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História da Teologia Sistemática

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SETEFI 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRISTIANO O. COLOMBO SILVA 
 
 
 
 
 
SEMINÁRIO TEOLÓGICO FILADÉLFIA 
 
HISTÓRIA DA TEOLOGIA SISTEMÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPINAS 
2019 
 
 
1 
 
 
CRISTIANO O. COLOMBO SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEOLOGIA SISTEMÁTICA 
Orientação PROF. MARCOS ANTONIO PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campinas 
2019 
 
 
2 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. Introdução .......................................................................................................... 3 
2. Desenvolvimento da Teologia Sistemática ....................................................... 4 
3. Escolasticismo ..................................................................................................... 6 
4. Conclusão ............................................................................................................ 7 
5. Referências Bibliográficas ................................................................................. 8 
 
 
 
3 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Este texto busca levantar algumas considerações sobre a Teologia Sistemática e 
apresentar breviamente o inicio e o seu desenvolvimento e a definição. Obviamente, não se 
tem a pretensão de explanar minuciosamente todo o desenvolvimento e evoluçao, mas sim 
apresentar um simples caminho que mostre a construção da Teologia Sistemática. 
Porém, para que se possa compreender melhor a questão abordade neste texto, 
precisa-se fazer um breve resgate histórico até as origens e os primeiros desenvolvimentos 
tanto da Teologia, quanto da Teologia Sistemática. Para que se possa ter uma breve noção 
da formação de um pensamento que transcorreu séculos. 
 
 
 
4 
 
 
2. DESENVOLVIMENTO DA TEOLOGIA SISTEMÁTICA 
 
A Teologia Sistemática é entendida como uma compilação ou sistematização 
organizada e hermenêutica acerca de a fé cristã. A Teologia Sistemática nutre-se da convicção 
de que a prática vivida pela comunidade de fé em Jesus Cristo é o acesso à manifestação única 
de Deus que constitui o objeto da reflexão teológica, ela não seria possível fora da Palavra de 
Deus ou da Revelação de Deus. A fundamentação da Teologia Sistemática passa pela 
Tradição, e, por isso mesmo, ela é de caráter bíblico. A tentativa de elaborar as muitas 
convicções da religião cristã e os vários argumentos e temas propostos de diversos textos da 
Bíblia em um sistema acessível coerente e bem-ordenado é uma tarefa relativamente recente. 
A preocupação em sistematizar as doutrinas cristãs na forma de credos surgiu bem cedo na 
história da Igreja. O primeiro sumário doutrinário de que se tem conhecimento é o chamado 
“Credo dos Apóstolos”, elaborado provavelmente no final do primeiro ou início do segundo 
século (CAIRNS, 1995; MCGRATH, 2005; COLLOQUIUM, 2016). 
Toda sistematização da igreja foi formada no período patrístico. Este abrange o 
período entre o fim da era apostólica e a realização do Concílio de Calcedônia (451), em que 
viveram e contribuíram os primeiros líderes, que substituíram os apóstolos na liderança da 
igreja (CAIRNS, 1995). 
Entretanto este período o Cristianismo encarou dois grandes desafios, a igreja teve que 
enfrentar com a opressão feita pelo Império Romano. Além disso, o Cristianismo precisou 
confrontar as heresias que emergiram em seu meio. Estas heresias podem ser classificadas em 
três grandes junções o legalismo judaizante, o helenismo intelectualista e as religiões 
mistéricas espiritualistas (CAIRNS, 1995). Perante estes dois problemas, a Igreja precisou 
desenvolver os credos, que deveriam ser declarados pelos novos membros da comunidade. 
Com a parada da opressão e diante do esfacelamento do império romano, conceituou o 
interesse por parte dos imperadores em usar a Igreja como agencia unificadora do império e 
mantenedora da tradição clássica. Contudo para tal, o Cristianismo precisaria ter um corpo 
unificado de doutrinas e práticas (CAIRNS, 1995). Por conseguinte foi neste ambiente que a 
Igreja foi praticamente obrigada a formular seu conjunto de crenças. O metodologia que ela 
empregou para definir as questões doutrinárias foi a realização dos concílios ecumênicos. No 
entanto as decisões tomadas nestes concílios foram grandemente determinadas por pessoas 
iminentes presentes na igreja daquela época, tais como Irineu (130-200), Tertuliano (160-
 
