noivos, que as despesas com 
a celebração e comemoração do casamento seriam 
divididas proporcionalmente. O ex-marido não honrou 
o compromisso assumido, tendo a autora que arcar, 
sozinha, com todas as despesas, graças a empréstimo 
contraído com seu genitor. Conclui que faz jus à 
indenização pelos prejuízos materiais sofridos, além do 
dano moral suportado, já que tudo isso lhe causou os 
maiores transtornos e forte abalo emocional. 
Defendendo-se o réu alega que não há prova de sua 
culpa pelo fim do casamento, visto que a autora 
fundamenta o pedido nos arts. 186 e 927 do Código 
Civil. A ruptura da união se deu consensualmente, com 
a plena aquiescência da requerente. Jamais fez acordo 
com a autora no sentido de responsabilizar-se pelo 
pagamento de metade das despesas realizadas com o 
casamento, mesmo porque estavam fora de seu padrão 
econômico. O fim da união ocorreu em razão da perda 
de seu emprego, o que acabou por abalar a relação 
conjugal. Não se pode falar em responsabilidade 
contratual ou extracontratual. Para configuração de 
sua responsabilidade civil, deveria ter sido 
comprovado não somente o dano alegado, mas 
também a conduta culposa e o nexo causal entre 
esta e aquele, salientando que o simples 
aborrecimento pela dissolução da sociedade conjugal é 
insuficiente para caracterizar a responsabilidade civil, 
consoante entendimento doutrinário e 
jurisprudencial dominante. Decida. 
Magistratura Estadual - TJMG - Ano: 2007 - Banca: 
TJMG - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos de 
Família - Desdêmona Machiaveli manteve concubinato 
(more uxorio) com Pedro Colombo Pizarro, por quase 
35 anos, não obstante este não haver se separado de 
sua mulher. Com a morte do Sr. Pizarro, Desdêmona 
ajuíza ação de reconhecimento de sociedade de fato e 
meação nos bens adquiridos enquanto durou o 
concubinato. Antes de morrer, Pizarroe Desdêmona 
firmaram contrato, em 18/03/1995, recebendo esta, 
por conta de serviços prestados, uma indenização em 
dinheiro. No período posterior a este ajuste, mantido o 
concubinato, foram adquiridos três imóveis urbanos. O 
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 14 
espólio de Pedro Colombo Pizarro contesta, dizendo 
que, nos termos dos artigos 1º e 3º da Lei 8.971/1994, 
só faz jus à meação de bens a companheira de homem 
solteiro, separado judicialmente, divorciado ou viúvo, o 
que não é o caso dos autos, pois o de cujus 
permaneceu casado sem jamais ter intenção de 
constituir família com a autora. Não houve esforço 
comum para a aquisição dos bens, e o acordo realizado 
entre os companheiros resultou na quitação das 
mútuas obrigações constituídas até aquela data. 
Decidir à luz do direito aplicável. 
Magistratura Estadual - TJAP - Ano: 2006 - Banca: TJAP 
- Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos de Família 
- Após anos de estável união homoafetiva, a advogada 
AURA e a enfermeira ALMA decidiram que uma delas 
teria um filho biológico da outra. Em Clínica 
especializada e procedimento próprio, usado banco 
de esperma, óvulo de ALMA, fertilizado in vitro foi 
implantado com sucesso em AURA, que gerou e pariu 
AMÉLIA. Essa, à vista de atestado médico expedido 
pela maternidade, foi registrada como filha apenas 
de AURA, na forma da lei. Meses após o 
nascimento de AMÉLIA, AURA e ALMA se separaram. 
AURA mudou-se para Belém (PA), onde foi trabalhar e 
estudar. Ficando em Macapá, ALMA voltou a morar 
com os pais em companhia de AMÉLIA. O ambiente 
familiar de criação de AMÉLIA é harmonioso e 
amoroso. Nada lhe falta. Parecidíssima com ALMA, 
sua mãe genética, em físico e temperamento, 
AMÉLIA é a alegria da casa, paixão dos "avós" 
cinquentões. Ninguém da família, todavia, possui 
sua guarda de direito. AURA, mesmo durante o tempo 
em que morou fora de Macapá, habituou-se a visitar 
AMÉLIA pelo menos uma vez por mês. Além disso, 
desde a separação, auxilia em sua criação com 
"mesada" regular, depositada em conta de ALMA. 
