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Abuso de Autoridade (Lei 4898) (ANTIGA LEI)

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Lei de Abuso de Autoridade – Lei 4898/65.
MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira.
	Última atualização legislativa: Nenhuma
Última atualização questões de concurso: 01/12/2019.
Observações quanto à compreensão do material:
1) Cores utilizadas:
· EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações relevantes, etc.
· EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
· EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação, especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe na Lei 4.898/65).
· EM AMARELO e EM LARANJA: destaques importantes (ex.: critério pessoal)
2) Siglas utilizadas:
· MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); BL (base legal), etc.
3) Súmulas Importantes:
· STJ: 172.
LEI Nº 4.898, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1965.
	
	Regula o Direito de Representação e o processo de Responsabilidade Administrativa Civil e Penal, nos casos de abuso de autoridade.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
	(TJDFT-2016-CESPE): O particular não pode ser sujeito ativo do crime de abuso de autoridade, salvo se praticar o fato criminoso em concurso com o funcionário público e se tiver consciência dessa condição elementar.
(AGU-2015-CESPE): O crime de abuso de autoridade, em todas as suas modalidades, é infração de menor potencial ofensivo, sujeitando-se seu autor às medidas despenalizadoras previstas na lei que dispõe sobre os juizados especiais cíveis e criminais, desde que preenchidos os demais requisitos legais.
(TJSE-2008-CESPE): Acerca da Lei de Abuso de Autoridade, caso cumpra ordem manifestamente ilegal, o subordinado deverá responder pelo crime de abuso de autoridade. 
Explicação: A excludente da culpabilidade relativa à obediência hierárquica incide apenas se o fato é cometido em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, caso em que responde pelo crime somente o autor da ordem (autor mediato). Do contrário (ordem claramente ilegal), o subordinado também será responsabilizado criminalmente.
	OBS1: Os crimes tipificados na Lei 4898/65 são próprios, pois só podem ser praticados por autoridade, que, para os efeitos desta lei, é quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração (art. 5º). Não há modalidade culposa.
OBS2: Havendo concurso de pessoas no abuso de autoridade, em que um dos agentes é particular, responde ele também nos termos da Lei 4898/65, já que a condição de funcionário público do agente (autoridade) é circunstância de caráter pessoal elementar do crime, que, nos termos do art. 30 do Código Penal, comunica-se a todos os agentes. (TJSE-2008)
Art. 1º O direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa civil e penal, contra as autoridades que, no exercício de suas funções, cometerem abusos, são regulados pela presente lei.
Art. 2º O direito de representação será exercido por meio de petição:
a) dirigida à autoridade superior que tiver competência legal para aplicar, à autoridade civil ou militar culpada, a respectiva sanção; (MPPA-2014)
b) dirigida ao órgão do Ministério Público que tiver competência para iniciar processo-crime contra a autoridade culpada.
Parágrafo único. A representação será feita em duas vias e conterá a exposição do fato constitutivo do abuso de autoridade, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado e o rol de testemunhas, no máximo de três, se as houver.
Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:
a) à liberdade de locomoção;
	Detenção momentânea
	Prisão para averiguação
	Retenção da pessoa em determinado local ou a condução dela para um local, pelo tempo estritamente necessário para o esclarecimento de algo ou para um ato rotineiro de fiscalização. Ex: indivíduo que consta como procurado e é conduzido ao plantão policial, não estando mais sendo procurado porque já cumpriu a pena ou a prisão preventiva já foi revogada, porém, continua constando como procurado em razão de não atualização dos cadastros policiais. 
	É o encarceramento sem ordem judicial ou flagrante para informal investigação de crime. 
	ATO LEGÍTIMO DE PODER DE POLÍCIA, NÃO CONFIGURANDO ABUSO DE AUTORIDADE
	É CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE
b) à inviolabilidade do domicílio;
c) ao sigilo da correspondência;
d) à liberdade de consciência e de crença;
	(Téc. Judic./TRT1-2018-AOCP): Determinado Agente Técnico Judiciário da Vara do Trabalho de Teresópolis/RJ, ao notar que um cidadão está adentrando no Fórum Trabalhista utilizando em seu pescoço corrente de ouro com pingente de crucifixo cristão, ordena que o sujeito retire o adereço e guarde-o em seu bolso, pois estaria ele ofendendo a laicidade do Estado ali instituída no átrio do prédio judiciário. O cidadão obedeceu a ordem do agente público. Diante do exposto, é correto afirmar que o agente cometeu abuso de autoridade, por ter atentado contra a liberdade de consciência e de crença. BL: art. 3º, “d” da Lei 4898/65.