 
5 
 
 
230), Atanásio (296-373), Eusébio de Cesaréia (265-339), Agostinho (354-430), entre outros 
(COLLOQUIUM, 2016). 
Foi neste contexto de grandes argumentações teológicas frente a posições opostas que 
a igreja desenvolveu a doutrina da trindade, das duas naturezas de Jesus, sua soteriologia e sua 
eclesiologia. Entretanto ao desenvolver a base doutrinária cristã, os teólogos careciam de um 
sistema filosófico-epistemológico que orientasse o corpo doutrinário da igreja. A metodologia 
a que eles recorreram para tal tarefa foi essencialmente o platonismo. De fato, a maioria dos 
primeiros teólogos cristãos, tais como Justino (100-165), Clemente de Alexandria (155-225), 
Orígenes (185-254), Agostinho (354-430), entre outros, haviam sido educados no contexto do 
helenismo e tinham os filósofos gregos como base de seus pensamentos (COLLOQUIUM, 
2016). 
Principalmente os apologistas cristãos estavam interessados em tornar o Cristianismo 
respeitável diante das mentes treinadas no pensamento clássico da época. Justino Mártir foi 
provavelmente o mais importante dos apologistas (TILLICH, 2007). Todavia o que fez este 
diálogo com o helenismo de modo mais claro foi Clemente de Alexandria, que é acusado de 
haver integrado a fé cristã para se ajustar às pressuposições da filosofia grega. Clemente foi 
seguido por outros teólogos, tais como Orígenes, Tertuliano e Gregório de Nissa, que 
construíram suas obras em diálogo com a filosofia grega (PELIKAN, 2014). 
No Ocidente, as Sentenças de Pedro Lombardo (no século XII), em que é reunida uma 
grande série de citações dos Pais da Igreja, tornou-se a base para a tradição de comentário 
temático e explanação da escolástica medieval, cujo grande exemplo é a Suma Teológica de 
Tomás de Aquino. A tradição protestante de exposição temática e ordenada de toda a teologia 
cristã surgiu no século XVI (COLLOQUIUM, 2016). 
No século XIX, especialmente em círculos protestantes, um novo modelo de teologia 
sistemática surgiu: uma tentativa de demonstrar que a doutrina cristã formava um sistema 
coerente baseado em alguns axiomas centrais. Alguns teólogos se envolveram, então, numa 
drástica reinterpretação da fé tradicional com o fim de torná-la coerente com estes axiomas. 
Durante a Idade Média os ensinamentos formulados pelos credos, pelos concílios e 
pelos pais da igreja se tornaram lei canônica. Nesta época, a fundamental preocupação dos 
teólogos era desenvolver um modelo integrado e coerente de crenças que desse conta de 
conciliar as decisões dos concílios ecumênicos, as declaração dos pais da igreja e as 
informações bíblicas. O método empregado neste processo era a dialética, tendo como 
instrumento a razão, recorrendo-se geralmente a especulações filosóficas (TILLICH, 2007). 
 
 
6 
 
 
 
ESCOLATICISMO 
 
O escolasticismo predominou aproximadamente durante toda a Idade Média. Sua 
principal intensão era fornecer uma interpretação teológica para todos os âmbitos da vida 
(TILLICH, 2007, p. 146). No final deste período houve a transição da filosofia platônica para 
a aristotélica como norteadora das elaborações doutrinárias. Este novo paradigma teológico 
ficou conhecido como nominalismo, ao qual se opunha o antigo paradigma platônico, 
conhecido como realismo (CAIRNS, 1995; TILLICH, 2007). Tomás de Aquino (1225-1274) 
foi quem, de modo mais enfático, “tentou integrar a filosofia aristotélica com a revelação 
bíblica”. (OLSON, 2004). 
Portanto, na Idade Média tanto o Novo quanto o Antigo Testamento eram lidos à luz 
da tradição da Igreja e a preocupação era harmonizaras passagens bíblicas a esta tradição 
(WACHHOLZ, 2010). Portanto, algumas declarações bíblicas e dos pais da igreja foram 
desenvolvidas de modo abstrato, dando origem a novas doutrinas e práticas no coração da 
Igreja Medieval, tais como a transubstanciação, a veneração à mãe de Jesus, a invocação aos 
santos, a sucessão apostólica, entre outras (CAIRNS, 1995). 
 