AMÉLIA adora a "tia" AURA, que adora AMÉLIA. Com o 
retorno definitivo de AURA para Macapá, agora na 
condição de alta funcionária pública federal efetiva, 
quer ela, cada vez mais, influir na criação e educação 
de AMÉLIA, "filha" que gestou e pariu. ALMA e sua 
família não aceitam. O frágil equilíbrio das relações se 
rompeu. Não há mais espaço para solução amigável 
do conflito. AMÉLIA tem cinco anos; AURA e ALMA, 
trinta e cinco cada uma. AURA é de classe média alta e 
mora em confortável casa própria, situada em área 
nobre de Macapá; vive com uma irmã mais velha, 
também solteira, sua única parente viva. ALMA, filha 
única, é de classe média baixa; mora, com AMÉLIA, em 
casa simples, de propriedade de seus pais, em 
companhia deles, situada em bairro periférico de 
Macapá. AURA ameaça com sua qualidade de mãe 
jurídica de AMÉLIA. ALMA argumenta com sua 
condição de mãe afetiva e genética de AMÉLIA, fato 
esse fora de dúvidas, porque devidamente comprovado 
por exame de DNA. 
Magistratura Estadual - TJAP - Ano: 2006 - Banca: TJAP 
- Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos de Família 
- À luz da Constituição Federal, princípios pertinentes 
ao direito de família e ao vigente ordenamento 
jurídico, como se deve resolver a questão da 
filiação de AMÉLIA, levada ao Judiciário? À luz da 
Constituição Federal, princípios pertinentes ao direito 
de família e ao vigente ordenamento jurídico, como se 
deve resolver a questão da posse e guarda de AMÉLIA, 
levada ao Judiciário? 
Magistratura Estadual - TJAP - Ano: 2006 - Banca: TJAP 
- Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos de Família 
- ADÃO, funcionário público federal, casado, renda 
mensal de R$7.000,00, possui filhos com diferentes 
mulheres, a saber: PEDRO, sete anos e PAULO, seis 
anos, com RITA, eletricitária, renda mensal de 
R$1.000,00; ANA, oito anos e JOÃO, cinco anos, com 
EDLA, comerciária, renda mensal de R$ 600,00; 
OTÁVIO, quatro anos, com EDITE, bancária, renda 
de R$ 2.000,00 e CLÉA, três anos, com ANTONIA, 
dona de casa, sem renda própria. Exceto quanto à 
CLÉA, que vive em sua companhia com a atual esposa, 
ADÃO paga aos demais as seguintes pensões mensais, 
mediante desconto em folha de pagamento, resultado 
de sucessivos acordos celebrados com as mães dos 
menores em diferentes datas e homologados por 
sentença: R$ 500,00 para PEDRO e PAULO, metade 
para cada um; R$ 1.000,00 para ANA e JOÃO, metade 
para cada um; R$ 1.500,00 para OTÁVIO. RITA, EDLA e 
EDITE, todas solteiras, não possuem outros filhos além 
dos mencionados, todos normais, nenhum portador de 
necessidades especiais. CLÉA também é uma criança 
normal. Tanto ADÃO quanto as mães das crianças, são 
pessoas normais, residindo todos em casas próprias e 
ninguém estuda. À luz da Constituição Federal, 
princípios pertinentes ao direito de família e ao vigente 
Código Civil, PEDRO e PAULO teriam bases para rever o 
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 15 
valor das pensões que vêm recebendo, seja para 
majorá-las ao padrão da paga ao meio-irmão OTÁVIO, 
seja para, em seus proveitos e prejuízo de meio-irmãos, 
equipar todas elas, em proporção? 
Magistratura Estadual - TJSP - Ano: 2011 - Banca: 
VUNESP - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos de 
Família - Dissertação - Os direitos sucessórios da 
companheira viúva e da mulher viúva casada pelo 
regime da comunhão parcial de bens, mediante a 
interpretação sistemática das normas jurídicas, 
constitucionais e legais, aplicáveis à espécie. 
Magistratura Federal - TRF2 - Ano: 2011 - Banca: 
CESPE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos de 
Família - Um brasileiro e uma americana casaram-se 
em Nova York, em 1995. Em 2004, o casamento se 
desfez e o brasileiro voltou para o Brasil. A esposa 
ajuizou uma ação de divórcio e a citação do marido foi 
realizada pelo correio. Em 2005, de posse da sentença 
de divórcio proferida em NY, na qual o marido foi revel, 
a ex-esposa ajuizou um pedido de homologação no STJ. 
Analise os requisitos de homologabilidade do caso em 
questão. 