OBS: O estado brasileiro é laico, não tem uma religião oficial e qualquer intervenção dolosa do exercício ou demonstração religiosa, por parte do estado, configura abuso de autoridade. 
e) ao livre exercício do culto religioso;
f) à liberdade de associação;
g) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício do voto; (TJPR-2011)
h) ao direito de reunião;
i) à incolumidade física do indivíduo; (TJAM-2016)
j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional. (Incluído pela Lei nº 6.657,de 05/06/79) (TJPR-2011)
	(TJAM-2016-CESPE): De acordo com o STJ, pode caracterizar abuso de autoridade a negativa infundada do juiz em receber advogado, durante o expediente forense, quando este estiver atuando em defesa do interesse de seu cliente. BL: art. 3º, “j” da Lei 4898/65.
OBS: RMS 18296/SC: Rel. Min. Denise Arruda, 1ª Turma, j. 28/8/07:  A negativa infundada do juiz em receber advogado durante o expediente forense, quando este estiver atuando em defesa do interesse de seu cliente, configura ilegalidade e pode caracterizar abuso de autoridade.
(PGFN-2003-ESAF): Constitui abuso de autoridade (Lei nº 4.898/65) qualquer atentado: aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional. BL: art. 3º, “j” da Lei 4898/65.
Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:
a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder;
b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei; (TJSC-2009) (TJAM-2016)
	(TJMG-2012-VUNESP): Submeter pessoa de quem se tem a guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei constitui crime de abuso de autoridade. BL: art. 4, “b” da Lei 4898/65.
c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou detenção de qualquer pessoa; (DPEES-2009)
	Lei de abuso de autoridade (lei 4898)
	ECA
	Deixar de comunicar:
	Deixar de comunicar:
	Juiz – crime (art. 4, letra c)
	Juiz – crime do art. 231
	Família – fato atípico
	Família – crime do art. 231
	MP – fato atípico
	MP- fato atípico
	Defensoria – fato atípico
	Defensoria – fato atípico
d) deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção ilegal que lhe seja comunicada; (DPEES-2009) (TJAC-2019)
e) levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiança, permitida em lei;
	(TCEPA-2016-CESPE): Durante fiscalização em sociedade de economia mista, policiais federais que acompanhavam a operação perceberam que um dos empregados daquela sociedade portava ilegalmente arma de fogo de uso permitido. Na delegacia de polícia, embora tenha verificado que se tratava de hipótese de arbitramento de fiança e que o flagrado se dispunha a recolhê-la, a autoridade policial preferiu não arbitrar a fiança, e remeteu o autode prisão em flagrante delito para o juiz de direito competente. Nessa situação, a autoridade policial cometeu abuso de autoridade. BL: art. 4, “c” da Lei 4898/65.
f) cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa, desde que a cobrança não tenha apoio em lei, quer quanto à espécie quer quanto ao seu valor;
g) recusar o carcereiro ou agente de autoridade policial recibo de importância recebida a título de carceragem, custas, emolumentos ou de qualquer outra despesa;
h) o ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa natural ou jurídica, quando praticado com abuso ou desvio de poder ou sem competência legal; (TJPR-2011) (TJAM-2016)
	Ato lesivo da honra ou do patrimônio praticado legalmente
	Ato lesivo da honra ou do patrimônio praticado ilegalmente ou sem competência legal
	FATO ATÍPICO
	FATO TÍPICO (CRIME)
	Ex: Interdição de um restaurante, feito por vigilantes sanitários porque o restaurante não respeitava as normas sanitárias. 
	
i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade. (Incluído pela Lei nº 7.960, de 21/12/89)
	(TJMSP-2016-VUNESP): Analisando em conjunto as Leis no 4.898, de 9 de dezembro de 1965 e no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, é correto afirmar que constitui abuso de autoridade prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ordem de liberdade. BL: art. 4º, “i” da Lei.
