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DISCURSIVA DE DIREITO TRIBUTÁRIO

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No âmbito do Direito Tributário, o termo lançamento é associado à ideia de atividade a ser exercida somente pela autoridade administrativa, ou seja, o exercício de uma função privativa que irá estabilizar a relação tributária. Assim, quando o representante da administração pública promove o lançamento, a relação jurídica se torna obrigacional se torna certa e líquida, sendo convertida em crédito tributário. Portanto, antes do ato administrativo, trata-se de obrigação ilíquida e incerta, o que não confere poderes para a administração cobrar o tributo.
No que concerne às modalidades de lançamento, são três as espécies trazidas pelo Código Nacional Tributário (CTN): Lançamento de ofício, por declaração e por homologação. Nesse contexto, a primeira modalidade de lançamento - de ofício – pode ser entendida como aquela em que a própria autoridade administrativa se incumbe de realizar o lançamento. Nessa modalidade, o lançamento ocorre quando a lei assim determinar, conforme dispõe o artigo 149, I, do CTN. Portanto, em linhas gerais, a autoridade administrativa, de posse das informações necessárias acerca do contribuinte, bem como do objeto do tributo, realiza o lançamento do imposto para que o contribuinte pague o valor ali constante. 
No lançamento por declaração, este ocorrerá nos casos em a lei determinar que o sujeito passivo (ou terceiro) preste à autoridade administrativa os dados necessários à mensuração do valor devido do tributo, conforme disposto no art. 147, do CTN. Além disso, o art. 147, §1º, dispõe que, quando por iniciativa do próprio declarante, este quiser retificar a declaração, a fim de reduzir ou excluir o tributo, só será admissível quando comprovado erro e antes de notificado o lançamento. Desta forma, verifica-se que o lançamento se consuma no momento em que ocorre a notificação daquele que prestou a declaração.
Por fim, o lançamento por homologação ocorre em relação aos tributos em que a lei designa que o contribuinte/sujeito passivo realize a apuração do valor do tributo e faça o pagamento antecipadamente. Desta maneira, o sujeito passivo deverá realizar o pagamento do valor antes que a autoridade administrativa tome outras providências. Portanto, após o cumprimento do dever estabelecido ao contribuinte, a autoridade administrativa realizará expressamente a homologação da obrigação, nos termos do art. 150, do CTN. Nos casos em que a autoridade não se manifestar no prazo definido em lei, sendo 5 anos em caso de omissão, ocorrerá a homologação tácita do lançamento e, consequentemente, a extinção do crédito tributário, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação, conforme art. 150, §4º, do CTN.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. São Paulo: Malheiros, 2013.

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