Magistratura Estadual - TJMG - Ano: 2007 - Banca: 
EJEF - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos Reais 
- João Floriano e s/m Maria Dolores ajuízam ação de 
reivindicação de imóvel urbano, em que os autores se 
baseiam em escritura devidamente transcrita no 
Registro Imobiliário, e os réus, Pedro Leôncio e Tereza 
Dulcinéia se defendem com base em posse oriunda de 
contrato de compromisso de compra e venda não 
registrado e outorgado por outrem que não o 
reivindicante. Os autores enfatizam a posse injusta dos 
réus, enquanto estes, na defesa, invocam posse justa 
de boa-fé. Decidir. 
Magistratura Estadual - TJMG - Ano: 2008 - Banca: 
EJEF - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos Reais 
- CLODOALDO FORMIGA, brasileiro, casado, 
comerciário, residente no município de Belo Horizonte, 
ajuíza AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE contra 
GERMINO SILVA, brasileiro, solteiro, mecânico de 
veículos, sob fundamento de que detém a posse do 
lote de terreno e da casa nele edificada, situados na 
rua Bagdá, 25, bairro Cantareira, onde morou com a 
esposa e filhos por 10 (dez) anos. No entanto, em razão 
de haver praticado crime de homicídio, esteve 
cumprindo pena de reclusão em estabelecimento 
prisional no interior do Estado. Agora, em liberdade, 
apóso cumprimento da pena, encontrou o imóvel 
ocupado pelo réu, que nega restituí-lo. O esbulho está 
caracterizado. O pedido para reintegração de posse 
deve ser julgado procedente. O réu contesta com a 
alegação de que adquiriu o imóvel da mulher do autor, 
mediante contrato de promessa de compra e venda, 
com pagamento integral do preço. Também realizou 
benfeitorias na casa no valor de R$ 827,00 (oitocentos 
e vinte e sete reais). Assim, tem a posse legítima do 
imóvel. O pedido inicial deve ser julgado improcedente. 
Não sendo assim, o autor deve devolver-lhe o dinheiro 
pago na aquisição do imóvel e indenizá-lo pelo preço 
das benfeitorias, assegurado o direito de retenção. O 
autor volta aos autos para dizer que não assinou a 
promessa de compra e venda, que é inválida, e, por 
isso, não deve ser reconhecida a posse em favor do 
réu. Não responde pela restituição do dinheiro pago à 
sua mulher. Não há prova da realização e do dinheiro 
gasto pelo réu com supostas benfeitorias. Concluída a 
instrução da causa, o autor diz que as 6 (seis) 
testemunhas inquiridas em juízo comprovaram os fatos 
por ele alegados e os requisitos legais para a 
procedência do pedido inicial de reintegração de posse; 
o réu, por sua vez, rebate dizendo que a prova 
testemunhal não infirma o contrato de promessa de 
compra e venda, e, assim, é a seu favor que deve ser 
reconhecida a posse. O pedido inicial é improcedente 
ou deve ser acatado o pedido alternativo. Questões 
preliminares, de ordem processual, foram superadas 
no despacho saneador e estão protegidas pela coisa 
julgada. DECIDA. 
Magistratura Estadual - TJRJ - Ano: 2011 - Banca: TJRJ - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos Reais - 
MÉVIO OCUPA, DESDE 1º DE JANEIRO DE 1992 UM 
LOTE DE TERRENO COM 460 M2, EM ÁREA URBANA, 
ONDE DESDE ENTÃO, CONSTRUIU UMA CASA ONDE 
RESIDE COM SUA FAMÍLIA, SEM POSSUIR QUALQUER 
TÍTULO DO BEM. EM 07 DE FEVEREIRO DE 2005, 
AJUIZOU AÇÃO DE USUCAPIÃO DESSE IMÓVEL. AO 
CONTESTAR O PEDIDO, O RÉU ARGUMENTOU QUE O 
PRAZO AQUISITIVO SOMENTE SE COMPLETARIA EM 1º 
DE JANEIRO DE 2012. ASSISTE RAZÃO AO RÉU? 
JUSTIFIQUE. 
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Magistratura Estadual - TJRJ - Ano: 2011 - Banca: TJRJ - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos Reais - É 
POSSÍVEL O DIREITO DE SUPERFÍCIE DE SUBSOLO OU 
DE ESPAÇO AÉREO? JUSTIFIQUE A RESPOSTA. 