 
 
7 
 
 
3. CONCLUSÃO 
 
Podemos perceber mesmo que sucintamente como a Teologia Sistemática foi 
desenvolvida, ela foi uma resposta aos questionamentos que surgiram. Para evidenciar uma 
definição da Teologia Sistemática, é fundamental reconhecer que todo ser humano tem uma 
cosmovisão, uma compreensão de mundo. Ela fundamenta-se nas lentes que se utiliza para 
interpretar a realidade. Trata-se do “[...] sistema de pressupostos que usamos para organizar e 
interpretar nossa experiência da vida” (FERREIRA, MYATT, 2007, p. 5) 
Não existe uma visão neutra na compreensão do mundo. Todos possuem uma 
compreensão sobre o sagrado, sobre o ser humano, sobre a natureza, dentre outros assuntos. 
Neste sentido, de acordo com Carson (2001, p. 44), a maioria das pessoas adota algum tipo de 
“Teologia Sistemática”. Franklin Ferreira e Alan Myatt (2007, p. 5) relacionam a Teologia 
Sistemática à elaboração de uma cosmovisão cristã, ao declararem que: 
 
A teologia sistemática é uma parte essencial da tarefa de construir uma 
cosmovisão cristã [...]. Sem uma teologia sistemática não é possível ter uma 
cosmovisão cristã. A teologia sistemática nos ajuda a responder às perguntas de 
nossa época, às filosofias do mundo e aos problemas que o ser humano tem 
enfrentado constantemente. 
 
Conforme definição, a Teologia Sistemática procura organizar todo o material 
revelado por Deus aos cristãos da atualidade. Portanto a Teologia Sistemática pressupõe que o 
conteúdo bíblico, quando corretamente interpretado, é prescritivo não apenas aos seus 
destinatários imediatos, mas também aos crentes da atualidade (COLLOQUIUM, 2016). 
Deste modo, a Teologia Sistemática, como uma atividade de pensar sobre o Deus 
revelado nas Escrituras, procura organizar o que a divindade quis revelar ao longo dos séculos 
nas Escrituras. Para J. I. Packer (2004, p. 11). 
Grudem (1999, p. 4) define doutrina como aquilo “que a Bíblia como um todo nos 
ensina hoje acerca de algum tópico específico”, Ou seja, estabelecer o que a Bíblia trata a 
respeito de algum ensino é “simplesmente o resultado do processo de fazer teologia 
sistemática”. 
 
 
8 
 
 
De acordo com Olson (2004, p. 33), a teologia tem como tarefa “construir modelos 
relativamente coerentes, praticáveis, das realidades transcendentes reveladas por Deus em 
Jesus Cristo e no registro e interpretação inspirada dele que conhecemos como Escritura”. 
 
5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
MCGRATH, Alister E. Teologia sistemática, histórica e filosófica: uma introdução à 
teologia cristã. São Paulo: Shedd Publicações, 2005. 
CAIRNS, Earle E. O Cristianismo através dos séculos: uma história da Igreja cristã. 
Tradução de Israel Belo de Azevedo. 2. ed. São Paulo: Vida Nova, 1995. 
COLLOQUIUM, Crato – Ce, volume I, no. 2, p.24-43, 2o Sem. 2016 
GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999. 
PELIKAN, Jaroslav. A tradição cristã: uma história do desenvolvimento da doutrina: o 
surgimento da tradição católica 100-600, volume 1. Tradução de Lena Aranha e Regina 
Aranha. São Paulo: Shedd Publicações, 2014. 
FERREIRA, Frankiln; MYATT, Alan. Teologia Sistemática: uma análise histórica, bíblica 
e apologética para o contexto atual. São Paulo: Vida Nova, 2007. 
CARSON, Donald A. Teologia Bíblica ou Teologia Sistemática? Unidade e diversidade 
no Novo Testamento. Tradução de Carlos Osvaldo Pinto. São Paulo: Vida Nova, 2001. 
TILLICH, Paul. História do pensamento cristão. Tradução de Jaci Maraschin. 4 ed. São 
Paulo: ASTE, 2007. 
OLSON, Roger E. História das controvérsias na teologia cristã: 2000 anos de unidade e 
diversidade. Tradução de Werner Fuchs. São Paulo: Editora Vida, 2004. 
PACKER, J. I. Teologia Concisa. 2. ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2004. 
WACHHOLZ, Wilhelm. História e teologia da Reforma: introdução. São Leopoldo, RS: 
Sinodal, 2010.

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