(DPERR-2013-CESPE): Com base no disposto na lei de abuso de autoridade - Lei n.º 4.898/1965 -, assinale a opção correta: Os crimes de abuso de autoridade podem ser comissivos ou omissivos.
OBS: Os diversos tipos trazidos na Lei 4.898/65 englobam tanto formas comissivos (ex. art. 4ª, “a” - ordenar ou executar medida privativa de liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder) como formas omissivas (ex. art. 4º, “d” - deixar o juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção ilegal que lhe seja comunicada). 
Art. 5º Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração. (TJSE-2008) (DPERR-2013) (TCEPA-2016) (DPEES-2016) (TJDFT-2016) (Anal. Judic./TRF2-2017)
	(MPSC-2014): A Lei 4.898/65, que prevê os crimes de abuso de autoridade, é aplicável inclusive aos que exercem cargo, emprego ou função pública de natureza civil, ainda que transitoriamente e sem remuneração. BL: art. 5º da Lei 4898.
(TRT4-2012-FCC): Para efeito de tipificação dos crimes de abuso de autoridade, considera-se autoridade quem exerce função pública de natureza civil, ainda que não remunerada. BL: art. 5º da Lei 4898.
Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa, civil e penal. (TJMG-2012) (Téc. Judic./TRF5-2017)
	(TJAC-2019-VUNESP): Com relação aos crimes previstos em legislação especial, é correto afirmar que o Magistrado que deixa de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção ilegal, que lhe seja comunicada, responderá pelas sanções administrativa, civil e penal. BL: art. 4º, “d”, c/c art. 5º da Lei 4898.
§ 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a gravidade do abuso cometido e consistirá em: (MPPA-2014)
a) advertência; (Analista Judiciário/TRF2-2017)
	(Técnico Judiciário/TRT24-2017-FCC): Carlos exerce cargo público de natureza civil, de forma transitória e sem remuneração. No exercício do seu trabalho, cometeu atentado ao livre exercício do culto religioso. Por isso, Carlos recebeu sanção administrativa legalmente determinada em função da gravidade do abuso cometido, que consistiu em advertência. Considerando as disposições da Lei n° 4.898/65, Carlos sofreu advertência por abuso de autoridade.  BL: art. 3º, “e” c/c art. 6º, §1º, “a”, da Lei.
b) repreensão; (Analista Judiciário/TRF2-2017)
c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com perda de vencimentos e vantagens; (Analista Judiciário/TRF2-2017)
d) destituição de função;
e) demissão;
f) demissão, a bem do serviço público. (Analista Judiciário/TRF2-2017)
	(Técnico-Segurança/DPERS-2017-FCC): Um agente público de natureza civil, no exercício de seu cargo, executou medida privativa da liberdade individual para um cidadão, sem as formalidades legais. De acordo com a Lei n° 4.898/1965, esse agente público está sujeito à sanção administrativa que será aplicada de acordo com a gravidade do abuso cometido, que poderá consistir em advertência; repreensão; suspensão do cargo, função ou posto por prazo de 5 a 180 dias, com perda de vencimentos e vantagens; destituição de função; demissão; demissão, a bem do serviço público. BL: art. 6º, §1º, da Lei.
SANÇÕES ADMINISTRATIVAS:
Mnemônico: SRA DDD
Suspenção do cargo, função ou posto (PRAZO 5 A 180 DIAS), com perda de vencimentos e vantagens
Repreensão
Advertência
Destituição de função
Demissão
Demissão a bem do serviço público
§ 2º A sanção civil, caso não seja possível fixar o valor do dano, consistirá no pagamento de uma indenização de quinhentos a dez mil cruzeiros.
§ 3º A sanção penal será aplicada de acordo com as regras dos artigos 42 a 56 do Código Penal e consistirá em:
a) multa de cem a cinco mil cruzeiros;
b) detenção por dez dias a seis meses; (TJPB-2015)
c) perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por prazo até três anos. (DPEES-2016) (DPEPE-2018)
	(TJPB-2015-CESPE): A condenação por crime previsto na lei de abuso de autoridade (Lei n.º 4.898/1965) poderá importar na aplicação de sanção penal de inabilitação para o exercício de qualquer função pública por prazo determinado. BL: art. 6º, §3º da Lei.
§ 4º As penas previstas no parágrafo anterior poderão ser aplicadas autônoma ou cumulativamente.