Magistratura Estadual - TJPR - Ano:2011 - Banca: PUC-
PR - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos Reais - 
Laura Beck Varela destaca que a regulação jurídica da 
posse no direito brasileiro, tomada a perspectiva da 
teoria subjetiva ou da teoria objetiva, oscilou ao longo 
do tempo entre abstração e autonomia sendo que, de 
acordo com ela, "pode-se extrair uma contribuição 
para refletir, para redimensionar a hermenêutica 
jurídica dos conflitos possessórios, conciliando-os com 
os valores da atual Constituição e do novo Código Civil" 
(A tutela da posse entre abstração e autonomia, in A 
Reconstrução do Direito Privado, org. Judith Martins-
Costa, São Paulo, Editora Revista dos Tribunais, 2002, p. 
789-842). Você acaba de assumir o cargo de Juiz 
Substituto na Comarca de Realeza e recebe conclusos 
para sentença os autos de uma ação de reintegração de 
posse, em que o autor, na inicial, se diz possuidor de 
área urbana de 2.000m2 porque detém titulo de 
propriedade e pagou o IPTU do imóvel durante dez 
anos. O terreno esta ocupado por dez famílias que 
construíram casas no local, faz cinco anos, e pedem na 
contestação o direito a posse e usucapião da área. Não 
houve pedido de liminar. Tomando-se como ponto de 
partida o assinalado por Laura Beck Varela e o contexto 
do caso, pergunta-se: A) É possível reconhecer o direito 
a posse pelas famílias ocupantes da área no próprio 
processo? Qual o fundamento jurídico e legal? Faca a 
explicação em ate cinco linhas (ate 0,5 pontos) B) Qual 
a concepção de posse que deve ser invocada na 
interpretação da regra do art. 1196 do Código Civil 
para o efeito de identificar o possuidor da área? Faça a 
fundamentarão em ate cinco linhas (ate 0,5 pontos). 
Magistratura Estadual - TJRJ - Ano: 2008 - Banca: TJRJ - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos Reais - Em 
ação de despejo por falta de pagamento proposta 
contra José, locatário do imóvel, foi julgado 
procedenteo pedido. Maria, co-locatária do bem, 
interpôs apelação, no prazo legal, requerendo a 
anulação da sentença, ao argumento de que não fora 
incluída no pólo passivo, e que, por isso, não pode ser 
atingida pelo decreto de despejo. Que solução deveria 
dar o órgão revisor para o pleito recursal? 
Magistratura Estadual - TJRJ - Ano: 2008 - Banca: TJRJ - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos Reais - 
Quanto ao direito de superfície, explicitar, 
fundamentadamente: a) sua natureza jurídica;b) a 
forma de sua constituição mediante concessão; c) a 
forma de sua constituição mediante cisão; d) a 
controvérsia relacionada à sua aquisição pela via da 
usucapião. 
Magistratura Estadual - TJRJ - Ano: 2008 - Banca: TJRJ - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos Reais - 
Diferencie o Direito Real de Superfície da Enfiteuse. 
Magistratura Estadual - TJRJ - Ano: 2008 - Banca: TJRJ - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos Reais - É 
admissível a constituição do direito real de superfície 
indistintamente sobre prazos e alódios? Resposta 
fundamentada com a distinção entre essas figuras 
jurídicas. 
Magistratura Estadual - TJGO - Ano: 2010 - Banca: 
TJGO - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos Reais 
- É cabível a mudança do caráter primitivo (ou de 
aquisição) da posse? Justifique e exemplifique. 
Magistratura Estadual - TJMT - Ano: 2006 - Banca: 
VUNESP - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos 
Reais - Considerando o direito possessório, responda as 
seguintes questões: a) Em razão do desforço pessoal 
imediato, é possível exigir a função social da posse 
aplicada em conjunto com o princípio constitucional da 
isonomia substancial? Explique e fundamente a sua 
resposta. b) Qual o sentido teleológico da proteção 
jurídica da posse? 
