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Unidade III HISTÓRIA DO BRASIL IMPÉRIO Prof. Vinicius Albuquerque Início do II Reinado: Pedro II 23 de junho de 1840. Golpe da Maioridade e Coroação de Pedro II. Início do II Reinado – 1840 até 1889. Antecipação da maioridade de Pedro II. Ascensão liberal no início. Aureliano Coutinho, Andradas e Cavalcantis. Gabinete dos Irmãos. Liberais X conservadores. “Eleições do Cacete”. Influências conservadoras sobre o Imperador. Origens dos partidos liberal e conservador <http://200.196.224.188/conteudoonline/imagens/conteudo_9596/27.gif> Início do II Reinado: disputas entre as elites Disputas políticas entre as elites. Construção do Centralismo. Afastamento de setores liberais. Revoltas liberais. a) 1842: São Paulo e Minas Gerais (derrotados por Caxias). b) 1848: Praieira em Pernambuco. 1. Manifesto do Mundo. 2. Federalismo, republicanismo, socialismo utópico. 3. Voto livre e universal e liberdade de imprensa. 4. Contra o alistamento militar. Política interna: parlamentarismo às avessas Parlamentarismo às avessas. Por que às avessas? Modelo contrário ao parlamentarismo inglês. No Brasil: predomínio do poder moderador. Direito de escolher o presidente do Conselho de Ministros. Dissolução da Câmara dos Deputados. Convocação de novas eleições. Nabuco de Araújo: “O poder moderador pode chamar a quem quiser para organizar ministérios; esta pessoa faz a maioria. Aí está o sistema representativo do nosso país”. “Nada mais parecido com um Luzia do que um saquarema no poder”. Interatividade O II Reinado, no Brasil, durou de 1840 a 1889 e isso pode ser atribuído, entre outros fatores, à sua organização política. A peculiaridade do Brasil reside no fato de que: a) o Imperador era subordinado ao Parlamento. b) o Parlamento sempre agia independentemente do Imperador. c) desde o início do II Reinado, os interesses populares foram rapidamente atendidos. d) o parlamentarismo às avessas relacionava o poder imperial aos interesses no Parlamento e isso permitiu a articulação entre as elites na sustentação do Império. e) o Império rompeu com a Igreja Católica no início do II Reinado e isso deu poder ao imperador. Política externa do II Reinado: política de prestígio II Reinado: busca de reconhecimento internacional. Crises com a Inglaterra. Protecionismo do Brasil. Tarifa Alves Branco. 1845: Bill Aberdeen. Proibição inglesa do tráfico atlântico. 1850: Brasil. Lei Eusébio de Queirós: fim do tráfico atlântico. Política externa do II Reinado: política de prestígio Questão Christie (1861-1862). Brasil X Inglaterra. Não renovação dos Tratados de 1827. Saque de carga inglesa. Prisão de ingleses no Rio de Janeiro. Rompimento diplomático entre Brasil e Inglaterra. Imperialismo brasileiro no Prata. Intervenções no Uruguai (década de 1850). Blancos (Oribe) X colorados (Urquiza – apoio do Brasil). Invasões de fronteiras e roubo de gado. Guerra do Paraguai Choque de imperialismos no Prata. Interesses do Brasil, do Paraguai e da Inglaterra. Paraguai – Solano López. Grande Paraguai. Potência regional e potência militar. Busca de saída para o mar e aproximação de opositores do Brasil. Guerra do Paraguai: vitória da Tríplice Aliança Tríplice Aliança: Brasil, Argentina e Uruguai. Batalhas navais no início. Exército: Caxias, Osório e Conde D’Eu. 1868: Dezembrada de Caxias. Brasil: uso dos Voluntários da Pátria. Derrota e destruição do Paraguai. Genocídio americano? López morto em Cerro Corá. Brasil: crise nas finanças do Império. Profissionalização do Exército. Mapa da Guerra do Paraguai http://200.196.224.188/conteudoonline/imagens /conteudo_4072/mapa_9.jpg http://200.196.224.188/conteudoonline/imagens/conteudo_2634/5.jpg Movimento de tropas na Guerra do Paraguai Os Voluntários da Pátria Percepção popular dos efeitos da Guerra do Paraguai. “Na, na, na, na, na, / Que é feito do papai? / Na, na, na, na, na, / Morreu no Paraguai. / Na, na, na, na, na, / Na tropa se alistou, / Na, na, na, na, na, E nunca mais voltou” (DORATIOTO, 1996). Atibaia (SP): Marcha dos voluntários da guerra do Paraguai. “Aos vinte e cinco de agosto / as cinco prás seis da tarde, embarcavam os voluntários, / ai meu Deus, que crueldade. As mães choram prôs seus filhos, / as mulheres prôs seus maridos, as irmãs prôs seus irmãos, / as jovens prôs seus queridos” (DORATIOTO, 1996). Interatividade A noção difundida de que o Brasil e o Paraguai foram vítimas do imperialismo inglês na Guerra do Paraguai é bastante contestada. Sobre isso, é correto afirmar que: a) o Paraguai se associou aos ingleses para ser a maior potência regional no sul da América. b) a Inglaterra jamais se intrometeu em assuntos regionais. c) o Brasil não se relacionava mais com os ingleses que, então, apoiavam os inimigos do Império, independentemente da origem. d) a Inglaterra teria procurado articular a supremacia de Buenos Aires na região Platina. e) o Brasil já fazia intervenções no Prata e o Paraguai se tornou agressivo militarmente em busca de uma saída ao mar. Economia no II Reinado Expansão da lavoura cafeeira. Início: latifúndio, monocultor, exportador e escravista. Principal produto do Brasil no século XIX. Início da exploração: Vale do Paraíba. Expansão do Rio de Janeiro até São Paulo. Modelo tradicional escravista: Barões do Café. Expansão: oeste paulista até Minas Gerais. Terra roxa. Trabalho livre. Modernização da lavoura. Mão de obra para o café Vale do Paraíba: Escravismo. Oeste Paulista: Trabalho livre. Sistema de parceria – Senador Vergueiro. Fracasso. Trabalho livre e assalariado. Ideal de branqueamento da população. Pressões contra o tráfico: 1845-1850. Lei de Terras no Brasil (1850). Grande imigração: a partir da década de 1870. Marcha do café <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_371/12_.jpg> Marcha do café: Vale do Paraíba <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9004/27zoom.gif> Principais produtos do Império Decênios Café Açúcar Cacau Erva- mate Algodão em pluma Borracha Couros e Peles Total 1821-30 18,4 30,1 0,5 - 20,6 0,1 13,6 86,8 1831-40 43,8 24 0,6 0,5 10,8 0,3 7,9 89,8 1841-50 41,4 26,7 1 0,9 7,5 0,4 8,5 88,2 1851-60 48,8 21,2 1 1,6 6,2 2,3 7,2 90,9 1861-70 45,5 12,3 0,9 1,2 18,3 3,1 6 90,3 1871-80 56,6 11,8 1,2 1,5 9,5 5,5 5,6 95,1 1881-90 61,5 9,9 1,6 1,2 4,2 8 3,2 92,3 Fonte: Teixeira (1993) Período % da produção mundial 1820-29 18,18 1830-39 29,7 1840-49 40 1850-59 52,09 1860-69 49,07 1870-79 49,9 1880-89 56,63 Fonte: Teixeira (1993) Modernização econômica do Império Capitais acumulados do café: a) moderna ‘burguesia’; b) ferrovias; c) indústrias; d) urbanização; e) serviços; f) navegação; g) bancos. Era Mauá. Surto industrial (c. 1874). Filme: Mauá, o Imperador e o Rei. Interatividade A economia do Segundo Reinado era bastante dinâmica em muitos aspectos e o principal elemento que propiciou mudanças, inclusive sociais e políticas no Brasil, foi: a) o café, que teve início em São Paulo e seguiu para Minas Gerais. b) o plantio do algodão no Maranhão, produto fornecido aosingleses. c) o tráfico de escravos, que era altamente lucrativo e somente terminou pouco antes da abolição da escravidão. d) o café, que contribuiu para a acumulação de