	OBS: Perda do cargo e inabilitação (quanto à função até 03 anos) = podem ser aplicadas isoladas ou cumulativamente (art. 6, §4º, da Lei):
	Lei de tortura (Lei 9455/97)
	Abuso de autoridade (Lei 4898/65)
	Perda do cargo e inabilitação pelo dobro do prazo da condenação. Assim, se o réu foi condenado a 06 anos pelo crime de tortura a inabilitação perdura por 12 anos
	Perda do cargo e inabilitação por até 03 anos.
	São efeitos automáticos da condenação – são efeitos que decorrem do texto da lei e não da declaração expressa desses efeitos na sentença. O Juiz não precisa sequer mencionar esses efeitos na sentença.
	São penas que poderão ou não ser aplicadas pelo juiz.
§ 5º Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de qualquer categoria, poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória, de não poder o acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por prazo de um a cinco anos. (TJDFT-2016) (Analista Judiciário/TRF2-2017) (DPEPE-2018)
	(DPEES-2016-FCC): A Lei Federal 4.898/65 disciplina a responsabilidade em caso de abuso de autoridade. Tal diploma estatui que: Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de qualquer categoria, poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória, de não poder o acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por prazo de um a cinco anos. BL: art. 6º, §5º da Lei.
Art. 7º recebida a representação em que for solicitada a aplicação de sanção administrativa, a autoridade civil ou militar competente determinará a instauração de inquérito para apurar o fato.
§ 1º O inquérito administrativo obedecerá às normas estabelecidas nas leis municipais, estaduais ou federais, civis ou militares, que estabeleçam o respectivo processo.
§ 2º não existindo no município no Estado ou na legislação militar normas reguladoras do inquérito administrativo serão aplicadas supletivamente, as disposições dos arts. 219 a 225 da Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União).
§ 3º O processo administrativo não poderá ser sobrestado para o fimde aguardar a decisão da ação penal ou civil. (TJPR-2011) (DPEES-2016)
	(MPPA-2014-FCC): A Lei Federal 4.898/65, regula o direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa, civil e penal, nos casos de abuso de autoridade. Tal lei estatui que o processo administrativo de apuração de abuso de autoridade não poderá ser sobrestado para o fim de aguardar a decisão da ação penal ou civil. BL: art. 7º, §3º, da Lei.
Art. 8º A sanção aplicada será anotada na ficha funcional da autoridade civil ou militar.
Art. 9º Simultaneamente com a representação dirigida à autoridade administrativa ou independentemente dela, poderá ser promovida pela vítima do abuso, a responsabilidade civil ou penal ou ambas, da autoridade culpada. (TJAM-2016)
Art. 10. Vetado
Art. 11. À ação civil serão aplicáveis as normas do Código de Processo Civil.
Art. 12. A ação penal será iniciada, independentemente de inquérito policial ou justificação por denúncia do Ministério Público, instruída com a representação da vítima do abuso. (Analista Judiciário/TRF2-2017)
Art. 13. Apresentada ao Ministério Público a representação da vítima, aquele, no prazo de quarenta e oito horas, denunciará o réu, desde que o fato narrado constitua abuso de autoridade, e requererá ao Juiz a sua citação, e, bem assim, a designação de audiência de instrução e julgamento.
	(AGU-2015-CESPE): De acordo com a legislação pertinente, a ação penal por crime de abuso de autoridade é pública incondicionada, devendo o MP apresentar a denúncia no prazo de quarenta e oito horas. BL: art. 13 da Lei.
(MPMT-2012): Segundo a Lei nº 4.898/1965 (Abuso de Autoridade), apresentada ao Ministério Público a representação da vítima, aquele, no prazo de 48 ( quarenta e oito) horas, denunciará o réu, desde que o fato narrado constitua abuso de autoridade, e requererá ao Juiz a sua citação, e, bem assim, a designação de audiência de instrução e julgamento. BL: art. 13 da Lei.
§ 1º A denúncia do Ministério Público será apresentada em duas vias.
Art. 14. Se a ato ou fato constitutivo do abuso de autoridade houver deixado vestígios o ofendido ou o acusado poderá:
a) promover a comprovação da existência de tais vestígios, por meio de duas testemunhas qualificadas;
b) requerer ao Juiz, até setenta e duas horas antes da audiência de instrução e julgamento, a designação de um perito para fazer as verificações necessárias.