- Resposta: a) Sim. O desforço imediato é 
conseqüência da aparência de propriedade que lhe é 
inerente e em nada interfere na situação de se 
configurar uma função social à posse, ao contrário. A 
função social da posse advém da função social da 
propriedade (art. 5.º, XXIII, CF), aplicada em conjunto 
com o princípio constitucional da isonomia substancial 
(art. 5.º, caput, CF). Ainda, de forma indireta, 
conforme arts. 183 e 191, CF. Não há disposição 
específica na Constituição ou em lei ordinária que 
trate da função sócia da posse, mas ela é extraída 
destas normas. Situação já abordada, por exemplo, 
pelo Tribunal de Alçada de Minas Gerais, no agravo de 
instrumento 425.429-9, 2.ª Turma Cível, rel. Juiz 
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 17 
álďeƌtoàVilasàBoas.à͞áàfuŶçãoàsoĐialàdaàposseàpodeàseƌà
exigida independentemente da expressa previsão pelo 
legislador constitucional ou infraconstitucional.Sendo 
a posse o exercício fático de algumas posições 
jurídicas inerentes ao domínio, a função social da 
propriedade (art. 5.º, XXIII, da Constituição Federal) é 
pleŶaŵeŶteàapliĐĄvelàaàela.͟à‘eŶatoàDuaƌteàFƌaŶĐoàdeà
Moraes, A função social da posse, in Direito Civil – 
Estudos em homenagem à professora Giselda Maria 
Fernandes Novaes Hironaka, São Paulo, Métido, 2006. 
b) Conforme a teoria de Jhering, adotada em nossa 
codificação atual e na anterior, a posse merece 
proteção em razãodo desdobramento da aparência 
de prorpiedade, defendendo-se aquilo que aparenta 
ser de acordo com o direito. Evitam-se conflitos e o 
uso de violência, o que não ocorreria se não houvesse 
a estabilidade conferida pela proteção possessória. 
͞Eŵàsuŵa,àoàďeŵàjuƌídiĐoàiŶiĐialŵeŶteàtuteladoàĐoŵàaà
defesa da posse é o exercício fático das posições 
jurídicas do domínio.Com isso, defende-se 
ŵediataŵeŶteà aà pazà soĐial.͟à ;‘eŶatoà Duaƌteà FƌaŶĐoà
de Moraes, A função social da posse, in Direito Civil – 
Estudos em homenagem à professora Giselda Maria 
Fernandes Novaes Hironaka, São Paulo, Método, 
2006.) 
Magistratura Estadual - TJMS - Ano: 2010 - Banca: 
TJMS - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos Reais 
- Cite cinco diferenças entre direitos de vizinhança e 
servidões. 
Magistratura Estadual - TJMG - Ano: 2009 - Banca: 
EJEF - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos Reais - 
Descreva as diferenças conceituais entre os institutos 
da servidão de passagem e da passagem forçada. 
Magistratura Estadual - TJMG - Ano: 2009 - Banca: 
EJEF - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos Reais 
- MARCOS apresentou, por seu advogado, sob o 
procedimento de jurisdição voluntária, requerimento 
foƌŵalàaoàJuizàdeàCoŶtageŵàdeàedžpediçĆoàdeà͞áLVá‘ãà
JUDICIáL͟àpaƌaàoàfiŵàdeàdesŵeŵďƌaŵeŶtoàdoàloteàϭϱ,à
da quadra 15, da Rua Santo Antônio, Bairro Sede, 
matrícula nº 69.585, Lº 1, 2º Ofício, daquela Comarca, 
adquirido em comunhão com seu irmão, MÁRCIO. O 
Município, notificado, não se opôs ao requerido. 
Fundamente e decida o pedido, segundo os elementos 
fornecidos e o regramento do Código de Processo Civil. 
Magistratura Estadual - TJGO - Ano: 2010 - Banca: 
TJGO - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos Reais 
- É cabível a mudança do caráter primitivo (ou de 
aquisição) da posse? Justifique e exemplifique. 
Magistratura Federal - TJDFT - Ano: 2009 - Banca: 
TJDFT - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos 
Reais - Cuida-se de ação de reintegração de posse 
ajuizada por Condomínio Conjunto Residencial em face 
de IRB - Empreendimentos Imobiliários, tendo por 
objeto a área destinada às vagas de garagem 
adquiridas pelos condôminos. Alega o autor, em 
essência, que no início do ano de 2006 a ré vendeu 80 
(oitenta) apartamentos, cada qual com direito a uma 
vaga de garagem individual, determinada e numerada. 
A partir da entrega das chaves das unidades, esses 
condôminos e outros não titulares de vagas passaram a 
exercer a posse sobre a área de estacionamento do 
condomínio. Em abril de 2006, recebeu solicitação para 
a retirada dos veículos estacionados no local, de modo 
a permitir a pavimentação necessária. No entanto, 
concluídos os trabalhos, os condôminos foram 
impedidos de ingressar no terreno, permanecendo 
trancado com cadeado o portão de acesso. 