capitais, modernização do Brasil e até mesmo para a Era Mauá. e) o plantio da cana-de-açúcar em São Paulo, tornando a região a mais rica do país. Apogeu e crise do Império 2ª metade do Século XIX. Fatores da queda da monarquia em 1889. Crescimento e crise do Império. Federalismo e busca de maior autonomia local. Poder econômico em novas regiões: café em São Paulo e Minas Gerais. Modernos empresários do café. Desprestígio e receio de um III Reinado. Isabel e do Conde D’Eu. As questões do II Reinado Crise / questões do II Reinado. Questão militar. Questão religiosa. Questão social / abolicionismo. Política: republicanismo e federalismo. Aumento dos descontentes com o II Reinado. Organização e propaganda contra o Império. Imprensa e republicanismo. Movimento republicano Início do movimento republicano. 1870: Manifesto Republicano – clube e jornal. 1873: Convenção de Itu. Partido Republicano Paulista. Correntes do Partido Republicano (PR). a) Evolucionistas / históricos. via pacífica – predominante. Quintino Bocaiúva. b) Revolucionários / Republicanos de 13 de maio. Participação popular. Silva Jardim e Lopes Trovão. Militares contra o Império Apoio dos jovens oficiais ao republicanismo. Alguns militares republicanos. Influências do positivismo. Comte – Ordem e Progresso. No Brasil, Benjamin Constant. Questão militar. Desejo de maior participação da política. Profissionalização. Republicanismo. Abolicionismo Grande problema social da manutenção do escravismo. Racismo. Pressões inglesas contra o tráfico: 1845 – Bill Aberdeen. Brasil, 1850: Lei Eusébio de Queirós e Lei de Terras. Abolicionismo: Imprensa, clubes, associações – Luis Gama, André Rebouças, José do Patrocínio. Lei do Ventre Livre: 1871. Lei dos Sexagenários: 1885. Lei Áurea: 13 de maio de 1888. Abolição sem indenização aos ex-escravos / marginalização. Questão religiosa Império. Padroado régio. Regalismo. Beneplácito imperial. Igreja Católica X Maçonaria. Sylabus e Quanta Cura. Atritos com o Império: recusa do beneplácito imperial. Ordens de prisão de dois bispos. Distanciamento entre o Império e a Santa Sé. Golpe da República: 15 de novembro de 1889 Crise final do II Reinado: Gabinete Ouro Preto (Partido Liberal). O Golpe da República. 15 de novembro de 1889. Republicanos e militares. Apoio do Marechal Deodoro (monarquista). Intenção do golpe político: eliminar a centralização política. Exército + setores do Café. Sem o Povo! (bestializados). Processo sem ruptura histórica revolucionária. Ideia de modernização institucional. Início da República: governo provisório de Deodoro. Golpe da República: 15 de novembro de 1889 http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_385/30.JPG http://www.objetivo.br/conteudoonline/ imagens/conteudo_9091/87.2.jpg Marechal Deodoro da Fonseca Detalhe de pintura de Benedito Calixto sobre a Proclamação da República, no qual se ressalta a participação militar no movimento Interatividade Pouco a pouco, o Império perdeu o apoio de elite econômica que se fortaleceu com a modernização das décadas de 1860 e 1870. Entre as principais críticas na época, podemos mencionar: a) o frágil centralismo que ameaçava o Brasil de ruptura territorial. b) o excessivo poder dado aos militares que não se associavam aos proprietários de terras. c) o caráter centralista e arcaico do Império ao deixar de atender aos interesses locais das novas elites econômicas que passavam a almejar poder político. d) o esforço imperial de impedir qualquer modernização. e) a derrota do Brasil na Guerra do Paraguai. ATÉ A PRÓXIMA!
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