§ 1º O perito ou as testemunhas farão o seu relatório e prestarão seus depoimentos verbalmente, ou o apresentarão por escrito, querendo, na audiência de instrução e julgamento.
§ 2º No caso previsto na letra a deste artigo a representação poderá conter a indicação de mais duas testemunhas.
Art. 15. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia requerer o arquivamento da representação, o Juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa da representação ao Procurador-Geral e este oferecerá a denúncia, ou designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la ou insistirá no arquivamento, ao qual só então deverá o Juiz atender.
Art. 16. Se o órgão do Ministério Público não oferecer a denúncia no prazo fixado nesta lei, será admitida ação privada. O órgão do Ministério Público poderá, porém, aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva e intervir em todos os termos do processo, interpor recursos e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
Art. 17. Recebidos os autos, o Juiz, dentro do prazo de quarenta e oito horas, proferirá despacho, recebendo ou rejeitando a denúncia.
§ 1º No despacho em que receber a denúncia, o Juiz designará, desde logo, dia e hora para a audiência de instrução e julgamento, que deverá ser realizada, improrrogavelmente. dentro de cinco dias.
§ 2º A citação do réu para se ver processar, até julgamento final e para comparecer à audiência de instrução e julgamento, será feita por mandado sucinto que, será acompanhado da segunda via da representação e da denúncia.
Art. 18. As testemunhas de acusação e defesa poderão ser apresentada em juízo, independentemente de intimação.
Parágrafo único. Não serão deferidos pedidos de precatória para a audiência ou a intimação de testemunhas ou, salvo o caso previsto no artigo 14, letra "b", requerimentos para a realização de diligências, perícias ou exames, a não ser que o Juiz, em despacho motivado, considere indispensáveis tais providências.
Art. 19. A hora marcada, o Juiz mandará que o porteiro dos auditórios ou o oficial de justiça declare aberta a audiência, apregoando em seguida o réu, as testemunhas, o perito, o representante do Ministério Público ou o advogado que tenha subscrito a queixa e o advogado ou defensor do réu.
Parágrafo único. A audiência somente deixará de realizar-se se ausente o Juiz.
Art. 20. Se até meia hora depois da hora marcada o Juiz não houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de termos de audiência.
Art. 21. A audiência de instrução e julgamento será pública, se contrariamente não dispuser o Juiz, e realizar-se-á em dia útil, entre dez (10) e dezoito (18) horas, na sede do Juízo ou, excepcionalmente, no local que o Juiz designar.
Art. 22. Aberta a audiência o Juiz fará a qualificação e o interrogatório do réu, se estiver presente.
Parágrafo único. Não comparecendo o réu nem seu advogado, o Juiz nomeará imediatamente defensor para funcionar na audiência e nos ulteriores termos do processo.
Art. 23. Depois de ouvidas as testemunhas e o perito, o Juiz dará a palavra sucessivamente, ao Ministério Público ou ao advogado que houver subscrito a queixa e ao advogado ou defensor do réu, pelo prazo de quinze minutos para cada um, prorrogável por mais dez (10), a critério do Juiz.
Art. 24. Encerrado o debate, o Juiz proferirá imediatamente a sentença.
Art. 25. Do ocorrido na audiência o escrivão lavrará no livro próprio, ditado pelo Juiz, termo que conterá, em resumo, os depoimentos e as alegações da acusação e da defesa, os requerimentos e, por extenso, os despachos e a sentença.
Art. 26. Subscreverão o termo o Juiz, o representante do Ministério Público ou o advogado que houver subscrito a queixa, o advogado ou defensor do réu e o escrivão.
Art. 27. Nas comarcas onde os meios de transporte forem difíceis e não permitirem a observância dos prazos fixados nesta lei, o juiz poderá aumentá-las, sempre motivadamente, até o dobro.
Art. 28. Nos casos omissos, serão aplicáveis as normas do Código de Processo Penal, sempre que compatíveis com o sistema de instrução e julgamento regulado por esta lei.
Parágrafo único. Das decisões, despachos e sentenças, caberão os recursos e apelações previstas no Código de Processo Penal.
Art. 29. Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 9 de dezembro de 1965; 144º da Independência e 77º da República.
H. CASTELLO BRANCO 
Juracy Magalhães
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 13.12.1965

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