Posteriormente, recebeu comunicação acusando a 
venda de 5 (cinco) vagas de garagem pela IRB - 
Empreendimentos Imobiliários. A conduta desta (IRB) 
caracteriza esbulho, entendeu o Condomínio Conjunto 
Residencial, impondo-se então a outorga da proteção 
possessória. 
Magistratura Federal - TJDFT - Ano: 2009 - Banca: 
TJDFT - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos 
Reais - De acordo com a cláusula 35ª da Convenção 
Condominial e com o Memorial de Incorporação, as 
vagas destinadas ao estacionamento de veículos são 
consideradas unidades autônomas. Como o candidato 
resolve a questão? 
Magistratura Federal - TJDFT - Ano: 2007 - Banca: 
TJDFT - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos 
Reais - Tito e Lívia, casados pelo regime da comunhão 
universal de bens, compareceram como fiadores em 
contrato de locação firmado entre Caio e Sinfrônio, 
informando, à época, serem possuidores de dois 
apartamentos de 3 (três) quartos cada, localizados na 
Asa Sul, e uma casa residencial situada no Lago Norte. 
No curso do referido pacto, resolveram os fiadores 
alterar o regime de bens do casamento, que assim, em 
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 18 
regular processo judicial, passou a ser o da separação 
total, passando aqueles bens, em face da mudança 
processada, a pertencer exclusivamente ao cônjuge 
virago. Então, o locador notificou o inquilino, para 
que providenciasse a substituição dos fiadores, sob a 
alegação de perda da idoneidade econômico-financeira 
dos mesmos. Outrossim, deixando o locatário de pagar 
os alugueres, o senhorio promoveu processo de 
execução em desfavor dos fiadores, sendo ambos 
citados, logrando penhorar um dos aludidos 
apartamentos. Enquanto se processava a execução, 
veio de ser homologada a separação judicial consensual 
dos fiadores, transitando em julgado a sentença. Nos 
embargos apresentados por Lívia, sustenta esta que a 
cobrança não procede, eis que se refere a período 
posterior à notificação do senhorio ao locatário, para 
que este substituísse os fiadores. Além disso, 
postulou a embargante ao juízo da causa que 
determinasse o chamamento ao processo de Sinfrônio 
e Tito. Há fundamento legal nas posturas assumidas 
pelo locador e pela embargante? Fundamente a 
resposta. 
Magistratura Federal - TJDFT - Ano: 2007 - Banca: 
TJDFT - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos 
Reais - Cuida-se de ação de reintegração de posse 
ajuizada por Condomínio Conjunto Residencial em face 
de IRB - Empreendimentos Imobiliários, tendo por 
objeto a área destinada às vagas de garagem 
adquiridas pelos condôminos. Alega o autor, em 
essência, que no início do ano de 2006 a ré vendeu 80 
(oitenta) apartamentos, cada qual com direito a uma 
vaga de garagem individual, determinada e numerada. 
A partir da entrega das chaves das unidades, esses 
condôminos e outros não titulares de vagas passaram a 
exercer a posse sobre a área de estacionamento do 
condomínio. Em abril de 2006, recebeu solicitação para 
a retirada dos veículos estacionados no local, de modo 
a permitir a pavimentação necessária. No entanto, 
concluídos os trabalhos, os condôminos foram 
impedidos de ingressar no terreno, permanecendo 
trancado com cadeado o portão de acesso. 
Posteriormente, recebeu comunicação acusando a 
venda de 5 (cinco) vagas de garagem pela IRB - 
Empreendimentos Imobiliários. A conduta desta (IRB) 
caracteriza esbulho, entendeu o Condomínio Conjunto 
Residencial, impondo-se então a outorga da proteção 
possessória. De acordo com a cláusula 35ª da 
Convenção Condominial e com o Memorial de 
Incorporação, as vagas destinadas ao estacionamento 
de veículos são consideradas unidades autônomas. 
Como o candidato resolve a questão? 
Magistratura Estadual - TJMS - Ano: 2008 - Banca: FGV 
- Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos Reais - 
João Carlos Silva adquiriu um lote no Jardim das 
Borboletas e não pagou as contribuições mensais para 
a Associação que administrava o local. A Associação foi 
criada 10 anos antes de João Carlos Silva adquirir seu 
lote e administra o espaço, com serviços de limpeza, 
portaria, segurança (com cancela na entrada do 
loteamento) e lazer (há ainda uma praça interna com 
quadra múltipla e parque infantil) e pista para 
caminhada. A Associação ingressou com ação de 
cobrança das contribuições pelo rito sumário, sendo a 
dívida de R$ 25 mil. Alega que são parcelas análogas às 
cotas condominiais, que haveria enriquecimento sem 
causa de João, visto que usufrui dos serviços prestados 
e que a obrigação tem natureza propter rem. Afirma 
que o loteamento tem guaritas, o que garante a 
segurança do local, havendo autorização (a título 
precário) conferida pela Municipalidade (fato provado).João Carlos, em audiência, contestou. Afirma a 
impropriedade do rito, pelo valor da causa, a 
impossibilidade jurídica do pedido, já que, pelo artigo 
5º, XX, impede que pessoas sejam obrigadas a se 
associar ou a permanecerem associadas. Aduz que não 
tem filhos que usufruam do parque (fato provado), 
deixa seu lixo na calçada (fato provado), sendo 
obrigação do serviço público retirá-lo e que é contra a 
cancela, mesmo porque deveria ser livre o acesso às 
ruas que são públicas. Por fim, acrescenta que os 
supostos benefícios criados pela associação já deveriam 
ser oferecidos pelo Poder Público, pois inclusos no 
IPTU. Analise o litígio em questão abordando, 
necessariamente, seus aspectos constitucionais, 
administrativos, tributários, civis e processuais. 
Magistratura Estadual - TJMG - Ano: 2007 - Banca: 
TJMG - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos 
Reais - João Floriano e s/m Maria Dolores ajuízam ação 
de reivindicação de imóvel urbano, em que os autores 
se baseiam em escritura devidamente transcrita no 
Registro Imobiliário, e os réus, Pedro Leôncio e Tereza 
Dulcenira se defendem com base em posse oriunda de 
contrato de compromisso de compra e venda não 
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registrado e outorgado por outrem que não o 
reivindicante. Os autores enfatizam a posse injusta dos 
réus, enquanto estes, na defesa, invocam posse justa 
de boa-fé. Decidir. 
Magistratura Estadual - TJAP - Ano: 2006 - Banca: TJAP 
- Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos Reais - 
Faça a diferença entre várzea e ressaca. 
Magistratura Estadual - TJPB - Ano: 2011 - Banca: 
CESPE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos 
Reais - SENTENÇA CIVIL - A Agência de Turismo Beta 
ajuizou ação, sob o rito comum ordinário, contra a 
Construtora e Incorporadora Alfa, alegando que 
adquirira, em 20/5/2007, os direitos de compra de uma 
sala para escritório, mediante instrumento de cessão 
de direitos, que contara com a anuência da ré. 
Argumentou, ainda, que a data prevista para a entrega 
do imóvel era 20/5/2010, com tolerância de mais 180 
dias, para os casos fortuitos ou de força maior, e que o 
imóvel somente lhe fora entregue em 20/6/2011. 
Registrou, também, a autora que a entrega das chaves 
fora condicionada à assinatura de um termo de plena 
quitação das obrigações assumidas pelas partes no 
contrato, mas que, antes de firmá-lo, procedera à 
notificação extrajudicial da ré, ressalvando a cláusula 
referente ao prazo de entrega da obra. Aduziu a 
inexistência de qualquer motivo que justificasse o 
atraso da obra, entendendo ter o direito de ser 
indenizada, no valor gasto com aluguéis até a data em 
que instalou, no local adquirido, sua nova filial, o que 
ocorreu em 20/8/2011, após concluída a reforma no 
local, cujo projeto já estava pronto e para a qual já 
havia contratado um arquiteto e a mão de obra 
necessária para a execução da obra. Alegou, também, 
que sofrera profundo abalo ante a demora na entrega 
das chaves, visto que, não tendo instalado sua filial na 
data prevista, deixara sua clientela frustrada com a 
indisponibilidade da nova sala. Referiu, ainda, ter 
sofrido imenso prejuízo, uma vez que perdera a chance 
de celebrar contratos na região em que se localiza a 
sala comercial adquirida. A autora requereu a 
procedência do pedido, com a condenação da ré ao 
pagamento de R$ 30 mil (R$ 2 mil por mês de aluguel 
pago em outra sala comercial), fazendo a juntada dos 
recibos; de R$ 100 mil a título de dano moral e de R$ 
50 mil pelos danos acarretados pela perda da chance 
de celebração de contratos, tudo com juros e correção 
monetária, além das custas processuais e dos 
honorários advocatícios. Regularmente citada, a ré 
apresentou contestação. Em preliminar, alegou a 
impossibilidade jurídica do pedido, por não haver, no 
ordenamento jurídico, previsão para indenização pela 
perda de chance tampouco por dano moral sofrido por 
pessoa jurídica. Alegou, ainda, que a assinatura do 
termo representava um óbice à propositura da ação e 
que a inflação havia ocasionado retardamento na 
conclusão da obra, fato que, segundo ela, imporia a 
aplicação da teoria da imprevisão. Alegou a inexistência 
de previsão legal para o pagamento das quantias 
pleiteadas pela autora a título de dano material e 
moral. Aduziu que condicionara a entrega do imóvel à 
assinatura de termo de renúncia de ação de 
indenização por atraso na prática do ato e que, tendo a 
promissária compradora assinado o termo, sem fazer 
prova de vício que pudesse torná-lo nulo, a renúncia 
teria plena eficácia jurídica. Requereu, ao final, a 
improcedência dos pedidos, com a condenação da 
autora nas custas processuais e nos honorários 
advocatícios. Em réplica, a autora argumentou que os 
fatos alegados pela ré para esquivar-se da 
responsabilidade de indenizar eram desprovidos de 
prova, registrando que a crise alegada pela ré fora 
causada pelo desenvolvimento de uma política de 
crescimento exagerado, sem o respectivo 
planejamento, e não pela inflação. Sustentou seu 
direito em obter a indenização, nos moldes expostos na 
inicial. Regularmente intimadas para especificarem 
provas, a autora protestou pelo julgamento antecipado 
da lide e a ré nada requereu. Com base no relato acima 
apresentado, que deve ser considerado como o 
relatório da peça processual, redija, na condição de juiz 
federal substituto, apenas a fundamentação e a 
decisão. 
Magistratura Estadual - TJSC - Ano: 2011 - Banca: TJSC 
- Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos Reais - 
Conceitue a usucapião e discorra sobre os requisitos 
necessários para a usucapião especial urbana prevista 
no art. 183 da Constituição Federal, regulamentada 
pelo Estatuto da Cidade (Lei n. 10.257, de 10.07.2001; 
art. 9º). Especifique e discorra sobre os princípios 
fundamentais e direito social albergados na Carta 
Magna aplicáveis à usucapião especial urbana. 
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Magistratura Federal - TRF2 - Ano: 2011 - Banca: 
CESPE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos 
Reais - Se a obrigação de pagar o aluguel pelo tempo 
que faltar constituir indenização excessiva, pode o juiz 
fixá-la em bases razoáveis? Justifique a resposta. 
Magistratura Estadual - TJMS - Ano: 2010 - Banca: 
TJMS - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Estatuto da 
Criança e do Adolescente (ECA) - Duas pessoas 
constituindo relação homo afetiva podem adotar 
criança abrigada há mais de dois anos? Responda 
fundamentadamente. 
Magistratura Estadual - TJAC - Ano: 2012 - Banca: 
CESPE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: LINDB - 
Discorra sobre a eficácia da lei no tempo, abordando, 
necessariamente, os seguintes aspectos: 1- início e 
término da vigência da lei; 2- revogação da lei: conceito 
e espécies de revogação; 3- critérios que conduzem à 
revogação da lei; 4- repristinação: conceito e 
tratamento no direito brasileiro. 
Magistratura Estadual - TJRJ - Ano: 2011 - Banca: TJRJ - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: LINDB - REX IMPORT 
LTDA AJUIZOU EXECUÇÃO POR TÍTULO JUDICIAL EM 
FACE DA DISTRIBUIDORA DA ALIMENTOS SACI COM O 
OBJETIVO DE DAR CUMPRIMENTO À CONDENAÇÃO 
IMPOSTA PELA CÂMARA MUNDIAL DE ARBITRAGEM, 
COM SEDE EM LONDRES, MAS CUJO LAUDO RESULTOU 
DA ATUAÇÃO DE TRÊS ÁRBITROS QUE, EMBORA 
EUROPEUS, RESIDIRAM NO BRASIL DURANTE O 
PROCESSO ARBITRAL E ATÉ A CONFECÇÃO DO 
DOCUMENTO. EM IMPUGNAÇÃO ARGUIU A DEVEDORA 
A NULIDADE DA EXECUÇÃO VISTO QUE O LAUDO, 
EMITIDO POR INSTITUIÇÃO ESTRANGEIRA, DEVERIA 
SER PREVIAMENTE

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